segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Dead Kennedys - Halloween! (1982)

GÊNERO: Skate Punk
ORIGEM: EUA (São Francisco - São Francisco / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Jello Biafra (Vocal)
East Bay Ray (Guitarra)
Klaus Flouride (Baixo)
D.H. Peligro (Bateria)
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Este é o sétimo single lançado pelo grupo, após dois álbuns, através do selo Alternative Tentacles, sendo o Virus 28 do catálogo da gravadora. Já havia feito uma resenha para este single em 2009, confira aqui! Esta postagem comemora os 10 anos que o blog completa amanhã! Ainda lembro da primeira postagem: 7 Seconds - Old School (1991). Este é o último single lançado pelo grupo, após ele, apenas mais dois álbuns de estúdio. É um excelente single, com uma música presente no álbum Plastic Surgery Disasters e outra relançada, posteriormente, no álbum Give Me Convenience Or Give Me Death, exatamente a mesma versão. Não são músicas muito velozes, mas a intenção delas é bem "sombria", cada uma a seu estilo. É quase como o marco final de uma fase do grupo, vale a pena conferir para iniciar bem 2019!
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FAIXA A FAIXA:
1) Halloween. O single inicia com a música de trabalho, já lançada em seu álbum anterior. É uma boa composição, com um clima bem "sinistro", porém com a progressão harmônica típica do rock / blues, além de eventuais dissonâncias executadas pela guitarra. O destaque acaba sendo mesmo, a intenção.
2) Saturday Night Holocaust. Se a faixa anterior tinha um clima "sinistro", esta tem um clima bem de suspense, em especial na parte A, mais lenta e arrastada. Após, ela acelera e fica mais embalada. A composição e, expressão e dinâmica são os grandes destaques da faixa que finaliza o single.
Ouça o single e se sinta no halloween, apesar de ser reveillon!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Dead Fish - (Re)progresso...? (1995)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Brasil (Vitória / Espírito Santo)
FORMAÇÃO:
Rodrigo (Vocal)
Marcel (Guitarra)
Arroz (Guitarra)
Tiago (Baixo)
Nô (Bateria)
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Esta é a segunda demo (e segundo trabalho) do grupo, lançado de maneira independente. É uma excelente demo, todas as músicas foram regravadas para o primeiro álbum, as músicas são velozes, com frequentes riffs de guitarra. Lembra bastante bandas de hardcore da década de 90, como Pennywise ou Millencolin. O curioso é que as músicas são cantadas em inglês, aliás, este é o último trabalho do grupo com todas as faixas cantadas em inglês. Gosto muito desta demo e desta fase do grupo, muita energia, velocidade, riffs e melodias!
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FAIXA A FAIXA:
1) You Against. A demo inicia com uma das melhores faixas. Um riff de guitarra bem minimalista e simples em sua introdução, existindo um bom trabalho de dinâmica entre as partes, mas, com certeza, o ponto forte está no refrão.
2) Wrong. Considero esta a melhor faixa da demo. Não é das mais velozes, mas tem uma excelente melodia, em especial no refrão, o qual considero o ponto alto da composição. Assim como a faixa anterior, esta também tem um riff simples e minimalista.
3) 3rd World Friendship. Outra ótima faixa, bem veloz e com ótima melodia que, aliás, é o grande destaque da composição, bem como seu refrão, existindo uma parte cadenciada após o refrão que dá outra intenção.
4) Social Aggression. Talvez a faixa mais crua da demo, e também a mais punk. A parte A chega a ter um groove, enquanto que o ponto de destaque está no refrão, que é embalado e tem uma ótima melodia na voz.
5) The Party. A demo finaliza com outra música veloz e embalada, mas a considero a pior faixa da demo, apesar de muito boa, apenas não tem nada de especial! No mais, mantém as mesmas características das faixas anteriores.
Ouça a demo e perceba o reprogresso!

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Dead Boys - Younger, Louder And Snottyer!!! (1989)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: EUA (Cleveland - Cuyahoga / Ohio)
FORMAÇÃO:
Stiv Bators (Vocal)
Cheetah Chrome (Guitarra)
Jimmy Zero (Guitarra)
Jeff Magnum (Baixo)
Johnny Blitz (Bateria)
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Este é um relançamento do primeiro álbum do grupo, porém com as mixagens cruas, sem estarem finalizadas, através do selo Necrophilia. São exatamente as mesmas gravações, o que muda é que tem uma faixa bônus, e a ordem de uma das músicas é alterada. Além das mixagens, já mencionadas. O álbum possui duas faixas que são cover. É um excelente álbum, um dos grandes clássicos do punk rock norte americano, apenas uma outra versão. As músicas não são velozes, mas tem um escracho típico do punk rock de 1977, enquanto que muitos riffs são bem rock 'n' roll. Excelente álbum, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Sonic Reducer. O álbum inicia com a música que é, talvez, o maior clássico do grupo. Excelente composição, também a considero uma das melhores do álbum. Ótimo trabalho de dinâmica e muita expressão, principalmente por parte da voz. Os riffs e o solo de guitarra dão um toque especial ao arranjo.
2) All This Or More (I Wanna Be A Dead Boy). Outro típico punk rock dos anos 70, já mais lento e mais melodioso. Refrão sing-a-long, esta é bem rock 'n' roll. Considero esta a pior faixa do álbum, apesar de não ser ruim.
3) What Love Is. Aqui o embalo já volta a aparecer, bem como a energia, sendo o refrão o ponto forte da composição, sing-a-long, com destaque para a pausa no final. Não muito veloz, mas com arranjo bem criativo.
4) Not Anymore. Uma composição já mais bem intimista, com um clima mais "sombrio", principalmente na parte A, com um ótimo trabalho de dinâmica na parte B, preparando o momento forte do refrão, logo em seguida. O arranjo ganhou todo destaque nesta faixa, que é excelente!
5) Ain't Nothin' To Do. Outra faixa mais enérgica e embalada, muito boa, por sinal, principalmente devido ao refrão, bem rock 'n' roll, assim como os riffs de guitarra na parte A. O vocal escrachado também se destaca nesta faixa.
6) Li'l Girl. Eis que surge o primeiro cover! Esta é uma versão da composição de Bob Gonzalez e Don Baskin, gravada, originalmente, em 1966 pelo grupo norte-americano Syndicate Of Sound. Considero uma das piores faixas do álbum, apesar de ser embalada e possuir um bom riff de guitarra. O curioso é que ela foi gravada ao vivo no CBGB.
7) I Need Lunch. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. O principal destaque está no trabalho de dinâmica e expressão por parte de cada um dos músicos. Uma progressão harmônica que se repete o tempo todo, facilitando para os jogos de expressão. Os riffs de guitarra são o grande destaque, bem como a expressão vocal, além da intenção da bateria... enfim, excelente faixa!
8) Caught With The Meat In Your Mouth. Considero esta a melhor faixa do álbum! Embalada, com ótimo riff de guitarra na parte A, bem rock 'n' roll, mas com o ponto forte sendo o refrão, sem dúvidas, com uma pequena ajuda da guitarra!
9) High Tension Wire. Uma boa faixa, mas não das melhores. Não é ruim, mas não tem nada que a destaque. O refrão tem o seu ponto forte, principalmente devido à pausa em seu final, mas ainda assim não chega a ser o suficiente.
10) Down In Flames. Esta é a última faixa da versão original do álbum, o clássico. É uma ótima faixa, principalmente devido ao refrão, bem expressivo. O trabalho de dinâmica, apesar de não ser muito acentuado, tem o seu destaque, principalmente entre as partes, e ainda conta com a participação de Ronald Binder nos vocais.
11) Search & Destroy (Live). Esta é a última faixa do álbum, é uma faixa bônus e é o segundo cover do álbum! Esta é uma música composta por Iggy Pop e James Williamson, lançada, originalmente, pelo grupo Stooges no ano de 1973. É um dos grandes clássicos do punk rock dos anos 70 nos EUA, dispensa comentários, excelente composição, e a versão do Dead Boys não deixa nada a desejar!
Ouça o álbum e perceba se o grupo está mais jovem, mais alto e mais imprestável!!!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

De Press - De Press (1981)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Noruega (Oslo / Ostlandet)
FORMAÇÃO:
Andrej Nebb - Andrzej Dziubek (Vocal, baixo)
Jorn Christensen (Guitarra)
Ola Snortheim (Bateria)
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Este é o primeiro Ep e primeiro trabalho do grupo, lançado pelo selo Torpedo Plater. É um bom Ep, bem diferente, ainda mais para a época, melodias características da região nórdica. Apesar de eu ter classificado como punk rock, este Ep fica na tangente entre o new wave e o pós punk, além de flertar com o ska punk. As músicas não são velozes, mas bem criativas e surpreendentes. Boas composições, com bons arranjos, o destaque está no desenho melódico da voz. É um bom Ep, vale a pena ouvir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Ostavind. O Ep já inicia com uma faixa bem curta, sem letra, ótimo arranjo e excelente melodia da voz. Uma das melhores faixas do Ep, na minha opinião!
2) To Sibir. Esta faixa tem bastante influência de ska, e a considero a pior do Ep. Não chega a ser ruim, mas a mais fraquinha, bem alegre. O refrão é o ponto forte, já que se assemelha mais a um punk rock, já não tão new wave.
3) Pond. Considero esta faixa a melhor do Ep! A mais escrachada e mais embalada, um típico punk rock do final dos anos 70. Acordes dissonantes e frases interessantes da guitarra são o ponto forte da composição.
4) Product. O Ep finaliza com uma boa faixa, já bem mais intimista, com um certo swing, é a faixa certa para finalizar o Ep! O refrão já muda a intenção, deixando-a mais alegre. Quase um pós punk!
Ouça o Ep e sinta-se em "deimprensão"!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

DeFalla - Demo Do Primeiro Disco (1986)

GÊNERO
: Pós Punk
ORIGEM: Brasil (Porto Alegre / Rio Grande Do Sul)
FORMAÇÃO:
Edu K (Vocal, guitarra)
Carlo Pianta (Baixo)
Biba Meira (Bateria)
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Esta é a segunda demo, e segundo trabalho, lançado pelo grupo, de maneira independente. É o último registro do grupo com esta formação, a original. Já havia feito uma resenha desta demo em 2012, confira aqui! Esta é uma banda que a cada álbum o estilo do grupo muda, sendo considerada uma banda "camaleão"! Nesta primeira fase do grupo a influência do pós punk e do gothic rock estão bem exacerbadas. Os vocais são graves e intimistas, bem como a maioria das composições, existindo um pouco de psicodelia nos arranjos. Lembra um pouco de Violeta De Outono e um pouco de Red Hot Chili Peppers. É uma boa demo, a maioria das faixas estão presente no primeiro álbum do grupo, lançado meses depois. As músicas não são velozes, mas existe um pouco de groove e frases bem interessantes. Vale a pena ouvir a demo!
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FAIXA A FAIXA:
1) Bonecas. O álbum inicia com uma composição existente apenas nesta demo. Ela é uma boa faixa, com vocal bem grave e intimista, sendo o ponto forte a parte B, a qual existe uma dobra da caixa da bateria e o vocal rasgado. A parte A se destaque devido ao arranjo da guitarra.
2) Não Me Mande Flores. Um dos maiores clássicos do grupo sendo gravado pela primeira vez! É uma faixa mais intimista, não muito veloz. Gosto muito desta faixa, a considero uma das melhores da demo, principalmente devido ao refrão e às frases de guitarra na introdução e na parte A. Vale a pena conferir!
3) Ferida. Outra boa faixa, esta com bastante groove, um vocal com bastante drive e cantado de maneira bem escrachada. O grande destaque, com certeza, está no groove e nos eventuais arranjos swingados durante a faixa.
4) Sodomia. Outro grande clássico do grupo, o qual também considero uma das melhores faixas da demo. Também com bastante groove, não tanto quanto à faixa anterior, mas ainda assim, bastante, aliás, sendo o grande destaque do arranjo, bem como a frase do baixo.
5) Q Qué Icho?. Outra faixa com muito groove! Esta lembra bastante Red Hot Chili Peppers do início da carreira, existindo, também, bastante psicodelia. Muito boa composição, bastante interessante a variação de intenção entre as partes.
6) Sobre Amanhã. Esta faixa lembra bastante as bandas de rock brasileiras dos anos 80! A guitarra com muito chorus, estrutura e desenho melódico bem característico dos arranjos da época, existindo alguns ruídos de guitarra no arranjo. Considero esta a pior faixa da demo, mas ainda assim, não é ruim.
7) I'm An Universe. Esta é a melhor faixa da demo, com certeza! Aliás, na minha opinião, esta música está entre as 3 melhores do grupo, realmente muito boa! A música mais embalada de toda a demo, com um ótimo riff de guitarra na parte A. Vale a pena conferir!
8) Tinha Um Guarda Na Porta. Outra faixa bem intimista, com sons de ruídos emitidos pela guitarra, além de um certo groove. Não é das melhores, mas não é ruim, com um vocal bem "lamentado", acaba caracterizando bem a intenção da composição.
9) Alguma Coisa. Ótima faixa, uma das melhores da demo, também intimista, com ruídos de guitarra, com uma linha de baixo bem minimalista. O grande destaque está no vocal, existindo uma dobra da caixa na parte B.
10) Vou Te Bater. A demo finaliza com outra faixa que foi gravada apenas neste trabalho. Tem um certo embalo, muito chorus na guitarra, mas nada muito empolgante, também não a considero das melhores.
Ouça a demo e conheça a prévia do primeiro disco!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Dave Phillips - Rockhouse (1985)

GÊNERO: Rockabilly
ORIGEM: Inglaterra (Londres / Londres)
FORMAÇÃO:
Dave Phillips (Vocal, baixo acústico, baixo, violão)
Robert Ten Bokum (Guitarra)
Bob Tyler (Bateria)
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Este é o segundo álbum lançado pelo grupo, já sem o Hot Rod Gang no nome, através do selo Rockhouse. Na verdade, este é um mini álbum, com apenas seis faixas, e foi lançado como um dos números de uma série lançada pelo selo, todos com a mesma capa, alterando, apenas, a imagem da televisão. É um bom álbum, bem rockabilly, apesar de ter sido lançado em 1985, poderia, facilmente, ser confundido com algum grupo dos anos 50.Tem músicas mais embaladas, baladas... enfim, bastante variação dentro do gênero na década de 50, com destaque para o baixo acústico, que sempre dá um efeito percussivo devido aos slaps. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Brand New Beat. O álbum inicia com uma boa faixa, bem rockabilly, não muito veloz, bem alegre, mas com excelentes licks de guitarra, bem como frases, também. A guitarra é o grande destaque da faixa.
2) The Fun Of It. Considero esta uma das melhores do álbum, já mais embalada, com um bom shuffle, bom arranjo com pausas e riffs de guitarra. O vocal tem seu destaque, sendo o ponto alto do arranjo. Vale a pena conferir.
3) In My Dreams. Esta é uma balada bem ao estilo anos 50, daquelas que se escuta nos bailes de escola em filmes desta época! Um shuffle com a guitarra bem limpa. Considero esta a pior faixa do álbum, não vejo aspectos positivos, realmente muito ruim.
4) So Now You've Lost Her. A faixa mais country do álbum, quase não é um rockabilly, fica bem na tangente entre os dois gêneros. Não a considero das melhores, mas não chega a ser ruim, sendo o destaque a frase que existe caracterizando a harmonia.
5) You Don't Want To Know. Esta faixa conta com a participação de Mark Harman tocando guitarra. Também não é das melhores, apesar de o arranjo da parte B ser realmente muito bom. O grande destaque está nas vassourinhas que Bob utiliza em detrimento das baquetas sólidas de madeira, padrão.
6) The Trip. Esta é a faixa que encerra o álbum e a considero a melhor de todo ele, com certeza! Um ótimo arranjo, com excelentes riffs de guitarra, refrão sing-a-long, e, ainda por cima, a música mais embalada de todo álbum. Realmente vale a pena conferir!
Ouça o álbum e se sinta na casa do rock!

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Danzig - 6:66 Satan's Child (1999)

GÊNERO: Doom Metal
ORIGEM: EUA (Lodi - Bergen / Nova Jersey)
FORMAÇÃO:
Glenn Danzig (Vocal, guitarra, teclado, baixo)
Jeff Chambers (Guitarra)
Josh Lazie (Baixo)
Joey Castillo (Bateria)
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Este é o sexto álbum do grupo, lançado pelo selo Evilive. Este é um álbum de transição do grupo, ou seja, estão saindo do industrial e entrando no doom metal, embora não seja tão evidente, ainda há traços do industrial, mas também lembra um pouco de stoner rock e new metal. Na verdade, não me agrada muito este álbum, considero um dos piores do grupo, apenas músicas arrastadas e lentas, com raras exceções, considero apenas duas músicas boas, não mais que isso. Também é o primeiro álbum em que a voz de Danzig foi gravada de maneira digital. Outra curiosidade é que este álbum possui duas capas diferentes, a versão mais conhecida (esta disponibilizada na postagem), criada por Simon Bisley, e outra da versão com cópias limitadas, arte criada por Martin Emond. Aliás, a arte da capa é o mais interessante do álbum!
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FAIXA A FAIXA:
1) Five Finger Crawl. O álbum inicia com a música de trabalho, a qual possui, inclusive, videoclip de divulgação. Apesar de lenta e arrastada, ainda é uma das melhores do álbum. Ela tem grandes flertes com o new metal na parte B, enquanto a parte A é um doom com groove, se é que podemos dizer assim!
2) Belly Of The Beast. Uma das músicas mais arrastadas do álbum, lembra bastante o grupo Melvins, uma mistura de new metal, doom metal e stoner rock, com refrão sing-a-long. Ela possui um clima bem "sombrio", o que é o ponto positivo da composição.
3) Lilin. Esta ainda mais arrastada que a faixa anterior, mantém quase as mesmas características, porém mais intenso, o que muda é que esta é mais doom e não tem elementos de new metal. Apesar da boa melodia vocal na parte B, não a considero uma boa composição.
4) Unspeakable. Considero esta uma das melhores faixas do álbum! Mais pesada, com um groove interessante e um pouco mais embalada que as demais. O vocal, na parte B, lembra um pouco os antigos projetos do cantor.
5) Cult Without A Name. A faixa inicia bem intimista, com um clima bastante "sombrio", porém, logo após, entram todos os instrumentos e tudo muda, o vocal tem mais empolgação e energia, porém o clima inicial reaparece, criando uma boa ambiguidade na dinâmica.
6) East Indian Devil (Kali's Song). Música com um bom groove e riff, mas nada empolgante, lembra bastante stoner rock, porém o vocal não agrada, assim como o baixo andamento, tornando-a uma composição interessante, mas sem empolgação.
7) Firemass. Esta música talvez seja a que tem mais influência do industrial, em todo álbum. É uma boa composição, considero-a interessante, mas não das melhores. A intenção e dinâmica são os grandes destaques.
8) Cold Eternal. Provavelmente a pior faixa do álbum. Lenta, com o vocal sussurrado, dinâmica leve, com raros momentos em que o vocal se solta um pouco mais, mas não o suficiente para tornar a composição agradável!
9) Satan's Child. Considero esta a melhor faixa do álbum! Com certeza a mais pesada, além de não ser das mais lentas. Tem a execução da harmonia bem marcada, lembrando um pouco de new metal. Porém o grande destaque é, com certeza, o refrão, com vocal bem enérgico!
10) Into The Mouth Of Abandonement. Outra faixa bem fraca, também uma das piores do álbum, com vocal sussurrado, bateria que parece eletrônica, sem distorção e energia, apenas no refrão, que é o destaque do arranjo.
11) Apokalips. Esta é uma faixa bem doom, com riffs que lembram bastante Black Sabbath, porém muito arrastado e lento. O baixo com distorção fica em evidência devido às pausas da guitarra. O refrão é o grande destaque, onde existe uma aceleração do andamento, mas não chega a ser o suficiente para tornar a faixa boa.
12) Thirteen. O álbum finaliza com uma composição feita em homenagem à Johnny Cash. Podemos dizer que é um blues doom! A faixa lembra as composições de Cash, mas com a característica de Danzig, não parecendo uma cópia, mas sim uma homenagem, como deveria ser. Boa faixa para finalizar o álbum!
Ouça o álbum e conheça a criança de Satã!

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Damned - Damned But Not Forgotten (1985)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Inglaterra (Londres / Londres)
FORMAÇÃO:
Dave Vanian (Vocal)
Captain Sensible (Guitarra)
Roman Jugg (Teclado)
Paul Gray (Baixo)
Bryn Merrick (Baixo)
Rat Scabies (Bateria)
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Esta é a segunda coletânea lançada pelo grupo, após 4 álbuns, através do selo Dojo. A maioria são músicas que estão em singles lançados pelo grupo no período de 1981 até 1984. É uma excelente coletânea, com clássicos do grupo e outras faixas inéditas. Foi, também, neste período que o então baixista do grupo, Paul Gray, sai devido à desentendimentos referente à direitos autorais, indo substituir Billy Sheehan no grupo UFO, para o seu lugar, entra Bryn Merrick. Na época de lançamento da coletânea, o guitarrista Captain Sensible deixa o grupo, sendo substituído pelo tecladista Roman Jugg. As músicas são típicas de um punk rock britânico, porém já com algumas influências de pós-punk, mantendo as mesmas características dos álbuns anteriores no que diz respeito ao desenho melódico da voz e seu timbre. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Dozen Girls. A coletânea inicia com um dos clássicos do grupo, também no álbum Strawberries. Ela inicia com o teclado e, quando iniciam os demais instrumentos, o grande destaque está na caixa da bateria que é dobrada por grande parte da composição. Uma das melhores faixas, vale a pena conferir.
2) Lovely Money. Não me agrada muito esta faixa, apesar de ser outro clássico do grupo. A bateria programada é o ponto negativo da composição, que, realmente, não empolga. Muito teclado, pouca guitarra e o baixo em evidência, mas nada empolgante.
3) I Think I'm Wonderful. Outra que considero das melhores da coletânea e, mais uma vez, outro clássico do grupo! Veloz, empolgante e com energia, existindo eventuais trechos onde a caixa da bateria está dobrada. Vale a pena conferir!
4) Disguise. Muito boa composição, apesar de já ter um aspecto mais pós-punk! O teclado está em evidência, e a parte C que existe no meio da composição é o grande destaque. Não é muito veloz, mas não é lenta.
5) Take That. Talvez a música mais embalada da coletânea. É uma boa composição, bem arranjada, apesar de simples, possuindo aspectos característicos do rock inglês. A guitarra é o destaque da faixa, mas a linha melódica da voz também não fica muito atrás!
6) Torture Me. Uma balada com piano. Este é o resumo perfeito desta faixa! Uma das piores músicas da coletânea, mas ainda assim, muito boa, apesar de não empolgar. Muito lenta.
7) Disco Man. Sou suspeito pra falar desta música. Foi ela que fez eu adorar o grupo, considero-a a melhor música do grupo, realmente excelente! Empolgante, com energia (apesar de não muito veloz), bom arranjo, enfim... tudo de bom!
8) Thanks For The Night. Outro clássico e outra que considero das melhores da coletânea! Embalada, veloz, com um bom arranjo de dinâmica e boa melodia que, aliás, é o destaque da faixa!
9) Take Me Away. Uma composição que destoa das demais. Esta é um rock blues e é uma das faixas inéditas, nem parece o mesmo grupo, até pelo fato de que o vocal, nesta faixa, não é o Dave Vanian. É um blues, melhor explicação!
10) Some Girls Are Ugly. Esta faixa flerta com o new wave. Não chega a ser ruim, mas não é boa, bem fraquinha, sendo o grande destaque o refrão, que é o que faz a composição não ser ruim. Esta é outra faixa inédita.
11) Nice Cup Of Tea. Uma vez disse que toda banda inglesa tem um pouco de Beatles, e é isso que acontece aqui! A pior faixa da coletânea! Lembra muito bandas hippie dos anos 60. Muito ruim mesmo! Também outra faixa inédita.
12) Billy Bad Breaks. A coletânea finaliza com uma boa faixa. O teclado bem evidente, com o refrão sendo o grande destaque da composição, apesar de tornar a música alegre, coisa que até então não havia acontecido.
Escute a coletânea e veja que o grupo é maldito mas não esquecido!

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Daly's Gone Wrong - Exit Where You Belong (2005)

GÊNERO: Emo Core
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
FORMAÇÃO:
Joseph Parrella (Vocal, guitarra)
Adrian Baldor (Guitarra)
Anthony Bilancia (Baixo)
John Rodriguez (Bateria)
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Este é o segundo álbum do grupo, lançado de maneira independente. Embora tenha classificado-o como emo core, na verdade, este é um álbum difícil de rotular, é uma banda muito eclética, que varia de maneira, até, exagerada, os ritmos e gêneros em uma mesma composição, entre eles estão, além do próprio emo core, hardcore melódico, punk rock, metalcore, pop punk, reggae e ska core. Este é, na verdade, o grande destaque do grupo (junto com o vocal), o arranjo, porém, o que é o destaque, também é o que estraga! Como há muita variação, a música não embala, ou embala por um trecho, mas por outro não, o que acaba não empolgando a quem está ouvindo. Considero este mais um álbum para se apreciar do que para curtir, se for pra ouvi-lo, que seja com atenção, prestando bastante atenção nos arranjos, pois há muitos detalhes escondidos, além de muitas variações.
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FAIXA A FAIXA:
1) It's Not Nice To Set Your Band Members On Fire. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Inicia com efeitos de guitarra para depois entrar um metalcore pesado e arrastado, logo após um hardcore melódico, depois um ska core, retorna ao hardcore melódico, reggae, polka, finalizando com hardcore melódico.
2) Where Was Hope When She Needed It. Esta inicia com um pop punk à la Less Than Jake, após um ska, reggae, pop punk, hardcore melódico, reggae, emo core, finalizando com um hardcore.
3) Die, Die, Die And Then Some.... Considero esta a melhor faixa do álbum, sendo, também a música de trabalho, já que possui videoclip de divulgação. Ela tem uma introdução bem pop punk, mas logo em seguida vem um hardcore melódico, depois um vocal screamo, e em seguida um ska core, pop punk, hardcore melódico, metalcore, pop punk, hardcore melódico, finalizando com um metalcore.
4) And The Heartless Will Mean Nothing. A faixa inicia com uma ideia bem pop punk estilo Blink-182, ao entrar a voz, se torna um screamo, depois um metalcore, hardcore melódico, ska core, emo core, screamo, pop punk, metalcore, finalizando com música eletrônica!
5) Dear Ava (I'm Bleeding For You). Esta faixa é acústica, apenas violão e voz, e é a única música que se mantém na mesma ideia, talvez pelo fato de ser acústica! Mas mesmo assim o arranjo é bem trabalhado. Ela é um pop punk acústico.
6) Dreading December. O álbum finaliza com a faixa que considero a pior! Ela inicia bem pop punk, mas logo se torna um hardcore melódico, após, um screamo, retornando ao pop punk, ska core, hardcore melódico, screamo, metalcore, screamo, finalizando com um pop punk.
Escute o álbum e saia de onde você pertence!

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Dag Nasty - First Demo (1985)

GÊNERO: Skate Punk
ORIGEM: EUA (Washington / Distrito Federal)
FORMAÇÃO:
Shawn Brown (Vocal)
Brian Baker (Guitarra)
Roger Marbury (Baixo)
Colin Sears (Bateria)
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Esta é a primeira demo do grupo, lançado de maneira independente, ainda com Shawn Brown, que viria a sair do grupo logo após. Classifiquei como skate punk, mas beira um hardcore old school. É um grupo que serve de referência para algumas pessoas. Gosto bastante desta banda, e, esta demo, lembra uma mistura de Minor Threat com Descendents! Bem ao estilo das bandas da capital norte-americana. O desenho melódico da voz segue o mesmo estilo de cantar do Ian MacKaye, porém as composições são mais lentas, não todas, mas algumas, as mais lentas lembram mais Descendents. Já havia feito uma resenha desta demo em 2012, confira aqui! Apenas duas faixas desta demo não fazem parte do primeiro álbum do grupo, Can I Say, lançado um ano mais tarde. A qualidade do áudio não é das melhores, mas não chega a ser ruim, é possível ouvir todos os instrumentos. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Under Your Influence. A demo abre com uma das faixas que não são muito velozes, um ótimo refrão, mas uma estrofe não muito empolgante, apesar de não ser ruim.
2) I've Heard. Considero esta a melhor faixa da demo, com certeza! Se não conhecesse e alguém me mostrasse essa música, diria que era Minor Threat! Realmente muito parecido. Algumas pausas dão um toque especial ao arranjo. Vale a pena conferir!
3) Justification. Considero esta uma das melhores faixas da demo! Também veloz e com muita energia, esta lembra uma mistura de Minor Threat com Gorilla Biscuits! Sem frescura e direto!
4) Circles. Outra faixa mais lenta, que lembra um pouco mais Descendents, apesar da linha melódica do vocal não parecer. O destaque está nas frases da guitarra.
5) Can I Say. Outra faixa veloz, também muito boa! Muita energia, com eventuais trechos em que a bateria faz as frases junto com os instrumentos de corda, sendo este momento o grande destaque do arranjo.
6) Thin Line. Esta faixa é mais lenta, mas muito boa, com uma excelente intenção e dinâmica. Acordes bem simples, mas que têm uma melodia bem interessante que acompanha. O refrão não me agrada muito, mas a parte A é sensacional!
7) Never Go Back. Outra faixa não muito veloz, mas também muito boa. Esta já dá um pouco os ares do Fugazi, mesmo que bem de leve. O refrão é o grande destaque da composição, bem como a variação de dinâmica entre as partes.
8) Another Wrong. Esta é a primeira das duas faixas que não estão no álbum de estreia. Bastante veloz e com muita energia, na linha Minor Threat, mais uma vez. A parte A se mantém, quase o tempo todo, em um acorde só, o que não me agrada muito, mas ainda assim é uma boa faixa.
9) One To Two. Outra faixa bem veloz e com muita energia! Esta segue as mesmas características da faixa anterior, inclusive na questão de manter um acorde apenas na parte A! Boa faixa!
10) I Wouldn't Cry. Esta é a segunda faixa que não está no álbum de estreia, e a considero uma das melhores da demo, também. Também bem veloz, o grande destaque está na progressão harmônica da parte A e na execução da harmonia, pela guitarra, na parte B.
Ouça a primeira demo do grupo e perceba o potencial já no início da carreira!

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Cult - Love (1985)

GÊNERO: Hard Rock
ORIGEM: Inglaterra (Bradford - West Yorkshire / Yorkshire And The Humber)
FORMAÇÃO:
Ian Astbury (Vocal)
Billy Duffy (Guitarra)
Jamie Stewart (Baixo)
Mark Brzezicki (Bateria)
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Este é o segundo álbum do grupo, lançado pelo selo Beggars Banquet. É um álbum de transição, já que nesta fase o grupo estava trocando o pós punk pelo hard rock. As músicas são bem hard rock, mas ainda com elementos do pós punk, principalmente na estética, e o tiro foi certeiro! É, talvez, o álbum mais famoso e comercial do grupo, existindo grandes clássicos em seu repertório, incluindo o seu maior sucesso. Na minha opinião existem 3 faixas excelentes, 3 faixas muito boas, 2 faixas boas, 1 faixa ruim, e 1 faixa horrível! Existe a participação do antigo baterista do grupo em uma das faixas.  De qualquer forma, sou um grande fã da dupla Astbury / Duffy, então sempre encontrarei aspectos positivos em seus trabalhos e aqui não é diferente, então, sugiro a todos ouvirem o álbum, não irão se arrepender!
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FAIXA A FAIXA:
1) Nirvana. O álbum inicia com uma das faixas excelentes do álbum, sou, realmente, um grande fã desta composição, muito devido aos arranjos de guitarra e bateria, sendo o refrão o grande momento. É uma das faixas do álbum que possui videoclip de divulgação.
2) Big Neon Glitter. Esta é uma das faixas que considero muito boas. Um clima mais intimista, com uma excelente frase da bateria que está de acordo com a intenção da guitarra. O vocal é a "cereja do bolo" para completar o arranjo com excelência!
3) Love. Considero esta uma das faixas boas do álbum. O riff da guitarra é o grande destaque, bem hard rock. A velocidade não me agrada muito, poderia ser mais veloz, mas o riff da guitarra é o grande destaque e não deixa a peteca cair!
4) Brother Wolf, Sister Moon. Esta é a faixa horrível do álbum, na minha opinião. Tem um clima super intimista, ainda no estilo gothic rock que o grupo costumava adotar até então. Tem até um violão o tempo todo no arranjo. Realmente, não vale a pena ouvir esta faixa!
5) Rain. Esta é outra faixa que considero das excelentes! Aliás, talvez esta seja a melhor faixa do álbum, na minha opinião! Bem hard rock, simples, mas excelente, existindo, inclusive, videoclip de divulgação. Uma frase de guitarra perfeita que se mantém por todo refrão, existindo algumas variações.
6) The Phoenix. Esta faixa considero das boas, não tem nada de mais, mas não é ruim. O grande destaque é o solo de guitarra que improvisa o tempo todo da faixa, a harmonia sempre igual, acaba dando uma sensação de algo repetitivo.
7) Hollow Man. Considero esta faixa como uma das faixas muito boas do álbum. A frase da guitarra que aparece já no início é o grande destaque, mais uma vez! O vocal, como sempre, também é um dos destaques, mas não tanto quanto a frase da guitarra, que é sensacional!
8) Revolution. Apesar de ser uma balada, considero esta faixa como uma das muito boas do álbum, existindo videoclip de divulgação! O refrão é o grande destaque, dando um clima bem interessante, crescendo na dinâmica. Ainda tem um violão no arranjo, também.
9) She Sells Sanctuary. Se a faixa 5 não for a melhor do álbum, então esta aqui é! O grande sucesso do grupo em todos os tempos, trilha de filme, de jogo de videogame, comercial de televisão, entre outros. Existe, inclusive, videoclip de divulgação, sendo esta faixa a única que o antigo baterista do grupo, Nigel Preston, gravou.
10) Black Angel. O álbum finaliza com a música que considero ruim. Embora seja uma boa faixa para finalizar o álbum, ela não é boa, muito lenta e pouco inspiradora. Realmente para parar de ouvir o álbum antes dele acabar!
Ouça o álbum com amor!

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Crossing Chaos - Split [Full Of Hatred] (2002)

GÊNERO: Crust Core
ORIGEM: Suécia (Avesta / Dalarna)
FORMAÇÃO:
Jim Chaos (Vocal, guitarra)
Danny Chaos (Vocal, guitarra)
Johan Lyxell (Baixo)
Per Chaos (Bateria)
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Este é o primeiro split, e terceiro trabalho do grupo, lançado pelo selo Raid. É um bom split, bastante veloz e muita energia, existindo, inclusive, uma faixa cover. Os integrantes não possuem muita técnica, mas tudo está no lugar e conseguem ser fiéis à proposta de som que fazem. Muita distorção, inclusive no baixo, e timbres bem graves caracterizam o som do split, além dos vocais rasgados (gritados) que são divididos entre os dois cantores. Lembra um pouco Extreme Noise Terror e tem um flerte bem forte com bandas de punk / D-Beat europeias como Exploited (na era The Massacre) ou Discharge (era crossover). Vale a pena conferir este petardo na orelha!
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FAIXA A FAIXA:
1) A Nation Full Of Shit. O split já inicia com sons de tiros e um embalo fulminante executado pela bateria e baixo, enquanto que a guitarra faz pequenas inserções. Logo após o petardo inicia e não para mais, repetindo o arranjo, mais uma vez, com pequenas alterações no arranjo.
2) Krossa Kapitalet. Esta é a faixa cover do split! E também a única cantada em sueco! Ela foi composta e gravada pelo grupo Svart Parad, originalmente, em 1985. Ela mantém as mesmas características das demais faixas, sendo de menor duração.
3) Dead Tomorrow. O split finaliza com a faixa que considero a melhor. Tem uma harmonia excelente, bem ao estilo dos compositores suecos, ou seja, bastante troca de acordes e com o sexto grau aparecendo com freqüência. Existe até um flerte com um groove! Realmente vale a pena conferir!
Ouça o split e sinta-se cheio de ódio!

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Cripple Bastards - Life's Built On Thoughts (1993)

GÊNERO: Grind Core
ORIGEM: Itália (Asti / Piemonte)
FORMAÇÃO:
Giulio The Bastard (Vocal)
Alberto The Crippler (Guitarra)
Michele Hoffman (Bateria)
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Este é o primeiro Ep do grupo, lançado pelo selo A-Wat. O quarto trabalho, ainda sem baixista na formação, mas mantendo a mesma pegada de sempre! O curioso é que este Ep teve duas prensagens, ambas de 500 cópias, porém a primeira prensagem possui o título do álbum escrito de maneira incorreta, o que foi corrigido na segunda prensagem, além de que a contracapa das duas prensagens são diferentes. Músicas velozes, geralmente de curta duração, com muita energia e pouca técnica, vocal rasgado (pra não dizer gritado), o grande destaque, na minha opinião, está na bateria, que exige bastante fôlego e resistência por parte do intérprete, ajudado pela pequena duração das faixas. É um Ep que representa bem o início da carreira do grupo, ainda com recursos que não deixavam as composições tão pesadas, com a freqüência de médios em evidência, existindo uma faixa instrumental. A melhor composição do grupo, na minha opinião, faz parte deste Ep!
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FAIXA A FAIXA:
1) S.L.U.T.S.. O Ep já inicia com um petardo! O arranjo conta com pequenas pausas na introdução, para depois aparecer o blast beat com vocal gritado em dois timbres diferentes. Logo em seguida a faixa já finaliza!
2) Living Monuments. Outra faixa de curta duração, porém com uma introdução já mais trabalhada e não tão veloz. Depois, mais uma vez, entra o blast beat com vocal rasgado!
3) Radije Volim.... Considero esta uma das melhores faixas do Ep. Com duas partes bem distintas, esta já não é uma composição tão veloz, o que identifica bem cada uma das partes.
4) Offensive Death. Mais uma música veloz e de pouca duração, assemelha-se mais às primeiras faixas, porém tem um aspecto mais "bagunçado".
5) 0:01. O título já diz tudo! Apenas um segundo de blast beat e vocal gritado!
6) Bonds Of Enmity. Outra faixa que tem o arranjo mais trabalhado, com partes distintas em sua forma. Claro, a clássica característica do grupo está evidente, mas também existe uma parte menos veloz.
7) Miniaturized Eden. A faixa inicia mais lenta, em sua introdução, mas, logo após, o blast beat e o vocal gritado aparecem. Esta também tem um aspecto mais "bagunçado".
8) Prisons. Faixa não muito veloz, com o vocal gritado, também tem um aspecto de bagunça em seu arranjo, mas ainda assim é uma boa faixa!
9) The Opinion Of The Poor. Aqui está a faixa instrumental do Ep, considero-a uma das melhores, com um arranjo bem trabalhado, me agrada, e muito, o arranjo da bateria, bastante criativo, sendo o grande destaque do arranjo.
10) Stimmung. Esta é, e sempre foi, a melhor composição do grupo em todos os tempos. Se assemelha mais a um punk rock do que a um grindcore, sendo uma das poucas faixas do grupo em que o vocal não está o tempo todo gritado!
11) Imposed Mortification. Aqui temos mais uma faixa com as características do grupo: blast beat e vocal gritado. Esta, porém, sem aspecto de bagunça.
12) Vital Dreams. Outra faixa que considero das melhores. Também não tão veloz, considero a guitarra o grande destaque do arranjo, principalmente na introdução. O vocal se mantém gritado!
13) More Frustrations. Faixa que possui o bumbo bem pulsante na parte A, enquanto que a parte B mantém as mesmas características, de sempre, do grupo.
14) Falling Wish. Outra faixa bem semelhante à faixa 5, porém esta tem 4 segundos e não apenas 1!
15) My Serenity. Outra faixa que considero das melhores do Ep, esta tem uma característica singular, possui muito groove, quase um rap, diria que esta tem pitadas de funk metal.
16) Dealing With A Pressing Problem. O Ep finaliza com uma faixa bem tradicional no que diz respeito às características do grupo, com o detalhe de que o vocal é, todo ele, grave, sem arranjos mais agudos.
Escute o Ep e perceba que a vida é construída em pensamentos!

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Cramps - Look Mom No Head! (1991)

GÊNERO: Psychobilly
ORIGEM: EUA (Sacramento - Sacramento / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Lux Interior (Vocal)
Poison Ivy (Guitarra)
Slim Chance (Baixo)
Jim Sclavunos (Bateria)
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Este é o quinto álbum de estúdio do grupo, lançado pelo selo Restless. É um bom álbum, com músicas muito boas e outras boas, mantendo aquela mesma característica do grupo, que é um som que mistura punk rock com rockabilly, surf music, blues e country e muita expressão, principalmente por causa da voz. As músicas não são muito aceleradas, mas não possui nenhuma música ruim. Existem 4 faixas que são cover, e uma delas conta com uma participação especial nos vocais. Sem muito o que falar, pois o nome do grupo já fala por si só! Considerado por muitos como os pais do psychobilly! Não deixe de ouvir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Dames, Booze, Chains And Boots. O álbum abre com a música de trabalho, a qual possui videoclip de divulgação. É uma composição bem rockabilly, harmonia clássica do gênero além de riffs de guitarra também bem característicos. A melhor escolha para a música de trabalho, com certeza.
2) Two Headed Sex Change. Considero esta a melhor faixa do álbum, uma das mais embaladas, mas principalmente devido ao refrão, excelente! A parte A tem um clima bem diferente do refrão, o que acaba destacando bem as partes. Vale a pena conferir!
3) Blow Up Your Mind. Considero esta faixa uma das melhores do álbum, também com um clima bem interessante, principalmente devido à guitarra, enquanto o refrão já embala mais, principalmente devido à caixa dobrada.
4) Hardworkin' Man. Eis que chega o primeiro cover do álbum! Esta é uma composição de Jack Nitzsche, Paul Schrader, e Ry Cooder, gravada para a trilha do filme Blue Collar, de 1978, dirigido por Schrader e creditado para Captain Beefheart, o cantor. É um blues à la Hoochie Coochie Man, ou Bad To The Bone, bem semelhante mesmo. O curioso é o ostinato, que se mantém durante toda a faixa, de um som metálico, realmente hipnotizante!
5) Miniskirt Blues. Outro cover! Desta vez a composição é de Simon Stokes, gravada originalmente pelo grupo Flower Children, em 1967. Esta é a faixa que conta com a participação de Iggy Pop nos vocais. A faixa mais adequada para a participação do cantor, já que esta soa semelhante às gravações de sua carreira solo neste mesmo período.
6) Alligator Stomp. Uma faixa que tem conotações bem country, mantendo um certo embalo, principalmente devido à caixa dobrada. O vocal é executado com drive, e, muitas vezes, soa mais falado do que cantado.
7) I Wanna Get In Your Pants. Esta faixa soa muito como o clássico Summer Nights, trilha de Grease! Porém com a expressão Cramps de tocar! O vocal volta a ficar intimista mais uma vez!
8) Bend Over, I'll Drive. Outra faixa bem bacana, com a harmonia padrão do rockabilly, esta soa bem surf music. O embalo da bateria com o toque duplo na caixa reforça esta sensação. Porém nada alegre, pelo contrário, tudo muito obscuro.
9) Don't Get Funny With Me. Um shuffle! Se tivesse que resumir em uma palavra, seria essa. O clássico rockabilly dos anos 50 / 60, incluindo o efeito percussivo do shuffle, não com o contrabaixo, mas com a bateria. Bem interessante a faixa!
10) Eyeball In My Martini. Com certeza a faixa mais embalada do álbum, e outra que considero das melhores! O refrão é sensacional, bem como o riff da guitarra na introdução. A troca rápida entre dois acordes, na parte A, dá uma sensação bem bacana. Talvez a faixa mais psychobilly de todo álbum!
11) Hipsville 29 B.C.. O terceiro cover do álbum! E outra faixa que considero das melhores! Esta é uma composição de Don Turnbow, gravada originalmente pelo grupo Sparkles, em 1967. O riff da guitarra é o grande destaque na minha opinião.
12) The Strangeness In Me. O álbum finaliza com mais um cover! Composição de Ellis Mize, gravada originalmente pelo grupo Runabouts. Como Lux e Poison eram grandes pesquisadores e colecionadores de Lp's, geralmente as versões são de artistas obscuros e pouco conhecidos, por isso, não encontrei informação suficiente sobre esta composição. Com certeza a pior faixa do álbum, um shuffle / blues bem lento, mas com um tremolo ligado o tempo todo, que é o grande destaque.
Ouça o álbum e fale: veja mãe, sem cabeça!

domingo, 7 de outubro de 2018

Corrosão - Do You Want A Demo Tape? (1993)

GÊNERO: Skate Punk
ORIGEM: Brasil (Barretos / São Paulo)
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Não tenho nenhum conhecimento sobre esta banda, pelo que pesquisei, vi que esta é a banda antecessora do Guliver, um grande nome do hardcore melódico dos anos 90 no Brasil. Creio que este seja um dos últimos registros do grupo, já que em 1994 se formou o Guliver. Consegui esta demo no blog Demos pra download, e também não continha nenhuma informação a não ser o ano! Embora eu tenha classificado como skate punk, está na tangente com o hardcore melódico, aliás, acredito que só não é mais melódico devido à época, a qual não se tinha conhecimento de muitas bandas do gênero. Às vezes soa bem punk rock, porém mais acelerado, já que a maioria das faixas são bem velozes. Não existe muita técnica, aliás, quase nada, mas muita energia, o que compensa! Lembra uma mistura de Sub Society com Fugazi, porém ligado no 220, ou seja, muito mais veloz! É uma boa demo, com boas composições, mas nada muito empolgante, vale o registro. A qualidade não está das melhores, mas melhor do que está, vai ser difícil conseguir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Technology. A demo inicia com um som bem veloz, harmonias bem simples, vocal rasgado, com mudança de dinâmica no decorrer da faixa. Boa composição, mas nada empolgante.
2) Beat. A faixa menos veloz de toda demo, com certeza, apesar do refrão me desmentir! Esta é a faixa que mais me desagrada, mas ainda assim, não é ruim!
3) Hard Puzzle. Considero esta a melhor faixa de toda demo, com certeza, principalmente devido à parte A, enquanto a parte B já é mais trivial, mas que tem um acorde que faz toda diferença! O vocal oscila entre o rasgado e o limpo. Ótima faixa, vale a pena conferir.
4) Energy To Live. Esta chega a ser engraçada por ter a harmonia da parte A idêntica à música Nicotina, do Replicantes! Como esta é uma música bem conhecida, a comparação é inevitável! Mas o grande destaque está na parte B, com certeza, realmente excelente, lembra muito Sub Society.
5) Freddy Thought Wrong. A demo encerra com uma faixa sem frescura, velocidade do início ao fim, com ritmo bem quadrado, mas constante. Ela termina de uma maneira inesperada, quase como um susto!
Ouça a demo e veja se você quer uma fita demo!

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Conquest For Death - Conquest For Death (2006)

GÊNERO: Hardcore Old School
ORIGEM: EUA (Emerville - Alameda / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Devon Morf (Vocal)
Alex Yeung (Guitarra)
Craigums - Craig Billmeier (Guitarra)
Robert Collins (Baixo)
Kiku Toshikazu (Bateria)
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Este é o primeiro Ep, e primeiro trabalho, lançado pelo grupo, através do selo Wajlemac. Pode-se dizer que esta é uma banda que só existe graças às possibilidades da internet, já que possui dois integrantes de São Francisco, dois de Oakland (todos dos EUA) e um de Okinawa (Japão), ou seja, não há como se reunirem para ensaiar, as gravações são feitas, enviadas um para o outro através da internet, sendo cada um responsável pela sua parte de maneira independente. Coloquei como o grupo sendo de Emerville, pois este é o endereço do selo que os lançou! Bom, falando de som, as músicas têm pequena duração, enquanto que o grupo faz um hardcore old school na tangente com um crossover, lembrando uma mistura de Cryptic Slaughter com D.R.I. e pitadas de S.O.D.! É um som veloz e muito enérgico, mas a falta de interação entre os integrantes é perceptível nos áudios, parece que falta expressão e um trabalho maior de dinâmica, é a sensação de empilhar informações e notas sem intenção. De qualquer forma, é um bom Ep, apesar de um pouco artificial.
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FAIXA A FAIXA:
1) Beyond The Hidden Valley Of The Last Of The V-8 Interceptors. O Ep inicia com um dos petardos, bem veloz, vocal escrachado, com eventuais pausas no arranjo, talvez a faixa que mais se assemelha com o hardcore europeu dos anos 80.
2) Wake Up Screaming!. Considero esta faixa como uma das melhores do Ep, lembra muito os primeiros do D.R.I., com troca de acordes bem rápidas e vocal "cuspido", quase que silábico! O arranjo possui, inclusive, um solo!
3) Double Standard Bearer. Talvez a faixa mais veloz do Ep, esta lembra bastante Cryptic Slaughter, mas mais hardcore! No mais, mantém as mesmas características da faixa anterior.
4) Repentent Or Martyred. Outra faixa veloz, com trocas rápidas de acorde, pouca duração e vocal escrachado. Aliás, esta música possui menos duração que as demais já analisadas, sendo bem curta.
5) The Unbridled Disgust Of Being Human. Considero esta a melhor faixa do Ep, a primeira com introdução! Aliás, uma introdução que lembra bastante a música Murder Of Liddle Towers, do Angelic Upstarts! Após a introdução, a composição mantém as mesmas características das faixas anteriores, enquanto o refrão lembra bandas californianas dos anos 80 como Adololescents ou TSOL. Vale a pena conferir!
6) Conquest For Death. A faixa de menor duração, onde é falado o título, de maneira silábica, acompanhado pelos instrumentos, em stacato, em um único acorde.
7) No Safe Words For Life. O Ep finaliza com outra ótima faixa, que mantém as mesmas características das demais faixas, com exceção do vocal que não está muito escrachado nesta faixa!
Ouça o Ep e consiga a conquista para a morte!

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Comrades - Split [Cripple Bastards] (2000)

GÊNERO: Grind Core
ORIGEM: Itália (Roma / Distrito Federal)
FORMAÇÃO:
Wiesenthal - Paolo Petralia (Vocal)
Orko - Cristiano Fini (Guitarra)
Bolivar - Andrea Marra (Baixo)
Mustafa - Angelo (Bateria)
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Este é o quinto split e sexto trabalho lançado pelo grupo, através do selo SOA. Na verdade é um split com o grupo italiano Cripple Bastards e tem uma concepção bem interessante: As duas bandas regravaram o split com as bandas, também italianas, Wretched e Indigesti, de 1982, sendo o Comrades responsável pelas músicas do grupo Indigesti. O bacana é que a arte também foi fiel à original, ou seja, sem capa, apenas com adesivos dos grupos em uma capa branca. Aqui comento apenas sobre as versões feitas pelo Comrades. São músicas de pequena duração, com muita velocidade e energia, fica na tangente entre o grind e o power violence. É um bom split, mas nada de muito empolgante, a concepção do split é mais interessante do que as faixas em si!
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FAIXA A FAIXA:
1) No Al Sistema. O split começa já com um petardo! Pouca duração, a música inicia apenas com o baixo, possuindo troca rápida de acordes e vocal gritado.
2) Crea Veleno. Outra música de pequena duração e muita velocidade. A introdução é interessante por ter uma arranjo específico, em especial das guitarras, no mais mantém-se como a faixa anterior.
3) Mai. Considero esta a melhor faixa do split. Já de maior duração, esta possui uma introdução bem extensa, mantendo a ideia do grind. Nesta faixa já aparecem dois timbres de voz diferentes, um mai gritado e mais gutural.
4) Polvere Fastidiosa. Outra faixa de menor duração, mas não tanto quanto às primeiras, no mais mantém a mesma ideia das duas primeiras. É uma boa faixa.
5) Mass Media. Outra faixa que considero das melhores do split. Uma excelente progressão harmônica, com trocas rápidas, mantendo a ideia de dois timbres diferentes na voz.
6) Detesta. A faixa de menor duração de todo split. Apenas dois acordes, executados sob dois timbres diferentes de voz e muita velocidade!
Ouça o split e se sinta dividido!

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Combat 84 - Charge Of The 7th Cavalry (1989)

GÊNERO: Oi!
ORIGEM: Inglaterra (Chelsea - Greater London / Londres)
FORMAÇÃO:
Chubby - Chris Henderson (Vocal)
Jim Moncur (Guitarra)
Deptford - John Armitage (Baixo)
John Fisher (Bateria)
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Este é o segundo álbum ao vivo do grupo, lançado pelo selo Link, após 1 álbum de estúdio e dois ep's. É um som típico do gênero, lembra uma mistura de Blitz com os primeiros álbuns do Exploited. A banda causou polêmica em uma entrevista à BBC, em 1982, quando entrevistados sobre o movimento skinhead, encerrando suas atividades logo após, para depois retomá-la novamente. Os integrantes participaram de diversas bandas do gênero, como Business, Last Resort e 4-Skins. É um bom álbum, mau tocado, com a técnica deixando a desejar, mas com muita energia. A qualidade não é muito boa, já que não possui nenhum tipo de edição ou mixagem, mas retrata bem o show feito no bar Skunx. O grupo repete duas músicas no seu repertório. É um bom álbum, não muito veloz, bem quadrado (ritmicamente falando), com vocal com drive o tempo todo, e muita energia!
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FAIXA A FAIXA:
1) Rapist. O álbum inicia com um clássico do grupo, bem típico de bandas Oi!, apenas com a guitarra, para depois entrar os demais instrumentos e a voz. Não é uma faixa veloz, mas bem marcada.
2) Violence. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, principalmente devido ao seu refrão, o qual possui uma ótima progressão harmônica e um vocal bem sing-a-long. No mais, mantém a característica do gênero, sem muita velocidade e muita energia.
3) Combat 84. Também considero esta uma das melhores do álbum, também devido ao refrão, principalmente. Esta já é um pouco mais veloz que as faixas anteriores, mas ainda assim, não muito.
4) Skinhead. Esta faixa tem um bom arranjo da guitarra, o que, aliás, é o grande destaque, pois cria toda a intenção para a composição. O baixo faz uma frase bem simples, mas que preenche bem o espaço, quando não tem a voz.
5) F82123. Esta faixa inicia com uma frase, bem ritmada, executada pelo baixo (parece até um Dead Kennedys!), mas que se torna bem quadrada quando a bateria entra, já que este não acompanha a mesma divisão, forçando o baixo a mudar também. Boa faixa, mas este detalhe me incomoda!
6) Poseur. Com certeza a melhor faixa do álbum! Bem embalada, apesar de não muito veloz e com uma excelente progressão harmônica na parte A, o que considero o grande destaque da composição. Vale a pena conferir!
7) 1982. Boa faixa, bem típica de composições do gênero, se assemelhando às faixas anteriores. Nada de empolgante, mas uma boa faixa.
8) World War. Esta faixa mantém as mesmas características da faixa anterior, porém esta já me lembra algumas bandas brasileiras da década de 80!
9) Trouble. Outra faixa que considero das melhores, principalmente devido à progressão harmônica da parte A, com certeza o grande destaque da composição. A parte B também tem seu valor, mas é a parte A que se destaca! O interessante é que nesta faixa a bateria é executada pelo antigo baterista, Brownie.
10) Soldier. Boa execução da guitarra na introdução, mas com as mesmas características das demais faixas, sem muita velocidade, boa, mas com nada de especial.
11) Rapist (Encore). Repeteco da primeira faixa! É uma versão bem parecida com a anterior. Talvez um pouco mais leve e solta por estar no final da apresentação.
12) Combat 84 (Encore). Mais um repeteco! Desta vez da faixa 3! Também bem semelhante à versão anterior, porém mais escrachada, talvez por estar no final da apresentação.
Ouça o álbum e sinta a carga da sétima cavalaria!

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Coffin Nails - A Fistful Of Burgers (1988)

GÊNERO: Psychobilly
ORIGEM: Inglaterra (Londres / Londres)
FORMAÇÃO:
Humungus -Stephen Clarke (Vocal, guitarra)
Gra - Graham Farr (Baixo)
Smurf - Robert Farquharson (Bateria)
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Este é o segundo álbum do grupo, lançado pelo selo Link, e o primeiro com um trio na formação. É um excelente álbum, existindo músicas mais aceleradas e outras nem tanto. Um clássico psychobilly, daqueles que podem ser usados como referência para alguém que não conhece o gênero! O álbum conta com duas músicas instrumentais, sendo uma delas uma versão, e um cover. Algumas faixas bem ao estilo rockabilly, e outras mais intimistas, com clima de suspense, típico do psychobilly! Não deixe de ouvir o álbum, realmente vale a pena!
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FAIXA A FAIXA:
1) Penetration (Orgasmic Mix). O álbum inicia com uma faixa que possui um clima bem intimista, com uma ideia de safadeza, já que conta com diversos gemidos de mulheres no fundo. A harmonia é bem rock 'n' roll, com uma frase de guitarra bem ao estilo de músicas de mistério, e uma ponte que parece muito com Cramps, além de ter muito efeito na voz. Ótima faixa, mas não das melhores.
2) Please Little Woman. Considero esta uma das melhores do álbum. Uma das mais embaladas faixas do álbum, com certeza. A velocidade e as pausas no arranjo são o principal destaque, no mais é um rockabilly mais acelerado!
3) Come Back To School. Outra faixa que considero das melhores. Esta já com um clima mais intimista, a parte A bem em um clima de mistério, enquanto a parte B lembra bastante a música Do You Wanna Touch?, de Gary Glitter!
4) Trust In Me (Do The Moose). Esta já tem um clima mais jungle, também típico do psychobilly, com a bateria bem tribal, acompanhada pelo baixo, enquanto os acordes são apenas largados. Boa faixa, mas também não das melhores.
5) Heartbreak Hotel. Eis que chega o cover do álbum! Esta música foi composta por Thomas Durden e Mae Boren Axton, gravada, originalmente, por Elvis Presley, em 1956. Fizeram uma boa versão, existindo uma parte bem embalada do meio para o fim!
6) For A Few Burgers More. Esta é a primeira faixa instrumental, e, na verdade, é uma versão para a música For A Few Dollars More, trilha do filme de mesmo nome, composta por Ennio Morricone. É uma viagem ao velho oeste, incluindo sons de tiros!
7) If Only Mother Could See You Now. Excelente faixa, considero esta a melhor de todo álbum. Embalada, não te dá vontade de parar, apenas ir pra frente! A guitarra tem uma divisão rítmica veloz, ajudando nesta sensação, bem como a progressão harmônica crescente. Ótima composição, não deixe de ouvir, lembra um pouco Bitchin' Biker, do Asmodeus!
8) My Baby Left Me. Outra faixa bem rockabilly, porém mais veloz! Esta sim é um típico rockabilly, sendo o ponto forte as pausas na parte A. Boa, mas não das melhores!
9) Coffin Nails. Outra faixa que considero das melhores. Tem um clima bem sombrio na sua introdução, mas depois embala quando da entrada da bateria. Muito boa faixa, com a harmonia bem rock 'n' roll, assim como o solo da guitarra.
10) Nothing To Lose. Esta é a outra faixa instrumental do álbum. Bem embalada, com o baixo em destaque, ela possui uma frase que se mantém quase que como um ostinato durante toda música. Lembra um pouco a frase de Fender Bender, do MX-80 Sound!
11) Blubbery Love (Saintly Snails). Esta é, talvez, a faixa mais escrachada e arriada de todo álbum! Quase um discurso, com uma base executada por bateria e baixo, bem embalada e veloz, diga-se de passagem! Quando a guitarra aparece, mantém a mesma ideia.
12) Loose, Loose Woman (She's A Moose). O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores. Um rock mais ao estilo anos 60, com direito a refrão sing-a-long e tudo mais! Lembra um pouco bandas como Beach Boys!
Ouça o álbum, de preferência com um punhado de hambúrgueres!

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Cock Sparrer - Back Home (2003)

GÊNERO: Oi!
ORIGEM: Inglaterra (Londres / Londres)
FORMAÇÃO:
Colin McFaull (Vocal)
Mick Beaufoy (Guitarra)
Daryl Smith (Guitarra)
Steve Burgess (Baixo)
Steve Bruce (Bateria)
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Este é o terceiro álbum ao vivo do grupo, lançado pelo selo Captain Oi!, após 5 álbuns de estúdio. Já havia feito uma resenha sobre este álbum em 2013, confira aqui. É um bom álbum, mostra que o grupo estava bem ensaiado para esta turnê, tudo no lugar, com os integrantes sabendo o momento de trabalhar com as dinâmicas e com as intenções. Afinal, eles já estavam na ativa há mais de 30 anos! O álbum contém os grandes clássicos do grupo e um pouco mais,entre eles um cover,  mas o que aparece em peso mesmo, é o álbum Shock Troops, já que apenas 2 faixas deste álbum não estão no repertório ao vivo. Para quem não conhece o som, digamos que o grupo é a principal referência para o gênero, não só pelo prestígio, mas também pelo tempo de estrada, sendo um dos primeiros grupos (se não o primeiro) do gênero a existir. Os músicos não têm grande técnica e as músicas não são velozes, mas com muitas faixas sing-a-long, existindo, inclusive, músicas que são cantadas em estádio de futebol pela torcida, na Inglaterra.
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FAIXA A FAIXA:
1) Riot Squad. O álbum inicia com uma gravação, como se fosse a introdução do show, algo parecido com uma abertura de novela! Logo após a guitarra começa com as duas notas que entregam que música virá! Boa faixa, com um refrão bem sing-a-long.
2) Watch Your Back. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Gosto muito da parte A desta música, tanto pela harmonia quanto pela melodia. A parte B, apesar de não ser tão bacana quanto a parte A, também tem seu valor! Lembra um pouco de UK Subs!
3) Working. Mais uma faixa que mantém o mesmo estilo das demais, com uma ideia harmônica bem rock 'n' roll, fosse menos "quadrado", ritmicamente falando, e mais "swingado" e seria um típico rock 'n' roll!
4) Teenage Heart. Esta faixa já é um pouco mais embalada, também bem rock 'n' roll. Aliás, é uma boa faixa, bem trabalhada, apesar de simples, mas com as guitarras sendo o grande diferencial.
5) What's It Like To Be Old?. Aqui o embalo volta a ser como as faixas anteriores, ou seja, mais na manha, mas, para variar, com um refrão bem sing-a-long. Um típico punk Oi!
6) Closedown. Outra faixa que considero das melhores! Ela inicia com uma ótima frase da guitarra, mantendo uma intenção harmônica bem tensa na parte A, como se nos preparasse para o repouso. O refrão já é mais trivial, sendo a parte A o grande destaque.
7) Get A Rope. A faixa inicia de uma maneira que funciona muito bem em shows. Caso fosse em estúdio, e já seria longo demais. No mais, a faixa é mais uma que mantém as características típicas do punk Oi!
8) Argy Bargy. A faixa possui, na introdução, uma harmonia bem interessante executada em stacatto. Na verdade, esta é a harmonia do refrão! No mais mantém aquela harmonia e intenção bem rock 'n' roll.
9) Run Away Johnny. Gosto bastante desta faixa, com um refrão bem sing-a-long, típico de bandas punk inglesas. A parte A não agrada muito e o final do refrão deixa-o muito alegre.
10) Tough Guys. Outra faixa que considero das melhores do álbum, talvez a primeira que tem uma linha de baixo desenhada, mesmo que simples e sempre igual! A preparação para o refrão é bastante interessante, enquanto o refrão é aquele bem sing-a-long, como a maioria das faixas!
11) Take 'Em All. Esta é a faixa que cantam nos estádios de futebol! Ótima faixa, um ótimo exemplo para definir o gênero ou apresentá-lo a alguém que não conhece! Perfeita para se cantar num bar bebendo cerveja!
12) A.U.. Outra faixa que considero das melhores. Talvez a faixa mais agressiva de todo álbum, a que tem mais fúria no seu arranjo. Assim como a faixa de abertura, a guitarra mantém um ostinato, porém com mais de duas notas, por um pequeno trecho.
13) Don't Blame Us. Uma composição bem alegre, também perfeita para se curtir em um bar tomando cerveja. A frase da guitarra lembra abertura de desenho animado dos anos 70! Um jogo de dinâmica bem destacado entre as partes.
14) I Got Your Number. Mais uma faixa que mantém as mesmas características clássicas do gênero: harmonia bem rock 'n' roll e refrão sing-a-long com andamento não muito acelerado.
15) Because You're Young. Esta faixa é uma que se parece com outro hino de bar! Bem sing-a-long, com um bom desenho melódico, é perfeita para se cantar e beber!
16) Secret Army. Boa faixa. Com a introdução executada com pausas e refrão bem trivial. Esta é outra faixa que se parece com UK Subs!
17) Where Are They Now?. Mais um hino de bar! Porém esta não é toda sing-a-long, apenas o refrão, como de costume para o gênero! As mesmas características das demais faixas.
18) Runnin' Riot. Talvez o grande clássico do grupo e, com certeza, na minha opinião, a melhor composição do grupo. Simplesmente excelente! A introdução é excelente devido à frase da guitarra, a parte A é excelente, principalmente devido aos acentos e ataques nos pratos e o refrão? Bom, o refrão é todo ele excelente! Não deixe de conferir!
19) Sunday Stripper. Depois da melhor faixa, vem a pior do álbum, na minha opinião! Enquanto a faixa anterior motivava, esta pede para quem está curtindo, descansar. É um punk Oi! com cara de blues e refrão sing-a-long. O destaque está na ponte entre a parte A e o refrão.
20) Chip On My Shoulder. Muito boa faixa, já mais embalada, com uma ótima harmonia, é uma pena que o refrão não mantém a mesma pegada da parte A.
21) White Riot. Eis que chega a faixa cover! Esta é uma música composta por Paul Simonon e Joe Strummer, gravada pelo grupo Clash em seu primeiro álbum, em 1977. Talvez a música mais tocada do Clash, principalmente se pensarmos apenas em bandas de punk rock!
22) England Belongs To Me. Se Runnin' Riot não for a música mais conhecida dp grupo, com certeza o posto fica com esta faixa aqui! Boa música, com um refrão sing-along, a música serve de tema de abertura para alguns lutadores ingleses de MMA entrarem no octógono!
23) We're Coming Back. O álbum fecha com outra música muito boa, a qual considero uma das melhores do álbum. Também bem clima de bar com cerveja! Música toda sing-a-long!
Ouça o álbum e volte ao lar!