quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Unicef - Käkimassaa (1983)

GÊNERO: Oi!
ORIGEM: Finlândia (Helsinki / Uusimaa)
FORMAÇÃO:
Tino - Kalevi Räsänen (Vocal)
Jonza (Vocal)
Rane Raitsikka - Harri Jäntti (Guitarra, baixo)
Jusa - Juha Ranta (Bateria)
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Este é o primeiro single, e único trabalho, lançado pelo grupo, através do selo Johanna, e foi gravado no estúdio Photosonic. É um bom single, com muita energia, uma equalização com os médios em evidência, além de bastante ganho, possuindo composições embaladas, as quais alternam seu andamento entre elas, ora mais veloz, ora mais lento. As composições são simples, assim como os arranjos, mas com tudo no lugar, embora, ao meu ver, o vocal poderia ter uma preocupação maior com a afinação, porém a energia compensa essa deficiência técnica. De modo geral, os músicos possuem pouca técnica, mas, mesmo assim, foram um nome importante para a cena de seu país no início da década de 80, mesmo que a carreira tenha durado pouco tempo. Além deste single, o grupo possui apenas participações em coletâneas. Embora eu tenha classificado o single como oi!, ele possui fortes influências do street punk, além de pitadas de d-beat. Na verdade o grupo é bastante lembrado, principalmente, devido às suas apresentações ao vivo, sempre bastante violentas, incluindo a perfuração do próprio genital, feita por Tino, para a colocação de um piercing, ao qual foi preso com correntes fixas no palco! Ambos os vocalistas já faleceram, Tino em 1995, após cair de um andaime, e Jonza em 2005, após cair, bêbado, na escada. O baterista, Jusa, tocou, também, no grupo Läma. Um bom single, bem enérgico e que retrata, um pouco, da energia do grupo. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Käkimassaa. O single inicia com a faixa que dá nome ao mesmo, sendo uma boa composição, com instrumental bem street punk, mas um vocal mais voltado para o oi!. É uma composição bem embalada, não muito veloz, mas com bastante energia, a qual possui boas frases de guitarra, o destaque, na minha opinião.
2) Orkku. Esta é a faixa mais lenta do single, embora embalada, possuindo um bom trabalho de dinâmica, o destaque, na minha opinião, sendo, talvez, a faixa mais oi! do single. Embora não seja ruim, esta é a faixa que menos me agrada no álbum.
3) 251. O single finaliza com a faixa que considero a melhor. Esta é a faixa mais veloz do single, possuindo influências de d-beat, mantendo um bom embalo, uma boa intenção, além de trocas rápidas de acorde e um refrão bem sing-a-long, o destaque, na minha opinião.
Ouça o single com massa de cuco!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Underboss Files - Vol. 4 (2007)

GÊNERO: Rap
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
BANDAS: Rell / O.C. / Show & A.G. / SWV / Bas Blasta / Lord Finesse
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Este é o quarto volume da série, lançada, de maneira independente, através do selo Underboss. Esta é uma compilação feita com os trabalhos de Lord Finesse, principalmente, como produtor, mas, também, através de participações, bem como seu próprio material. Sendo este o último volume da série, a maior parte das faixas são de autoria do próprio Lord Finesse. É um bom álbum, que resgata composições de mais de 15 anos de diferença, sendo bem abrangente a relação de tempo / espaço na carreira do artista. As composições não são muito velozes e, a grande parte delas, não possui muitos elementos específicos dos dj's, como scratches, embora exista um bom trabalho na mixagem e produção das composições. Algumas faixas são embaladas, mas não todas, possuindo, algumas delas, um bom trabalho rítmico, em especial no que diz respeito à voz e suas divisões. É uma boa coletânea, que abrange e mostra, de maneira resumida, mas, ao mesmo tempo, bem ampla, a carreira de Finesse como músico e produtor. Coletânea lançada pelo próprio artista, esta não é uma coletânea oficial, sendo considerada um bootleg. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) RELL - When Will You See. A coletânea inicia com uma boa composição, não embalada e pouco veloz, mas com um bom desenho melódico da voz e com uma boa intenção harmônica. O destaque, na minha opinião, está nos contracantos, embora o arranjo de piano mereça atenção.
2) O.C. - Jewelz. Considero esta uma das melhores faixas da coletânea, com um bom embalo, uma ótima intenção, que, devido ao sample, na introdução, intenciona à tensão, enquanto que no decorrer da composição, ela se mantém em repouso, com destaque para o arranjo de guitarra, embora os assobios mereçam atenção, possuindo, também, um bom padrão rítmico.
3) SHOW & A.G. - Add On. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea, a qual, também, mantém uma intenção de tensão, na introdução. O restante da faixa possui um bom embalo, além de uma boa intenção harmônica.
4) SWV - Right Here. Esta é uma boa composição, que lembra, bastante, composições da década de 70, existindo um ótimo trabalho do dj e suas pick-ups, o grande destaque, na minha opinião, embora o desenho e interpretação melódica da voz mereçam atenção. O que remete ao rap, nesta faixa, é apenas a base, já que a voz foge da ideia.
5) BAS BLASTA - The Rhythm. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea, mais uma vez, com um ótimo trabalho do dj, possuindo um bom embalo, bem como um bom padrão rítmico, bem como uma boa intenção na interpretação vocal, além de ótimos samples.
6) LORD FINESSE - Return Of The Funkyman. Aqui iniciam as faixas de autoria do próprio Finesse, sendo esta primeira, uma ótima composição, a qual possui uma ótima intenção harmônica, bem como um bom sample e um bom embalo, embora pouco veloz.
7) LORD FINESSE - Underworld Operations. Outra boa composição, a qual possui um bom embalo, além de um bom arranjo de vibrafone, porém a intenção harmônica não seja muito do meu agrado, apesar de não ser ruim, possuindo uma boa expressão vocal.
8) LORD FINESSE - Down For The Underground. Outra ótima composição, com uma ótima produção e intenção, possuindo bons samples e um bom padrão rítmico, além de uma boa expressão vocal. A faixa é pouco veloz e não embalada.
9) LORD FINESSE - Yes You May. Mais uma boa composição, com um ótimo trabalho de produção, bem como uma boa intenção, a qual mantém um clima de tensão, possuindo um bom embalo e pouca intenção harmônica, possuindo uma boa interpretação vocal e bons samples.
10) LORD FINESSE - Party Over Here. Outra boa composição, a qual mantém, através de intervalos dissonantes, uma tensão no ar, com uma ideia bem minimalista, a qual possui um bom embalo, um bom padrão rítmico e uma boa expressão vocal, embora, ao meu ver, deveria estar mais em evidência, já que soa um pouco "escondida".
11) LORD FINESSE - Back To Back Rhyming. Considero esta a melhor faixa da coletânea, bastante embalada, sendo, talvez, a faixa mais veloz, com um ótimo groove e swing, além de um bom sample, em especial o da guitarra e o das pontes, mantendo uma excelente expressão vocal, o destaque, na minha opinião.
12) LORD FINESSE - Rules We Live By. Uma boa composição, embora pouco veloz e embalada, mantendo uma intenção pouco "alegre", embora também não seja de tensão, mantendo um bom padrão rítmico, com destaque para a linha do baixo, extremamente importante para a intenção da composição.
13) LORD FINESSE - Shorties Kaught In The System. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea, a qual possui um bom trabalho do dj, um bom embalo e, sempre, um clima de tensão devido à intervalos dissonantes executados pelo baixo. Uma boa expressão vocal e um bom padrão rítmico ajudam a elevar a qualidade da composição.
14) LORD FINESSE - Hands In The Air Mouth Shut. Mais uma boa composição, com uma ótima intensão, pouco veloz, não muito embalada, mas com uma ideia de tensão devido ao arranjo de violino, mantendo uma boa expressão vocal.
15) LORD FINESSE - Ghetto Life. Uma boa faixa, pouco veloz e não embalada, mas com bons acentos e um bom trabalho com as pausas, além de manter um bom padrão rítmico e uma boa intensão harmônica.
16) LORD FINESSE - You Know What I'm About. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea, a qual possui um bom embalo, um excelente padrão rítmico, bem como uma boa interpretação vocal e um clima de tensão, devido ao arranjo de órgão.
17) LORD FINESSE - Actual Facts. Outra boa composição, pouco veloz e embalada, mas com uma boa intenção e um bom trabalho do dj, sendo o destaque, na minha opinião, a expressão vocal, embora os samples mereçam atenção.
18) LORD FINESSE - Hip 2 Da Game. A coletânea finaliza com outra boa composição, mais uma vez, pouco veloz e embalada, mas com uma boa intensão e bons, eventuais, contracantos, sendo o destaque, na minha opinião, a interpretação vocal.
Ouça a coletânea acima do volume 4!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Ultraje A Rigor - Sexo!! (1987)

GÊNERO: Rock
ORIGEM: Brasil (São Paulo / São Paulo)
FORMAÇÃO:
Roger Moreira (Vocal, guitarra, flauta transversal)
Sérgio Serra (Guitarra)
Maurício Defendi (Baixo)
Leôspa - Leonardo Galasso (Bateria)
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Este é o segundo álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo WEA. É um bom álbum, o qual registra o grupo em seu auge da carreira, com composições bem explícitas quanto às suas intenções, bem interpretadas e arranjadas, as quais possuem, em sua maioria, um bom embalo, assim como a ideia de manter, em sua maioria, as composições no modo maior, o que combina com a intenção de "alegria"  e irreverência a qual o álbum se propõe, embora não seja uma regra. Embora eu tenha classificado como rock (o que é bem evidente), o álbum possui influências de surf music e ska, além de pitadas de punk rock e hard rock. É um álbum lançado em uma época a qual a censura estava perdendo força, então, percebe-se, mesmo que de maneira sutil, a intenção dos grupos e gravadoras em pressionar o órgão federal. É um bom álbum, o qual marca a entrada do guitarrista Sérgio no grupo, já que durante as gravações, o, até então, guitarrista, Carlinhos, deixou o grupo. O álbum conta com 3 faixas que possuem videoclipes de divulgação, sendo uma delas, usada na abertura de uma telenovela, chamada Brega & Chique. Os videoclipes não possuem muita produção, bem a cara do Brasil nos anos 80, o que é bacana, pois retrata bem o momento, aliás, um dos aspectos positivos do grupo ao longo de sua carreira, no meu entender, foi essa proximidade com o cotidiano do povo brasileiro, o que fez com que muitos se identificassem com as intenções do grupo, o qual nunca deixou de lado a irreverência. O curioso é que o lançamento do álbum foi feito, de maneira surpresa, na marquise de um shopping da Av. Paulista, apresentação que rendeu as imagens para um dos videoclipes do álbum. O álbum recebeu disco de platina por atingir a marca de 250.000 discos vendidos, além de ficar na posição de número 96 na lista do Hot 100 Brasil. O álbum conta com as participações de Carlinhos (Carlo Bartolini) e Edgard Scandurra, tocando guitarra; João Barone, tocando bateria; e Liminha, tocando guitarra e baixo. É um bom álbum, que marcou uma época da cultura musical brasileira, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Eu Gosto De Mulher. O álbum inicia com uma boa composição, bem rock 'n' roll, com uma intenção bem alegre e irreverente, boas linhas de baixo, assim como bons riffs de guitarra, bem como um bom embalo, além de um refrão bem sing-a-long, repleto de contracantos, existindo um trecho da música Sabre Dance, como música incidental. Esta é uma das faixas em que Liminha toca guitarra. Esta é uma das faixas que possui videoclipe de divulgação, a que se apropriou das imagens da apresentação surpresa de divulgação do álbum.
2) Dênis, O Que Você Quer Ser Quando Crescer?. Esta é uma ótima composição, a qual possui um excelente refrão, bem punk rock e sing-a-long, o destaque, na minha opinião, um bom embalo, além de boas linhas do baixo e boas frases de guitarra. Mais uma vez, Liminha participa tocando guitarra. O que diminui a qualidade da composição, na minha opinião, é a parte A e sua intenção.
3) Terceiro. Esta é uma das faixas que considero das melhores do grupo, e é, também, uma das faixas que possui videoclipe de divulgação. É uma ótima composição, com intenções de ska, mas sem perder a pegada rock, além de influências do surf music e jungle, sendo mais uma faixa que conta com a participação de Liminha na guitarra. Uma ótima intenção, com destaque para o refrão, a linha de baixo também merece atenção.
4) A Festa. Simplesmente horrível! Esta é uma das piores composições de rock que ouvi na minha vida! Simplesmente horrível, daquelas faixas que fazem a pessoa pular quando começa a tocar! Lenta, em compasso composto, é uma balada de festas de formatura de filmes da Sessão da Tarde que se passam nos anos 50 / 60. Nada positivo a destacar, a não ser o solo, gravado por Carlinhos.
5) Prisioneiro. Esta é uma composição bem hard rock, a qual o baixista Maurício ficou responsável pelos vocais. Com uma parte A bem interessante, o destaque, na minha opinião, a qual lembra bastante as bandas de hard rock dos anos 80 que estavam em evidência, na época. Com um bom embalo, embora não muito veloz, o ponto negativo está no refrão, com uma intenção mais pop. Mais uma vez o solo de guitarra, executado, novamente, por Carlinhos, merece atenção. Esta faixa foi censurada pelo órgão federal, na época.
6) Sexo!. A faixa que dá nome ao álbum é, também, a que considero a melhor. Com um bom swing e embalo, ela possui uma intenção bem minimalista, pois se mantém da mesma maneira, do início ao fim, apenas com alterações no arranjo, possuindo um bom trabalho de dinâmica, sendo a faixa que conta com Roger tocando flauta transversal. Influenciada, talvez, pelo rap, ela possui um refrão bem sing-a-long, sendo, também, uma crítica à censura.
7) Pelado. Esta é a última faixa do álbum a contar com videoclipe de divulgação, talvez o mais bem produzido dos três, mas com nada de especial. Esta é a faixa que se tornou abertura da novela Brega & Chique. Um rock 'n' roll, com um bom embalo, bons riffs e frases de guitarra, possuindo um refrão bem sing-a-long. Esta faixa possui a participação de Liminha tocando baixo, já que Maurício ficou responsável por uma das guitarras.
8) Ponto De Ônibus. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, com influências do punk rock, mas sem perder a intenção rock, além de pitadas de ska, ela possui um bom embalo, além de um bom trabalho de dinâmica, sendo o destaque, na minha opinião, o refrão, seus contracantos, mas , principalmente, o desenho melódico da voz.
9) Maximillian Sheldon. Outra ótima composição, com acordes dissonantes na introdução e uma intenção bem intimista, algo que lembra cena de algum filme de espião ou detetive! Uma ótima frase de baixo, que se mantém, de maneira constante, aliada à boas frases de guitarra, bem como sua intenção, são os destaques, na minha opinião. Esta é a última faixa a contar com a participação de Liminha, desta vez, tocando guitarra. O solo de bateria é o registro da participação de João tocando, obviamente, bateria.
10) Will Robinson E Seus Robots. O álbum finaliza com uma boa faixa, (praticamente) instrumental, a qual possui um padrão rítmico baseado no shuffle, o que nos remete, sempre, à ideia do blues, embora os demais elementos não destaquem esta influência. O destaque, na minha opinião, está no refrão e sua progressão harmônica cromática, a qual causa uma ideia de tensão, embora as frases de guitarra também mereçam atenção. Esta é a faixa que conta com a participação de Edgard tocando guitarra.
Ouça o álbum durante o sexo!

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

UK Subs - Motivator (1988)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Inglaterra (Londres / Londres)
FORMAÇÃO:
Charlie Harper - David Perez (Vocal, gaita de boca)
Alan Lee (Guitarra)
Flea - Dave Farrelly (Baixo)
Matthew McCoy (Bateria)
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Este é o décimo quarto EP lançado pelo grupo, após 8 álbuns de estúdio, através do selo Released Emotions. É um ótimo EP, com boas composições, bem interpretadas, embora possuam arranjos simples, sempre com bastante expressão. Boas progressões harmônicas, as quais, eventualmente, fogem de uma ideia tonal, e um bom embalo, apesar de não muito veloz, são as características do EP. A faixa título está presente no álbum lançado no mesmo ano, enquanto as demais faixas são inéditas. O EP possui uma faixa "cover", se é que podemos chamar assim, já que é, na verdade, uma versão de uma composição tradicional, de autor desconhecido. Boas frases de guitarra, embora pouco frequentes, assim como, também pouco frequente, arranjo para gaita de boca, são aspectos a serem considerados, pois ajudam a elevar a qualidade do EP. O grupo dispensa comentários, um clássico, e um dos principais nomes do punk rock britânico, desde os anos 70, apresentando seu ponto criativos, aproximadamente, 10 anos após seu surgimento, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Motivator. O EP inicia com a faixa título, a qual é, também, a faixa que considero a melhor. Bastante embalada, iniciando com um arranjo de bateria bem tribal, sem a utilização de pratos, possuindo uma boa progressão harmônica, com eventuais trocas rápidas de acorde, bem como um refrão bem sing-a-long.
2) Combat Zone. Esta é uma das faixas que considero das melhores do EP, também bastante embalada, com uma boa progressão harmônica, apesar de simples, uma boa expressão vocal e um refrão bem sing-a-long.
3) Fascist Regime. Esta é a faixa que menos me agrada no EP, embora não seja ruim. Esta é a faixa menos veloz do EP, embora seja embalada, possuindo um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque o trabalho de dinâmica, e seu crescendo, na ponte após o refrão. Esta é a única faixa do EP (fora a faixa "cover") que não foi composta por um dos integrantes do grupo, e sim pelo produtor.
4) Auld Lang Syne. Esta é a faixa "cover" do EP, já que é uma composição de autor desconhecido, uma canção tradicional, a qual poucos sabem a verdadeira letra, apropriando-se da melodia e colocando seus próprios versos. Esta é uma canção muito comum na virada do ano de algumas culturas, em especial a escocesa, sendo também utilizada por equipes ou torcidas esportivas. O arranjo do grupo é bem punk rock, porém, mantém-se fiel à ideia original.
5) Cycle Sluts From Hell. O EP finaliza com outra ótima composição, bastante embalada, sendo a faixa mais veloz do EP, possuindo uma ótima intenção, com progressão harmônica bem rock 'n' roll, mas com uma intenção que lembra um psychobilly, esta é, quase, uma faixa instrumental, já que existe voz apenas no refrão, a qual canta o título da faixa. A inclusão da gaita de boca é o destaque, na minha opinião.
Ouça o EP e seja um motivador!

sábado, 17 de dezembro de 2022

Tysondog - Four Track E.P. (1985)

GÊNERO: NWOBHM
ORIGEM: Inglaterra (Newcastle Upon Tyne - Tyne And Wear / North East)
FORMAÇÃO:
Clutch Carruthers - John Carruthers (Vocal)
Paul Burdis (Guitarra)
Alan Hunter (Guitarra)
Kevin Wynn (Baixo)
Rob Walker (Bateria)
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Este é o primeiro EP lançado pelo grupo, após um álbum de estúdio, através do selo Neat, e foi gravado no estúdio Impulse. É um ótimo EP, bem embalado, embora não muito veloz, em sua maior parte, possuindo excelentes riffs de guitarra, bem como bons desenhos melódicos da voz. Bem fiel ao gênero, o grupo faz parte da onda britânica que surgiu no início dos anos 80, ajudando a consolidar um movimento. Os músicos possuem boa técnica, o que ajuda a elevar a qualidade do EP, as composições são bem pensadas e arranjadas, com intenções bem explícitas, sendo o destaque, na minha opinião, os arranjos de guitarra. Embora o EP possua bons arranjos, estes se valem, mais, devido aos arranjos individuais de cada instrumento, já que o arranjo para o conjunto não é muito complexo. O EP, que também é conhecido pelo título Shoot To Kill, conta com 3 faixas inéditas e uma faixa que está presente no álbum de estreia do grupo. Um ótimo EP, vale a pena conferir, excelentes riffs, essencial para os guitarristas adoradores do gênero.
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FAIXA A FAIXA:
1) Shoot To Kill. O EP inicia com a faixa que dá o "pseudo" nome ao mesmo, sendo uma boa composição, bem embalada, com excelentes riffs de guitarra, o destaque, na minha opinião, além de um ótimo desenho melódico da voz. O refrão, bem sing-a-long, também possui uma ótima frase de guitarra que merece atenção.
2) The Changeling. Apesar de ser uma boa faixa, esta é a que menos me agrada no EP, sendo a faixa menos veloz, embora embalada, possuindo, mais uma vez, ótimos riffs de guitarra, o destaque, na minha opinião, existindo frequentes pausas no acompanhamento harmônico da parte A, além de possuir um ótimo desenho melódico da voz.
3) Hammerhead. Esta é a faixa que considero a melhor do EP, e é, também, a faixa que está presente no álbum de estreia do grupo, embora esta seja uma versão diferente. A faixa mais veloz do EP, bastante embalada, com, mais uma vez, excelentes riffs de guitarra, além de um ótimo desenho melódico da voz, bem como a progressão harmônica.
4) Back To The Bullet. O EP finaliza com outra ótima faixa, a qual possui, mais uma vez, excelentes riffs de guitarra, um bom embalo, além de um bom desenho melódico da voz, o destaque, na minha opinião, embora os riffs mereçam atenção.
Ouça o EP e conheça o EP de quatro faixas!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

TV: N Orjat - Tavallinen Ihminen (1980)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Finlândia (Turku / Sudoeste da Finlândia)
FORMAÇÃO:
Kari Sutela (Vocal)
Juha Laukkanen (Guitarra)
Harri Siivonen (Baixo)
Pekka Eskelinen (Bateria)
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Este é o primeiro single, e único trabalho, lançado pelo grupo, através do selo Kerberos, e foi gravado no estúdio 55. É um ótimo single, com a cara do punk rock do final dos anos 70, muito influenciado pelas bandas britânicas, mas com a característica das bandas do país. As composições são embaladas, embora não muito velozes, com arranjos simples, mas bem executados e interpretados, existindo bons desenhos melódicos da voz, bem como eventuais frases da guitarra. Difícil encontrar muita informação sobre o grupo, além deste single, o grupo apenas participou de algumas coletâneas, sendo este o único trabalho "solo" do grupo. Para os adoradores do punk rock feito no final dos anos 70, este é um prato cheio, merece ser ouvido, em especial devido aos desenhos melódicos da voz, o grande destaque, na minha opinião, existindo variações tonais entre as partes, outro ponto interessante a ser mencionado. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Tavallinen Ihminen. O single inicia com a faixa que dá nome ao mesmo, a qual é, também, a faixa que mais me agrada, em especial devido à parte A, sua progressão harmônica, bem simples, mas que me agrada bastante, possuindo um ótimo desenho melódico da voz. Bem embalada, o refrão possui uma variação modal, saindo do modo menos, da parte A, para o modo maior.
2) Terve Hulluus. O single finaliza com outra boa composição, bem embalada, com a cara do punk rock britânico, lembrando, bastante com Clash, possuindo um bom trabalho de dinâmica, bem como um bom desenho melódico da voz, além de um refrão bem sing-a-long.
Ouça o single como uma pessoa normal!

domingo, 11 de dezembro de 2022

Tu Carne - En Un Pellejo De Cerdo (2004)

GÊNERO: Grindcore
ORIGEM: Espanha (Alicante / Comunidade Valenciana)
FORMAÇÃO:
Flipi - Rafael Sanchez (Vocal, baixo)
Oso - Sergio Ruiz (Guitarra)
Minso - Salvador Izquierdo (Baixo)
Rober - Roberto Melgar (Bateria)
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Este é o sexto split lançado pelo grupo, após dois álbuns de estúdio, através do selo Extremist, e foi gravado no estúdio Iguana. É um bom split, com composições bem arranjadas, repletas de energia, extremamente velozes, embora intercale com momentos mais cadenciados, porém, sem nunca deixar o peso de lado. Este é um split lançado em conjunto com o grupo equatoriano El Muermo, porém, aqui, comento apenas sobre as faixas do grupo espanhol. Um grindcore com a cara daqueles feitos na metade dos anos 90, lembrando, bastante, com os primeiros trabalhos do Brujeria. Difícil encontrar muitas informações sobre o grupo, o qual continua em atividade, porém, percebe-se, nas interpretações e intenções das composições, muita segurança, energia e confiança dentro da proposta, o que percebe-se ao ouvir, sendo um ponto positivo do split. O curioso é que o split conta com dois baixistas, sendo Flipi o responsável pelos arranjos do baixo que possui distorção no timbre, enquanto Minso é responsável pelos arranjos do baixo sem efeitos. Composições bem arranjadas, com frequentes trocas rápidas rápidas de acorde, bem como riffs, além de muita energia dosada entre momentos extremamente velozes, com o arranjo da bateria em blast beat, e outros mais cadenciados. Vale a pena conferir, aos adoradores do gênero e fãs dos primeiros trabalhos do Brujeria, um prato cheio!
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DESTAQUE:
1) La Sala Del Dolor. O split inicia com um petardo já desde o começo! Um baixo com muita distorção, velocidade extrema, embora hajam trechos mais cadenciados, trocas rápidas de acorde, vocal grave, e muita energia, aliados a um bom arranjo e uma ótima expressão e interpretação.
2) En Un Pellejo De Cerdo. O split finaliza com a faixa que dá nome ao mesmo, a qual é, também, a faixa que considero a melhor. Uma ótima composição, repleta de diferentes partes, além de um ótimo arranjo, ela oscila sua intenção entre grindcore e hardcore, na parte A, mantendo as características: trocas rápidas de acorde, muita energia e expressão, peso, e alternância entre momentos velozes e cadenciados.
Ouça o split deitado em uma pele de porco!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Tryo - Patrimonio (1999)

GÊNERO: Rock Progressivo
ORIGEM: Chile (Viña Del Mar / Valparaíso)
FORMAÇÃO:
Ismael Cortez (Vocal, guitarra, violão)
Francisco Cortez (Vocal, baixo, violoncelo)
Felix Carbone (Bateria, percussão)
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Este é o terceiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Cantera, e foi gravado nos estúdio Sonus e na Sala Musicámara. É um excelente álbum, extremamente conceitual, e quase que todo ele, instrumental. Ótimas composições, com excelentes interpretações, extremamente bem arranjadas, existindo um ótimo trabalho de dinâmica. Embora eu tenha classificado como rock progressivo, o álbum possui influências da música contemporânea, existindo frequentes momentos bem espectrais, a ponto de enxergar uma paisagem através do som. As quatro primeiras faixas são uma sequência, sendo, na verdade, uma faixa, nomeada de Valparaíso Patrimonio. Com certeza a qualidade técnica e o conhecimento musical dos músicos ajudam a deixar as composições extremamente bem criativas, compostas e arranjadas, o que é, na minha opinião, o grande destaque do álbum. As faixas, eventualmente, são embaladas, eventualmente não, existindo frequentes variações de compasso, eventualmente, na mesma faixa. O curioso é que parte do álbum foi composto para um documentário em apoio ao manifesto de nomear Valparaíso um patrimônio da humanidade, sendo estas as quatro primeiras faixas. Um ótimo álbum, essencial para aqueles que gostam de entender e estudar a música, muitas ideias, intenções e, principalmente, interpretações, bem interessantes. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Valparaíso Psicodélico. O álbum inicia com a faixa que fez parte do documentário Valparaíso Patrimonio. São faixas bem conceituais, sendo esta primeira, inciando com uma intenção bem de introdução, para depois entrar os demais instrumentos com um bom embalo e recheado de efeitos.
2) Juegos. Esta é uma faixa acústica, executada por marimba, violão e violoncelo. Com uma excelente intenção, um ótimo arranjo e uma excelente interpretação, o destaque, na minha opinião, não sendo uma faixa muito embalada.
3) Puerto. Outra faixa acústica, executada com percussão, violoncelo e violão. Uma ótima composição, muito bem arranjada e interpretada, existindo ótimas intenções, ambientalizando o ouvinte, muito através da expressão e trabalho de dinâmica.
4) Marina. Esta é a última faixa que faz parte do documentário, finalizando a sequência de Valparaíso Patrimonio. Mais uma faixa acústica, executada por violão, violoncelo e percussão. Bem intimista e intencional, esta possui, mais uma vez, um ótimo arranjo e excelente interpretação, sendo o destaque, na minha opinião, a melodia principal, em especial no refrão.
5) Camino. Mais uma faixa bem intencional e espectral, com um excelente trabalho de dinâmica e ideia de tensão. Uma excelente interpretação de uma composição extremamente conceitual, a qual cria diferentes climas e sensações ao ouvinte.
6) Contrastes. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Esta sim, bem rock progressivo, sendo uma excelente composição, extremamente bem arranjada, existindo frequentes acordes dissonantes e notas de passagem, com destaque para o arranjo e interpretação do baixo.
7) Recuadros. Considero esta a melhor faixa do álbum, mais uma vez uma composição bem conceitual e intencional, a qual possui um excelente arranjo e interpretação, repleta de frases, sendo, justamente, estas frases, o destaque, na minha opinião, embora os acordes dissonantes e notas de passagem mereçam a tenção.
8) Estudio. Como o nome já sugere, esta faixa segue a ideia de um estudo, a qual foi criado um arranjo e harmonização, extremamente bem arranjado e interpretado, diga-se de passagem, como de praxe do álbum. Frequentes variações de compasso e constantes frases são as características da faixa.
9) Danza Del Furor. Mais uma faixa acústica, com bastante influência da música contemporânea, a qual está evidente nas constantes dissonâncias, não mantendo uma tonalidade definida, sendo um dueto de cordas e percussão. Mais uma faixa bastante conceitual e bastante interessante!
10) Justicia. Esta é uma das faixas que considero das melhores do álbum. Não muito veloz, mas bem embalada e com um excelente riff, o destaque, inclusive, na minha opinião, ela possui eventuais notas dissonantes que merecem atenção, também soando bem rock progressivo.
11) Grieta. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, sendo a única faixa que possui vocal. Com frequentes variações de compassos, frases, riffs e notas dissonantes, esta é outra composição com a cara do rock progressivo.
12) Epilogo. O álbum finaliza com uma boa composição, bem pesada, não muito veloz, mas com bastante drive no timbre da guitarra, possuindo ótimos riffs, o destaque, na minha opinião, além de um ótimo arranjo e interpretação.
Ouça o álbum e descubra o patrimônio!

sábado, 3 de dezembro de 2022

Triumph - Surveillance (1987)

GÊNERO: Hard Rock
ORIGEM: Canadá (Mississauga / Ontario)
FORMAÇÃO:
Rik Emmett (Vocal, guitarra, sintetizador)
Gil Moore (Vocal, bateria, percussão)
Michael Levine (Baixo, teclado, sintetizador)
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Este é o nono álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo MCA, e foi gravado no estúdio Metalworks. É um bom álbum, porém, longe de ser dos meus favoritos da carreira do grupo, o qual, embora eu tenha classificado como hard rock, possui influências do rock progressivo e do heavy metal, sempre pendendo para uma intenção mais suave. Algumas faixas são embaladas, outras não, existindo duas faixas instrumentais, as quais soam como uma introdução para o que vem a seguir. As composições sempre bem arranjadas e bem interpretadas, sendo a criatividade, aliada à técnica dos integrantes, um dos destaques do álbum. Excelentes melodias, boas interpretações, boa qualidade de gravação, assim como a produção, fazem o álbum se tornar bom. Já havia feito uma resenha sobre este álbum, em 2014, confira aqui! Este é o último álbum lançado com Rik na formação, já que ele veio a sair do grupo após a turnê de divulgação do álbum, no ano seguinte, sua saída se deu devido à incompatibilidade de ideias, já que Rik estava intencionando suas ideias para o rock progressivo, enquanto os demais integrantes preferiam voltar às origens hard rock, do início da década. É possível perceber esta divergência de intenções composicionais, já neste álbum, pois existem faixas bem hard rock e outras mais progressivas. Independente de ser hard ou progressivo, o álbum tem a cara das composições do gênero na metade dos anos 80, um exemplo típico do rock da época, bem de encontro com a tendência do momento. O álbum possui as participações de Steve Morse, tocando guitarra e violão; Dave Tkaczuk, tocando sintetizador e teclado; e Greg Loates, tocando percussão. O álbum atingiu a posição de número 82 na lista da Billboard 200, bem como a posição de número 35 na lista do Canadá, além de receber disco de ouro, no Canadá, por ultrapassar a marca de 50.000 discos vendidos. A arte da capa ficou por conta de Dean Motter, possuindo uma faixa com videoclipe de divulgação. Um bom álbum, com excelentes produção e interpretação, além de muita criatividade nos arranjos. Composições não muito empolgantes, mas que vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Prologue: Into The Forever. O álbum inicia com uma das faixas instrumentais, a qual possui uma intenção bem de introdução, puxando para o progressivo, não existindo acompanhamento percussivo, sendo o destaque a melodia da guitarra.
2) Never Say Never. Esta é a faixa que possui videoclipe de divulgação, este com a cara dos anos 80, mesclando cenas do grupo tocando em uma espécie de pavilhão, com cenas de uma atriz / modelo, fugindo em meio ao pavilhão, sendo seus movimentos vigiados por vídeo, sempre com uma intenção bem de ficção. A composição é um hard rock, com um bom embalo, embora pouco veloz, mas com bons riffs e um bom desenho melódico da voz.
3) Headed For Nowhere. Esta é uma das faixas que considero das melhores do álbum, sendo uma das faixas que conta com a participação de Steve tocando guitarra. Uma ótima composição, bem embalada, com baixo pedal, ótimos contracantos, assim como ótimos riffs de guitarra, além de um ótimo refrão, bem sing-a-long, a composição soa bem hard rock, com pitadas de heavy metal.
4) All The King's Horses. Esta é a outra faixa que conta com a participação de Steve, desta vez, tocando violão. É uma bela composição, a qual possui um excelente desenho melódico da voz, bem como um excelente arranjo, os destaques da composição, na minha opinião. Com uma intenção que puxa mais para o progressivo, esta é outra faixa com ausência de acompanhamento rítmico.
5) Carry On The Flame. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, bem embalada, mais uma vez, com o baixo pedal, possuindo um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque o refrão e seu riff de guitarra, embora as frases do teclado mereçam atenção.
6) Let The Light (Shine On Me). Esta é a faixa que se tornou o single de divulgação no Canadá. Uma boa composição, porém, mais lenta, embora possua um bom embalo, intencionando para elementos do progressivo, apesar de não deixar de lado a intenção hard rock, sendo o destaque o desenho melódico da voz. Quase uma balada, esta é uma bela composição, a qual merece atenção pelo seu arranjo.
7) Long Time Gone. Esta é a faixa que se tornou o single de divulgação nos EUA, e é, também, uma das faixas que considero das melhores do álbum. Com um ótimo arranjo, além de um bom trabalho de dinâmica, esta possui um bom embalo, sendo o destaque os riffs de guitarra e o refrão, com bons contracantos.
8) Rock You Down. Considero esta a melhor faixa do álbum, a qual possui excelentes riffs, bem como uma ótima progressão harmônica, apesar de simples, bem como um ótimo desenho melódico da voz. Com uma pegada bem hard rock, talvez a faixa mais hard rock do álbum, ela possui um bom refrão, bem sing-a-long.
9) Prelude: The Waking Dream. Esta é a outra faixa instrumental, a qual, também, possui intenção de introdução, sendo o destaque, o arranjo e a frase melódica da guitarra. Mais uma vez, há a ausência de acompanhamento rítmico, intencionando para o progressivo, também.
10) On And On. Uma boa composição, com destaque para a progressão harmônica, apesar de simples, embora o desenho melódico da voz e o arranjo mereçam atenção. Com uma intenção mais pop, apesar dos riffs de guitarra bem hard rock, ela possui um refrão bem sing-a-long, com a harmonia executada com constantes pausas, existindo um ótimo trabalho de dinâmica.
11) All Over Again. Uma composição a qual possui uma intenção bem suave, podendo ser considerada a balada do álbum. Com um bom desenho melódico da voz, o destaque na minha opinião, ela possui, no refrão, uma variação de cadência, a qual intenciona mais para o hard rock, diferente da parte A. Talvez a faixa que menos me agrade no álbum.
12) Running In The Night. O álbum finaliza com uma boa composição, em especial devido à sua intenção, na parte A, possuindo um bom embalo, bem como um bom arranjo, além de um bom desenho melódico da voz, bem como um refrão bem sing-a-long, existindo uma variação de cadência entre as partes.
Ouça o álbum sob vigilância!

domingo, 27 de novembro de 2022

Trio Socijalne Pomoći - Nismo Ničije Igračke! (1997)

GÊNERO: Street Punk
ORIGEM: Sérvia (Batocina / Sumadija E Sérvia Ocidental)
FORMAÇÃO:
Sale (Vocal)
Zeljko (Guitarra)
Mihajlo (Baixo)
Stragi (Bateria)
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Este é o primeiro, e único, trabalho lançado pelo grupo, de maneira independente, e foi gravado no estúdio Cesnjak, sendo este um split com o grupo, também sérvio, Unutrasnji Bunt!. É um bom split, com faixas que possuem um bom embalo e, eventualmente, velocidade no andamento. Os arranjos e composições são bem simples, porém está tudo no lugar, com boas ideias, apesar de simples. Duas faixas são "vinhetas", uma com intenção de introdução e outra com intenção de finalização do split. Embora eu tenha classificado como street punk, o split possui influências de d-beat e hardcore old school, além de manter a influência do hardcore dos anos 90 sempre presente. Difícil encontrar informações sobre o grupo, mas, de qualquer forma, é um split que representa bem o hardcore / punk feito no país no final dos anos 90, sendo o destaque as intenções e ideias, enquanto o ponto negativo, na minha opinião, está na interpretação vocal, que, apesar da energia, parece estar fazendo bastante esforço para poder manter a intenção melódica, inclusive, por vezes, desafinando. É um bom split, de um grupo que possui apenas este trabalho registrado, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Intro. O split inicia com uma das faixas que possuem intenção de "vinheta", sendo esta, como o nome já sugere, a de introdução. Esta é uma faixa instrumental, com uma intenção bem jazz, possuindo um bom swing, bem como um bom walking bass, além de um bom arranjo de guitarra.
2) Izmedju Zidova. Esta é uma boa composição, a qual possui uma introdução mais cadenciada, com uma boa frase da guitarra, enquanto que a parte A já é mais embalada, existindo momentos com bastante groove, bem como um momento ska, no final.
3) Kriv Je. Outra ótima composição, embalada e com certa velocidade, ela possui uma intenção melódica bem árabe (ou turca), devido à inclusão da segunda menor na ideia modal, sendo justamente este o destaque, na minha opinião. Embora seja uma boa composição, o arranjo é bem simples e pouco trabalhado, possuindo um refrão bem sing-a-long.
4) Ja Mogu Sam. Considero esta uma das melhores faixas do split, a qual possui uma introdução mais cadenciada, enquanto a parte A e o refrão são mais embalados e velozes, possuindo uma boa intenção melódica no refrão, com a inclusão de contracantos, sendo este bem sing-a-long.
5) On Je Najbolji. Outra boa composição, bem embalada, embora não muito veloz, mas com ideias bem simples, apesar de que os momentos com trocas rápidas de acorde, na parte A, mereçam atenção, sendo, justamente, a parte A o destaque, na minha opinião.
6) Ne Mogu Da Ti Verujem. Considero esta a melhor faixa do split, a qual possui um ótimo embalo e certa velocidade, uma progressão harmônica bem simples, na parte A, com apenas dois acordes, mas que possuem uma intenção bem de embalo, além de possuir um trecho mais cadenciado, no final. O destaque, na minha opinião, está nas frases do baixo, em especial na parte A.
7) Zrtva Nasilja. Outra boa composição, bastante veloz e embalada, mas com ideias e intenções bem simples, possuindo trocas rápidas de acorde. Esta é uma composição que difere das demais, até então, possuindo pouca duração e muita energia.
8) Smej Se. Esta é outra faixa que considero das melhores do split, também bastante embalada e veloz, com uma progressão harmônica, na parte A, bem simples, mas que mantém uma ótima intenção, enquanto o refrão possui frequentes contracantos, sendo, também, bem sing-a-long.
9) Propast. Esta é outra boa composição, a qual inicia com um arranjo bem jazz, mantendo uma boa melodia, executada pela guitarra, enquanto, logo em seguida, surge a velocidade e embalo, sempre com trocas rápidas de acorde, além de pouca duração, mantendo uma intenção quase que como um grindcore.
10) Outro. O split finaliza com a outra faixa que é uma "vinheta", sendo esta, a faixa 1 tocada no modo "reverso", ou seja, de trás para a frente.
Ouça o split e descubra porque não somos brinquedos de ninguém!

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Travoltas - Endless Summer (2002)

GÊNERO: Pop Punk
ORIGEM: Holanda (Tilburg / Brabante Do Norte)
FORMAÇÃO:
Perry Leenhouts (Vocal)
Vincent Koreman (Guitarra)
Skokie (Teclado)
Dan - Daan Van Hooff (Baixo)
Woody - Wouter Verhulst (Bateria)
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Este é o quinto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo My First Sonny Weissmuller, e foi gravado no estúdio 195. É um bom álbum, com composições embaladas, alegres, em sua grande maioria, não muito velozes, possuindo bons arranjos e boas melodias. É um álbum bem pop punk, mas, apesar disso, possui influências de surf music. O álbum marca o retorno do grupo após o hiato de dois anos, com nova formação, sendo, a partir deste trabalho, que o grupo passou a ganhar maior notoriedade, inclusive, pelo fato de o álbum ter sido lançado por inúmeros selos em diferentes países, sendo o curioso, o fato de que há duas versões, sendo a única diferença a ordem das faixas. Um bom álbum, mas nada muito além disso, embora existam bons trechos a serem observados, em especial no que diz respeito às melodias da voz, embora o arranjo também mereça atenção. Vale a pena conferir, um bom álbum, sem nada de espetacular, mas, ainda assim, um bom álbum, essencial para os fãs de um pop punk bubblegum, como uma mescla de RamonesBeach BoysBlink-182. Lembra bandas como Mr. T Experience e Pansy Division.
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FAIXA A FAIXA:
1) One For The Road. O álbum inicia com uma boa composição, bem pop punk, já deixando evidente o que esperar do álbum. Uma faixa bem embalada, com uma intenção bem alegre, além de um bom trabalho de dinâmica e um refrão bem sing-a-long.
2) Liv Tyler. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Mais uma vez, bem pop punk, mas menos Blink-182 e mais Ramones, possuindo um bom trabalho de dinâmica, sendo o destaque o refrão, mais uma vez, bem sing-a-long.
3) Let's Go Away. Mais uma faixa bem pop punk. Esta com uma intenção, quase, que de uma balada, ou uma canção de amor! Embora embalada, ela é bem lenta, e possui a harmonia típica do pop, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
4) Endless Summer. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, sendo o destaque a parte A e sua progressão harmônica e desenho melódico da voz, possuindo um bom embalo, além de uma intenção bem alegre e um refrão bem sing-a-long.
5) You And Me. Outra boa composição, possuindo um bom embalo e uma ideia, na introdução, que lembra bastante a música Love Will Tear Us Apart, do grupo Joy Division. No mais, ela se mantém com um bom trabalho de dinâmica e uma intenção bem pop, além de possuir um bom trabalho de dinâmica e um refrão sing-a-long.
6) I'm Sorry. Outra faixa bem pop punk, a qual possui um bom embalo e um bom desenho melódico da voz, além de bons contracantos. Sem nada de muito especial, uma altura, na melodia, não muito elevada, esta é uma boa composição.
7) Norwegian Girl. Considero esta a melhor faixa do álbum. Com certeza a composição com mais influência de surf music, sendo a única composição do álbum no modo menor. Com um bom embalo, um ótimo desenho melódico da voz, o destaque, na minha opinião, além de uma boa intenção e progressão harmônica.
8) Lori. Mais uma faixa bem pop, com um bom arranjo e um bom embalo, esta uma intenção, no arranjo de bateria, bem bubblegum, além de existir eventuais trechos da voz cantados em falsete. O refrão possui uma intenção diferente,em relação à parte A, sendo mais intimista.
9) Goodbye Randy. Uma boa composição, bem embalada e alegre, com uma intenção bem pop punk, a qual possui um bom desenho melódico da voz, bem como um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque a parte A.
10) Anywhere You Want To. O álbum finaliza com uma boa composição, bem embalada e alegre, além de uma boa intenção e desenho melódico da voz, sendo o destaque, na minha opinião, a ponte e seu arranjo com a caixa dobrada, bem como sua variação tonal.
Ouça o álbum em um verão interminável!

domingo, 20 de novembro de 2022

Tragic Mulatto - Tragic Mulatto (1983)

GÊNERO: Jazz Core
ORIGEM: EUA (São Francisco - São Francisco / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Skeeter - Daved Marsh (Vocal)
Karl Konnerth (Trompete)
Gail Coulson (Saxofone)
Alistair Shanks (Baixo)
Flip - Patrick Marsh (Bateria)
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Este é o primeiro single, e primeiro trabalho, lançado pelo grupo, através do selo Alternative Tentacles, e foi gravado no estúdio Tom Mallon. Um excelente trabalho de estreia, com uma intenção bem explícita e peculiar, repleta de expressão em sua interpretação, a começar pela ausência de instrumento harmônico em sua formação, apesar de o baixo ser o responsável por esta função. O fato é que as intenções harmônicas são bem simples, sempre com ideias bem minimalistas, mantendo a ideia monocórdica por bastante tempo. O destaque está nos arranjos dos instrumentos de sopro, sempre com ideias dissonantes, fugindo do tonal, também com intenções bem minimalistas, mas que deixam uma "estranheza" na sensação de quem as ouve. Excelentes composições, bem conceituais, com certo embalo, e com uma intenção rítmica mais tribal, a qual apropria-se pouco dos pratos, priorizando os tambores, mantendo um padrão rítmico bem constante. A interpretação vocal, muitas vezes, soa como um spoken word, já que há uma ausência melódica, focando mais no texto. Sou suspeito para falar, já que sou um grande fã desta primeira fase do grupo, a qual possui dois registros, este e mais um EP. EP este que tenho a honra de possuir na minha coleção! Vale a pena conferir, com certeza são composições bem únicas, difícil encontrar outro grupo com intenções semelhantes. Talvez o álbum Mama, do grupo canadense Nomeansno, seja o mais próximo que posso encontrar! Recomendo, ao menos, conhecer, por se tratar de uma proposta altamente criativa.
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FAIXA A FAIXA:
1) The Suspect. O single inicia com a faixa que considero a melhor, um bom padrão rítmico mantido pela bateria, bem como uma intenção harmônica bem evidente representada pelo baixo, tudo com intenções bem minimalistas, enquanto a interpretação vocal soa como um spoken word, sendo o destaque o arranjo e interpretação dos instrumentos de sopro, sempre bem dissonantes em suas ideias melódicas.
2) No Juice. O single finaliza com outra ótima composição, a qual mantém uma intenção bem tribal, com uma excelente frase de bateria, acompanhada pelo baixo, mais uma vez, com uma intenção bem minimalista, enquanto o vocal possui uma intenção melódica, apesar de não deixar de lado a ideia do spoken word, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo dos instrumentos de sopro, com boas frases, também bem minimalistas, embora menos criativas que as da faixa anterior, existindo um refrão bem sing-a-long e repleto de contracantos.
Ouça o single e entenda o mulato trágico!

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Toxic Shock - Between Good And Evil (1992)

GÊNERO: Thrash Metal
ORIGEM: Alemanha (Eislingen / Baden Württemberg)
FORMAÇÃO:
Kai Weber (Vocal)
Manuel Kreissig (Guitarra)
Uwe Diessenbacher (Baixo)
Klaus Kreissig (Bateria)
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Este é o terceiro, e último, álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Massacre, e foi gravado no estúdio F.M.. É um bom álbum, bastante veloz e embalado, com composições bem trabalhadas e arranjadas, existindo frequentes riffs e frases de guitarra, com frequentes palhetadas rápidas, bem como eventuais frases da bateria. O arranjo vocal é o mais simples, na minha opinião, na verdade, o ponto negativo, pois, embora possua um excelente timbre e intenção, suas linhas melódicas são pouco trabalhadas, o que destaca, ainda mais, o arranjo e interpretação dos demais instrumentos. É uma boa banda, mais uma da fase da "invasão teutônica", sendo esta um thrash metal bem fiel ao termo e gênero, percebendo-se semelhança com inúmeros grupos conterrâneos, porém, também, com algumas referências estado unidenses. Uma intenção bem explícita e bastante expressiva, com arranjos muito bem pensados, existindo frequentes variações de cadência, embora a velocidade e embalo predominem, somado a ótimos riffs, são as características principais do álbum. Um prato cheio para os adoradores do gênero, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Mental Mutilation. O álbum inicia com uma boa faixa, bastante expressiva e que representa bem o que esperar do álbum, já que é uma composição muito bem arranjada, com frequentes variações de cadência, embora a velocidade e embalo predominam, frequentes riffs e frases de guitarra, sempre com uma interpretação bastante expressiva.
2) Suffocation (Drown In Shit). Esta é uma excelente composição, bastante veloz e embalada, embora possua frequentes variações de cadência, palhetadas rápidas, trocas rápidas de acorde, repleta de riffs e frases, sendo os riffs, justamente, o destaque da composição.
3) Terror. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Bastante veloz e embalada, esta já possui um arranjo mais simples, porém as palhetadas rápidas e riffs de guitarra continuem presentes, sendo bastante expressiva, possuindo frequentes variações de cadência.
4) Choose Your Way. Outra ótima composição, a qual possui uma excelente introdução, repleta de riffs, sendo a faixa menos veloz do álbum até então, embora exista seu momento veloz. Destaque para os riffs de guitarra.
5) Nice Childhood. Considero esta a melhor faixa do álbum, bastante veloz e embalada, palhetadas rápidas, trocas rápidas de acorde, bastante expressão, bem como um bom arranjo, são as características da composição.
6) Between Good And Evil. A faixa que dá nome ao álbum é, talvez, a faixa mais bem trabalhada, existindo frequentes variações de cadência, arranjos muito bem trabalhados, com diferentes intenções, sempre muito bem interpretadas, com destaque para o arranjo de guitarra e suas frases e riffs.
7) White Death. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, mais uma vez, bastante veloz e embalada, com palhetadas rápidas e trocas rápidas de acorde, bem como eventuais variações de cadência, bem como a inclusão de dois bumbos, no refrão, no arranjo da bateria.
8) Senseless Massacre. Outra boa composição que mantém o padrão do álbum: velocidade e embalo, com variações de cadência, trocas rápidas de acorde, palhetadas rápidas, bom arranjo, com riffs e frases, além de eventuais trechos com dois bumbos no arranjo de bateria.
9) What Dwells Within. Mais uma boa composição, que, mais uma vez, mantém as características padrão do álbum, com destaque para os riffs e progressão harmônica, embora a expressão mereça atenção.
10) Exit. O álbum finaliza com uma faixa bastante conceitual, a qual funciona, mais, como uma trilha de finalização, do que, propriamente, uma composição semelhante às demais. Realmente, uma faixa com a intenção (muito bem interpretada, por sinal) de finalização.
Ouça o álbum e fique entre o bem e o mal!

domingo, 13 de novembro de 2022

Total Chaos - Patriotic Shock (1995)

GÊNERO: D-Beat
ORIGEM: EUA (Pomona - Los Angeles / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Rob Chaos - Robert Clawson (Vocal)
Germ - Gary Berushian (Guitarra)
Ronald McMurder - Ronald Yett (Guitarra)
Joe E. Bastard - Joe Brown (Baixo)
Gearbox - Steven Gearheart (Bateria)
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Este é o terceiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Epitaph. É um ótimo álbum, com composições velozes e bastante embaladas, sempre interpretadas com muita expressão,  bastante distorção no timbre das guitarras, além de um vocal executado com muito drive natural. Embora eu tenha classificado como d-beat, o álbum possui influências de street punk e hardcore old school. O álbum apresenta bastante semelhança com o hardcore europeu, mais especificamente o britânico, porém, sem deixar de apresentar elementos do hardcore da costa oeste dos EUA. As faixas são bem arranjadas, embora possuam arranjos simples, mas sempre muito bem executado, com tudo no lugar, possuindo uma boa mixagem. O álbum conta com as participações de Eddie Casillas e Brett Gurewitz, ambos participando como guitarristas, além disso, o álbum possui duas faixas que são apenas vinhetas, sem música. É um ótimo álbum, sendo o primeiro trabalho com Germ na guitarra. Após o lançamento do álbum, o grupo fez a turnê de divulgação junto com o grupo Battalion Of Saints, enfrentando diferentes organizações racistas e nacionalistas, chegando a fazer o álbum ser banido no Japão. Vale a pena conferir, uma paulada do início ao fim!
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FAIXA A FAIXA:
1) Editorial. O álbum inicia com uma das vinhetas. Apenas um pronunciamento sendo proclamado.
2) Punk No Die. Esta é uma ótima composição, bastante embalada, possuindo certa velocidade, trocas rápidas de acorde, em uma progressão bem minimalista, sendo o destaque o arranjo de bateria e suas frases no refrão.
3) Proposition Of Change. Considero esta a melhor faixa do álbum, bastante veloz e embalada, ela possui uma progressão harmônica bem comum e simples, na parte A, mas que me agrada bastante, sendo, justamente, este o destaque, na minha opinião, possuindo um refrão bem sing-a-long.
4) The End Of White Supremacy. Outra faixa bastante embalada e veloz, com uma progressão harmônica bem minimalista, além de um refrão bem sing-a-long, possuindo uma variação de cadência mais para o final.
5) My Generation. Outra excelente composição, a qual possui um arranjo de bateria bem tribal, repleto de frases nos tambores, apropriando-se dos pratos mais para marcar os acentos e ataques, sendo o destaque o refrão, com sua intenção e frases de bateria, existindo uma variação de cadência no final, a qual acelera o andamento da composição.
6) Unite To Fight. Outra faixa bastante veloz e embalada, direta e reta, sem muitos detalhes, possuindo um refrão bem sing-a-long.
7) Your One Phonecall. Esta é a outra vinheta do álbum. Uma tentativa de telefonema a qual não se consegue resposta.
8) Vacation To Violation. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Bastante veloz e embalada, possuindo um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo de bateria e suas frases. Esta faixa conta com a participação de Eddie Casillas, tocando guitarra.
9) Kill The Nazis. Mais uma boa composição, bem minimalista, com um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque, mais uma vez, as frases de bateria, embora a intenção mereça destaque, bem como o embalo e velocidade.
10) Patriotic Shock. A faixa que dá nome ao álbum é outra que considero das melhores, talvez a faixa mais bem arranjada, em especial devido à sua introdução e variações de cadência, mas, principalmente, devido ao seu embalo. O vocal desta faixa é interpretado por Ronald McMurder.
11) Squatters Song. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, bastante veloz e embalada, além de uma excelente intenção. O destaque está no embalo, embora os acentos marcados, na parte A, mereçam atenção.
12) Non-Conformist. Uma boa composição, bem embalada, mas não muito veloz, esta é um típico street punk que possui um refrão bem sing-a-long, bem como uma intenção bem alegre na parte A, com destaque para as frases de bateria no refrão. Esta é outra faixa que conta com a participação de eddie Casillas tocando guitarra.
13) Freedom Denied. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Bastante veloz e embalada e repleta de frases de bateria, sendo este, mais uma vez, o destaque da composição, a qual possui um refrão bem sing-a-long.
14) Direction From Rage. Esta é outra ótima composição, bastante veloz e embalada, a qual possui um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo de bateria e suas frases. O vocal, nesta composição, foi interpretado por Gearbox.
15) Why?. O álbum finaliza com outra ótima faixa, a qual é a composição que conta com a participação de Brett Gurewitz tocando guitarra. Bastante veloz e embalada, com acentos bem marcados, muita expressão e energia.
Ouça o álbum e sinta um choque patriótico!

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Tormento Dos Vizinhos - Demo (1996)

GÊNERO: Funk Metal
ORIGEM: Brasil (Joinville / Santa Catarina)
FORMAÇÃO:
Diogo (Vocal, guitarra)
César (Guitarra)
Leonardo Koala (Baixo)
Tiba - Thiago (Bateria)
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Esta é a terceira demo lançada pelo grupo, de maneira independente. É uma boa demo, com boas composições, bem arranjadas, possuindo bastante expressão, bem como bons riffs e frases de guitarra. As composições possuem frequentes variações de cadência, existindo frequentes grooves, embora não seja em "tempo integral". Embora eu tenha classificado como funk metal, a demo possui influências de hardcore, skate punk e crossover, sendo difícil de rotular, assemelhando-se à bandas como Infectious Grooves, D.R.I. e Suicidal Tendencies. É uma demo com boas composições e arranjos, porém, a qualidade da gravação deixe a desejar, mas, que, ao mesmo tempo, ajuda a fortalecer a qualidade dos estúdios de gravação da época, como já comentei, aqui, em outras postagens, sendo o destaque os arranjos e interpretações da guitarra. O ponto negativo está, na minha opinião, no vocal, embora bastante expressivo, o que é o ponto positivo, ele dá a sensação de que é feito com muito esforço, prejudicando o resultado final, porém, tudo está no lugar, bem encaixado, com bons arranjos e boas composições. Vale a pena conferir, um nome importante para a cena underground catarinense dos anos 90, vindo a participar de destacadas coletâneas da época.
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FAIXA A FAIXA:
1) Self Destruction. A demo inicia com uma boa composição, a qual inicia com um trecho bem distinto do restante do registro, com um trecho bem jazz core, para, logo em seguida, surgir o groove, parte pouco embalada, ao contrário do refrão, o qual possui um bom embalo.
2) Going Down. Outra boa composição, a qual inicia com um bom groove, enquanto a parte A já é mais embalada, embora não muito veloz, intenção que se mantém, também, no refrão, o qual possui eventuais frases executadas em sincronia entre os instrumentos.
3) Um Pouco De Tudo Dá Errado. Outra boa composição, pouco veloz, mas com um bom groove e embalo. Esta faixa lembra, um pouco, na parte A, com Sub Society, possuindo um refrão bem sing-a-long, o qual possui uma variação de cadência, incluindo o maior número de frases.
4) Fight Them. Considero esta uma das melhores faixas da demo, a qual possui a parte A com bastante groove, enquanto o refrão possui certa velocidade, bem como um bom embalo, sendo o destaque o arranjo de guitarra.
5) It's Not My Fault. Esta é outra faixa que considero das melhores da demo. Bastante embalada, na parte A, esta soa bem skate punk, enquanto o refrão possui uma variação de cadência, surgindo a presença constante do groove.
6) L.C.. Mais uma boa composição, com um bom groove na introdução, enquanto a parte A já soa como um crossover, enquanto o refrão lembra mais um skate punk, com destaque para os riffs de guitarra.
7) Mundo Irreal. Mais uma ótima composição, a qual inicia com um excelente groove, enquanto a parte A lembra, bastante, com D.R.I., com um bom embalo, existindo variações de cadência no decorrer da composição, frequentes grooves, sendo o destaque o arranjo de guitarra, em especial quando do uso do wah-wah.
8) Respect Me. Esta é outra faixa que considero das melhores da demo, repleta de groove, do início ao fim, ela possui, apesar do groove, um bom embalo, bem como um bom arranjo vocal, em especial na parte A, sendo, justamente, este o destaque.
9) I'll Hate You Forever. Outra boa composição, bastante embalada, com frequentes trocas de acorde no contratempo, existindo eventuais trechos mais cadenciados, com a inclusão de um groove, sendo o destaque a intenção.
10) Abuso De Poder. Considero esta a melhor faixa da demo, a qual destoa das demais, por soar bem punk rock, lembrando com Inocentes. Aqui a interpretação vocal está mais "natural", sem a sensação de "esforço" na interpretação, possuindo um bom embalo e um bom arranjo.
11) Um Pouco De Tudo Dá Errado (Versão 2). Esta é a mesma composição da faixa 3, a qual mantém as mesmas características, com pequenas variações no arranjo, em especial na introdução.
Ouça a demo das demo!

domingo, 6 de novembro de 2022

Tom Cat Trio - Demos (2006)

GÊNERO: Psychobilly
ORIGEM: Alemanha (Schleswig Holstein)
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Este é o único registro de estúdio lançado pelo grupo, de maneira independente. Pode-se dizer que é um EP, devido à quantidade de faixas e duração, embora seja um compilado das faixas gravadas pelo grupo, muitas delas lançadas, anteriormente, em coletâneas do gênero. É um psychobilly com muita influência do rockabilly, podendo, muito bem, ser rotulado como tal. O que caracteriza mais o psychobilly, na minha opinião, são as progressões harmônicas, embora existam composições com a progressão harmônica típica do rockabilly. Os timbres dos instrumentos possuem pouco peso, o que deixa com uma intenção mais intimista. As faixas são embaladas, embora não muito velozes, mas, sempre, com uma intenção bem intimista, por mais embalo que a composição sugira, sempre com muita expressão e com boas interpretações, com destaque, na minha opinião, para os arranjos de baixo acústico, executados, sempre, com a técnica do slap. O curioso está no kit da bateria, bastante compacto, com poucas peças, além da ausência de banquinho, sendo interpretado de pé. Muito difícil encontrar informações sobre o grupo, bem como fica difícil afirmar que estes sejam os únicos registros em estúdio do grupo, mas, ao que tudo indica, parecem ser. De qualquer forma, um EP (?) que vale a pena conferir, com boas composições, bons arranjos e boas interpretações, sempre muito bem expressadas e intencionadas.
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FAIXA A FAIXA:
1) Lonely On The Graveyard. O EP inicia com uma ótima composição, a qual possui uma intenção bem intimista, desde o timbre da guitarra, até a expressão vocal, possuindo um bom embalo, embora não veloz, com destaque para o arranjo de baixo acústico e seus slaps, embora as frases e riffs de guitarra mereçam atenção.
2) Captain Of The Car. Considero esta a melhor faixa do EP. Com um excelente embalo, uma ótima intenção, bem intimista, além de uma ótima expressão, bem como um bom refrão, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo e interpretação do baixo acústico.
3) She's A Shark. Outra faixa que possui um bom embalo, mas pouco veloz, com um padrão rítmico baseado no shuffle, e uma progressão harmônica crescente. Mais uma vez uma intenção bem intimista, com destaque para as frases de guitarra no refrão.
4) Love My Baby. Considero esta uma das melhores faixas do EP, a qual possui um ótimo embalo, boas frases de guitarra, bem como uma boa linha de baixo, existindo dois momentos bem distintos, iniciando mais intimista, para depois surgir o embalo e velocidade, sendo esta a faixa mais veloz. Destaque para o arranjo, frases e riffs de guitarra, embora a velocidade mereça atenção.
5) Hold Me Tight. Mais uma boa composição, com uma intenção mais alegre, sendo esta, talvez, a faixa mais rockabilly do EP. Um bom embalo, além de um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque o arranjo de baixo acústico, embora as frases e riffs de guitarra mereçam atenção.
6) . Esta é uma faixa de nome desconhecido. Mais uma ótima composição, com uma intenção bastante intimista, com destaque para o arranjo de guitarra e sua expressão na interpretação da progressão harmônica, possuindo uma excelente ponte, além de um bom embalo.
7) . O EP finaliza com mais uma faixa com nome desconhecido, a qual possui um bom embalo, bem como uma boa interpretação do arranjo de baixo acústico, sendo o destaque o arranjo de guitarra e seus riffs e frases.
Ouça o EP de demos!