quarta-feira, 27 de novembro de 2019

GBG Punx - Vad Som Retar Mig (2004)

GÊNERO: Street Punk
ORIGEM: Suécia (Gotemburgo / Västergötland)
FORMAÇÃO:
Tott (Vocal)
Sixten Andersson (Guitarra)
Micke (Baixo)
Krister (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, curiosamente após mais de 20 anos do surgimento do grupo! O guitarrista já foi membro de grupos importantes de seu país, como Anti Cimex ou Shitlickers. Eu classifiquei o álbum como street punk, mas possui bastante influência de punk rock e pequenas doses de D-Beat. A maioria das músicas são velozes, todas elas com muita energia, soando uma mistura de Exploited com Sex Pistols, além de pitadas de D-Beat. O destaque está na execução vocal, bem como eventuais harmonias. Os arranjos merecem destaque, também, bem pensados, apesar de simples. Os músicos não possuem muita técnica, mas não são maus músicos, tudo está no lugar, bem "redondinho"! Ouça o álbum, vale a pena!
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FAIXA A FAIXA:
1) Vad Som Retar Mig. O álbum inicia com a faixa título, e a considero uma das melhores do álbum, principalmente devido ao refrão, sua harmonia e melodia, simplesmente sensacionais, sendo a composição não muito veloz.
2) Ditt Jävla Svin. Mais uma faixa muito boa, já um pouco mais veloz, mas não muito. É uma boa composição, mas não a considero das melhores. O destaque está no arranjo.
3) Problembarn. Esta é a faixa mais veloz até então, com uma levada da bateria bem ao estilo Ramones, variando esta intenção no refrão. Boa composição, com destaque para o refrão.
4) Tonarsglöd. A faixa mais lenta até então. O instrumental lembra bastante Sex Pistols, com uma cadência de 2 acordes, o que diferencia do grupo britânico é o vocal. Não gosto muito desta faixa, considero-a uma das piores do álbum, apesar de não ser ruim.
5) Vald. A faixa mais veloz até então! Considero esta uma das melhores do álbum, já mais pesada, esta possui pitadas de D-Beat. O destaque está na harmonia e expressão, bem como a parte C.
6) Skriker. Talvez a faixa mais D-Beat do álbum e, também, talvez a mais pesada. Bastante fúria, sem frescura, o destaque está no arranjo e na expressão, em especial da voz.
7) Vardagens Hjältar. Esta já é bem punk rock, mais lenta. O destaque está no refrão e na progressão harmônica da parte A. Uma composição bem simples, mas bem bacana, com tudo no lugar. O arranjo também é bem simples.
8) Tappa Inte Hoppet. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, principalmente devido ao arranjo de guitarra e a expressão vocal. Não é uma faixa muito veloz, mas, talvez, esta seja a faixa mais melodiosa do álbum.
9) Hatar Dig Mer. A faixa mais curta e veloz do álbum, com certeza! Gosto bastante desta composição, muita energia, sem frescura, chiadeira do prato de ataque usado como condução e trocas rápidas de acordes.
10) Världspajasen. Considero esta a melhor faixa do álbum, principalmente devido ao riff de guitarra da parte A, à la Motörhead, bem como o refrão. Eventualmente a caixa da bateria é dobrada, o que considero outro destaque. Vale a pena conferir!
11) Män I Svarta Uniformer. Outra boa composição com influências de D-Beat, embora não muito veloz. Muita energia, o destaque está no refrão.
12) Gubben Gra. Outra faixa muito boa, a parte A dá os ares de Circle Jerks (mas não muito), enquanto a parte B já soa mais D-Beat. Nada de mais, mas uma boa composição.
13) Marionettdockor. Outra faixa que considero das melhores do álbum! Bastante veloz, com trocas rápidas de acordes e bastante energia, o que, aliás, é o grande destaque da composição.
14) Glappkäft (Omkrig Med Dig). A introdução soa bastante Ramones, mas não se mantém, mudando a intenção logo quando surge o vocal. Boa composição, apesar de nada de especial.
15) Fuck Your Dog. A única faixa do álbum que não é cantada em sueco! Não muito veloz, esta é bem street punk, lembra bastante bandas como Dog Soldier ou Defiance. O destaque está na intenção.
16) Stridis. A faixa inicia sem guitarra, apenas baixo (em uma nota) e bateria, em seguida entra a voz e, logo após, a guitarra, já na parte B. É uma boa faixa, principalmente, na parte B, que é, o destaque. Poderia a composição toda soar como a parte B!
17) Massa Vald. A faixa inicia com um bom riff de guitarra com ligados, mas logo em seguida a composição se apresenta. Não é ruim, mas considero uma das que menos me agrada, mais lenta e com um desenho melódico da voz e harmonia sem nada de especial.
18) Vad Fan Tror Du?. O álbum finaliza com uma boa faixa, já bem embalada, mas com nada de especial, harmonia bem rock 'n' roll, mas soando como um street punk! Nada de mais, mas bacana!
Ouça o álbum e saiba o que me irrita!

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Gash - A Day Off For The Conscience (2002)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Inglaterra
FORMAÇÃO:
Matt Steed (Vocal, baixo)
Jon Priestley (Guitarra)
Gadge - James Gardiner (Guitarra)
Jay - Jamie Jones (Bateria)
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Este é o segundo álbum lançado pelo grupo, através do selo Golf, e foi gravado no estúdio Outhouse. O álbum possui uma faixa bônus, que é a única faixa cover existente. O som da banda é bem característico do hardcore melódico californiano dos anos 90, veloz, com eventuais riffs, arranjos, eventualmente, bem trabalhados, e com certo nível técnico por parte de todos os integrantes. O som deles soa como uma mescla entre NOFX, Pulley, No Use For A Name, e Ten Foot Pole, acrescidos de pitadas de Bad Religion! Considero, na verdade, as maiores semelhanças com NOFX e Pulley. O álbum inicia e finaliza com as melhores faixas, na minha opinião, o "miolo" é o que eu considero de mais fraquinho, sendo que as duas primeiras faixas contam com a participação do antigo guitarrista, John Mitchell. Como já mencionei, o típico hardcore dos anos 90, creio que, se fossem norte-americanos, teriam maior destaque, o fato de serem ingleses, influencia bastante. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Tale From The Locker. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores, muito semelhante à NOFX. Aliás, o riff do início da composição lembra muito com o da música Philthy Phil Philanthropist! Faixa veloz e com um excelente riff, além de ótimas melodias, vale a pena conferir!
2) What If. Considero esta a melhor faixa do álbum, lembra uma mistura de NOFX com Ten Foot Pole! Com certeza a faixa mais bem trabalhada do álbum, também veloz e com um ótimo desenho melódico da voz, mas o destaque está no arranjo e no riff de guitarra da introdução.
3) When I See You Next. A partir desta faixa o álbum tem faixas boas, mas com nada de especial. Esta composição já soa mais pop, além de ser mais lenta. A harmonia da parte A é pausada, enquanto a parte B varia a velocidade da caixa da bateria.
4) Highest Low Point. Aqui a velocidade e os riffs de guitarra voltam a aparecer! Uma boa composição, com um excelente desenho da melodia vocal, porém não o suficiente para considerá-la das melhores. O interessante está na variação da caixa da bateria que, às vezes, dobra.
5) A Day Off For The Conscience. A faixa que dá nome ao álbum não me agrada muito! De novo mais lenta e soando um pouco pop, a parte B, logo antes do refrão, lembra Green Day! É uma boa composição, mas com nada de mais.
6) Sleepwalking. Uma boa composição, apesar de não muito veloz, mas com uma ótima intenção e arranjos bem pensados, em especial para as guitarras. O refrão e sua melodia vocal, são o grande destaque.
7) I Don't Wanna Be Cool. O riff da introdução lembra bastante Offspring, porém quando a bateria e a voz começam, a composição se assemelha bastante a No Use For A Name. Um bom desenho melódico, que é o destaque junto com o arranjo.
8) Constract Job. Outra faixa veloz e com uma boa intenção, arranjos bem trabalhados, com destaque para as pausas entre as partes e a velocidade. Os riffs de guitarra são bem bacanas, também, assim como o desenho melódico da voz.
9) Before Sunrise. A faixa inicia de maneira acústica, a penas com violão e voz, após, os demais instrumentos surgem, porém o violão se mantém. Um bom embalo, um ótimo desenho melódico, com um bom trabalho de dinâmica, também.
10) Mute. Outra faixa que possui um bom arranjo, em especial as guitarras, porém mais lenta, só que esta soa bem punk rock, menos pop. O destaque está no arranjo das guitarras e no desenho melódico da voz.
11) Game Plan. Esta é outra que considero das melhores do álbum, principalmente devido ao arranjo das guitarras. O desenho melódico e o refrão também merecem destaque, muito devido ao arranjo, que possui a frase harmônica executada em sincronia com a bateria.
12) A Thought For The Lost. A música que o Bad Religion nunca gravou! Se tivesse que definir em uma frase, esta cairia de maneira excelente! Ela possui todos elementos característicos das composições do Bad Religion. Vale a pena ouvir, considero-a das melhores faixas do álbum.
13) 1 Dead 80 Injured. Outra faixa que considero das melhores, muito bem trabalhada, além de ser uma ótima composição. A introdução nos remete a um clima bem sombrio, mas logo após a velocidade aparece, junto com riffs oitavados da guitarra.
14) We're Not Gonna Take It. Esta é a faixa bônus do álbum, assim como é, também, o único cover existente. Esta é uma composição de Dee Snider, gravada, originalmente, em 1984 pelo grupo Twisted Sister. É um clássico do heavy / hard e a versão está bem fiel à original, porém, um pouco mais veloz, mas pouca coisa.
Ouça o álbum e dê um dia de folga para a consciência!

domingo, 17 de novembro de 2019

Garage Fuzz - The Morning Walk! (2005)

GÊNERO: Skate Punk
ORIGEM: Brasil (Santos / São Paulo)
FORMAÇÃO:
Sesper - Alexandre Cruz (Vocal)
Fernando Zambeli (Guitarra)
Wagner Reis (Guitarra)
Fabricio Desouza (Baixo)
Daniel Siqueira (Bateria)
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Este é o quarto álbum lançado pelo grupo, através do selo Thirteen, e foi gravado no estúdio Playrec. É um excelente álbum, aliás, o grupo é referência do gênero na década de 90, sempre fez um trabalho de altíssima qualidade, com um skate punk peculiar a algumas bandas paulistas do mesmo período. Já tive a honra de assisti-los ao vivo, bem como de participar de eventos com eles, dividindo o palco, performance sensacional, não deixa nada a desejar, alto nível! Eu caracterizei o som deles como skate punk, mas percebe-se influências de hardcore melódico, bem como pitadas de emo core e indie, lembra uma mistura de Celibate Rifles, mais Dag Nasty e Farside. Os arranjos e as composições são os grandes destaques, existindo o mérito individual no arranjo específico de cada instrumento. O desenho melódico merece destaque, também, já que acabou criando uma identidade para a cena de uma geração, no Brasil. Vale a pena ouvir!
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FAIXA A FAIXA:
1) A Mutt Running Nowhere. O álbum inicia com uma óyima composição, muito bem arranjada, com um bom embalo e arranjos de guitarra bem pensados. A melodia da voz também merece destaque. O grupo já dá as cartas logo no início!
2) Post It Reminder. Considero esta faixa uma das melhores do álbum. Não é muito veloz, mas possui uma melodia vocal sensacional, em especial no refrão, e, além de tudo , é a música de divulgação do álbum, pois possui videoclip de divulgação que, por sinal, é muito legal, principalmente por mostrar o trabalho artístico do vocalista.
3) Engines & Tools. Esta faixa é mais embalada que a anterior, com um bom arranjo e bons arranjos das guitarras, o refrão dá um plus a mais, embora bem curto. Vale a pena conferir, música muito bem trabalhada!
4) House Rules. Esta faixa não me agrada muito, já mais alegre e pop que as anteriores, além de não muito veloz. O arranjo também é mais simples se comparado às demais faixas. Esta é uma das faixas que possui pitadas de emo.
5) Too Scared To Try. A faixa inicia com um excelente riff de guitarra, porém não é muito veloz e o arranjo é mais simples, também. O desenho melódico merece seu destaque, mas não chega a empolgar, apesar de não ser ruim, sendo o destaque o arranjo das guitarras.
6) In The Following Years. Considero esta uma das piores faixas do álbum. Embora tenha seu destaque, ela soa quase como uma balada, embora não seja lenta. Esta possui pitadas de indie. Não é ruim, mas é das que menos me agrada.
7) Reactor. Considero esta uma das melhores faixas do álbum! Com um arranjo de guitarra que merece destaque, o trabalho de dinâmica e arranjo de bateria merecem destaque também, porém o grande destaque está, sem dúvidas, no refrão e seu desenho melódico vocal.
8) Buyastyle.com. Outra faixa bem bacana, apesar de não muito veloz. As guitarras possuem destaque, assim como o desenho melódico da voz, mesmo que possua pouca expressão se comparada à outras faixas.
9) Bus Ride Notes. A faixa inicia com um excelente riff de guitarra que, por sinal, é o grande destaque da composição. A parte A merece seu destaque, porém o refrão já é mais alegre, embora não muito, soando bem punk rock. O destaque está na harmonia e no arranjo das guitarras.
10) The Morning Walk. A faixa que dá nome ao álbum é, na minha opinião, a pior do álbum. Lenta, com arranjos de guitarra e voz que se assemelham bastante ao emo core, sem velocidade e "fúria", existindo, inclusive, um violão no arranjo junto das guitarras.
11) You Seek Me. Considero esta a melhor faixa do álbum! Embalada, com um ótimo desenho melódico da voz e expressão, bem como um refrão muito bem pensado, além de ótimos arranjos de guitarra.
12) Ego's Sake. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Embora não muito veloz, ela possui um ótimo arranjo, com um excelente trabalho de dinâmica e, mais uma vez, um desenho melódico da voz sensacional. Para completar, o refrão é o grande destaque!
13) Shadows Are Moving. Esta já é uma faixa mais embalada, porém, embora nada ruim, não é das melhores. Não possui nada de especial, sendo o grande destaque a expressão vocal em conjunto com o desenho melódico, além dos riffs de guitarra no refrão.
14) Steadfast. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com um arranjo de guitarra que lembra muito o Farside, esta é uma excelente composição. A parte A destoa das demais partes, sendo o grande destaque o refrão.
15) A Wonderful Thing To Taste. O álbum finaliza com uma faixa acústica e instrumental. A faixa perfeita para finalizar o álbum! A melodia é feita por um violão, e a harmonia é executada por outro violão, existindo um terceiro executado com efeitos. Interessante!
Ouça o álbum em sua caminhada matinal!

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Gang Of Four - Yellow (1980)

GÊNERO: Pós Punk
ORIGEM: Inglaterra (Leeds - West Yorkshire / Yorkshire And The Humber)
FORMAÇÃO:
Jon King (Vocal, escaleta)
Andy Gill (Guitarra)
Dave Allen (Baixo)
Hugo Bumham (Bateria)
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Este é o primeiro Ep lançado pelo grupo, após um álbum de estúdio, através do selo Warner Bros.. É um excelente Ep, com composições e arranjos bastante criativos, embora tenha classificado como pós punk, possui pitadas de new wave e jazz core. As músicas não são velozes, porém possuem elementos bem inesperados, assim como pausas, dissonâncias e frases rítmicas, muitas vezes, em sincronia, principalmente pelo baixo e bateria. O destaque está nos arranjos, composições e toda execução e expressão instrumental. Os membros não são exímios, tecnicamente falando, mas não são ruins, além de que tudo está no lugar! É um Ep que representa bem o início da carreira do grupo, na minha opinião, a melhor fase. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Outside The Trains Don't Run On Time. O Ep inicia com uma composição bem peculiar, já expondo a que o grupo veio! O destaque está nos arranjos da guitarra e do baixo, a bateria faz uma frase repetitiva, mas bem interessante.
2) He'd Send In The Army. Considero esta a segunda melhor faixa do Ep, muito interessante, em especial devido à inclusão do metrônomo, porém o mais bacana é que o pitch do metrônomo está no tempo 4 e não no 1, como de costume. Além disso, a frase do baixo e os acordes de guitarra merecem destaque, pois são bem originais e dissonantes.
3) It's Her Factory. Considero esta a pior faixa do Ep, apesar de não ser ruim. O interessante e destaque está na inclusão da escaleta. Talvez a composição mais new wave do Ep. Sem muitas dissonâncias na guitarra e frases melódicas no baixo, a composição se torna bem comum, sendo o destaque, além da escaleta, o arranjo, embora menos criativo que as faixas anteriores.
4) Armalite Rifle. Considero esta a melhor faixa do Ep, a mais embalada, a mais trivial, mas com uma ótima intenção. Lembra bastante MX-80 Sound, em especial devido ao vocal. Vale a pena conferir, o refrão sing-a-long também merece atenção!
Ouça o Ep e fique amarelo!