sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Pense - Viva Como Se Houvesse Um Final (2016)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Brasil (Belo Horizonte / Minas Gerais)
FORMAÇÃO:
Lucas Guerra (Vocal)
Ítalo Nonato (Guitarra)
Cristiano Souza (Guitarra)
Judá Ramos (Baixo)
Danilo Vilarino (Bateria)
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Este é o primeiro álbum ao vivo lançado pelo grupo, após 2 álbuns de estúdio, de maneira independente, e foi gravado no Inferno Club. É um bom álbum, resgata bem o repertório do grupo até então, com arranjos extremamente bem pensados e executados, em especial da bateria e guitarras, possuindo bastante velocidade e embalo, mas, também possuindo eventuais trechos mais cadenciados. É um hardcore melódico, mas que possui influências do hardcore, bem como pitadas de emo core. Lembra uma mistura de Dead Fish com Propagandhi, na verdade é como se fosse, na minha opinião, um Dead Fish mais "moderno", com arranjos e intenções mais "anos 2000", existindo uma preocupação técnica maior, através de frequentes variações rítmicas, frases e riffs, bem como os, já citados, arranjos, sempre muito bem trabalhados, sendo justamente este o grande destaque, na minha opinião. O que na minha opinião deixou a desejar foi a mixagem, em especial da voz. Poderia estar mais "à frente", não chega a estar escondida, mas acaba ocultada pelo instrumental. De qualquer forma, nada que prejudique a qualidade do álbum, que também foi lançado em vídeo, em DVD, confira! Vale a pena conferir este nome da nova geração do hardcore melódico brasileiro!
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FAIXA A FAIXA:
1) Intro. O álbum inicia com uma introdução a qual o público canta a melodia da guitarra da música seguinte. Cria um clima bem interessante!
2) Dia Corrido. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com um excelente arranjo, frases bem interessantes executadas em sincronia, além de bastante velocidade e embalo, mas possuindo eventuais variações de cadência, com destaque para os arranjos, em especiais rítmicos.
3) Expansão Da Consciência. Outra boa faixa, com arranjos bem trabalhados, bastante velocidade e embalo, mas, também, possuindo eventuais trechos mais cadenciados. Destaque para os arranjos de guitarra, embora o desenho melódico da voz também mereça atenção.
4) Amigos Valem Mais Do Que Asfalto. Outra faixa que considero das melhores do álbum, bastante embalada, possuindo frases oitavadas da guitarra, bastante veloz e embalada, com um ótimo arranjo rítmico, possuindo frequentes variações de cadência, sendo este o destaque, na minha opinião.
5) Máquina Do Tempo. Outra faixa bem veloz e embalada, mas possuindo variações de cadência, e, mais uma vez, um ótimo arranjo, com eventuais frases de guitarra e pausas de pequena duração, sendo o destaque o desenho melódico da voz e os arranjos de guitarra e bateria.
6) Aponte Para O Espelho. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com um excelente arranjo rítmico e harmônico, além de possuir uma boa progressão harmônica. Destaque para os arranjos de guitarra. Mais uma vez bastante velocidade e embalo, possuindo eventuais variações de cadência.
7) O Que Me Cega. Esta é uma ótima composição, com duas partes bem definidas, uma bastante veloz e embalada e outra bastante cadenciada, com muito groove. Considero a parte veloz sensacional, porém o trecho mais cadenciado não me agrada muito. Esta faixa possui um refrão bem sing-a-long.
8) Não, Nós Não Somos Originais. Considero esta a melhor faixa do álbum, com uma excelente progressão harmônica, embora simples, muita velocidade e embalo, com frases oitavadas da guitarra, um ótimo desenho melódico da voz, sendo o destaque o arranjo de guitarra.
9) Espelho Da Alma. Não tão veloz quanto às faixas anteriores, mas possuindo um ótimo embalo, esta já é mais "suave" que as faixas anteriores, apesar de ainda possuir peso, possuindo um ótimo arranjo, com frequentes frases, variações de cadência e pausas de pequena duração.
10) O Mundo É Dos Espertos. Outra boa composição, com um ótimo arranjo, em especial das guitarras. Bastante embalada e veloz, esta possui um ótimo desenho melódico da voz, além de existir frequentes variações de cadência.
11) Falta. Esta composição possui um excelente riff de guitarra, um ótimo solo, bom arranjo, velocidade e embalo, além de um bom desenho melódico da voz. O destaque está no arranjo das guitarras, existindo eventuais frases executadas em sincronia, com intervalos harmônicos.
12) Andando Sobre Pedras. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Bastante veloz e embalada, possuindo ótimas frases de guitarra, bastante expressão no arranjo da bateria, um ótimo desenho melódico da voz, bem como eventuais variações de cadência. Destaque, mais uma vez, para os arranjos da guitarra.
13) Eu Prometo Que Vou Tentar. Mais lenta que a maioria das faixas do álbum, esta possui uma boa frase de guitarra e um bom embalo. O arranjo de guitarra e o arranjo de bateria, em especial, merecem destaque, possuindo um refrão que puxa para um pop punk. Uma boa composição, mas com nada de especial.
14) Seguro Demais. Outra faixa não muito veloz, mais cadenciada, possuindo um bom trabalho de dinâmica, mas, ainda assim, possuindo um bom embalo. Considero esta a faixa que menos me agrada no álbum.
15) Gota A Gota. Aqui a velocidade e embalo voltam a aparecer, com excelentes arranjos de guitarra e bateria, possuindo eventuais frases executadas em sincronia ou não, sendo o destaque o arranjo de bateria.
16) Contra Cultura. O álbum finaliza com uma boa composição, que inicia bem cadenciada, criando um clima bem interessante, mais intimista, enquanto o vocal discursa algumas palavras. Logo em seguida a velocidade e embalo aparecem, com, frequentes, excelentes riffs de guitarra. Destaque para o arranjo de guitarra, embora o arranjo de bateria também mereça atenção.
Ouça o álbum e viva como se houvesse um final!

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Pennywise - A Word From The Wise (1989)

GÊNERO: Skate Punk
ORIGEM: EUA (Hermosa Beach - Los Angeles / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Jim Lindberg (Vocal)
Fletcher Dragge (Guitarra)
Jason Thirsk (Baixo)
Byron McMackin (Bateria)
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Este é o primeiro EP, e primeiro trabalho, lançado pelo grupo, através do selo Theologian. Ainda não soando como o Pennywise dos anos seguintes, com um som rápido e veloz, este primeiro trabalho é bastante embalado, mas não muito veloz, com apenas uma das faixas no estilo ao qual o grupo viria a ser conhecido anos após. Lembra muito as bandas de skate punk da década de 80, como Adolescents, T.S.O.L. ou alguma banda qualquer daquelas que faziam parte da trilha de algum vídeo de skate da época! O som perfeito para pegar o skate e andar sem rumo pelas ruas da cidade, aproveitando os eventuais obstáculos para colocar alguma manobra! Este EP viria a ser relançado, 3 anos mais tarde, junto com o segundo EP. Destaque para os riffs de guitarra, desenho melódico da voz e embalo e intenção. Um excelente EP, que mostra mais as influências e origens do grupo antes de consolidarem o seu próprio estilo de som. Sou suspeito para falar, adoro este EP, um dos melhores trabalhos do grupo, na minha opinião, bem ao estilo das bandas na época, com uma excelente qualidade de gravação. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Final Chapters. O EP inicia com uma excelente composição, um excelente riff de guitarra na parte A, com um ótimo desenho melódico da voz, sendo estes os destaques, todos eles na parte A. Bastante embalada, mas não muito veloz, me agrada mais a parte A.
2) Covers. Considero esta a melhor faixa do EP, com um excelente riff de guitarra, mais uma vez, que lembra um Sub Society ou Kirk And The Jerks, com um embalo sensacional e um excelente desenho melódico da voz, esta é a música ideal para andar de skate, sendo o destaque, na minha opinião, a parte A.
3) Depression. Esta faixa é a mais "diferente" do EP, possuindo um ótimo groove, muita influência de rap, esta é, quase, um funk metal, possuindo um refrão bem skate punk e bem sing-a-long, com um ótimo riff de guitarra. Destaque para a composição em si, mas, em especial, para o refrão.
4) No Way Out. Considero esta uma das melhores faixas do EP, mais uma composição feita para andar de skate, com um ótimo embalo, um refrão sing-a-long, trocas rápidas de acorde e acentos, no arranjo de guitarra, deslocados. Destaque para o embalo e refrão.
5) Gone. OEP finaliza com a faixa que é a única que lembra o Pennywise dos anos posteriores. Com certeza a faixa mais veloz, bastante embalada, com um ótimo desenho melódico da voz, palhetadas rápidas e uma ótima progressão harmônica.
Ouça o EP e conheça uma palavra do sábio!

sábado, 23 de outubro de 2021

Pecho E' Fierro - Pecho E' Fierro (2007)

GÊNERO: Folk Metal
ORIGEM: Uruguai (San José De Mayo / San José)
FORMAÇÃO:
Leonrdo Carlini (Vocal, guitarra)
Michel Fauci (Baixo)
Elvis Morales (Bateria, percussão)
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Este é o segundo álbum lançado pelo grupo, através do selo Perro Andaluz, e foi gravado nos estúdios Sondor (bateria e baixo) e El Tío Ricky (guitarra e voz). É o primeiro álbum lançado por um selo, já que o primeiro álbum foi lançado de maneira independente, seis anos antes. É um folk metal com muita influência de rock. Não ouça o álbum pensando em ouvir um folk do hemisfério norte, como há inúmeras bandas, mas lembrem que o grupo é uruguaio, então o folclore adotado é o uruguaio, o qual percebemos chacarera, e, principalmente, a milonga. As guitarras têm o timbre clássico do heavy metal, na questão rítmica, muitas cavalgadas e intenções rítmicas, também bem características do heavy metal. As músicas não são muito velozes e nem sempre embaladas, embora, na maioria das vezes, elas sejam. Um som único, bem criativo e resgatando a música folclórica uruguaia, deixando-a viva ainda nos tempos atuais. O grande destaque, na minha opinião, está na empostação vocal, aliás, esta empostação, bem "payador", é uma característica do espanhol praticado no país, é algo bem peculiar, comum na região pampeana, aquela na fronteira entre os 3 países (Uruguai, Brasil e Argentina), com acentos e uma maneira de cantar, e até de falar, que me agrada bastante, chegando, muitas vezes, a me arrepiar! É o tipo de empostação que não se encontra em nenhum outro lugar do mundo, uma característica muito forte e que acaba se tornando algo importante e cultural da região. Difícil encontrarmos um grupo uruguaio que não se aproprie desta empostação na hora de cantar. O álbum conta com duas faixas cover. Para quem gosta de rock e música pampeana, este é um prato cheio, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Arazatí. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor. Com uma intenção rítmica bem heavy metal, assim como o timbre da guitarra, bastante embalo, em uma levada bem "cavalgada", além de possuir um bom refrão, apesar de bem simples, sendo o destaque a voz.
2) La Milonga Del Vampiro. Esta é a primeira faixa do álbum a mostrar elementos de milonga. Mantendo a pegada heavy metal nas guitarras, com uma harmonia e melodia bem ao estilo do gênero pampeano. Bem embalada, mas não muito veloz, o destaque está na voz, mais uma vez.
3) Pecho E' Fierro. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, com um ótimo arranjo, um excelente trabalho de dinâmica e em compasso composto, a guitarra alterna entre timbres limpos e sujos, existindo excelentes riffs e frases, bem como a melodia vocal.
4) Galopera. Outra ótima composição, em compasso ternário, com frases bem características da música pampeana, assim como a harmonia, melodia e ritmo, o que nos remete ao rock é a instrumentação. Mais uma vez o destaque está na voz, sendo bem embalada.
5) Metalúrgico. Considero esta uma das melhores faixas do álbum e é, também, a primeira das duas faixas cover. Esta é uma composição de Gerardo Lagos e Cacho Labandera, sendo gravada, originalmente, pelo próprio Cacho Labandera, em 1986. Com um bom embalo e um bom trabalho de dinâmica, o destaque está, mais uma vez, na voz e sua melodia e empostação.
6) Pa'l Gordo Julio. Mais uma composição em que a milonga está bem evidente. Talvez a faixa que menos me agrada no álbum, mais "suave", mas com um bom embalo, o destaque está no arranjo de violão.
7) Aquel Que Traicionó. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, em compasso composto, com uma pegada bem heavy metal, principalmente devido à progressão harmônica, timbre e riffs de guitarra. Talvez a segunda faixa mais pesada do álbum.
8) Cantor De La Calle. Outra composição em que a milonga está bem evidente. Com um bom arranjo, um bom trabalho de dinâmica, aqui a guitarra alterna entre timbres limpos e sujos, com uma ótima melodia, sendo este o destaque.
9) Sur. Uma boa composição, com um excelente arranjo, muito bem trabalhado, que lembra, algumas vezes, Rush. Possui excelentes riffs de guitarra e um bom embalo. Me agrada mais as partes sem voz, pois o arranjo é muito bem pensado.
10) La Niña Y El Balero. Outra faixa em que a milonga está bem evidente, possuindo, esta, um excelente arranjo. Não possuindo muita distorção, o destaque está na progressão harmônica e no refrão e sua melodia vocal, embora o arranjo, principalmente rítmico, mereça atenção.
11) Guitarrita Oscura. Esta é uma composição com um excelente clima, bem pesado, sendo esta a faixa mais pesada do álbum, com excelentes riffs de guitarra, os quais são, justamente, o destaque. Não muito veloz, mas com um bom embalo, os timbres e intenções sempre bem heavy metal, mais uma vez.
12) Fuente De Rastrojos. Outra boa composição, bem embalada, com um bom arranjo, ótimos riffs de guitarra, assim como o timbre, a intenção é, mais uma vez, bem heavy metal, sendo o destaque a empostação vocal.
13) A Don José. O álbum finaliza com a outra faixa cover. Esta é uma composição de Ruben Lena, em 1961, a qual ele compôs para um professor de música da escola a qual trabalhava para que este a usasse com os alunos nas aulas, já que é uma composição em homenagem a José Artigas. Embora seja uma composição de 1961, ela foi registrada apenas em 1964, sendo gravada, pela primeira vez, em 1965, tendo a sua versão mais popular representada pelo grupo Los Olimareños. Em 2003 ela se tornou um patrimônio cultural do país, já que a canção é praticada em todas as escolas, sendo ela cantada pelos alunos todos os anos, em especial no dia 9 de Julho, data de nascimento de José Artigas. Esta é a primeira versão rock da composição, e ficou uma boa versão, embora sem nada de especial, apesar do bom embalo, sendo o destaque, mais uma vez, a voz.
Ouça o álbum e conheça o baú de ferro!

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Patareni - There Can Be Only One (1996)

GÊNERO: Grindcore
ORIGEM: Croácia (Zagreb / Zagreb)
FORMAÇÃO:
Has (Vocal)
Hado (Guitarra, baixo)
Jago - Hrvoje Jagarinec (Baixo)
Poda - Dejan Podobnik (Bateria)
Vuksa (Bateria)
Pero (Bateria)
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Este é o décimo primeiro split lançado pelo grupo, após um álbum de estúdio, através do selo Havin' A Spazz. Este é um split com o grupo italiano Cripple Bastards, porém aqui comento apenas as faixas do grupo croata. Na verdade este é um relançamento do split lançado pelos dois grupos, em 1994, porém com 3 faixas a mais. Embora tenha sido lançado em 1996, as gravações datam do período entre 1989 e 1993, com 3 gravações diferentes, daí a mudança na formação, existindo uma formação para cada uma das 3 gravações. O grupo é um dos principais nomes do grindcore, sendo um dos pioneiros do gênero. Com vocal gutural, sempre bem grave, mas sem a utilização de efeitos, com a maioria das faixas bem velozes, sempre bem embaladas, mas possuindo influências do punk rock, também. Um quarto das faixas são apenas "vinhetas", sem instrumental, apenas falas, existindo uma faixa cover. Gastei este LP quando morei em Montenegro, o Mandelinha, camarada meu, havia me emprestado o LP (de 10''), então tive a oportunidade de apreciá-lo bastante naquele período entre 2005 e 2006!
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FAIXA A FAIXA:
1) Intro. O split inicia com uma introdução, a qual nada mais é do que uma apresentação do grupo em uma emissora de rádio, enquanto, no fundo toca alguma banda parecida com Green Day.
2) Last Caress. Esta é a faixa cover existente no álbum, uma composição de Glenn Danzig, gravada, originalmente, pelo grupo Misfits, em 1980. É uma versão bem fiel à original, sendo o instrumental extremamente semelhante, estando a diferença no vocal. Uma faixa punk rock, diferente das demais faixas do split.
3) Murder / Money Is Not Dread. Considero esta a melhor faixa do split, extremamente veloz, com muita energia, um excelente embalo, vocal gutural, além de um bom arranjo, embora com nada de especial.
4) Ich Gehe Zur Schule. Esta é uma faixa com muita pouca duração e é um ska punk com vocal gutural! Quase uma vinheta, devido à sua duração, ela possui um vocal bem sing-a-long. Considero uma boa composição.
5) Bomba. Outra faixa de pouca duração, mas com um ótimo arranjo, bem pensado e trabalhado, sendo o destaque o arranjo de guitarra e suas frases na introdução, possuindo uma introdução mais cadenciada, enquanto a outra parte já fica bastante veloz, existindo trocas rápidas de acorde quando da ausência da voz. Outra faixa muito boa. Esta é a última faixa com as gravações datando de 16 17 de Abril de 1990, contando com o Poda na bateria nesta formação.
6) Fuck Y.O.U.. Aqui começam as gravações de 12 de Dezembro de 1989, as quais contam com Vuksa tocando bateria. Considero esta uma das melhores faixas do split, possuindo dois momentos bem distintos: a introdução e a parte a qual contém a voz, a primeira mais cadenciada e a última bem veloz e embalada. Também possuindo pouca duração.
7) Kill... '85. Outra faixa muito boa, de pouca duração, extremamente veloz, porém possuindo um trecho mais cadenciado, na metade, sendo este, justamente, o destaque da composição, uma parte que lembra bastante alguma banda de skate punk californiana dos anos 80!
8) Disgrace To The Corpse. A última música gravada em 1989, também é bem veloz e possui pouca duração, lembrando, um pouco, alguma música do Vulcano, no álbum Bloody Vengeance. Embalada e veloz, ela possui trocas rápidas de acorde.
9) Outro. Esta é a última faixa do split de 1994, sendo apenas a fala de uma mulher, não possuindo música.
10) Intro / System Shit. Aqui começam as faixas que foram gravadas em 17 de Abril de 1990, um dia após as gravações das primeiras faixas, mantendo a mesma formação destas faixas. Considero esta uma das melhores faixas do split, a qual inicia com uma criança cantando como introdução, possuindo bastante velocidade e embalo, além de uma boa progressão harmônica, existindo, inclusive, um solo de guitarra.
11) Intro / Pataren. Outra faixa que inicia com uma introdução com uma criança falando, porém, quando surge o instrumental, este inicia com uma boa introdução, mais cadenciada, mas, ao surgir a voz, a composição fica extremamente veloz, com trocas (muito) rápidas de acorde. A faixa mais grindcore de todo split.
12) Gimme Your Cunt Tonight. Esta é a única música gravada em 19 de Agosto de 1993, e é, também, a única faixa que conta com Jago na formação, tocando baixo, enquanto que o baterista da vez é o Pero. Esta é a faixa que menos me agrada em todo split, a balada do álbum, possuindo dois timbres de voz diferentes, um com a voz "limpa" e o outro gutural, com as faixas anteriores. Lembra, um pouco a música Sabine Sabine Sabine, do grupo Trio, possuindo um solo de guitarra.
13) Fajrunt / Sloboda Govora Za Nijeme. O split finaliza com uma mulher discursando a um público. Também sem instrumentos.
Ouça o split e saiba porque só pode haver um!

sábado, 16 de outubro de 2021

Partisans - The Partisans (1983)

GÊNERO: Street Punk
ORIGEM: País De Gales (Bridgend / Mid Glamorgan)
FORMAÇÃO:
Spike - Rob Harrington (Vocal)
Andy Lealand (Guitarra)
Louise Wright (Baixo)
Shark - Mark Harris (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo No Future. É um excelente álbum, com a grande maioria das músicas embaladas e, muitas delas, possuindo boa velocidade. É um álbum muito importante para a história do gênero, sendo este um importante nome. O som soa como uma mistura de Blitz, Peter And Test Tube Babies e Anti Nowhere League, nomes que dividiam os palcos com o grupo na época do lançamento deste álbum, sendo que o Blitz era, inclusive, colega de selo do Partisans, sendo as duas únicas bandas promovidas pelo No Future, por um espaço de tempo. Os músicos não são muito técnicos, porém tudo está no lugar, existindo muita inspiração e expressão, além de possuir arranjos bem pensados, apesar de simples, possuindo, ainda, eventuais refrões bem sing-a-long. Embora bem street punk, é possível perceber influências de punk rock bem evidentes. O álbum atingiu a quinta colocação na lista da UK Indie Chart, e a foto da capa é de autoria de Justin Thomas. Um ótimo álbum para conferir, este que já vem em uma "nova onda" do punk do início dos anos 80, mesclando o punk rock e o Oi!, conhecido, tempos depois, por street punk!
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FAIXA A FAIXA:
1) No U Turns. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Bem embalada e com certa velocidade, o destaque está na parte A e sua progressão harmônica, bem como as pontes, com trocas rápidas de acorde.
2) 17 Years Of Hell. Já menos veloz que a faixa anterior, mas ainda bem embalada, esta é uma ótima composição, com um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque o arranjo da bateria, em especial na introdução, mas também na parte A.
3) No Time. Esta é outra faixa com velocidade e bem embalada. Uma boa composição, com um refrão bem sing-a-long, esta lembra GBH, possuindo um criativo, e simples, arranjo de bateria na parte A. O destaque está no embalo.
4) Put Your Money Where Your Mouth Is. Esta já é uma composição não muito veloz, mas possuindo um bom embalo, lembrando, na minha opinião, Sex Pistols, na parte A. Destaque, mais uma vez, para o criativo e simples arranjo de bateria na introdução e pontes.
5) Don't Blame Us. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Bem embalada e com uma certa velocidade, o destaque está no refrão, sing-a-long e com a marcação dos acentos bem evidentes. A pequena pausa existente no meio também ficou bem interessante. Esta lembra bastante Blitz.
6) Arms Race. Uma boa composição, não muito veloz, mas com um bom embalo, ela inicia com um efeito de phaser na guitarra, possuindo um refrão com contracantos, o destaque está na parte A, não possuindo nada especial a destacar.
7) I Never Needed You. Esta é uma excelente composição, não muito veloz, mas bem embalada, com uma boa progressão harmônica e um refrão bem sing-a-long, sendo o grande destaque o desenho melódico da voz.
8) I Don't Give A Fuck. Outra ótima composição, bem embalada e veloz, lembrando, mais uma vez, o grupo Blitz, além de possuir um refrão bem sing-a-long. O destaque, na minha opinião, está na progressão harmônica e suas trocas rápidas de acorde.
9) Mindless Violence. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, mais uma vez bem embalada e com uma boa velocidade, possuindo um bom refrão e uma ótima progressão harmônica na parte A, sendo este o grande destaque junto com as marcações acentuadas na introdução e em eventuais outros momentos.
10) Partisans. A faixa que dá nome ao álbum e ao grupo é uma das faixas mais lentas, e é, também, a faixa mais punk rock de todo álbum. O destaque está na frase da guitarra, possuindo uma harmonia que lembra o surf music, além de um refrão sing-a-long.
11) Fire. Considero esta a melhor faixa do álbum! Com uma excelente progressão harmônica, bastante embalo e velocidade, muita expressão, um refrão com contracantos bem marcados, o destaque está, justamente, na progressão harmônica da parte A.
12) Overdose. O álbum finaliza com outra faixa mais lenta, porém, ainda assim, com um bom embalo. Sem nada de especial, o destaque está na boa progressão harmônica da parte A.
Ouça o álbum e conheça os partidários!

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Pansy Division - Deflowered (1994)

GÊNERO: Pop Punk
ORIGEM: EUA (São Francisco - São Francisco / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Jon Ginoli (Vocal, guitarra)
Chris Freeman (Baixo)
Liam Hart (Bateria)
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Este é o segundo álbum lançado pelo grupo, através do selo Lookout!, e foi gravado no estúdio Komotion. Considerado por muitos como o melhor álbum do grupo, ele, realmente, é um bom álbum, que apesar de ser bem pop punk, possui influências fortes de punk rock, bem como pitadas de rock, mais precisamente o surf music australiano do final dos anos 80. As composições não são muito velozes, mas, em sua maior parte, bem embaladas, possuindo frequentes execuções dos acordes com acordes abertos, não apenas power chords, possuindo pouca distorção nas guitarras, bem como eventuais frases do baixo. Os músicos não são muito técnicos, porém deixam tudo no lugar e as composições possuem boas linhas melódicas, sendo, justamente este, o destaque do álbum. Esta é a primeira banda em que todos os integrantes são assumidos homossexuais, sendo um dos pioneiros do queercore. O punk rock bubble gum do final dos anos 70 está bem evidente, soando como uma mistura de Ramones, Buzzcocks, Undertones e Jam, mas possuindo uma influência forte do pop punk dos anos 90, como Mr. T Experience, bem como pitadas de Hoodoo Gurus! O álbum possui uma faixa cover, e a capa é uma fotografia de Marc Geller, sendo os modelos Mark Ewert e Moon Trent, que também viriam a ser modelos para a capa de mais dois álbuns do grupo, posteriormente.
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FAIXA A FAIXA:
1) Reciprocate. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Com um bom embalo, apesar de não muito veloz, ela possui um arranjo bem simples, mas um excelente desenho melódico da voz, sendo este o destaque, além de possuir bons contracantos na parte B e no refrão.
2) Groovy Underwear. Outra boa composição, com um bom embalo, arranjo simples, não muito veloz e um refrão bem sing-a-long. Os acordes são executados com posições abertas, sendo o destaque o refrão.
3) Anonymous. Esta é outra faixa que considero das melhores, uma das mais velozes do álbum, bem embalada, ela lembra bastante Ramones, possuindo uma excelente linha melódica da voz, sendo este o grande destaque. O refrão executado com frequentes staccatos também merece atenção.
4) Fluffy City. Outra boa composição, com as duas partes bem destacadas, sendo a parte A executada, basicamente, pela guitarra e voz, enquanto que no refrão os demais instrumentos aparecem e a música fica mais embalada. Destaque para o refrão, bem sing-a-long, embora o desenho melódico da voz mereça atenção, também.
5) James Bondage. Aqui começa a pior sequüência do álbum, na minha opinião, com composições mais "suaves". Esta é lenta e embalada, com uma estrutura bem punk rock, sendo o destaque o refrão.
6) Negative Queen. Outra composição executada com acordes abertos, sem muito drive, com um bom embalo, apesar de nada veloz, possuindo um bom desenho melódico da voz, o que é o destaque da composição. Arranjos simples, considero esta uma das faixas que menos me agrada no álbum.
7) Denny. Um pouco mais veloz, porém menos embalada, esta é uma boa composição, embora com nada de especial, sendo o destaque o trabalho de dinâmica entre as partes. Não é uma má composição, possui um bom desenho melódico da voz, mas com nada que chame muito a atenção.
8) Rachbottomoff. Outra faixa pouco veloz, com um bom desenho melódico da voz, com pouco embalo, já que a execução do arranjo da guitarra é com frequentes pausas, deixando-as de lado na parte B e no refrão. Destaque para a parte B, embora o refrão sing-a-long tenha seu valor.
9) Beercan Boy. Esta já é bem embalada e possui certa velocidade. Mais uma vez com um bom desenho melódico da voz, o destaque está no embalo e velocidade, além de possuir um refrão sing-a-long e acordes executados com posições abertas.
10) Kisseed. Outra faixa que não me agrada muito. Com nada de drive, e com a forma de uma balada, esta é a típica balada punk rock! Com a harmonia executada com posições abertas, o desenho melódico da voz é o grande destaque.
11) A Song Of Remembrance For Old Boyfriends. Considero esta a faixa que menos me agrada no álbum! Lenta, sem embalo, esta é mais uma balada, porém, desta vez, executada apenas por guitarra, voz e baixo, sem a presença de instrumentos de percussão. O destaque está no desenho melódico da voz, mas nada que melhore a qualidade da composição!
12) Deep Water. Esta é uma das duas melhores faixas do álbum! Com um ótimo embalo, certa velocidade, um excelente desenho melódico da voz e um excelente refrão (estes são os destaques da composição), a harmonia é executada por guitarra e violão, o primeiro em power chords e o segundo em posições abertas. Soa muito parecido com Hoodoo Gurus!
13) Not Enough Of You To Go Around. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, principalmente devido à parte A e seu desenho melódico, o grande destaque da composição. Não veloz, mas com um bom embalo, os contracantos da parte A também merecem atenção.
14) New Pleasures. A faixa mais pesada do álbum, principalmente devido à parte A, com a execução harmônica com frequentes pausas e uma boa frase do baixo. O refrão já é mais embalado e mais "alegre". Mais uma vez a parte A, o destaque da faixa, lembra Hoodoo Gurus.
15) Homosapien. O álbum finaliza com a faixa cover, que é, também, a melhor música, na minha opinião. Esta é uma composição de Pete Shelley e foi gravada, originalmente, em seu primeiro álbum solo, em 1981. Bem embalada e com uma certa velocidade, o grande destaque está no refrão, bem sing-a-long, embora o embalo, a parte A e o desenho melódico da voz mereçam atenção.
Ouça o álbum e se sinta deflorado!

sábado, 9 de outubro de 2021

Pallas - The Edge Of Time (2019)

GÊNERO: Rock Progressivo
ORIGEM: Escócia (Aberdeen / Aberdeen)
FORMAÇÃO:
Paul Mackie (Vocal)
Ronnie Brown (Teclado)
Niall Mathewson (Guitarra)
Graeme Murray (Baixo)
Colin Fraser (Bateria)
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Este é o oitavo álbum de estúdio do grupo, e foi lançado de maneira independente. É um bom álbum, bem diferente dos álbuns anteriores, apesar de ser uma espécie de coletânea, já que todas as faixas são regravações, com novos arranjos, de músicas já gravadas pelo grupo, até então, nestes mais de 40 anos de carreira. É um álbum extremamente conceitual, possuindo uma intenção bem explícita, com um clima bem espectral e orquestral, apesar de não possuir uma formação sinfônica. São composições extremamente bem compostas e pensadas, com excelentes arranjos e climas bem intensos, podemos dizer que são arranjos que serviriam perfeitamente para uma orquestra, porém são executados por um formato de banda de rock. Com certeza o foco não está na questão técnica, embora seja necessário um grande conhecimento para interpretar as composições, mas na intenção, dinâmica e arranjo. Todas estas questões estão muito bem definidas nas interpretações. A grande maioria das faixas são instrumentais, muitas delas encaixariam perfeitamente em uma trilha sonora de um filme de ficção! O curioso do álbum é que ele foi lançado apenas na página oficial do grupo, podendo o comprador escolher o formato, em CD ou para download em MP3. A versão para download possui 6 faixas a mais, como se fossem faixas bônus, aqui disponibilizo a versão com todas as faixas possíveis. Nada veloz e embalado, muito pelo contrário, este é um álbum para se ouvir com calma, possuindo pitadas de new age como influência, sendo quase um álbum de meditação! O grande destaque está na criatividade e ousadia do grupo para criar os arranjos das composições.
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FAIXA A FAIXA:
1) Ghostdancers. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Com um excelente clima e intenção, o arranjo de violino é o grande destaque. Bem lenta e introspectiva, transmitindo diferentes sensações, o desenho melódico lembra bastante algum tema qualquer do Ennio Morricone!
2) Violet Sky. Outra faixa que considero das melhores do álbum, possuindo um clima bem semelhante à faixa anterior, o destaque desta versão está no arranjo de violão, embora o arranjo e o movimento das vozes também mereçam atenção. Instrumental, assim como a faixa anterior, também não tem nada de velocidade e embalo.
3) New Life. A primeira faixa do álbum com a presença de voz. É uma boa composição, com um clima bem intimista, às vezes, até, minimalista. Com uma presença rítmica mais evidente em relação às faixas anteriores, os graves são executados, frequentemente, com staccato.
4) Just A Memory. A faixa mais "rock" até então, com a presença da bateria mais evidente, esta também é uma faixa instrumental, sendo o destaque o desenho melódico executado pelo violoncelo, possuindo, eventualmente, uma distorção como efeito na guitarra.
5) In Cold Blood. Esta é outra faixa com a presença de voz. Considero esta uma das piores faixas do álbum, realmente não me agrada, embora possua um bom clima e intenção. Também bem intimista, executada com um baixo fretless, o destaque está no arranjo.
6) Ark Of Infinity. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. O clima desta composição lembra bastante a trilha sonora de algum filme espacial, com uma frase constante executada pela caixa da bateria, e marcações dos acentos com o bumbo, sendo o destaque o arranjo melódico, existindo eventuais variações de compasso. Outra faixa instrumental.
7) The Blinding Darkness Of Science. Esta é a faixa mais pesada do álbum até então, embora também não possua velocidade e embalo, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo, embora o arranjo melódico com 3 vozes também mereça destaque. Mais uma faixa instrumental.
8) Something In The Deep. Esta faixa é outra que possui voz, sendo uma das faixas que menos me agrada no álbum. Sem nada de muito especial, a intenção e clima são os grandes destaques, embora o arranjo mereça atenção, também.
9) This Haunted Land. Outra boa faixa, instrumental, a qual o destaque está no arranjo, mais uma vez. Uma excelente intenção, com um ótimo trabalho de dinâmica, sem velocidade e sem embalo, com poucas variações no decorrer da faixa.
10) Stranger On The Edge Of Time. Esta é a última faixa da versão em CD, e é a faixa que considero a melhor do álbum, em especial devido à melodia principal, também existindo a presença vocal. Mesmo que o destaque esteja na melodia, o arranjo e dinâmica também merecem atenção, possuindo um arranjo rítmico mais evidente.
11) First Promo (Megamix). Esta é a primeira das faixas "bônus", existente apenas na versão para download, e nada mais é do que uma espécie de propaganda do álbum, com pequenos trechos de cada uma das faixas, emendadas uma na outra.
12) Violet Sky (Vocal Mix). Esta faixa é a mesma da faixa 2, porém com a inclusão de voz, portanto as características são as mesmas descritas na faixa 2, embora considere a versão sem voz mais interessante.
13) New Life (Instrumental Mix). Mesma descrição da faixa 3, porém esta sem a inclusão da voz, uma versão instrumental.
14) Something In The Deep (Instrumental Mix). Mesma descrição da faixa 8, porém esta é uma versão instrumental.
15) Stranger On The Edge Of Time (Instrumental Mix). A mesma descrição da faixa 10, porém esta é uma versão instrumental. Considero a versão com vocal mais interessante.
16) Bonus Free Track (Ascension Instrumental Mix). O álbum finaliza com a única das faixas "bônus" que não é uma versão diferente, ou editada, de uma das faixas anteriores, e considero esta uma das melhores faixas do álbum, a que apresenta mais distorção na guitarra, embora não seja o tempo todo, sendo esta mais uma faixa instrumental.
Ouça o álbum e conheça o fim do tempo!

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Ovos Presley - A Date With Ovos Demo (1994)

GÊNERO: Psychobilly
ORIGEM: Brasil (Curitiba / Paraná)
FORMAÇÃO:
Ademir (Vocal)
Wallace (Guitarra)
Bufunfa (Baixo)
Matheus (Bateria)
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Esta é a segunda demo lançada pelo grupo, de maneira independente, e foi gravada ao vivo no Aeroanta. É uma excelente demo, com composições bastante embaladas, algumas vezes velozes, com ótimos riffs e frases de guitarra, possuindo uma faixa instrumental. As composições são bem simples, assim como os arranjos, porém possui muita energia por parte de todos integrantes, ficando mais evidente devido ao vocal de Ademir. Os músicos não são muito técnicos, mas também não servem para ruins, sendo os arranjos de guitarra o grande destaque. Esta é uma importante banda do cenário psychobilly brasileiro, servindo de inspiração para inúmeras outras bandas, sendo uma das pioneiras do "novo" psychobilly nacional dos anos 90. Vale a pena conferir, uma gravação extremamente fiel à apresentação, não possuindo nenhum tipo de edição, deixando bem claro a energia do grupo em suas apresentações ao vivo.
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FAIXA A FAIXA:
1) Mundana. A demo incia com a faixa que considero a melhor. Com um excelente riff de guitarra e uma boa progressão harmônica, assim como a expressão vocal, esta é uma faixa veloz e embalada, sendo o grande destaque o refrão.
2) Baby Doll. Esta é a faixa que menos me agrada na demo, embora não seja uma música ruim. Com uma intenção bem rockabilly, a composição é bem embalada, possuindo um refrão mais cadenciado, sendo o grande destaque as frases da guitarra.
3) Noite De Horror. Mais uma faixa bem embalada, embora não muito veloz, com uma progressão harmônica bem simples, mas interessante, embora não possua nada de especial. O destaque está no embalo e expressão vocal.
4) Cheiro De Xota. Outra faixa com intenção bem rockabilly. Uma boa composição, mas com nada de especial, possuindo uma variação de cadência após a introdução, deixando a composição mais veloz e embalada. Destaque para o arranjo do baixo, bem simples, mas com a marcação constante das terças do acorde, o que chama a atenção.
5) Todo Mundo Bebum. Mais uma faixa bem veloz e embalada, com ótimos riffs de guitarra, sendo justamente este o grande destaque da composição. Acordes com pouca duração ajudam a dar a sensação de mais embalo para a composição.
6) Zeca O Estuprador. Considero esta uma das melhores faixas da demo, bastante embalada e veloz, esta faixa me lembra, um pouco, o grupo Síndrome De Down. Com uma progressão harmônica bem ao estilo rockabilly, mas no modo menor, o que dá uma sensação de tensão maior.
7) Vale Dos Defuntos Podres. Outra faixa que considero das melhores da demo. Se a faixa anterior lembrava, um pouco, Síndrome De Down, esta lembra muito! Bem veloz e embalada, com um bom arranjo (considero esta a faixa com melhor arranjo) e possuindo um refrão bem sing-a-long, o destaque está no refrão e nos riffs de guitarra.
8) O Massacre Das Torradeiras Assassinas. A demo finaliza com a faixa instrumental. Uma ótima composição, bem embalada e veloz, possuindo um bom arranjo, esta era a música "nova" do grupo na época, sendo o destaque o arranjo de guitarra com suas frases e riffs.
Ouça a demo e tenha um encontro com ovos!

domingo, 3 de outubro de 2021

Out Of Season - Out Of Season (1998)

GÊNERO: Hardcore
ORIGEM: Brasil (São Paulo / São Paulo)
FORMAÇÃO:
K-Tito (Vocal)
Markinhos (Vocal)
Tóppie (Guitarra)
Jota B. (Baixo)
Cézão (Bateria)
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Esta é a primeira demo, e primeiro trabalho, lançada pelo grupo, de maneira independente, e foi gravada no estúdio Rocha. É uma boa demo, infelizmente a qualidade da gravação não está muito boa, o que prejudica a audição. Mesmo assim, é possível perceber todos os elementos dos arranjos e a energia do grupo. As composições não são velozes e nem muito embaladas, existindo bastante groove, sendo os vocais bem gritados e expressivos. É uma banda que veio na forte onda straight edge brasileira, e sul americana, do final dos anos 90, se assemelhando com bandas como Colligere e Entrefuego. As músicas não são muito pesadas, e os vocais estão longe de serem guturais, possuindo uma altura que, podemos dizer, é aguda para os padrões do gênero, embora esta ideia acabou se consolidando na cena da época. O ponto fraco da demo é o baixo que foi gravado desafinado, e bem desafinado, porém não são todas as cordas, sendo a corda Ré mais evidente, soando muito feio em função deste fator, o que é uma pena. O destaque está nos arranjos rítmicos, em especial os arranjos de bateria. A arte da capa ficou por conta de xWalx. Vale a pena conferir, uma boa banda que ajudou a consolidar uma cena em sua época.
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FAIXA A FAIXA:
1) Better Days. A demo inicia com uma boa composição, embora não a considere das melhores. Não veloz e nem embalada, ela possui um bom arranjo, com bastante groove, boas frases de guitarra, sendo o destaque o arranjo de bateria, possuindo frequentes variações de cadência.
2) Keep Me Silent. Considero esta uma das melhores faixas da demo. Já mais embalada e mais veloz que a faixa anterior, esta possui um bom arranjo rítmico, com frases de bateria bem acentuadas, além de possuir um arranjo de guitarra com uma progressão harmônica que foge de uma ideia tonal, possuindo, também, variações de cadência, com trechos com bastante groove, além de eventuais pausas de pequena duração.
3) Relief Song. Considero esta a  melhor faixa da demo. A faixa mais veloz, com um bom groove e um bom embalo, além de um bom arranjo vocal. Mais uma vez a composição possui variações de cadência, variando entre partes mais embaladas e outras com mais groove.
4) Conquered With Death. Esta é a faixa que menos me agrada na demo. A faixa mais lenta, com pouco embalo e a desafinação do baixo bem evidente, o destaque está, mais uma vez, no arranjo rítmico, embora as frases de guitarra também mereçam atenção.
5) Erase It All. A demo finaliza com uma faixa instrumental, uma excelente composição, diga-se de passagem. Muito bem arranjada e com um excelente clima, as guitarras estão "limpas", ou seja, sem distorção, possuindo uma boa melodia, as quais as próprias guitarras executam. O destaque está justamente nas guitarras, embora o arranjo rítmico também mereça atenção.
Ouça a demo fora de estação!