quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Los Straitjackets - The Further Adventures Of... (2009)

GÊNERO: Surf Music
ORIGEM: EUA (Nashville - Davidson / Tennessee)
FORMAÇÃO:
Danny Amis (Guitarra)
Eddie Angel (Guitarra)
Pete Curry (Baixo)
Jason Smay (Bateria)
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Este é o décimo álbum lançado pelo grupo, através do selo Yep Roc, e foi gravado no estúdio Powow Fun Room. É um ótimo álbum, nos remete ao surf music instrumental dos anos 60, mas sem parecer vintage, apesar da utilização de guitarras daquela década. Interessante o fato do grupo não possuir vocal, além de curioso o fato dos integrantes se vestirem de preto e utilizarem máscaras de luta livre mexicanas! O som nos lembra, diretamente a bandas como Ventures ou Shadows, porém com influências de sons mais "modernos", como, em especial, o punk rock. Os timbres e qualidade da gravação também nos trás mais para o presente, deixando a influência sessentista apenas nas composições, em especial nas melodias das guitarras. As faixas não são das mais velozes, embora exitam eventuais trechos mais rápidos. O destaque está nas intenções e trabalhos de dinâmica, além das melodias das guitarras, embora os arranjos mereçam atenção. A arte da capa é criação de Jorge Aldrete, e o álbum conta com as participações de Jake Guralnick tocando baixo (com fuzz), e Kaiser George tocando saxofone.
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FAIXA A FAIXA:
1) Cal-Speed. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Com palhetadas rápidas e harmonia clássica do rock 'n' roll na parte A, ela possui certa energia e raiva, o que desaparece na parte B para dar espaço a uma linda melodia.
2) Challenger 64. A parte B desta faixa (que é também a introdução) é simplesmente sensacional, com uma ótima intenção e um excelente arranjo, porém a parte A não agrada nem um pouco, motivo pelo qual não considero uma das melhores. Porém a parte B vale a composição!
3) Blowout. Considero esta a melhor faixa do álbum, com uma levada bem punk rock, já um pouco mais acelerada e uma excelente melodia, bem ao estilo anos 60, existindo um acorde de passagem bastante interessante. Tudo isso na parte A! As outras partes são boas, mas o destaque está na parte A. Esta é a faixa que conta com a participação de Jake Guralnick tocando baixo.
4) Fortune Cookie. Esta é uma faixa que não me grada muito, apesar da boa levada rítmica e embalo. Porém a harmonia lembra muito algumas bandas da Jovem Guarda, ou Beatles, o que não me agrada muito.
5) Minority Report. Gosto bastante desta faixa, nos remete bastante aos anos 60, nos fazendo lembrar de bandas como Doors. O destaque está no embalo e na caixa constante, além de possuir um bom arranjo e improvisos bem rock 'n' roll. O destaque está, na minha opinião, justamente nestes improvisos.
6) Teen Beast. Outra faixa bem interessante, com outra intenção, uma intenção bem tribal, meio jungle, com uma levada rítmica ao estilo de Lust For Life, do Iggy Pop! O ruim é que a guitarra que faz os fraseados ficou escondida, enquanto a guitarra responsável pela harmonia (que só solta os acordes) está em evidência. Faltou a melodia na equalização.
7) Catalina. Outra faixa que não me agrada muito, lembrando as bandas de baile dos anos 60! Provavelmente a faixa que menos me agrada no álbum, quase uma balada. Fosse o andamento mais lento e menos intensidade e esta seria uma destas baladas!
8) Sasquatch. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Também com uma pegada mais punk rock, boa distorção e embalo, a grande diferença está na harmonia e intenção, além da velocidade na parte B, sendo o destaque os improvisos do baixo na parte mais veloz. Outra composição sem melodia.
9) Nocturnal Twist. Como o nome já diz, esta é um twist! Uma boa intenção e embalo, além de uma ótima melodia, com algumas notas de passagem e bastante expressão, justamente este o destaque da composição.
10) Tubby. Outra faixa bastante interessante, também um twist, sendo esta a faixa que conta com a participação de Kaiser George tocando saxofone. Lembram a música do Passo Do Elefantinho?! Pois soa igual, não consigo ouvi-la e não cantarolar o Passo Do Elefantinho!
11) The Wild Mouse. Outra faixa mais embalada, com a introdução da bateria lembrando muito um dos clássicos da surf music, Wipe Out! Além do embalo, o destaque está na melodia das guitarras.
12) Mercury. Esta é a faixa mais intimista do álbum, com a melodia abusando do tremolo! Uma composição em compasso composto, com uma bela e íntima melodia. O grande destaque está na intenção e na dinâmica.
13) Kaptain Krunch. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores. Uma intenção de tensão e mistério, esta poderia ser, muito bem, trilha de algum filme de detetives! O grande destaque está, justamente, na melodia, embora o arranjo e improvisos mereçam atenção.
Ouça o álbum e faça parte das novas aventuras!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Los Muertos De Cristo - Los Olvidados (1997)

GÊNERO: Street Punk
ORIGEM: Espanha (Utrera / Andaluzia)
FORMAÇÃO:
El Noi - Lorenzo Morales (Vocal)
Antón Tochi (Guitarra)
Mosti - Jesus Mosteiro (Guitarra)
Chino - Ignacio Gallego (Baixo)
Lolo - Manuel Borrego (Bateria)
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Este é o terceiro álbum lançado pelo grupo, de maneira independente. É um ótimo álbum, com boas composições, bem arranjadas, com boa mixagem, tudo no lugar, e ainda conta com algumas "surpresas" como instrumentos adicionais, tais como gaita de fole e flauta doce. A aparição destes instrumentos é ocasional, não frequente, mas mostra o lado criativo do grupo, também demonstrado no figurino dos shows, à base de fantasias. Algumas faixas são mais velozes, mas, na grande maioria, sempre embaladas, porém o grande destaque, na minha opinião, está nos solos de guitarra e eventuais arranjos de guitarra, simplesmente sensacional, ótimos fraseados!
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FAIXA A FAIXA:
1) Hacia La Libertad. O álbum inicia com uma faixa instrumental e é uma das faixas que possui a gaita de fole como instrumento a mais. A faixa perfeita para a introdução do álbum, quase um hino, com uma boa melodia, além de um ótimo arranjo.
2) Ni Dios Ni Amo. Considero esta faixa uma das melhores do álbum, veloz e embalada, com bons coros como contracanto. Composição bem simples, com arranjo simples, mas com muita energia e intenção, sendo o destaque a velocidade e a progressão harmônica.
3) Marbella Y La Bestia. Outra boa faixa, excelente composição, com um ótimo riff de guitarra na parte A. Não muito veloz, mas embalada, possuindo um ótimo refrão, mais uma vez com bons coros, sendo o destaque o arranjo de guitarra.
4) Aleluya! Gloria Al Señor!. Uma boa composição, com uma introdução falada, bastante embalada, embora não seja muito veloz. Com uma harmonia bem ao estilo punk rock, sem nenhum detalhe a mais a não ser por algumas frases da guitarra, que, aliás, são o grande destaque.
5) S.I.D.A.. A faixa que mais destoa do resto do álbum, sendo esta um funk metal! Considero uma das melhores faixas do álbum, com um excelente groove, incluindo o uso de slap no baixo, além de, mais uma vez, possuir um excelente arranjo de guitarra.
6) Los Olvidados. A faixa que dá nome ao álbum é outra que considero das melhores, principalmente devido ao refrão, com bons coros e bem sing-a-long. Não muito veloz, mas bem embalada, ela possui uma ótima progressão harmônica, com destaque para o arranjo de guitarra, mais uma vez.
7) Los Yankis No Van Al Infierno. Considero esta a melhor faixa do álbum, veloz e embalada, além de possuir uma excelente progressão harmônica e, principalmente, um excelente refrão, que é, na minha opinião, o grande destaque da composição, em especial pelo desenho melódico da voz. Boas frases de guitarra merecem destaque, também.
8) El Angel De La Muerte. Outra boa composição, mais intimista, com uma introdução com a guitarra arpejada. Uma boa harmonia e um bom desenho melódico. Logo após, a distorção aparece e, junto a velocidade e embalo. Não das mais velozes, mas, sim, veloz! Destaque para o desenho melódico da voz.
9) Lagrimas De Sangre. Outra boa faixa, menos veloz que a anterior, mas com um bom embalo. Talvez a faixa que menos me agrade em todo álbum, apesar de não ser ruim. É um punk rock bem característico, sendo o destaque os eventuais arranjos rítmicos que "quebram" o embalo, mas, muito criativos, acabam se tornando interessantes.
10) Y Como Quieres Un Canto Al Amor. Outra faixa muito boa, com uma introdução acústica, apenas com violão, esta é outra que possui outros instrumentos adicionais, desta vez, a flauta doce e, mais uma vez, a gaita de fole. Me agrada mais a parte em que aparece a voz, a música se torna embalada e com certa velocidade.
11) Obreros Somos. O álbum finaliza com outra boa faixa, veloz, com boas frases da guitarra e uma excelente intenção, além de estar muito bem arranjada. Quase que uma homenagem à classe operária, com um refrão bem sing-a-long.
Ouça o álbum e seja um dos esquecidos!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Los Miserables - Políticamente Incorrectos (Soeces Y Anacrónicos) (2013)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Chile (Santiago / Santiago)
FORMAÇÃO:
Zeus - Claudio García (Vocal)
Pato - Patricio Silva (Guitarra)
Dexter - Marcelo Aravena (Guitarra)
Amapola - Óscar Silva (Baixo)
Juancho - Juan Contreras (Bateria)
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Este é o décimo quarto álbum, e álbum de inéditas mais recente, lançado pelo grupo, de maneira independente. É um excelente álbum, um punk rock com influências de ska, rock alternativo e pitadas de hardcore melódico. Poucas faixas são velozes, mas o embalo está presente em todas! Mixagem muito boa e o timbre da guitarra me lembra bastante Suicide Machines. Uma das primeiras bandas de punk rock chilenas, formada logo após Pinochet deixar o cargo de presidente. Bons arranjos são o destaque do álbum. Os músicos não são muito técnicos, mas também não podemos chamá-los de ruins, tudo muito bem estruturado, com tudo no lugar.
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FAIXA A FAIXA:
1) Despreciados. O álbum inicia com uma boa faixa, um punk rock misturado com ska, um bom embalo e um ótimo arranjo, com tudo no lugar e bem executado. Destaque para o arranjo.
2) Mejor Me Voy Pa'l Bar. Outra faixa bem punk rock. É uma boa composição, um punk rock típico, sem muita velocidade, mas com muito embalo, possuindo um refrão bem sing-a-long. Mais uma vez o destaque está no arranjo.
3) Estallar. Considero esta a segunda melhor faixa do álbum! Esta está mais para um hardcore melódico do que para punk rock! A faixa mais veloz do álbum, com muito embalo, ótima progressão harmônica e um bom desenho melódico da voz. Destaque para o arranjo de bateria, em especial nos trechos com dois bumbos.
4) Los Niños Cuicos No Saben Rockear. Outra faixa muito boa, porém bem distinta, já que o refrão é excelente, talvez um dos melhores momentos do álbum, porém a parte A é horrível, o que estraga a composição. De qualquer forma, ela vale só pelo refrão!
5) Inmorales. Outra faixa que considero das melhores do álbum! Um punk rock bem embalado, mas não muito veloz, com destaque para o trabalho de dinâmica e progressão harmônica da parte A, embora o refrão não seja ruim.
6) Utopías. Outra faixa que considero das melhores do álbum. A faixa mais intimista do álbum, sendo o grande destaque o arranjo, em especial o arranjo rítmico dos instrumentos de corda, embora o trabalho de dinâmica também mereça atenção.
7) Te Llenas La Boca Del Pueblo. Aqui inicia o momento mais ska do álbum. Esta é um ska core, bem ao estilo de Suicide Machines, com exceção do vocal, mas com pitadas de punk rock, também. Destaque para as variações de cadência.
8) Mi Vecino (Un Facho Reprimido). Outra faixa ska, porém esta ska punk e não ska core! Os destaques estão na variação de cadência e arranjo, mas o grande destaque está no refrão, bem sing-a-long e com uma energia a mais.
9) Te Quiero. Esta faixa inicia como um hardcore melódico, porém, logo em seguida, ela já diminui a velocidade. O grande destaque está na introdução e sua velocidade. Considero esta a pior faixa do álbum, embora não seja ruim.
10) Ya No Creo. Outra faixa bem ska core, com um bom arranjo, destaque para as variações de cadência e, em eventuais trechos, o desenho melódico da voz, bem como os trechos velozes.
11) Políticamente Incorrectos. A faixa que dá nome ao álbum é a que finaliza ele e é, também, a melhor do álbum. Um ska acelerado na parte A e um refrão sensacional, bem sing-a-long, com um ótimo arranjo e progressão harmônica.
Ouça o álbum e seja politicamente incorreto!

sábado, 12 de dezembro de 2020

Los KK - KK Urbana (1989)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Chile (Santiago / Santiago)
FORMAÇÃO:
Claudio (Vocal)
Hernan Velasquez (Guitarra)
Carlos Kretschmer (Baixo)
Cristian Tauber (Bateria)
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Esta é a primeira demo, e único trabalho, lançado pelo grupo, de maneira independente, e foi gravado no estúdio Rec. A demo foi relançada como um split, em fita K7, com a banda, também chilena, Caos, em 1994, chamada Clasicos Del Punk Chileno Vol. 1, através do selo Alerce, e em 2003, o selo Alerta, fez uma compilação dos splits Clasicos Del Punk Chileno Vol. 1 e 2, em um CD, chamado, apenas, Clasicos Del Punk Chileno, que, além das duas bandas citadas anteriormente, ainda conta com a participação dos grupos, também chilenos, Ocho Bolas e Anarkia. Esta foi a primeira demo de uma banda punk chilena a ser gravada e distribuída para venda, ela possui duas capas diferentes, com arte de Sham 68, e foram vendidas, aproximadamente, 500 cópias. É uma boa demo, mais pela importância do que pelo som, já que os arranjos são bem simples e os músicos não possuem muita qualidade técnica. As faixas são bem embaladas, algumas com certa velocidade, mas sempre com muita energia e, apesar do nível técnico ser baixo, tudo está no lugar. O grupo durou apenas um ano, estando na ativa nos anos de 1988 e 1989. O punk rock surgiu tardiamente no Chile, se comparado a outros países, e aqui está o pontapé inicial desta história!
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FAIXA A FAIXA:
1) Doble Tormento. A demo inicia com uma faixa não muito veloz, bem simples, tanto a composição quanto o arranjo, com trocas rápidas de acorde e a melodia vocal que se mantém, quase que o tempo todo, na mesma nota.
2) Pánico. Esta faixa já é mais veloz, porém, ainda bem simples, tanto na composição quanto no arranjo. O desenho melódico da voz acompanha as tônicas dos acordes que trocam rápido. O destaque está na velocidade.
3) Estado Decadente. Considero esta a melhor faixa da demo, sem sombra de dúvidas! O grande destaque está na progressão harmônica da parte A, mas a combinação desta progressão com o arranjo vocal, fazem toda diferença na composição. Também veloz e embalada.
4) Los Pobres. Esta faixa inicia mais lenta, mas logo em seguida ela se torna veloz. A variação de intenção entre as partes acaba sendo um ponto positivo no arranjo, no mais, o arranjo é bem simples e a melodia vocal se mantém, quase que o tempo todo, em uma nota.
5) No Eres Nada. Considero esta uma das melhores faixas da demo. Também com uma introdução mais lenta, mas logo em seguida mais veloz, o grande destaque está no refrão sing-a-long. Mais uma vez o arranjo e a composição são bem simples, assim como a melodia vocal que caminha pouco.
6) Anti Fuerza Pública. Talvez a faixa mais veloz de toda demo, com um arranjo bem simples e trocas rápidas de acorde, o vocal se mantém em uma nota. Faixa esta que o grupo Los Crudos fez cover. O grande destaque está no embalo e velocidade.
7) Toque De Queda. Uma das primeiras músicas a serem compostas pelo grupo, ela possui uma introdução apenas com guitarra e baixo, no mais é uma faixa embalada, não muito veloz e, mais uma vez, com arranjo bem simples, sendo os destaques a introdução e as frequentes pausas existentes na parte A.
8) Inadaptado. Outra faixa que considero das melhores da demo! Com pouca duração, mas bastante embalada, com certa velocidade, e trocas rápidas de acorde, o grande destaque está na progressão harmônica.
9) Mentes Subterráneas. Gosto bastante desta faixa também, com uma introdução mais intimista, ela possui duas variações de cadência, sendo assim, talvez, a faixa com o arranjo mais trabalhado. O refrão, bem sing-a-long, também é um destaque.
10) Hijo De La Mierda. A demo finaliza com a faixa mais intimista e lenta de todas, porém a única com frases de guitarra que, embora esteja fora do tom, já dá uma outra sensação. O vocal, baixo e bateria têm um arranjo bem simples, sendo o destaque o arranjo de guitarra. A faixa ideal para finalizar a demo!
Ouça a demo e conheça a caca urbana!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Looters - Looters (1986)

GÊNERO: New Wave
ORIGEM: EUA (São Francisco - São Francisco / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Mat Callahan (Vocal, guitarra)
Joe Johnson (Guitarra)
Akal Fillinger (Teclado)
Jim Johnson (Baixo)
Billy Johnson (Bateria)
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Este é o primeiro Ep, e segundo trabalho, lançado pelo grupo, através do selo Alternative Tentacles, e foi gravado no estúdio Tarpan. Já havia feito uma resenha sobre este Ep, em 2010, confira aqui. É um excelente Ep, soando new wave, mas com muitos elementos de funk, sendo o grande destaque os arranjos vocais. Muito groove, ótimos arranjos e músicos com boa qualidade técnica, este é um Ep que vale a pena ouvir. O grupo possuía bastante reconhecimento na sua cidade, no final dos anos 80. Todos os integrantes cantam, o que faz o Ep possuir excelentes arranjos vocais, sendo este o grande destaque. O curioso é que os músicos Fred Cirillo e Ahaguna Sun são creditados como tecladista e baterista, respectivamente, porém, não chegaram a gravar neste Ep. A arte da capa ficou por conta de Cliff Thompson. Este Ep tenho em LP, 12'', 45 RPM! Me lembra meu amigo, falecido, Marcinho, que detestava este Ep, sempre que eu estava ouvindo e ele chegava, em Montenegro, ele pedia pra tirar!
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FAIXA A FAIXA:
1) Cross The Border. O Ep inicia com uma a faixa que considero a segunda melhor, com um ótimo trabalho de dinâmica, excelente arranjo, ótimo groove, boa frase da guitarra, apesar de simples, sendo o arranjo vocal o grande destaque, muito bem pensado e explorando as cinco vozes de maneira frequente.
2) The Streets Are Callin'. Considero esta a terceira melhor faixa do Ep, mais uma vez com um bom groove, porém, desta vez, mais swing, e mantendo o destaque do arranjo vocal, simplesmente sensacional. O teclado tem um destaque maior devido às frases, enquanto a guitarra mantém o swing. Ótimo arranjo, muito bem trabalhado.
3) Rise Up. Considero esta a melhor faixa do Ep, com certeza a composição com mais peso, mas sem perder o groove e o swing. Um arranjo de teclado bem minimalista, o arranjo da guitarra acaba se destacando, com muitos efeitos, porém o grande destaque continua sendo o arranjo vocal, existindo um bom trabalho de dinâmica.
4) Being Human. Esta é a faixa que menos me agrada no Ep. Na verdade ela não me agrada, não considero uma composição agradável, embora o arranjo vocal, mais uma vez, é o grande destaque, estando o teclado em evidência. O refrão possui uma intenção mais expressiva, com destaque para a parte que prepara para o refrão.
Ouça o Ep e conheça os saqueadores!

sábado, 5 de dezembro de 2020

Local Resident Failure - Can't Polish A Turd (2009)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Austrália (Newcastle / New South Wales)
FORMAÇÃO:
Michael Dallinger (Vocal, guitarra)
Kye O'Sullivan (Guitarra)
Luke Griffis (Baixo)
Kye Smith (Bateria)
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Este é o segundo Ep lançado pelo grupo, de maneira independente, e foi gravado, ao vivo, no estúdio 301, e disponibilizado para download de maneira gratuita. Já havia feito uma resenha deste álbum em 2014, confira aqui! É um excelente Ep, apesar de ter sido gravado em 2009, ele soa como as bandas do estilo na década de 90, realmente bem fiel a esta época, podendo, muito bem, ser confundido com alguma banda dos anos 90. A maior semelhança é com NOFX, mas também é possível perceber influências de Rancid, Hi Standard, Propagandhi e Green Day. As músicas são, em sua maioria, velozes, sempre embaladas, não possuindo muita duração e com arranjos bem trabalhados. Boas melodias também se fazem presente neste Ep, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Please Don't Sue Us. O Ep inicia com a faixa que considero a melhor. Lembra, e muito, NOFX, principalmente devido à melodia vocal, mas também pela velocidade e embalo, possuindo um bom arranjo.
2) Local Resident F-Witt. Outra faixa que considero das melhores do Ep, e, mais uma vez, outra faixa que se assemelha bastante a NOFX, desta vez devido ao arranjo e, também, pelo desenho melódico da voz. Não tão veloz como a faixa anterior, mas com um ótimo embalo.
3) He's Gonna Be A Soccer Player. Esta faixa é bem veloz e lembra, mais uma vez, NOFX, mas desta vez com pitadas de Propagandhi. A faixa possui um ótimo embalo, que é o destaque da composição.
4) Green For A Day. Como o nome já sugere, esta lembra bastante Green Day, mas misturado, mais uma vez, com NOFX, além de pitadas de Hi-Standard. É a faixa mais lenta do Ep, mas não chega a ser ruim, sendo o destaque o arranjo, muito bem trabalhado.
5) Rubix Cuba. Esta faixa já soa como um ska core, lembrando uma mistura de NOFX com Rancid. A parte A é um ska core, enquanto o refrão já soa como um hardcore melódico, finalizando com um street punk.
6) Dude Where's My Phone?. Outra faixa bem veloz em sua parte A, com um ótimo arranjo e frases em conjunto, soando, mais uma vez, como NOFX, referência que se confirma nos contracantos existentes.
7) Lukely Based On A True Story. Outra faixa bem veloz e embalada, uma excelente composição de muito pouca duração, possuindo um bom arranjo, sendo o destaque o embalo e velocidade.
8) Stranger Than Christian. Outra faixa muito boa, com um excelente arranjo, embalo e velocidade. Destaque para as pequenas pausas e acentos no contratempo na parte A. Mais uma vez a semelhança com NOFX é evidente.
9) Attention: Josh Gumley. O Ep finaliza com outra faixa que considero das melhores, principalmente devido à progressão harmônica, mas também devido ao arranjo, velocidade e embalo, existindo variações de cadência. O destaque está na progressão harmônica da parte A e no arranjo bem trabalhado.
Ouça o Ep e saiba porque não pode polir um cocô!