sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Less Than Jake - Losers, Kings, And Things We Don't Understand (1996)

GÊNERO: Ska Core
ORIGEM: EUA (Gainesville - Alachua / Flórida)
FORMAÇÃO:
Chris DeMakes (Vocal, guitarra)
Roger Lima (Vocal, baixo)
Jessica Mills (Saxofone)
Derron Nuhfer (Saxofone)
Buddy Schaub (Trombone)
Vinnie Fiorello (Bateria)
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Esta é a primeira coletânea lançada pelo grupo, através do selo No Idea, e foi gravado no estúdio Georgia Street. A coletânea reúne material de todos os lançamentos do grupo até então, o que conta com 1 Ep, 4 singles e 1 faixa lançada em uma coletânea com vários artistas, além disso, uma música inédita até então foi inclusa no track list. Dentro deste repertório de músicas estão duas faixas cover. Nem todas as faixas destes lançamentos foram inclusas na coletânea, algumas ficaram de fora. A coletânea possui uma versão em CD e outra em LP, a qual não conta com a faixa inédita, e nem com as faixas do Ep. É uma excelente coletânea, a qual eu, particularmente, prefiro as faixas dos primeiros lançamentos do grupo. Bons arranjos, boas composições, com uma intenção bem explícita e fiel, o grupo ainda conta com um naipe de metais que faz bastante diferença, de maneira positiva. Embora seja uma coletânea de ska core, possui influência de pop punk e punk rock, além de pitadas de hardcore melódico e skate punk, soando como uma mistura de Operation Ivy, Pinhead Gunpowder e Down By Law. Outra curiosidade é que este foi o álbum de estreia do selo do grupo, anos mais tarde. Vale a pena conferir, uma excelente época, os primeiros 3 anos do grupo.
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FAIXA A FAIXA:
1) Soundman / Soundcheck. As primeiras 3 faixas da coletânea pertencem ao Ep Making Fun Of Things You Don't Understand. A primeira faixa é uma boa faixa, um típico ska core, com um excelente arranjo de sopros, sendo o destaque a introdução e seu arranjo.
2) 24 Hours In Paramus. Esta faixa inicia com a abertura da faixa tema do desenho animado do Scooby-Doo, surgindo, logo em seguida, mais um típico ska core, com um bom arranjo de sopros. Destaque para a linha do baixo.
3) Whipping Boy. Esta faixa já não é um ska, soando mais como um punk rock. Sem a inclusão de instrumentos de sopro, o destaque está no refrão e seu desenho melódico, embora as trocas rápidas de acorde e os eventuais acentos no contra também mereçam atenção.
4) Time And A Half. Esta e a próxima faixa pertencem ao single chamado Unglued. Outro ska core bem característico, com um bom arranjo dos sopros, o que, mais uma vez, é o destaque junto com a linha de baixo.
5) Econolodged. Mais um ska core com destaque para o arranjo do contrabaixo, embora a levada da guitarra, que possui mais swing, e o arranjo de sopros também mereçam destaque. O refrão é mais cadenciado, mas, ainda assim, mantém a pegada ska.
6) Pez King. Esta e as próximas três faixas pertencem ao single chamado Pez Kings. Considero esta uma das melhores faixas da coletânea, sem arranjo de sopros, esta é um punk rock, com destaque para a progressão harmônica e suas trocas rápidas, embora o desenho melódico da voz mereça atenção.
7) Where The Hell Is Mike Sinkovich?. Outra faixa que considero das melhores da coletânea, destaque para a progressão harmônica, arranjos de sopro e desenho melódico da voz. A faixa possui uma variação entre um ska core acelerado e um punk rock, a qual considero a melhor parte da composição.
8) This Is Going Nowhere. Outra faixa que me agrada bastante. Considero uma excelente faixa não fosse o refrão, com uma pegada bem pop punk. A parte A, que alterna entre um ska core e pequenos trechos com guitarras distorcidas, é o grande destaque, devido ao arranjo, desenho melódico da voz e progressão harmônica.
9) Laverne And Shirley. Esta faixa já soa mais pop punk, sem trechos em ska, porém com constantes arranjos de sopro. Não me agrada muito esta faixa, embora não seja ruim. Além disso, ela possui uma pequena duração.
10) Fucked. Esta e a próxima faixa foram lançadas na coletânea chamada Six Pack To Go. Esta é uma boa faixa, a mais veloz até então, esta soa como um hardcore melódico, com um arranjo bem trabalhado, o qual, mesmo com a faixa possuindo pouca duração, varia bastante suas intenções.
11) 867-5309 (Jenny). Eis que surge a primeira faixa cover da coletânea! Esta é uma música composta por Alex Call e Jim Keller, e foi gravada, originalmente, pelo grupo Tommy Tutone, em 1981. É uma versão bem punk rock, sem muita velocidade, mas com um bom embalo. Também sem arranjo dos instrumentos de sopro. Destaque para a parte antes do refrão. Um clássico de uma banda de uma música só!
12) Dukes Of Hazzard. Esta é a outra faixa cover da coletânea, gravada e composta por Waylon Jennings, em 1980. Conhecida por ser o tema da série de TV de mesmo nome. A versão original é um country, aqui o grupo a transforma em um punk rock bem embalado, embora não muito veloz. A faixa pertence ao single chamado G-Man Training Target.
13) Shotgun. Esta e as próximas duas faixas também pertencem ao Ep Making Fun Of Things You Don't Understand. Esta é um ska core bem característico, com o arranjo dos sopros em evidência, o que, aliás, é o grande destaque.
14) Down In The Mission. Considero esta uma das melhores faixas da coletânea. Mais um típico ska core com excelente arranjo do naipe de sopros, embora a progressão harmônica e o desenho melódico da voz mereçam atenção.
15) St. James Hotel. Outro ska core típico, o qual, mais uma vez, o destaque está no arranjo dos sopros. Bastante embalo e um bom arranjo são pontos positivos da composição, a qual não possui distorção no seu arranjo.
16) Glumble. Esta e as próximas 4 faixas pertencem ao primeiro lançamento do grupo, chamado Smoke Spot. Considero esta uma das melhores faixas da coletânea, um punk rock, sem arranjo de sopros, com  destaque para o desenho melódico da voz, embora a progressão harmônic, o riff de guitarra e a progressão harmônica também mereçam atenção.
17) Lucky Day. Outra faixa bem punk rock, mas já com pitadas de skate punk, sem arranjo de sopro, a qual o destaque está no desenho melódico da voz e seus contracantos. A composição possui um bom embalo.
18) Who Wholds The Power Ring?. Mais um ska core com a inclusão do naipe de metais, embora tímido. Uma boa faixa, com destaque para o refrão e o desenho melódico da voz, além de possuir um bom arranjo.
19) Wish Pig. Aqui começa a melhor seqüência da coletânea, na minha opinião. Considero esta a melhor faixa da coletânea, principalmente devido ao refrão e seu desenho melódico da voz, bem como os acentos no contratempo, embora a parte A também seja bem interessante. Mais uma vez um punk rock bem embalado e sem o naipe de sopros.
20) Awkward Age. Outra faixa que considero das melhores da coletânea, uma excelente progressão harmônica e desenho melódico da voz são os grandes destaques. Mais uma vez um punk rock embalado e sem a inclusão do naipe de sopros.
21) Good Time For Change. A coletânea finaliza com a faixa inédita, a qual considero uma das melhores do álbum, bem skate punk, lembra bastante 7 Seconds, com um ótimo arranjo, sendo o destaque o refrão com seu arranjo vocal e o arranjo de guitarra na parte A. Mais uma vez há a ausência dos instrumentos de sopro.
Ouça a coletânea e conheça os perdedores, reis, e coisas que não entendemos!

sábado, 24 de outubro de 2020

Les Cadavres - L'art De Mourir (1993)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: França (Paris / Île De France)
FORMAÇÃO:
Vérole - Philippe Legris (Vocal)
Eric Manevy (Guitarra)
Jérôme Saulnier (Baixo)
Tougoudoum - Eric Dechamps (Bateria)
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Este é o terceiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Bondage, e foi gravado no estúdio Pôle Nord. É um ótimo álbum, o penúltimo álbum de inéditas lançado pelo grupo. Ele soa como um típico punk rock, com influências de bandas britânicas, mas não só, na minha opinião, lembra uma mistura de Clash, Vampires e Replicantes! Praticamente todo álbum bem embalado, possuindo algumas faixas mais velozes. Eventuais frases da guitarra merecem destaque, embora a atenção maior deva se voltar para o desenho melódico da voz. Foi lançado um vídeo com videoclipes de faixas do álbum, cenas do grupo em apresentações ao vivo, sempre possuindo falas do vocalista Vérole entre elas, e também possui uma faixa cover. Bons arranjos e uma boa qualidade de gravação fazem com que o álbum mereça ser ouvido!
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FAIXA A FAIXA:
1) Memento Mori. O álbum inicia com uma ótima faixa, bem embalada, com certa velocidade, sendo o destaque o refrão e sua progressão harmônica e desenho melódico da voz.
2) Chambre 105. Considero esta a melhor faixa do álbum! Possui uma boa velocidade, um excelente embalo, sendo a parte A o grande destaque, com sua cadência harmônica e desenho melódico da voz.
3) Plaisir A La Carte. Outra ótima composição, porém esta mais lenta que as anteriores, porém possui uma ótima intenção, sendo o destaque o arranjo de guitarra.
4) Au Bout Du Rail. Mais uma boa faixa, já mais embalada que a anterior, possuindo uma boa progressão harmônica, sendo o destaque o arranjo de guitarra, embora a caixa dobrada mereça atenção. A frase da guitarra na parte A lembra Jungle Studs!
5) U.SS.A.. Outra faixa que me agrada bastante, também! Não muito veloz na introdução, mas com um ótimo arranjo, um excelente riff de guitarra na parte A, e um bom embalo. Mais uma vez o destaque está no arranjo de guitarra.
6) Les Voix Du Silence. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum! Bastante embalada, com certa velocidade, uma ótima progressão harmônica, bem como uma excelente expressão. O arranjo e as frases de guitarra merecem destaque.
7) En Rade. Outra faixa que considero das melhores do álbum, principalmente devido à sua intenção. Não muito veloz, com um clima que lembra bastante seus conterrâneos do Vampires, o destaque está no desenho melódico da voz e no refrão. 
8) Né Pour Crever. É uma boa faixa, não muito veloz, mas com um bom desenho melódico, sendo o destaque o trabalho de dinâmica, embora o refrão mereça destaque, também.
9) Fragile. Considero esta a pior faixa do álbum, embora não seja ruim, possuindo um bom embalo. É uma composição bem alegre, com a frase da guitarra soando quase que como um country! Nada de mais, bem trivial.
10) Shot By Both Sides. Eis que surge a faixa cover do álbum! Esta é uma música composta por Howard Devoto e Pete Shelley (integrantes do Buzzcocks), gravada, originalmente, pelo grupo Magazine, em 1978. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, por um detalhe não a considero a melhor! Simplesmente sensacional, com uma ótima progressão harmônica, embora o grande destaque esteja mesmo no desenho melódico da voz, mas, principalmente, no refrão. As frases de guitarra também merecem atenção.
11) Pas De Commentaires. Outra faixa que não me agrada muito, sem muito embalo em algumas partes, ela possui um swing na levada da guitarra. Nada de mais, incluindo uma microfonia (proposital) em grande parte da composição, o que  incomoda.
12) Idole Factice. Gosto bastante desta faixa, também, principalmente devido ao arranjo de bateria e sua caixa dobrada em quase todo tempo. A execução da harmonia na parte A, com frequentes pausas e uma repetitiva frase da guitarra são o grande destaque, o refrão faz a composição baixar a qualidade, na minha opinião.
13) A Bout De Souffle. O álbum finaliza com uma boa faixa, não muito veloz, um típico punk rock ao estilo britânico! Um bom trabalho de dinâmica, mas com nada que chame muito a atenção.
Ouça o álbum e conheça a arte de morrer!

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Leftovers - Party Tonight (2006)

GÊNERO: Pop Punk
ORIGEM: EUA (Portland - Cumberland / Maine)
FORMAÇÃO:
Kurt Baker (Vocal, baixo)
Andrew Rice (Guitarra)
Matt Anderson (Guitarra)
Adam Woronoff (Bateria)
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Este é o segundo álbum lançado pelo grupo, através do selo Cheapskate. É um bom álbum, com ótimas composições, bem arranjadas e com um ótimo embalo. É um pop punk com influências de punk rock e pitadas de hardcore melódico, lembra uma mistura de Screeching Weasel, Green Day e Ramones! Existem duas faixas mais com trechos mais velozes, no mais, as faixas são mais lentas, porém sempre possuindo um bom embalo. O álbum possui uma boa qualidade de gravação, existindo boas frases e arranjos.
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FAIXA A FAIXA:
1) Crazy. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Um ótimo embalo, existindo uma certa velocidade, além de um bom arranjo e uma progressão harmônica, na parte A, bem fora de uma ideia tonal. O refrão já é mais sing-a-long e mais alegre.
2) She Doesn't Like Me Anymore. Esta faixa já é mais lenta e mais pop, incluindo a óbvia progressão harmônica do "T", típico do gênero! Lembra um pouco de Ramones, as mais alegres deles! Não é uma faixa ruim, mas muito pop. Considero esta a pior faixa do álbum.
3) Mouth To Mouth. Outra faixa que considero das melhores do álbum! A parte A é bem trivial, não ruim, mas nada de mais, porém o refrão faz toda diferença, simplesmente sensacional, bem sing-a-long, mas com um ótimo desenho melódico da voz e um bom acompanhamento harmônico.
4) Hypnotized. Outra boa faixa, mais alegre e não muito veloz, mas com um ótimo embalo. Um típico punk rock, à la Ramones, apesar de perceber influência de Green Day, também. Me agrada bastante esta faixa, também!
5) Guessage. Outra boa faixa, porém esta já soando mais pop, embora não muito, ainda soa punk rock, um punk rock alegre, mas não muito, embora o refrão seja bem pop punk. Um bom arranjo, apesar de bem simples.
6) Adding Up. Considero esta a melhor faixa do álbum! Excelente! Com um ótimo desenho melódico da voz e uma boa progressão harmônica, tanto na parte A quanto no refrão, embora o destaque seja a parte A. O refrão é bem sing-a-long!
7) Dance. Outra faixa muito boa, já mais lenta, porém com uma ótima progressão harmônica na parte A, que é o grande destaque. O refrão já mais pop, mas ainda assim não é ruim, possuindo contracantos bem ao estilo Ramones!
8) I Don't Really Love You. Outra boa faixa, principalmente devido ao refrão. A faixa já inicia com o refrão, bem sing-a-long, com um bom desenho melódico da voz, soa bem pop, mas ainda assim é uma boa composição.
9) Life And Death (Of The Party). O álbum finaliza com outra ótima faixa, a segunda com trechos mais velozes, soando como um hardcore melódico. Ótimo arranjo, com bastante variação de cadência, além de um bom trabalho de dinâmica.
Ouça o álbum e venha à festa hoje à noite!

sábado, 17 de outubro de 2020

Le Scrawl - Snowblind (2010)

GÊNERO: Jazz Core
ORIGEM: Alemanha (Schwielowsee / Brandenburg)
FORMAÇÃO:
Mario Anders (Vocal, baixo)
Arne Assmann (Flauta transversal, saxofone, acordeon)
Simon Weiss (Guitarra)
Uta Schwede (Teclado)
Peter Weiss (Bateria)
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Este é o primeiro, e único, álbum lançado pelo grupo, e é, também, o último lançamento, através do selo Obscene, e foi gravado no estúdio Music Lab. É um som único, difícil de comparar, embora existam algumas influências bem evidentes em alguns trechos. O vocal é gutural o tempo todo, existe bastante peso, com muita distorção, blast beat e velocidade, lembrando bastante um crossover, mas também gêneros mais pesados como o crust core. O curioso é que sempre há um trecho mais experimental, geralmente soando jazz, mas nem sempre, onde percebe-se, além do jazz, influências de rock psicodélico, pós punk e rock. Nada difere de seus trabalhos anteriores mais recentes, mantendo a mesma intenção. Talvez a semelhança com o grupo Lawnmower Deth seja a mais evidente, embora não esteja escancarado. Bastante variação de cadência, um excelente trabalho de dinâmica, com excelentes frases melódicas dos instrumentos, bem como o teclado usando diferentes timbres, sendo o vibrafone um timbre bastante usado. O álbum conta com a participação de dois convidados: Stefan Gocht, que toca flugelhorn, trompete e trombone, e Harris Johns, que toca o solo de guitarra em uma das faixas.
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FAIXA A FAIXA:
1) Winter Sun. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Um excelente riff na parte mais pesada, enquanto que na parte mais lenta, o destaque está na frase do baixo e no arranjo do piano. A frase da flauta transversal também merece destaque, assim como a variação de cadência e velocidade. Esta é a faixa de trabalho, pois possui videoclip de divulgação.
2) K2. Esta faixa já é mais leve, pois não possui trecho pesado, lembrando bastante um pós punk, principalmente devido ao timbre de órgão. O destaque está no arranjo da guitarra, embora o trompete mereça atenção.
3) Twist Of Fate. A faixa já inicia com uma paulada, bastante peso e distorção, porém, logo em seguida surge o trecho lento, onde o destaque está no arranjo do teclado com timbre de vibrafone. As partes vão se alternando.
4) Numb. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Também inicia com bastante velocidade, com uma progressão harmônica que soa bem hardcore, após, surge o trecho mais lento, que possui o timbre de cravo no teclado!
5) Chapter 9. A faixa inicia com uma ótima frase da guitarra, com bastante distorção, porém, logo em seguida, surge o trecho mais lento. Os trechos mais lentos se diferem, o que é bem interessante, assim como o arranjo de flugelhorn, bem sutil, mas preenchendo bem.
6) Bombshell. A faixa mais rock do álbum, lembra, quase, um Strokes! Não muito veloz e sem parte com peso, o grande destaque está no arranjo de teclado, que fraseia bastante, quase como um improviso.
7) Cold. Outra faixa sem a parte com peso, sendo o destaque o arranjo do contrabaixo, com uma frase bem minimalista, mas bastante interessante. Mais uma vez o teclado está com timbre de vibrafone, o que soa bem interessante. É uma ótima composição, soando mais intimista.
8) Waterfront. Outra faixa que inicia com um petardo na orelha! Ótimos riffs de guitarra, enquanto que no trecho mais lento, o destaque está no arranjo de acordeon, existindo, inclusive, um trecho mais heavy metal!
9) Lost. Outra faixa sem peso, com uma boa frase do trompete, enquanto que a harmonia soa bem pós punk. O destaque está no trompete e no piano, em especial no refrão, que é o trecho que merece mais atenção.
10) North By Northwest. Talvez a faixa que mais se assemelhe ao Lawnmower Deth, principalmente devido à sua introdução pausada, com variações de intenção quase que constantes, embora a pegada crossover também lembre bastante. O trecho lento tem destaque no teclado, mas também no contrabaixo. Esta é a faixa que conta com a participação de Harris Johns no solo de guitarra. O arranjo de saxofone também merece atenção.
11) Homesick. Considero esta a melhor faixa do álbum, uma paulada, com um excelente arranjo, tanto na parte pesada, onde o destaque está na progressão harmônica e frases da guitarra, quanto na parte lenta, onde, mais uma vez, o teclado está com timbre de vibrafone.
12) Driftwood. Outra faixa com o teclado com timbre de vibrafone! Também soando como um pós punk, sem a parte pesada (com exceção de um pequeno trecho), um baixo mantendo as tônicas dos acordes, o destaque está no arranjo de guitarra e bateria.
13) Endurance. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores, com uma excelente progressão harmônica, bem como frases da guitarra, enquanto a parte lenta possui timbre de vibrafone, mais uma vez. Destaque para o arranjo dos metais.
Ouça o álbum e fique cego de neve!

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Layaway Plan - Addictive (1997)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Canadá (Moose Jaw / Saskatchewan)
FORMAÇÃO:
Terry Ovans (Vocal, guitarra)
Stacey Hahn (Guitarra)
Scott Schroeder (Baixo)
Allan Miller (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Smallman, e foi gravado no estúdio Chaplin. É um ótimo álbum, bem ao estilo das bandas da época, lembrando, muitas vezes, bandas brasileiras como Turtle CreekSwallow The Waffle, ou Surprise Set, mas também lembrando No Fun At All e MXPX! A qualidade da gravação não está ruim, mas poderia ser melhor, talvez um capricho a mais na masterização também ajudasse, mas nada que interfira na qualidade do álbum. A maioria das músicas são velozes, com arranjos muito bem trabalhados e pensados, existindo certa qualidade técnica dos membros, o que ajuda, pois existem diversas frases que aumentam a qualidade da composição. Aliás, sou suspeito para falar de bandas canadenses, todas têm um bom arranjo, sempre bem pensados e trabalhados, aplicando boas técnicas para executá-las. A arte da capa ficou a cargo de Neil Myers, outro destaque do álbum: a arte da capa! Aquele hardcore melódico típico dos anos 90, com bastante velocidade e frases, embora sem muito solo, palhetadas rápidas, trocas rápidas de acordes, com diferentes variações de cadência, ajudando a dar um bom toque na dinâmica das composições, existindo uma faixa bônus no final.
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FAIXA A FAIXA:
1) Not Me. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Excelente progressão harmônica na introdução, com boas frases oitavadas da guitarra, assim como o desenho melódico da voz, além de possuir variações de cadência, ajudando no trabalho de dinâmica.
2) Big Dreamer. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com trocas rápidas de acorde, bastante velocidade, acentos no contratempo, sendo o destaque o desenho melódico da voz, bem como o refrão e seus contracantos.
3) Through Your Teeth. Mais uma faixa veloz, mas com trechos mais lentos, com acentos no contratempo e um refrão bem sing-a-long e mais comercial, embora não chegue a ser pop, com um bom desenho melódico, em especial no refrão.
4) Just Good Friends. Esta faixa já não é muito veloz quanto às anteriores, mas possui um ótimo embalo, assim como o desenho melódico da voz. As frases de guitarra também merecem destaque, assim como o arranjo que, apesar de nada de mais, possui um bom trabalho, assim como a dinâmica.
5) Face It. Mais uma faixa veloz, com frases oitavadas da guitarra, um bom desenho melódico da voz, mas o destaque está no arranjo das guitarras, com acordes arpejados, existindo uma variação de cadência no refrão, bem como palhetadas rápidas.
6) Tomorrow. Esta faixa possui uma boa frase do baixo em sua introdução, velocidade, embalo e um bom desenho melódico da voz, existindo um trecho cadenciado e pausado no refrão. As guitarras executam, mais uma vez, frases oitavadas.
7) Still Good Friends. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, principalmente devido à sua progressão harmônica, em modo menor, mas também, devido à velocidade, arranjo e desenho melódico da voz, existindo um trecho cadenciado e pausado no refrão.
8) Club Kid. Uma faixa embalada, mas não muito veloz, soando mais punk rock do que hardcore, o destaque está no trabalho de dinâmica e nas frases de guitarra, embora o desenho melódico da voz também mereça destaque, apesar de nada de mais.
9) Better Off. Outra boa faixa, com uma boa introdução, mais lenta, mas que logo em seguida dá lugar à velocidade, existindo um refrão mais cadenciado, com destaque para o arranjo das guitarras e suas frases, além do desenho melódico da voz.
10) In Your Head. Considero esta a melhor faixa do álbum. Com um excelente riff de guitarra na introdução, logo após a velocidade aparece, existindo um ótimo arranjo, assim como o trabalho de dinâmica e o desenho melódico, possuindo o refrão mais cadenciado, que, apesar de pausado, possui um bom embalo, sendo o destaque a parte A.
11) Feeling Alone. Outra faixa excelente, com um ótimo embalo, progressão harmônica e arranjo, bem como o desenho melódico da voz. Os contracantos do refrão ajudam a deixar a faixa mais melódica, sendo o destaque o arranjo.
12) Good Advice. Outra excelente faixa, bastante veloz, com palhetadas rápidas, frases oitavadas da guitarra, acentos deslocados e um bom desenho melódico da voz. Só não a considero uma das melhores devido ao refrão, que, apesar de não ser ruim, dá uma cadenciada que quebra o embalo que vinha até então.
13) Bonus Track. O álbum finaliza com uma faixa bônus, que é, na minha opinião, a pior faixa do álbum, sem dúvidas. Quase uma balada, mas com uma intenção bem pop, arranjo suave, esta é uma composição bem fraquinha, diferente do resto do álbum. Entende-se porque é uma faixa bônus!
Ouça o álbum e perceba como é viciante!

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Lash Out - Keep Rocking... For The Music Lovers (2004)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Argentina (Campana / Buenos Aires)
FORMAÇÃO:
Buco Lash - Barnabé Cantlon (Vocal, guitarra)
Buglio Lash - Julio Golfo (Guitarra)
Dany Lash - Daniel Bela (Baixo)
Leg Lash - Esteban Longobardi (Bateria)
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Este é o terceiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Delfina's. É um bom álbum, é um punk rock com influências de bubble gum e pop punk. As músicas não são muito velozes, existindo diferentes climas nos arranjos e composições, ora mais punk rock, ora mais balada, ora, mais alegre... enfim, este é um ponto interessante do álbum, que merece destaque. Como toda banda de punk rock argentina que se preze, há momentos que lembram Ramones, porém existem muitos trechos e faixas com dedilhados e arranjos mais leves. É um bom álbum, com destaque para a atitude do grupo, sempre agindo do modo mais Do It Yourself possível, tendo, inclusive, criado um selo, o qual o lançamento número 1 é justamente este álbum, do próprio Lash Out! Outro detalhe interessante é que o álbum possui faixas em espanhol e outras em inglês! O destaque, no que diz respeito à parte musical, está nos arranjos de guitarra.
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FAIXA A FAIXA:
1) No Radio No Video. O álbum inicia com uma boa faixa. Um punk rock com pitadas de pop punk, uma boa frase de guitarra e um bom trabalho de dinâmica. Nada muito veloz, mas com um bom embalo e desenho melódico.
2) You Are The Queen Of My Heart. Outra boa faixa, mais punk rock que a anterior, mas, ainda assim, com pitadas de pop punk. Mais uma vez o trabalho de dinâmica merece destaque. Pouca velocidade e um bom embalo, o desenho melódico da voz é o destaque, junto com a dinâmica e o arranjo.
3) Dejame. Uma faixa mais intimista em sua introdução, logo após ela se torna um punk rock não muito veloz, mas com um bom embalo, sendo o destaque o refrão, bem sing-a-long, o desenho melódico da voz e o arranjo das guitarras.
4) Me And You. Esta faixa lembra muito as baladas dos filmes da Sessão Da Tarde em que possuem bailes escolares dos anos 50 e 60! Uma progressão harmônica bem comum para canções com este aspecto nas décadas de 50 e 60, com compasso composto, que ajuda a caracterizar ainda mais!
5) What Do You Really Want. Considero esta uma das melhores faixas do álbum! A mais punk rock até então, com destaque para o refrão, bem sing-a-long. O arranjo das guitarras também merece destaque, bem como o trabalho de dinâmica.
6) I See You On TV. Uma boa faixa que possui uma introdução bem pop punk, quase um emo core, com um violão arpejado, lembrando Blink-182. Após a introdução, a composição fica um punk rock com pitadas de pop punk, mantendo, ainda a mesma referência de Blink-182.
7) A Minute On My Life. Outra boa faixa, também com aspecto pop punk, mas com um bom trabalho de dinâmica, sendo o destaque o desenho melódico da voz e, principalmente, a expressão vocal, com um bom timbre e intenção, sendo o refrão bem alegre.
8) Honey. Outra faixa mais intimista, com um arranjo mais leve, incluindo violões e piano, mas, ainda assim, com seus momentos punk rock. O destaque está, justamente, no refrão, a parte mais punk rock, já que as outras partes são bem "fracas".
9) Barra De Lagoa. Outra faixa que considero das melhores do álbum, possuindo um bom embalo e esta um típico punk rock, bem ao estilo das bandas do final da década de 70, soando uma mistura de Ramones e Clash!
10) Quizá Por Vos, Quizá Por Mi. Mais uma faixa com arranjo mais leve e intimista, com guitarras limpas e pouca distorção, talvez a faixa que menos me agrada no álbum. O destaque está no desenho melódico da voz, porém nada que chame muita atenção.
11) Perdoname. Esta é outra faixa que considero das melhores, sendo, também, a faixa de trabalho do álbum, possuindo videoclip de divulgação. É um vídeo que se passa em um bar com apenas uma cliente, enquanto o grupo toca. O interessante é que o vídeo desvenda o rosto da capa do álbum! Outro punk rock com as mesmas características da faixa 9, com destaque para o refrão e sua intenção.
12) Hello World. Outra faixa mais alegre, com bastante influência de bubble gum, apesar de soar um punk rock. Não é uma má composição, mas não tem nada de mais, sendo o destaque o refrão e sua caixa dobrada.
13) Kiss Me Deadly. Esta é uma faixa acústica, possuindo um bom arranjo de violão, porém é muito fraquinha, apesar de ser uma bela canção, com destaque para a expressão vocal.
14) Te Sobra Violencia. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, outro punk rock com pitadas de pop punk, mas com um bom timbre de guitarras, um bom trabalho de dinâmico, além de bons contracantos, sendo o ápice o refrão, com mais distorção e um ótimo desenho melódico da voz.
15) Sin Miedo. Considero esta a melhor faixa do álbum, principalmente devido à combinação entre o desenho melódico da voz e a harmonia, embora o trabalho de dinâmica também mereça atenção. Um bom embalo, embora não muito veloz, com um refrão bem alegre e a inclusão de um violão são pontos marcantes da composição.
Ouça o álbum e continue agitando para os amantes da música!

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Lagwagon - Tragic Vision (1992)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: EUA (Goleta - Santa Barbara / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Joey Cape (Vocal)
Chris Flippin (Guitarra)
Shawn Dewey (Guitarra)
Jesse Buglione (Baixo)
Derrick Plourde (Bateria)
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Este é o primeiro single lançado pelo grupo, através do selo Fat Wreck Chords, e foi gravado no estúdio Westbeach. Este single foi lançado na mesma época em que lançaram seu primeiro álbum, como um trabalho de divulgação, já que as duas faixas estão presentes no álbum Duh, o primeiro do grupo. Considero uma faixa excelente e a outra boa. A primeira mostra a velocidade e a riqueza de frases nas composições e arranjos deste período, enquanto a segunda já soa mais um pop punk, porém acabou se tornando um dos grandes clássicos do grupo, indispensável em qualquer apresentação! Ótimas melodias, excelentes frases e muita energia, considero esta a melhor fase do grupo, e aqui temos um "tira gosto" desta época!
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FAIXA A FAIXA:
1) Tragic Vision. O single inicia com a faixa que considero a melhor, a qual já tive a honra de tocar com uma das minhas ex-bandas, chamada One More Beer, a qual abriu o único show do grupo em Porto Alegre! Excelente composição, ótimas frases de todos os instrumentos, um excelente desenho melódico da voz, bastante energia, diferentes levadas e ritmos, frases em sincronia, além de contracantos graves bem pertinentes. Enfim, só elogios, nada de ruim, simplesmente excelente!
2) Angry Days. O single finaliza com um dos grandes clássicos do grupo, já mais lenta e menos enérgica, esta é uma canção, com uma bela melodia, porém já soando mais pop. É uma boa composição, principalmente devido ao desenho melódico da voz, o qual considero o grande destaque.
Ouça o single e tenha uma visão trágica!