domingo, 28 de fevereiro de 2021

Megadeth - Super Collider (2013)

GÊNERO: Thrash Metal
ORIGEM: EUA (Los Angeles - Los Angeles / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Dave Mustaine (Vocal, guitarra, violão)
Chris Broderick (Guitarra, violão)
David Ellefson (Baixo)
Shawn Drover (Bateria, percussão)
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Este é o décimo quarto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Tradecraft, e foi gravado no estúdio Vic's Garage. É um bom álbum, mas longe, muito longe, de ser dos melhores, pois possui um apelo bem pop na grande maioria das músicas, em especial nos refrões, além de não ser um álbum muito veloz. Embora estes apelos comerciais estejam presentes de maneira bem evidente, existem faixas mais thrash, mantendo a pegada de sempre do grupo. As composições são bastante técnicas, característica do thrash. Este álbum possui 3 versões, sendo duas delas com faixas bônus. Uma é a versão padrão, com onze faixas, outra versão tem duas faixas bônus, gravadas em estúdio, e a terceira versão possui 3 faixas bônus, as mesmas duas de estúdio e mais uma faixa ao vivo, ou seja, versões com 11, 13 e 14 faixas. Aqui coloco a versão com 14 faixas. O álbum teve uma boa receptividade, atingindo uma marca entre os 100 melhores álbuns em diversos países: 65 e 58 na Bélgica (Flanders e Wallonia, respectivamente), 43 na França, 36 na Holanda, 35 na Espanha, 28 na Austrália e Nova Zelândia, 26 na Áustria, 24 na Alemanha, 22 na Dinamarca e Reino Unido, 21 na Suiça, 15 na Suécia, 9 na Grécia, 7 na Noruega, 6 na Billboard 200 e na Top Current, 4 no Canadá e Finlândia, e 3 na Hard Rock e na Top Rock. Além disso, o álbum possui uma faixa cover, além de contar com as participações de Bob Findley, tocando corneta; Yao Zhao tocando violoncelo; Tom Cunningham tocando banjo e violino; e Brian Costello, Sean Costello e Mary Kate Peterson (todos integrantes do grupo Shannon Rovers Irish Pipe Band) tocando gaita de fole. A curiosidade do álbum está no fato do grupo lançar, após 15 anos, dois álbuns consecutivos com a mesma formação, já que após a gravação deste álbum, Chris e Shawn deixam o grupo. Perto de ser um dos piores álbuns do grupo, na minha opinião (se não o pior), ainda assim é um bom álbum, com arranjos bem trabalhados e ótimos riffs de guitarra.
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FAIXA A FAIXA:
1) Kingmaker. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Uma das poucas faixas que mantêm a pegada thrash do grupo. Ótimos riffs de guitarra, um bom arranjo e bastante peso marcam a faixa de abertura, além de possuir um ótimo refrão.
2) Super Collider. A faixa título do álbum é, também, a faixa de trabalho, existindo videoclipe de divulgação. Aqui percebe-se a influência pop, em especial no refrão, possuindo eventuais contracantos que lembram músicas gospel! Existem bons riffs na composição, mas o apelo mais pop a deixa "enfraquecida".
3) Burn!. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, iniciando com um ótimo solo de guitarra, bastante veloz. Não muito veloz, mas com excelentes riffs de guitarra, o destaque está no refrão e as frases dos instrumentos de corda.
4) Built For War. Considero esta a melhor faixa do álbum, com certeza a faixa mais veloz e pesada do álbum, com um excelente, e constante,  riff de guitarra, dois bumbos agindo frequentemente, sendo o destaque o refrão. Esta é a faixa que conta com a participação dos integrantes do Shannon Rovers Irish Pipe Band tocando gaita de fole.
5) Off The Edge. As melhores faixas já passaram, a partir de agora nenhuma faixa é tão boa quanto as que destaquei antes. Esta é uma boa composição, mais uma vez com um bom riff de guitarra, uma levada em "cavalgada", na parte A, e um refrão mais comercial, embora não tanto quanto a faixa 2.
6) Dance In The Rain. A faixa mais lenta até então, embora possua certo peso, em especial devido ao arranjo de bateria, embora a combinação de intervalos na guitarra ajudam a manter uma tensão, sendo o destaque a parte C, com excelentes riffs que lembram Black Sabbath, mais especificamente War Pigs. Aqui aparecem as participações de Yao, tocando violoncelo, e Tom, tocando violino.
7) Beginning Of Sorrow. Outra faixa bem pesada, com bons riffs de guitarra, mas não muito veloz, com um refrão bem sing-a-long, que lembra bandas como Alice In Chains ou Helmet. O grande destaque está no arranjo das guitarras, em especial os riffs e frases.
8) The Blackest Crow. Considero esta faixa uma das melhores do álbum, é onde aparece a participação de Tom tocando banjo. A introdução soa como uma marcha, criando o clima, com um bom trabalho de dinâmica, antes da composição realmente começar. O destaque está, mais uma vez, nos riffs de guitarra, embora o trabalho de dinâmica mereça atenção, possuindo um refrão com apelo mais comercial, embora não exagerado.
9) Forget To Remember. Esta faixa é, toda ela, um toque bem comercial, lembrando, um pouco, alguma composição do Offspring! Adoro a progressão harmônica da parte A, porém o refrão não ajuda nem um pouco, possuindo um apelo bem comercial, que lembra, um pouco, Motörhead. O destaque está na parte A. Talvez o arranjo mais simples de todo álbum.
10) Don't Turn Your Back.... Esta faixa inicia com uma excelente introdução, bem blues, apenas com guitarras e baixo. Após entra a bateria, deixando a faixa bem pesada, devido aos dois bumbos constantes, porém o refrão, mais uma vez, com apelo mais comercial, acaba fazendo a faixa não ser muito agradável.
11) Cold Sweat. Esta é a última faixa da versão padrão do álbum, e é, também, a faixa cover. Esta é uma composição de John Sykes e Phil Lynott, gravada, originalmente, em 1983, pelo grupo Thin Lizzy. A faixa possui um excelente riff na parte A que é, aliás, o grande destaque, porém o refrão não agrada muito, mas, ainda assim, é uma boa faixa.
12) All I Want. Esta é a primeira das faixas bônus, e é, também, uma das faixas que considero das melhores, com o baixo pedal e ótimos riffs de guitarra, mais uma vez. O destaque está no arranjo, não muito veloz, mas com uma boa energia.
13) A House Divided. Esta é a outra faixa bônus de estúdio, sendo, também, a faixa que conta com a participação de Bob tocando corneta. A faixa inicia mais lenta, porém possui um trecho mais veloz que é, inclusive, o grande destaque da composição, alternando entre trechos mais pesados e cadenciados. Uma boa composição.
14) Countdown To Extinction (Live In Pomona, CA). Um clássico do grupo em versão ao vivo. Esta é uma boa composição, também não muito veloz, com frequentes acordes "largados", ou seja, sem muita divisão rítmica, possuindo um excelente riff de guitarra no refrão, que é o grande destaque.
Ouça o álbum e conheça o super colisor!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Meat Shits - Menstrual Samples (1989)

GÊNERO: Grind Core
ORIGEM: EUA (Modesto - Stanislaus / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Robert Deathrage (Vocal)
Kindred McCune (Guitarra)
Dan (Baixo)
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Esta é a segunda demo lançada pelo grupo, de maneira independente, e foi gravado no estúdio Dead Granny. Esta é uma das bandas pioneiras do pornogrind, sendo uma banda de noise core no início da carreira, o  que inclui esta demo. A bateria é eletrônica, sempre extremamente veloz, e as composições são todas iguais, mudando apenas o timbre de voz (mais grave ou mais agudo), porém sempre gritado. As composições dificilmente duram mais de 10 segundos, tendo algumas faixas com introduções não musicadas. Não são poucas faixas, são 155 faixas distribuídas em pouco mais de 18 minutos, realmente um petardo na orelha, barulho e caos total! Para fãs do Scum do Napalm Death e de qualquer outra banda de noise core ou grind core!
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FAIXA A FAIXA:
1) Butt Cheese. Esta é uma faixa de introdução, com gravações telefônicas em uma secretária eletrônica, as quais possuem efeitos e sobreposições. Não é uma faixa com música.
2) Nuclear Bloodbath. Todas as faixas são iguais, como dito antes, sempre de (muito) pouca duração, extremamente veloz, com alternâncias no timbre de voz, com eventuais faixas com introdução não musical. Devido a isso, não comentarei sobre cada faixa, apenas colocarei a lista de músicas.
3) Bleeding Intestines.
4) Cremation.
5) Vengeance Is Mine.
6) Nightmare.
7) Wall Street.
8) Business Before Pleasure.
9) You Must Keep Up.
10) Weak And Worthless.
11) Semen Zits.
12) Tampon Collector.
13) Another Fine Mess.
14) Alternative To Shit.
15) Fuck This.
16) Beat The Meat.
17) Survive To Die.
18) Twelve Pack Beauty Queen.
19) Mass Murder.
20) Abe Vigoda.
21) Vapors.
22) Vaginal Lunch.
23) Lick Her Asshole.
24) Fags Suck.
25) Fuck Off.
26) Dick Deficit.
27) Ball Cheese.
28) Bong Water.
29) Resin Lips.
30) Imbalance.
31) Sex, Drugs And The Meat Shits.
32) Fuck M.S..
33) Fuck Fantasy.
34) Think.
35) Masturbation.
36) Penis Envy.
37) Constipated.
38) Get Me A Spoon.
39) Jeanine's Purse.
40) Think Before You Speak.
41) Expert Fuck.
42) Duce Farts.
43) The Tight Stuff.
44) Feedback.
45) Legal.
46) Larry.
47) Bum Rap. Considero esta a melhor faixa da demo.
48) Vagrant Fuck.
49) Piss Flap Erosion.
50) Television.
51) Feedback Regurgitation.
52) No Name.
53) Death Shock.
54) Menstrual Samples.
55) Fuck You.
56) Nice Ass.
57) Fuck Loving.
58) Obsession.
59) Supermarket Farts.
60) Anal Sex.
61) Consumption.
62) Fetishes.
63) Peanut Butter Smears.
64) Cum Shot.
65) Zit On My Butt.
66) Jack The Zipper.
67) Vermin.
68) Cancerous.
69) Mumbo Jumbo.
70) Rip Shit.
71) Swiss Bank Account.
72) Dick Cheese.
73) Fucking You Up The Butt.
74) Anal Earthquake.
75) Suit And Tie Dick.
76) No Use.
77) Terror.
78) Carbonized.
79) Fear Of Nothing.
80) Computer Control.
81) Testicular Cancer.
82) Dry Heaves.
83) Money.
84) Septic Suicide.
85) Devil's Dandruff.
86) Corruption.
87) George Bush Is A Dick.
88) War On Assholes.
89) Fear Of Tomorrow.
90) 7-11.
91) McDicks.
92) Nuclear Butcher.
93) Tracy I Really Love You.
94) Cesspool.
95) Condomized.
96) Radioactive Diarrhea.
97) Nuclear Spooge.
98) Corn Shits.
99) Ex-Lax.
100) Fucked Up.
101) Frectate.
102) Kill Spot.
103) Sloppy Seconds.
104) Pass The Disease.
105) Butt Juice.
106) Bearded Clam.
107) Seat Of Piss.
108) Miss The Can.
109) Buttgasm.
110) Tit-Fuck.
111) Pot Fuck.
112) Holocaust.
113) Cadaver.
114) Hide The Salami.
115) B.O.B.O.B..
116) Matt Shit.
117) Meat Pole.
118) Pinch A Loaf.
119) Scratch And Sniff.
120) Virgin Slut.
121) Chase The Bag.
122) Cock Tease.
123) Brown Eye.
124) Hershey Squirts.
125) Colon Cowboy.
126) Butt Pimple.
127) The Right Hand Man.
128) Slash Sucks.
129) Bullshit.
130) Con Man.
131) It's Okay To Drink.
132) Systematic Shitheads.
133) Worship.
134) Affair.
135) Talk Dirty To Me.
136) Fuck Her Fucking Ass.
137) Lazy Bastard.
138) Your Late.
139) Mistress.
140) Reputation Of Shit.
141) We Shit You Not.
142) Dominance.
143) Turd-Cutter.
144) Cum On The Sheets.
145) Stoplight Headjob.
146) Sweaty Betty.
147) Hair Pie.
148) Free Whore.
149) Intestinal Sacrilege.
150) Cum Gum.
151) Air Biscuit.
152) Papsmear.
153) Prune Juice And Vodka.
154) Jail Bait Orgy.
155) Butterfinger. A demo finaliza com outra faixa não musical, como se fosse uma continuação da faixa 1.
Ouça a demo e conheça as amostras menstruais!

sábado, 20 de fevereiro de 2021

MDC - Agora Mais Que Nunca (2001)

GÊNERO: Hardcore Old School
ORIGEM: EUA (Austin - Travis / Texas)
FORMAÇÃO:
Dave Dictor (Vocal)
Ron Posner (Guitarra)
Gordon Fraser (Guitarra)
Eric Calhoun (Guitarra)
Bill Collins (Guitarra)
Chris Wilder (Guitarra)
Michael Donaldson (Baixo)
Franco Mares (Baixo)
Matt Freeman (Baixo)
Erica Liss (Baixo)
Al Schvitz (Bateria)
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Esta é a segunda coletânea lançada pelo grupo, após 6 álbuns de estúdio, de maneira independente. Foram feitas apenas 1000 cópias. A coletânea foi feita no Brasil para divulgação da turnê que o grupo estava fazendo no país, turnê que passou por Porto Alegre e tive a honra de poder assistir! O show aconteceu no Garagem Hermética e não estava muito cheio, mas foi sensacional, realmente muito bom! Esta coletânea contempla bem a carreira do grupo até então, possuindo faixas de todos os 6 álbuns, mais 2 ep's, 2 splits e 1 álbum ao vivo, além de faixas inéditas, fazendo parte do período entre 1982 e 1996. As músicas estão em ordem cronológica, deixando para o final as faixas que não pertencem a nenhum álbum ou EP e as faixas ao vivo. Anos mais tarde esta coletânea foi relançada, com o título traduzido para o inglês (Now More Than Ever), com a mesma arte da capa, porém com outras cores, vermelho e preto. É uma ótima coletânea, com uma boa seleção, bem interessante para quem tem interesse em conhecer a carreira do grupo, mas também para os fãs da banda e / ou do gênero! As faixas são velozes, com trocas rápidas dos acordes, existindo frequentes variações de cadência. Apesar de ser uma banda que toca um hardcore old school bem evidente, existem algumas pitadas de outros gêneros, como o street punk e o country, além de possuir 1 faixa cover e duas faixas que são versões de composições já existentes. Vale a pena conferir, um clássico do gênero , além de ser um dos precursores do hardcore.
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FAIXA A FAIXA:
1) Business On Parade. A coletânea inicia com uma das faixas que considero das melhores. Bastante veloz, com trocas rápidas de acordes, existindo eventuais frases e pausas, além de um refrão sing-a-long.
2) Dead Cops / America's So Straight. Outra faixa que considero das melhores. Ainda mais veloz que a faixa anterior, existindo uma variação de cadência de uma parte para a outra. Como o título já sugere, esta faixa é como se fossem duas músicas em uma faixa.
3) Corporate Deathburger. Outra faixa bastante veloz e com trocas rápidas de acordes. Sem pontes ou introdução, esta é uma composição "sem frescura", indo direto ao ponto, possuindo um refrão sing-a-long.
4) John Wayne Was A Nazi. Uma boa composição, com uma introdução que vai intencionando e acelerando para a parte A, mantendo a estrutura simples após isto, possuindo, mais uma vez, uma refrão bem sing-a-long.
5) My Family Is A Little Weird. Outra faixa que considero das melhores, bem embalada e com certa velocidade, possuindo uma progressão harmônica ao estilo punk rock, mas com a cara do hardcore do início dos anos 80!
6) Multi Death Corporation. A faixa possui uma introdução com acordes largados, logo em seguida vem a velocidade e o hardcore old school fica bem evidente, com as características clássicas do gênero. Destaque para as frases existentes com todos instrumentos.
7) Chicken Squawk. Esta é uma das faixas que possui influência do country, embora ainda seja um hardcore old school, com fortes toques de punk rock. Harmonia e melodia típicas do country, com o refrão sendo uma imitação de galinha!
8) No More Cops. Outra faixa que considero das melhores do álbum, bem embalada, com trocas rápidas de acorde, o destaque está nas eventuais pausas e acentos no contratempo. Bem característica do gênero.
9) Drink To Forget. Outra faixa que considero das melhores do álbum, bem embalada, esta lembra bastante um skate punk, embora ainda seja um hardcore old school. O destaque está na progressão harmônica e suas trocas rápidas de acorde.
10) Tofutti. Esta faixa é uma das versões, no caso, uma versão de Tutti Frutti, composta por Little Richard e Dorothy LaBostrie, gravada, originalmente, pelo próprio Little Richard em 1955. A estrutura é a mesma, porém esta soa mais hardcore e a letra é outra diferente da versão original.
11) Millions Of Damn Christians. Uma das faixas mais bem trabalhadas da coletânea, com um ótimo arranjo, frequentes variações de cadência, frases e acentos deslocados do tempo forte, além, claro, das trocas rápidas de acorde!
12) Bye Bye Ronnie. Considero esta faixa uma das melhores da coletânea, possuindo velocidade e embalo, com trocas rápidas de acorde, esta soa mais como um skate punk do que a faixa 9, sendo o destaque o desenho melódico da voz e suas eventuais notas longas.
13) Henry Kissmyassinger. Esta é uma faixa de um acorde só, com frequentes frases e de pequena duração. Interessante a ideia!
14) S.K.I.N.H.E.A.D.. Esta é uma composição mais lenta, a mais lenta até então, podendo, talvez, ser considerada a balada da coletânea! Com a harmonia do "T" e o ritmo bem ao estilo das bandas de bailes de colégio da Sessão da Tarde!
15) Dirty Harry For President. Outra faixa bem trabalhada, possuindo um bom arranjo, alternando de cadência entre uma parte mais veloz e outra mais lenta, possuindo um refrão um pouco sing-a-long. Trocas rápidas de acorde, existindo eventuais frases executadas entre todos os instrumentos.
16) Deep In The Heart. Esta é outra faixa com influência do country, além de ser a segunda faixa em que o grupo faz uma versão, desta vez a versão é da música Deep In The Heart Of Texas, composta e gravada, originalmente, em 1941, por Don Swander. A estrutura é a mesma da versão original, porém esta é mais veloz e possui letra diferente.
17) I Was A Dupe For The RCP. Considero esta faixa uma das melhores da coletânea. Trocas rápidas de acorde, bom trabalho de dinâmica, embalo e um bom desenho melódico da voz são os destaque da composição.
18) Millions Of Dead Cops. Considero esta faixa a melhor da coletânea. Não é a mais veloz, mas possui uma intenção sensacional, lembrando bastante Dead Kennedys e músicas como Police Truck. Ótima intenção e excelente refrão, além de uma boa progressão harmônica.
19) Beat Somebody Up. Esta faixa já é bem embalada, embora não seja das mais velozes. Também tem um toque mais "alegre" em relação às demais faixas, possuindo um bom refrão, um pouco sing-a-long, além de um bom arranjo.
20) I Do Not Wish. Outra faixa bem trabalhada, principalmente devido às frequentes variações de compasso, além de possuir um bom trabalho de dinâmica e uma boa intenção. Talvez a faixa mais bem trabalhada de toda coletânea.
21) Money Pile. Esta faixa possui ares de skate punk, em especial devido à frase da guitarra, oitavada. Também mais "alegre", possuindo um refrão bem street punk, que lembra, um pouco, Blitz, esta não é uma composição muito veloz, embora possua um bom embalo.
22) Cock Rocker. Considero esta uma das melhores faixas da coletânea, veloz e embalada, ela possui as características do hardcore old school, com trocas rápidas de acorde, além de possuir um bom refrão, bem marcado, e um bom trabalho de dinâmica.
23) Shades Of Brown. Esta faixa não é muito veloz, mas possui um bom embalo, se assemelhando bastante ao street punk. Uma das faixas que menos me agrada na coletânea, embora não seja ruim.
24) Borrowed Time. Esta faixa possui um bom embalo, porém o vocal parece um pouco desleixado, apesar do refrão ser sensacional! Esta, também, dá ares de skate punk, não muito veloz, ela possui variações de cadência e frases da guitarra, na parte C, bem crossover.
25) Long Time Gone. Outra faixa que considero das melhores da coletânea, veloz e embalada, esta se assemelha a um hardcore nova iorquino, embora ainda soe bem hardcore old school, principalmente devido às trocas rápidas de acorde, possuindo uma variação de cadência que reforça a influência do hardcore.
26) My Dog Has No Girlfriend. Considero esta a faixa mais experimental da coletânea, já mais lenta, na parte A, e não muito embalada, mas com uma ótima intenção e excelentes frases da guitarra.
27) More Squawk. Esta faixa possui as mesmas características da faixa 7, pois é como se fosse uma continuação dela. Não tem exatamente a mesma estrutura e progressão harmônica, porém a intenção é a mesma.
28) I Was An Infant. Esta é uma faixa do grupo Submissives, não um cover, pois esta é a versão original! O Submissives é um grupo no qual Dave Dictor faz parte, em parceria com Pig Champion, do Poison Idea. Esta composição lembra mais Poison Idea do que o próprio MDC!
29) Secret To A Long Life. Esta é a faixa cover da coletânea, seno uma composição de Michelle Shocked, gravada, originalmente, em 1986 pela própria compositora. Esta é uma faixa acústica, gravada ao vivo, bem country, ao estilo das músicas do sul dos EUA. Uma excelente composição e uma bela homenagem!
30) Nazis Shouldn't Drive (Live). A coletânea finaliza com outra faixa ao vivo. É uma boa composição, possuindo uma introdução mais lenta, mas logo em seguida, ela fica veloz e embalada, possuindo um refrão bem sing-a-long.
Ouça a coletânea, agora mais que nunca!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

MC Jack - Meu Lugar (2001)

GÊNERO: Rap
ORIGEM: Brasil (São Paulo / São Paulo)
FORMAÇÃO:
MC Jack - Jackson Moraes (Vocal, pick-up)
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Este é o primeiro, e único, álbum lançado pelo artista, através do selo Trama. Embora este seja o primeiro álbum do artista, sua carreira iniciou 15 anos mais cedo, em 1986, tendo participação em uma coletânea, além de ter lançado um split. Portanto, este é um nome dos primórdios do rap brasileiro, sendo um dos primeiros artistas a se envolver com o hip hop, já que antes de ser cantor e dj, ele era dançarino de break, isso no ano de 1984. Por este motivo, o álbum soa, muitas vezes, como os rap's old school, o que é, justamente, o que faz com que seja um excelente álbum. Nem todas as faixas têm esta característica, algumas soam mais "modernas", com as características das composições do gênero do início do século XXI! O álbum conta com a participação de importantes nomes do rap brasileiro, como Criminal D, Xis e Doctor MC's. Um ótimo álbum que dá uma ótima "pincelada" no rap brasileiro, fazendo-o soar de maneiras diferentes, exemplificando bem a evolução do rap no Brasil. Os samples merecem atenção, pois sempre possuem muito groove e swing, porém o destaque, na minha opinião, está no trabalho de Jack como DJ, eventualmente ele demonstra todo seu talento nas pick-up's, com excelentes scratches. Um ótimo álbum de um excelente e importante artista do rap brasileiro.
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FAIXA A FAIXA:
1) Meu Lugar. O álbum inicia com a faixa que dá nome ao álbum, e é, também, uma das faixas que considero das melhores. Um excelente arranjo, com um ótimo sample e uma linha de baixo que dá todo swing da composição, além de um ótimo trabalho harmônico, usado mais como um "brilho", além, claro de excelentes scratches, que são, na minha opinião, o grande destaque.
2) Liberdade. Outra faixa que considero das melhores do álbum, assim como a faixa anterior, esta também soa como os "rap's old school", com excelentes samples, bom acompanhamento harmônico e uma boa frase do baixo que dá, mais uma vez, todo swing necessário. Mais uma vez, o grande destaque está nos scratches, aliás, aqui ele mostra todo seu talento, em especial no "solo de pick-up", mais pro final da faixa.
3) Criadores De Leis. Esta é uma das faixas que possuem participação especial, aqui, ela fica por conta de Criminal D. Uma boa composição, com muito peso no beat, mas já com um toque mais "moderno" em relação às faixas anteriores, embora não muito, ficando em um meio termo, como se fosse um rap de 1995!
4) Seu João. Esta faixa já possui um toque mais "suave", com uma boa linha de baixo, mas com a harmonia que não me agrada muito. Nada que deixe a música ruim, mas longe de ser das melhores, também com um toque "meio termo", à la 1996, poucas variações no sample e menos uso de scratches.
5) Sabe Nada. Considero esta faixa uma das melhores do álbum, com um ótimo arranjo, excelente groove e swing, além de possuir uma guitarra distorcida como acompanhamento, lembrando, um pouco, com Run DMC. Mais uma vez o destaque está no arranjo e nos scratches, embora o refrão sing-a-long, bem repetitivo, mereça atenção.
6) Chega!. Ótima faixa, bem pesada, com um arranjo vem old school, lembrando, principalmente devido aos timbres e beat usados, com a música Six Gun, do grupo Decadent Dub Team. Uma métrica bem interessante no que diz respeito à voz, variando entre partes cantadas mais rápidas e outras menos, criando uma mescla dos rap's mais antigos (sample) e outros mais modernos (voz).
7) Centro Da Cidade. Bom, este é o grande clássico do artista, sendo esta o primeiro rap a ter um cover por outro grupo de rap, já que o grupo Sampa Crew fez sua homenagem na metade dos anos 90. Esta música foi lançada, originalmente, em 1988, na coletânea Hip Hop Cultura De Rua, porém com outra versão. Considero esta um dos melhores rap's compostos no Brasil, mas não nesta versão, aqui deram uma "modernizada" no arranjo, o que não me agradou. Esta faixa conta com a participação de Xis.
8) Meu Mundo. Considero esta a melhor faixa do álbum e é, também, a outra faixa que conta com participação especial, desta vez, ela fica por conta do grupo Dovtor Mc's. A harmonia é igual à música Foge Garoto, do grupo Código 13, porém com outro arranjo e andamento, a associação, para mim, é inevitável, não consigo ouvi-la sem lembrar de Foge Garoto! Mais uma vez destaque para o arranjo e scratches.
9) Vida E Morte De Severino. A partir desta faixa, as músicas já soam mais "modernas", esta, em especial, tem um toque bem brasileiro, com um arranjo com muita síncope e toques de samba, mas também de funk, lembrando bastante com Marcelo D2.
10) O Preço Da Viagem. Outra faixa bem pesada, com uma intenção bem intimista, bem característico com os rap's do final dos anos 90, com o vocal com pouca intensidade, lembrando Racionais MC's. Uma boa faixa, mas longe de ser das melhores.
11) Acredite Em Mim. Outra faixa com as características do gênero no final dos anos 90, um arranjo que não me agrada muito, sem uma linha de baixo ou intenção harmônica, além da inclusão de samples esporádicos com a intenção de brilho. O destaque está no refrão, bem sing-a-long.
12) Onde Está O Menino?. O álbum finaliza com uma faixa que possui uma ótima linha de baixo, bem minimalista, mas com pouca variação. Também com características do final dos anos 90, esta é outra faixa bem pesada e com pouca intenção harmônica, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
Ouça o álbum e conheça o meu lugar!

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Massacre - Aerial (1998)

GÊNERO: Skate Rock
ORIGEM: Argentina (Buenos Aires / Distrito Federal)
FORMAÇÃO:
Wallas - Guillermo Cidade (Vocal)
El Tordo - Pablo Mondello (Guitarra)
Fico - Federico Piskorz (Guitarra)
Bochi - Luciano Facio (Baixo)
Paco - Francisco Ferreyra (Bateria)
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Este é o quarto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Sum, e foi gravado no estúdio Abasto Al Pasto. Considero este um excelente álbum, mais pelo concepção do que pela composições, apesar destas não serem ruins, e, embora eu tenha classificado como skate rock, este é um álbum muito difícil de definir, já que é possível perceber influências de diversos gêneros. Se eu tivesse classificado como "space rock" também não seria nenhum absurdo, pois é assim que o álbum soa, fazendo jus ao nome. Percebe-se influências de punk rock, rock psicodélico, rock progressivo, rock, grunge e indie, sempre com uma intenção "espacial". As músicas não são velozes, mas são repletas de intenções e expressões bem marcantes, que é o grande destaque do álbum, bem conceitual. Percebe-se semelhanças com Jane's Addiction, Rush, Colide, Againe e Pixies, além de uma banda de grunge qualquer! O álbum conta com uma faixa bônus, que é, também, uma faixa cover. As composições muito bem pensadas e arranjadas, o álbum tem a cara das bandas do início dos anos 90, aquelas que abriram caminho para todas que apareceram na segunda metade dos anos 90. Além de tudo, o álbum conta com as participações de Daniel Lozano tocando trompete, Fernando Albareda tocando trombone, e Toto (Gerardo Rotblat) tocando percussão, todos integrantes do grupo Fabulosos Cadillacs. Vale a pena conferir, um grande nome em seu país, já tendo aberto shows para várias bandas de renome mundial, como Ramones.
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FAIXA A FAIXA:
1) Angélica. O álbum inicia com uma boa composição, já mostrando o que espera o ouvinte nas demais faixas! Não considero das melhores, soando bem indie, lembrando uma mistura de Pixies com Smashing Pumpkins. Não veloz, mas com ótimos arranjos.
2) Llena De Fé. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, uma mistura de Garage Fuzz com Againe, esta possui um ótimo arranjo, mais uma vez, sendo o destaque o refrão e a intenção.
3) La Respuesta Es Fácil. Uma das faixas mais fraquinhas do álbum, sem nada de especial, um arranjo simples, uma composição bem alegre, com um refrão bem sing-a-long.
4) Te Leo Al Revés. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com um toque que mescla grunge e indie, o destaque está no refrão e sua progressão harmônica e desenho melódico da voz, embora a expressão mereça atenção.
5) Cuasi Delictual. Uma boa composição, apesar de não muito pesada, mas uma intenção e expressão sensacionais, sendo estes, justamente, os destaques da composição. Violão e sintetizadores ajudam a dar o clima psicodélico da composição.
6) Minicubics. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, em especial devido à sua intenção e expressão. Esta composição lembra, e muito, Jane's Addiction, com toda sua concepção, sendo uma faixa não veloz, mas bem solta, sendo a inclusão de "sons do vento" e outros instrumentos um toque especial para o arranjo.
7) Ascensión. Outra faixa bem solta e lenta e com sintetizadores que ajudam a dar o toque "espacial" à composição. Não é uma má composição, mas não a considero das melhores, sendo a expressão o grande destaque.
8) No Puedo Dejar. Considero esta seqüência a pior do álbum, bem indie, esta faixa se assemelha a uma mistura de Pixies e Colide. Possuindo a harmonia bem alegre e o arranjo menos trabalhado em relação às faixas anteriores.
9) Te Arrepiento. Outra faixa com as mesmas características da faixa anterior, embora com um arranjo mais interessante, além do refrão, que é o destaque. Mais uma vez um arranjo bem solto, lembrando, mais uma vez, Jane's Addiction, embora não muito.
10) Ella Me Sigue. Uma faixa mais embalada e menos "espacial", embora não deixe de lado esta intenção, mesmo que em menores proporções. Esta lembra bastante Againe, existindo a inclusão de sintetizadores, mais uma vez.
11) Laika Se Va. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, sendo muito inspirada em Rush dos anos 80, a frase da introdução tem todos os elementos de uma composição do grupo canadense! Simplesmente sensacional!
12) Majestial. Uma boa composição, porém a bateria não me agrada, soando como uma bateria programada ou eletrônica, como se estivessem 15 anos adiantados, esta lembra, um pouco, bandas mais modernas como Imagine Dragons, muito em função da bateria e intenção, embora a composição seja bem interessante, devido à progressão harmônica e desenho melódico da voz.
13) Ana: I. Ana Se Duerme / II. Sueña / III. Ana Despierta. Bom, aqui está o ápice do álbum! Considero esta a melhor faixa do álbum, sem sombra de dúvidas! Extremamente bem pensada e trabalhada, esta lembra, devido à sua concepção, uma peça com 3 movimentos, e suas intenções e expressões, que fazem o ouvinte pegar uma carona com a música e "viajar" pelo espaço criado pelos argentinos do Massacre! A participação dos integrantes do grupo Fabulosos Cadillacs dão um toque bem interessante à composição. Simplesmente sensacional, o álbum vale a pena só por esta faixa, se quisessem, o grupo poderia encerrar sua carreira com chave de ouro, mas ainda bem que não o fizeram e gravaram mais álbuns após este!
14) You Really Got Me. Esta é a faixa bônus do álbum, e é, também, a faixa cover. A faixa que mais destoa em relação ao álbum, na verdade, esta não se assemelha em nada às demais faixas, fazendo o papel mais de tributo do que de reforço à concepção do álbum. A música foi composta por Ray Davies, e gravada, originalmente, pelo grupo Kinks, em 1964.
Ouça o álbum e fique aéreo!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Mano Dura Pa Los Kuras - Todo Es Tan Logico (2006)

GÊNERO: Street Punk
ORIGEM: Espanha (Utrera / Andaluzia)
FORMAÇÃO:
Kike (Vocal, guitarra)
Sergio Yogui (Guitarra)
Miguelitro (Baixo)
Kayno (Bateria)
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Este é o primeiro, e único, álbum (e trabalho) lançado pelo grupo, através do selo Odisea, e foi gravado no estúdio Digital K. É um bom álbum, com as composições bem trabalhadas, incluindo diversas variações de ritmo e cadência, algumas vezes, na mesma música. Apesar de eu ter classificado como street punk, o álbum possui influência de punk rock e pitadas de ska. As composições possuem bastante embalo, existindo certa velocidade em algumas faixas, o som lembra uma mistura de La Polla Records com Los Muertos De Cristo, inclusive, o timbre de voz me soa bem semelhante ao do Evaristo. Difícil encontrar informações sobre a banda, porém, creio eu, esta deve ter tido uma carreira curta, já que este é o único trabalho que lançaram, mesmo assim, vale a pena conferir, o típico punk anarquista espanhol.
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FAIXA A FAIXA:
1) Mano Dura Pa Los Kuras. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. A faixa que dá nome ao grupo é um street punk não muito veloz, mas com frequentes variações de cadência, as quais, algumas delas, possuem mais velocidade, existindo a inclusão de uma escaleta.
2) Democracia. Esta é uma boa faixa, bem embalada, com um bom arranjo, apesar de simples, existindo frequentes variações de cadência. Destaque para os arranjos, em especial da guitarra.
3) Llama Y Alistate. Outra boa faixa, bem embalada, com boas frases da guitarra, possuindo um refrão em coro, sendo, um pouco sing-a-long, existindo variações de cadência e intenção, já que alterna entre o street punk e o ska punk.
4) Nazis De Mierda. Outra faixa que considero das melhores do álbum. A faixa mais veloz do álbum, com uma excelente intenção, um bom arranjo, o destaque está na velocidade, embalo e variações de cadência.
5) Tauromafia. Uma crítica direta às touradas, esta é outra faixa embalada, bem street punk, possuindo certa velocidade, mas não o tempo todo. A progressão harmônica bem característica do punk rock, existindo trechos ska.
6) Hassan. Talvez a faixa mais street punk, com frases, tanto da voz quanto da guitarra, bem típicas de "músicas de bar", lembrando as melodias vocais de bandas como Dropkick Murphys. Existe eventuais variações de cadência, sempre muito bem trabalhadas.
7) Ponte A Manifestar. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, com a harmonia típica do pop (harmonia do "T"), não chega a ser uma má composição, o arranjo bem trabalhado é o destaque. No mais, a faixa é embalada, mas não muito veloz.
8) Cuantas Mas.... A composição inicia com uma ótima frase da guitarra, com bastante ligados. É uma boa composição, a faixa mais ska do álbum, embora exista variações de cadência com o street punk. O destaque está nas frases de guitarra.
9) La Senda Miliciana. O álbum finaliza com a faixa que considero a melhor! Uma excelente melodia, acompanhada por uma bela progressão harmônica, que inicia de forma acústica, apenas com violão e voz, porém os demais instrumentos aparecem logo em seguida. Destaque para as variações de cadência, o arranjo e a inclusão de uma flauta doce, além, claro, do desenho melódico da voz: sensacional!
Ouça o álbum, já que tudo é tão lógico!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Maineeaxe - Shout It Out (1984)

GÊNERO: NWOBHM
ORIGEM: Inglaterra (York - North Yorkshire / Yorkshire And The Humber)
FORMAÇÃO:
Mick Adamson (Vocal)
Zeff Stewart (Guitarra)
I.J. Greensmith (Baixo)
Doc Simpson (Bateria)
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Este é o álbum de estréia do grupo, lançado através do selo Powerstation. É um bom álbum, com a cara do gênero, porém com momentos em que o NWOBHM se confunde com o heavy metal, talvez pelo fato de que, apesar de soar NWOBHM, o grupo está "atrasado" em relação a outros grupos do gênero, ou seja, enquanto nomes fortes do NWOBHM estavam em decadência ou mudando seu estilo musical, eis que surge este álbum! O melhor está nas guitarras, embora o vocal seja bem característico do gênero. Considero uma mistura de Tygers Of Pan Tang e Saxon, além de pitadas de Mötley Crüe. O álbum possui faixas velozes e outras nem tanto, embora a velocidade não seja o forte do álbum. A maioria das faixas possuem um bom embalo. Esta é uma banda que teve uma curta carreira, apenas 5 anos, estando na ativa apenas entre os anos 1981 e 1986. Excelentes riffs de guitarra são o ponto forte do álbum, um prato cheio para todos aqueles que curtem o metal do início da década de 80! O álbum conta com a participação de William Jackson tocando teclado. A arte da capa ficou por conta de Nick Waters.
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FAIXA A FAIXA:
1) Run To The Angels. O álbum inicia com uma boa faixa, talvez a que mais tem a cara dos anos 80, devido à melodia da voz e os riffs de guitarra, mas, principalmente, devido ao seu refrão, bem sing-a-long. Não é uma faixa veloz, mas embalada, com destaque para o arranjo das guitarras.
2) Bad Boys. Esta faixa já possui um pouco mais de velocidade, uma ótima composição, com as guitarras e o vocal mais expressivos e "agressivos". A harmonia é bem rock 'n' roll, confundindo-se com hard rock. Se assemelha ao Mötley Crüe, sendo o destaque, justamente, as guitarras e o vocal.
3) Gonna Make You Rock. Mais uma composição com ótimos riffs de guitarra. Esta já não tão veloz quanto a faixa anterior, mas com um bom embalo, existindo um baixo pedal na parte A, enquanto o refrão possui uma ótima frase dos instrumentos de corda, o que é o destaque, na minha opinião.
4) The Game. Como toda boa banda de heavy metal que se preze, eis que surge a balada do álbum! Uma composição em compasso composto, esta é a pior faixa do álbum, na minha opinião. Não chega a ser horrível, mas considero ruim, embora tenha a cara dos anos 80, também!
5) Steel On Steel. Outra boa composição com a cara dos anos 80! Ela possui uma excelente frase do baixo na introdução para, logo após, a guitarra sair do arpejado e fazer frases enquanto baixo e bateria marcam a frase. O refrão é bem sing-a-long, sendo o destaque o arranjo do baixo, que, apesar de simples, conduz a faixa.
6) Shout It Out. A faixa título inicia com um excelente riff de guitarra, com palhetadas rápidas, porém, quando a bateria aparece, ela não se torna veloz, mas, sim, embalada. O refrão é bem sing-a-long e possui ótimas frases dos instrumentos de corda, além de acentos no contratempo.
7) Are You Ready. Outra faixa que inicia com arpejo, aparecendo apenas violão e teclado. Logo que surgem os demais instrumentos, ela se mantém embalada, mas não veloz, com destaque para o refrão, com boas frases de guitarra, enquanto o baixo se mantém pedal.
8) Cold As Ice. As melhores faixas do álbum, na minha opinião, ficaram para o final, e esta é a que considero a melhor do álbum, com um ótimo embalo, excelentes riffs de guitarra e uma boa expressão vocal. Destaque para o refrão, bem sing-a-long e com uma sensacional frase dos instrumentos de corda.
9) Rough Trade. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Esta se assemelha com Iron Maiden da era Killers, principalmente devido ao riff de guitarra, embora refrão mereça atenção, em especial devido ao arranjo vocal.
10) Rock City. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores. Bem embalada e com um ótimo refrão, esta faixa fez parte de uma coletânea, sendo, talvez, a faixa mais expressiva do álbum, sendo o destaque o arranjo das guitarras.
Ouça o álbum e grite!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Magic Slim & Teardrops - Midnight Blues (2008)

GÊNERO: Blues
ORIGEM: EUA (Torrance - Yalobusha / Mississippi)
FORMAÇÃO:
Magic Slim - Morris Holt (Vocal, guitarra)
Jon McDonald (Guitarra)
Danny O'Connor (Baixo)
David Simms (Bateria)
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Este é o décimo quinto álbum lançado pelo grupo, através do selo Blind Pig. É um bom álbum, possui a essência do blues, possuindo composições em shuffle e compasso composto, além de possuir pitadas de rock 'n' roll e country. As composições não são velozes, mas possuem embalo e swing, sendo a maioria das faixas cover, aliás, muito comum no gênero, artistas regravarem composições de outros músicos, funcionando mais como uma homenagem, um tributo, do que como um plágio ou mesmo um cover! O álbum possui a participação de diversos músicos: Gene Barge, responsável pelo arranjo de metais e saxofone tenor; Elvin Bishop, Lil' Ed Williams e Lonnie Brooks tocando guitarra; James Cotton tocando gaita de boca; Terry Ogolini tocando saxofone tenor; e Don Tenuto tocando trompete. Um bom álbum de um grande nome do blues elétrico, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Let Me Love You. bum inicia com uma das faixas que considero das melhores. A faixa mais rock 'n' roll do álbum, embora seja um blues. A levada típica do rock 'n' roll, com a inclusão da 13ª na harmonia da guitarra, bem como a progressão padrão do rock 'n' roll, e do blues também!
2) You Can't Lose What You Ain't Never Had. Esta é um blues em compasso composto, mais lento e intimista, com destaque para a participação de James Cotton na gaita de boca. No mais, soa como um típico blues, não dos mais intimistas, mas, ainda assim, não deixa de ser!
3) Give Me Back My Wig. Outra faixa que soa bem rock 'n' roll, apesar de não tanto quanto a primeira, mantendo um bom embalo e progressão harmônica padrão com os 3 graus, sendo o destaque o ataque no contratempo quando da finalização do chorus de 12 compassos, além da participação de Lil' Ed Williams na guitarra.
4) Lonely Man. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Um blues em shuffle, com destaque para o desenho melódico da voz e o arranjo no final do chorus, com a inclusão de ataques no contratempo e pausa. A harmonia quando a voz está presente merece atenção, já que é executado apenas um acorde.
5) Spider In My Stew. Outro blues mais intimista, em compasso composto, o qual considero uma das melhores faixas do álbum, composição esta de autoria de Willie Dixon. Esta sim, bem intimista, com destaque para os improvisos de guitarra e eventuais "brilhos" na harmonia da guitarra, que conta com a participação de Lonnie Brooks.
6) Going Down The Road Feeling Bad. Esta é uma composição de autor desconhecido, uma música popular, e é, também, a faixa que menos me agrada no álbum. Esta possui forte influência do country, mas com pitadas de blues!
7) Full Load Boogie. Outra faixa com um toque rock 'n' roll, embora ainda seja um blues em shuffle. Uma boa composição, com destaque para as frases da guitarra, até devido ao fato de esta ser uma faixa instrumental. Uma boa composição, um blues / rock 'n' roll, em shuffle, instrumental!
8) Crosseyed Cat. Outra boa composição, e, mais uma vez, um blues em shuffle. Bons fraseados da guitarra são o grande destaque da composição, que possui uma harmonia padrão do blues, os 12 compassos bem definidos.
9) House Cat Blues. Considero esta a melhor faixa do álbum, um blues com pitadas de rock 'n' roll. Provavelmente a faixa mais veloz do álbum, com uma excelente, e constante, frase da guitarra, sendo o grande destaque a finalização do chorus e sua inclusão de dois acordes que fogem do padrão do gênero.
10) Carla. Outro blues em compasso composto e bem intimista, com a harmonia padrão do gênero. Destaque para as frases da guitarra e sua expressão. No mais, um blues bem padrão.
11) Cryin' Won't Let You Stay. Um blues em shuffle, já mais embalado, com boas frases de guitarra, que contam com a participação de Elvin Bishop. O destaque está nas frases de guitarra, mas a expressão e o trabalho de dinâmica (embora sutil) mereçam atenção.
12) What Is That You Got. Outro blues em compasso composto, mais intimista, sem nada de especial, mantendo as mesmas características das faixas 5 e 10.
13) Loving You Is The Best Thing That Happened To Me. O álbum finaliza com a faixa que possui a participação do naipe de metais: Don Tenuto no trompete, Terry Ogolini e Gene Barge tocando saxofone tenor. O arranjo de metais foi feito pelo mesmo Gene Barge. Esta faixa já possui mais swing, com pitadas de soul, principalmente devido à inclusão dos sopros.
Ouça o álbum e conheça o blues da meia-noite!