quarta-feira, 23 de junho de 2021

Negative FX - Government War Plans EP (2003)

GÊNERO: Hardcore Old School
ORIGEM: EUA (Boston-S.C. / Massachusetts)
FORMAÇÃO:
Jack Kelly (Vocal)
Patrick Raftery (Guitarra)
Rich Collins (Baixo)
Dave Brown (Bateria)
.
Este é o primeiro EP, e segundo trabalho, lançado pelo grupo, através do selo Distortions. Embora o EP tenha sido lançado em 2003, a gravação é de uma fita demo de 1982. Um dos poucos registros do grupo, já que ele existiu por apenas 1 ano, de 1981 a 1982, tendo em seu "currículo" apenas 5 apresentações ao vivo. Mesmo com pouco tempo de duração, o grupo foi bastante influente na cena underground, mais precisamente do movimento straight edge, especificamente na região de Boston, ajudando a criar uma cena reconhecida na região. As faixas, em sua grande maioria, são velozes, com pouco tempo de duração, os músicos possuem pouca técnica, mas compensam com muita energia, trocas rápidas de acordes, com arranjos pouco trabalhados, sendo o ponto fraco, na minha opinião, o vocal, que não apresenta uma boa linha melódica, além de que seu timbre de voz também não me agrada. Já havia feito uma resenha sobre este EP em 2011, confira aqui! Outra curiosidade é que o nome do grupo inspirou o grupo NOFX a criar seu nome. É um bom EP, com muita energia, nenhuma composição muito especial, mas, ainda assim, com boas composições. Vale a pena conferir!
.
FAIXA A FAIXA:
1) Government War Plans. O EP inicia com uma das faixas que considero das melhores. Bastante veloz, com trocas rápidas de acorde, vocal bastante enérgico, possuindo apenas duas partes, ambas com arranjos simples.
2) IDNTFS. Outra boa composição, com destaque para as frequentes pausas, no mais, esta é uma composição com trocas rápidas de acordes e, também, veloz. Arranjo simples, mas compensado pela energia.
3) Feel Like A Man. Considero esta a melhor faixa do EP, a mais lenta até então, com trocas rápidas de acorde, arranjo bem simples, possuindo 2 partes e muita energia!
4) Negative FX. Outra boa composição, bastante veloz, com trocas rápidas de acorde, frequentes backing vocals e muita energia. Podemos dizer que esta é uma composição bem minimalista.
5) VFW. Considero esta uma das melhores faixas do EP, também mais lenta que o habitual do grupo, trocas rápidas de acorde, arranjo bem simples, mas com tudo no lugar, possuindo, mais uma vez, uma ideia bem minimalista.
6) Protester. Outra faixa bem veloz, com, mais uma vez, trocas rápidas de acorde, pouca duração, muita energia, inciando com a bateria executando o arranjo da primeira parte.
7) Nuclear Fear. Esta faixa inicia mais mais lenta, com um arranjo pouco embalado, porém, logo em seguida, surge a velocidade, com, mais uma vez, trocas rápidas de acorde e muita energia.
8) I Can't Take It Anymore. O EP finaliza com a faixa mais lenta e mais "viagem", com arranjo de guitarra praticamente inexistente, existindo, inclusive, frequentes microfonias oriundas da (ausência) de guitarra. Uma intenção bem reggae, executada pelo baixo e bateria.
Ouça o EP e conheça os planos de guerra do governo!

quinta-feira, 17 de junho de 2021

Napalm Death - Order Of The Leech (2002)

GÊNERO: Death Metal
ORIGEM: Inglaterra (Meriden - West Midlands / West Midlands)
FORMAÇÃO:
Barney - Mark Greenway (Vocal)
Mitch Harris (Guitarra)
Shane Embury (Baixo)
Danny Herrera (Bateria)
.
Este é o décimo álbum lançado pelo grupo, através do selo Spitfire, e foi gravado nos estúdios Parkgate e Chappel. É um bom álbum, bastante veloz, com frequentes trechos com blast beat, existindo frequentes variações de cadência, bem como frequentes riffs de guitarra, sempre com palhetadas velozes e muita velocidade. A distorção possui bastante ganho, a inclusão de arranjos com dois bumbos são corriqueiros, e o vocal sempre gutural, sempre muito grave. Já faz parte da volta das composições com influências de grindcore, ideia pouco comum no final dos anos 90, embora o death metal esteja sempre predominante. Os músicos são técnicos e as composições bem trabalhadas, assim como os arranjos, existindo frases em sincronia entre os instrumentos. O peso está presente o tempo todo, sendo o destaque os riffs de guitarra, possuindo uma faixa bônus, a última parte de uma trilogia em que há comentários de fãs de metal, o curioso é que esta fala foi traduzida para o tcheco! Um bom álbum destes que são um dos principais nomes do gênero, vale a pena conferir!
.
FAIXA A FAIXA:
1) Continuing War On Stupidity. O álbum já inicia com uma paulada na orelha! Constantes riffs de guitarra, bem como frequentes arranjos de bateria com dois bumbos. Muita informação em pouco tempo, bastante velocidade e peso, o destaque está nos riffs de guitarra.
2) The Icing On The Hate. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Extremamente veloz, com um ótimo arranjo de guitarra, que é, na minha opinião, o grande destaque. Frequentes riffs, muita informação em pouco tempo e um bom arranjo.
3) Forced To Fear. Mais uma faixa com constantes riffs e, mais que as faixas anteriores, arranjo de bateria com dois bumbos quase que o tempo inteiro da faixa. Arranjo bem trabalhado, bastante peso e velocidade, vocal grave e gutural são as características desta composição.
4) Narcoleptic. Mais uma faixa extremamente veloz, com frequentes riffs, vocal gutural e um bom arranjo. Como de praxe, mais uma vez, muita informação em pouco tempo, sendo o destaque, mais uma vez, os riffs de guitarra, existindo eventuais backing vocals mais agudos, bem como um trecho cadenciado.
5) Out Of Sight, Out Of Mind. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com um embalo mais hardcore, embora a característica death metal seja predominante, principalmente devido ao vocal e aos riffs de guitarra. Destaque para o embalo e arranjo.
6) To Lower Yourself (Blind Servitude). Bastante embalo, dois bumbos, quando aparecem, extremamente velozes, frequentes riffs de guitarra e um arranjo muito bem trabalhado, existindo frequentes variações entre as partes.
7) Lowest Common Denominator. Considero esta a melhor faixa do álbum. Talvez a faixa mais lenta e mais simples de todo álbum, com mais cara de hardcore e, quem sabe, punk rock. Lembra, um pouco, M.O.D. devido à progressão harmônica.
8) Forewarned Is Disarmed?. Esta já volta a se assemelhar às demais faixas do álbum, extremamente veloz, com a inclusão de dois bumbos, frequentes riffs de guitarra, muito peso, arranjos bem trabalhados e frequentes variações de cadência.
9) Per Capita. Outra faixa mais cadenciada e não tão veloz, embora exista os trechos velozes, também. Um bom embalo, eventuais inclusões dos dois bumbos da bateria e um ótimo arranjo, além, claro, dos frequentes riffs de guitarra.
10) Farce And Fiction. Com uma introdução mais cadenciada, a velocidade extrema, com dois bumbos e frequentes riffs de guitarra surge logo em seguida, e mantém-se pela maior parte da composição que, mais uma vez, possui um arranjo muito bem trabalhado, com muitas informações.
11) Blows To The Body. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Bastante velocidade, riffs de guitarra e eventuais variações de cadência, esta é mais uma composição com um arranjo muito bem trabalhado.
12) The Great Capitulator. Mais uma faixa com as características evidentes e presentes em todo álbum: velocidade, dois bumbos, riffs de guitarra, variações de cadência, muita informação e arranjos muito bem trabalhados.
13) Bonus Track. O álbum finaliza com esta faixa bônus, que não é nada musical, mas, sim, comentários de um fã do metal falando sobre sua própria história dentro do gênero, sendo traduzido para o tcheco, logo após!
Ouça o álbum e conheça a ordem do sanguessuga!

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Não São Paulo - 2 (1987)

GÊNEROS: Pós Punk / Funk Metal / Punk Rock
ORIGEM: Brasil (São Paulo / São Paulo)
BANDAS: Nau / Gueto / 365 / Vultos
.
Esta é a segunda, e última, coletânea da série, lançada pelo selo Baratos Afins. É uma boa coletânea, importante para a época, ajudando a divulgar algumas importantes bandas da época. A versão original, em LP, possui 8 faixas, a versão em CD conta com 5 faixas bônus, 4 delas descritas na lista de músicas e uma escondida, surgindo após um grande espaço em branco após a faixa 12. As faixas bônus são todas versões ao vivo, uma de cada um dos grupos presentes na coletânea, sendo a faixa escondida, uma quarta faixa do grupo Gueto. As faixas não são muito velozes, mas possuem bons arranjos e intenções, fugindo do convencional. A coletânea conta com uma faixa cover, na verdade, duas faixas cover, porém a mesma composição, uma na versão de estúdio e outra na versão ao vivo.
.
FAIXA A FAIXA:
1) NAU - Madame Oráculo. A coletânea inicia com a banda que menos me agrada, embora não seja ruim. Uma intenção pós punk, mas com pitadas de funk metal. Não muito embalada, com as guitarras com bastante swing e frequentes pausas, possuindo um baixo com eventuais slaps. Destaque para o arranjo e intenção.
2) GUETO - Fotografia. Esta é uma das faixas que considero das melhores. Na verdade considero o Gueto a melhor banda da coletânea. Esta é um funk metal, com um bom embalo, apesar de o arranjo de guitarra dar uma "freiada" neste embalo. Destaque para a parte A e a execução do vocal.
3) 365 - 31 De Março. Esta é outra faixa que considero das melhores. Um punk rock suave, mais leve, com pouca distorção nas guitarras e bastante chorus. O refrão já soa mais punk rock que a parte A, possuindo pitadas de funk e groove. Com um bom embalo, o destaque está no refrão e no arranjo de guitarra.
4) VULTOS - O Analista. Considero esta a melhor faixa da coletânea. Bastante embalada, embora não muito veloz, esta é bem punk rock. Destaque para o desenho melódico da voz e a parte A, embora o solo de guitarra mereça atenção devido ao seu arranjo pouco convencional.
5) GUETO - Luta. Outra boa composição, bem funk metal, com muito groove e swing, vocal grave e um bom arranjo de guitarra, o destaque está no trabalho de dinâmica, possuindo, inclusive, instrumentos de percussão.
6) VULTOS - Farsantes Amantes. Esta faixa, ao contrário da faixa anterior do grupo, soa bem pós punk, com um arranjo de guitarra com bastante swing, sendo o destaque a inclusão de um trompete no arranjo. Não muito veloz e nem muito embalada, mas com uma boa intenção.
7) NAU - Sofro. Mais uma composição bem pós punk, com um arranjo pouco convencional, uma intenção bem diferenciada, porém bem definida. O curioso é que a letra desta composição foi retirada de um poema do poeta português Fernando Pessoa.
8) 365 - Grândola, Vila Morena. Esta é a faixa cover da coletânea. Esta é uma música composta e gravada pelo músico português Zeca Afonso, em 1973. Esta versão é bem diferente da original, soando bem punk rock, talvez a faixa mais punk rock da coletânea.
9) NAU - Madame Oráculo (Ao Vivo). Aqui iniciam as faixas bônus. As características desta faixa estão descritas na faixa 1, a diferença está no vocal que está mais expressivo.
10) VULTOS - Farsantes Amantes (Ao Vivo). As características desta composição estão descritas na faixa 6. Bem semelhante as versões, inclusive com a inclusão do trompete.
11) GUETO - Luta (Ao Vivo). Considero esta uma das melhores faixas da coletânea. As características estão descritas na faixa 5, porém prefiro esta versão, soa mais pesada, principalmente, devido ao arranjo de guitarra.
12) 365 - Grândola, Vila Morena (Demo). Esta é a segunda faixa cover, porém é a mesma composição da faixa 8, as características estão descritas lá. Versão bastante semelhante à faixa 8, porém com uma qualidade pior.
13) GUETO - Esse Homem É Você. Esta é a faixa escondida da coletânea. É uma versão ao vivo de uma das faixas do primeiro álbum do grupo. Uma excelente intenção, bem intimista, com uma linha de baixo bem minimalista, muito groove e bastante liberdade para o arranjo de guitarra.

quarta-feira, 2 de junho de 2021

My Eden Dies - My Eden Dies (1990)

GÊNERO: Pós Punk
ORIGEM: Alemanha (Mönchengladbach / Nordrhein Westfalen)
FORMAÇÃO:
Thomas Hütten (Vocal, guitarra)
Udo Lawrenz (Baixo)
Nico Von Brunn (Bateria)
.
Este é o primeiro Ep, e primeiro trabalho, lançado pelo grupo, através do selo Eigen, e foi gravado no estúdio Da Capo. Este é o único trabalho lançado pelo grupo com este nome, já que no lançamento seguinte eles trocaram o nome para Serene Fall. É um pós punk, bem evidente, mas com fortes doses de punk rock, com o vocal bem grave, e frequentes variações de intenção, embora o espectro gótico esteja sempre presente, através de um toque depressivo. Dois dos integrantes fazem parte do grupo EA80, aliás, o som das duas bandas é muito semelhante, sendo esta a principal referência, junto com o Joy Division. É um ótimo Ep, com as intenções bem definidas, sempre com um ar obscuro nas composições. As faixas oscilam entre embaladas e não, bem como velozes e não, percebendo-se, inclusive, esta variação na mesma faixa, eventualmente. Vale a pena conferir, apesar de poucas faixas, o Ep possui identidade.
.
FAIXA A FAIXA:
1) Laughing All Day. O Ep inicia com a faixa que considero a melhor. Bem minimalista e intimista, possuindo apenas dois acordes, intenção bem definida, com um ar depressivo, vocal bem grave, o destaque está no arranjo, que muda frequentemente, existindo eventuais momentos mais velozes.
2) Innocent Burdon. Esta é a faixa que menos me agrada no Ep, embora não seja ruim. Também com uma intenção puxando para o gótico, com vocal bem grave, porém mais embalada, existindo eventuais frases da guitarra e variações rítmicas que são o destaque da composição, que também possui apenas dois acordes.
3) Maria O.. O Ep finaliza com a faixa mais veloz, esta sim, com um ar bem punk rock, aliás, mais punk rock do que pós punk, podendo se dizer que é a exceção do Ep. Muito boa composição, possuindo uma progressão harmônica de 3 acordes que se repete do início ao fim.
Ouça o Ep e saiba porque meu Eden morre!