sábado, 29 de agosto de 2020

Klamydia - Rujoa Taidetta (2009)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Finlândia (Vaasa / Ostrobothnia)
FORMAÇÃO:
Vesku - Vesa Jokinen (Vocal)
Jakke - Jari Helin (Guitarra)
Severi - Sami Kohtamäki (Baixo)
Riku Purtola (Bateria)
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Este é o décimo sexto álbum de estúdio lançado pelo grupo, o primeiro através do selo Usvaputki Oy. É um bom álbum, o grupo mantém a mesma característica de sempre, àqueles que já conhecem o som do grupo, não irão se surpreender! O grupo é um clássico do gênero em seu país, surgido 20 anos antes deste álbum. As faixas não são muito velozes, mas mantém um embalo constante, os músicos não possuem muita técnica, mas tudo está no lugar, não deixando nada a desejar. A qualidade da gravação é outro ponto positivo. O álbum possui uma faixa bônus e foram criados dois videoclipes de divulgação. Vocal grave, com boas melodias, sempre cantadas na língua natal do grupo. Ao meu ver, o som se assemelha a uma mistura de Ramones com Toy Dolls.
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FAIXA A FAIXA:
1) Mä Oon Tyhmä. O álbum inicia com uma boa faixa, sendo o curioso a utilização de um baixo acústico e um piano no início. A faixa possui um bom embalo, embora não muito veloz, sendo o destaque o desenho melódico da voz.
2) Miljoonan Kilsan Tennarit. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, principalmente devido ao desenho melódico da voz e as eventuais frases da guitarra. O trabalho de dinâmica, embora não exagerado, também merece destaque.
3) Lähtijän Geenit. Uma boa faixa, com bom arranjo e embalo, uma harmonia que foge da ideia tonal na parte A, sendo o destaque o refrão. Mais uma vez o desenho melódico da voz e o trabalho de dinâmica merecem atenção.
4) Rujoa Taidetta. A faixa que dá nome ao álbum é uma das músicas de trabalho, existindo videoclip de divulgação. É um clipe sem nada de especial, com imagens em preto e branco do grupo se apresentando ao vivo e em estúdio. Uma composição um pouco mais lenta e com uma intenção mais alegre, sendo o destaque o refrão e o trabalho de dinâmica.
5) Yhden Päivän Sankari. Considero esta a segunda melhor faixa do álbum, talvez a faixa mais veloz! Um ótimo embalo, com uma certa velocidade e um bom desenho melódico da voz, o grande destaque está no refrão e na velocidade.
6) Ajolähtö. Esta é a outra faixa que possui videoclip de divulgação, e também a considero uma das melhores do álbum. O clipe mostra Vesku em uma mesa de jantar, vestido com gravata, com a televisão em sua frente, a qual aparece o próprio Vesku cantando. Um bom embalo, mas não muito veloz, o destaque está no desenho melódico da voz e na progressão harmônica, que, apesar de nada de mais, cria a intenção para a composição.
7) Niilo Ahkio. Outra faixa com um bom embalo e uma boa harmonia. O destaque está no arranjo de guitarra na parte A, bem como o refrão, devido ao desenho melódico e contracantos. O trabalho de dinâmica também merece atenção.
8) Typerys. A faixa inicia com um bom arranjo, preparando para a parte A, que também possui uma boa intenção. O destaque está na progressão harmônica da parte A, bem como as eventuais frases de guitarra. A dinâmica também é bem trabalhada.
9) Haaveet Elättää. A faixa possui um bom embalo, sendo o grande destaque o refrão e sua melodia, muito bem desenhada. Nada de mais no arranjo, mas com boas intenções, o trabalho de dinâmica também merece atenção.
10) Persealasti. Considero esta a melhor faixa do álbum! Ela possui uma excelente frase de guitarra, uma excelente intenção, e um ótimo trabalho de dinâmica, sendo estes aspectos, junto com o refrão, e seu desenho melódico, os destaques da faixa.
11) Hän On Poissa. Esta faixa possui um bom arranjo de guitarra, que, aliás, é o grande destaque da composição, junto com a intenção e dinâmica. A faixa possui um bom embalo, embora não muito veloz.
12) Latva B-Kakkonen. Esta faixa possui um bom embalo e uma boa frase de guitarra na introdução, possuindo uma intenção mais alegre, sendo o destaque o refrão e seu desenho melódico. É uma boa composição.
13) Eliksiiri. Considero esta uma das melhores faixas, sendo uma das duas faixas mais velozes do álbum. O grande destaque está, justamente, na velocidade e embalo. O refrão mais alegre e bem sing-a-long também criam uma boa intenção e merece atenção.
14) Onni Suosii Kusipäitä. Outra faixa com um bom embalo e trabalho de dinâmica, em especial na parte A. O destaque está no refrão e sua intenção bem definida entre as partes.
15) Voittajan Malja. O álbum finaliza com uma boa composição. Não muito veloz, com uma intenção mais tribal no início, o grande destaque, sem dúvidas, está no desenho melódico da voz. O problema é que ela é bastante repetitiva, o que acaba "enjoando", mas, ainda assim, é uma excelente composição.
16) Bonus Track. A faixa bônus do álbum é a mais pesada, soa como um D-Beat, e a harmonia da parte A lembra bastante a música Blown To Bits, do Exploited. O vocal está bem escrachado, quase que bagunçado. É uma boa composição, embora não muito trabalhada.
Ouça o álbum e conheça a arte feia!

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Killigans - Honor (2010)

GÊNERO: Street Punk
ORIGEM: EUA (Lincoln - Lancaster / Nebraska)
FORMAÇÃO:
Brad Hoffman (Vocal, violão)
Pat Nebesniak (Acordeon, mandolin, trompete)
Chris Nebesniak (Guitarra, mandolin, trombone)
Greg Butcher (Guitarra)
Trevor Nebesniak (Baixo)
Mikey Elfers (Bateria)
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Este é o terceiro álbum lançado pelo grupo, de maneira independente. É um excelente álbum, um street punk com influências de folk! Um álbum perfeito para se tomar cerveja em um bar! Me lembra bastante uma mistura de Social Distortion com Flogging Molly, além de pitadas de Dropkick Murphys, Bad Religion, Gogol Bordello e Johnny Cash! A inclusão de instrumentos atípicos para o punk rock é o grande destaque do álbum, com excelentes melodias, arranjos bem trabalhados, ótima qualidade de gravação e boas composições. O folk está bastante evidente nas composições, tudo muito bem executado, com tudo no lugar. As faixas, em sua maioria, possuem um bom embalo, existindo eventuais trechos velozes. Àqueles que gostam de tomar cerveja ouvindo música, terão neste álbum um grande aliado!
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FAIXA A FAIXA:
1) Martyrs Of The Lower Middle Class. O álbum inicia com uma faixa bem folk, mas bastante embalada. O destaque está nas frases do mandolin e no refrão, bem sing-a-long, existindo um bom desenho melódico da voz.
2) Nostravia. Esta lembra bastante Gogol Bordello, uma composição com um ar mais "cigano", existindo a inclusão da famosa linha de baixo "batatão", muito comum em bandas de baile! Sendo o grande destaque a inclusão do acordeon e o refrão, principalmente nos contracantos. A faixa possui um bom embalo, sendo o refrão relativamente veloz.
3) New Revolution. A faixa mais punk rock até aqui, bem característica do street punk, embalada, mas não muito veloz, com refrão em coro e harmonia típica do punk rock. O destaque está no trabalho de dinâmica e no refrão.
4) Honor. Esta é a faixa mais veloz até então, sendo a faixa de trabalho do álbum, já que possui videoclip de divulgação. Um videoclip bem interessante, com o grupo tocando em uma festa de aniversário de criança, fantasiados, e sempre estragando a diversão! É uma ótima composição, com ótimo arranjo, veloz e um bom desenho melódico, sendo o destaque a frase do mandolin.
5) Whiskey And Gin. Considero esta a melhor faixa do álbum! Possui uma harmonia bem comum, mas com um excelente trabalho de dinâmica e um ótimo refrão. Ela lembra bastante Social Distortion. A faixa possui um certo embalo, embora não muito veloz, sendo o desenho melódico da voz e o trabalho de dinâmica os grandes destaques.
6) Self Deprecated. Outra faixa que lembra bastante Social Distortion, esta mais alegre, em modo Maior, não muito veloz, mas bastante embalada e com um bom trabalho de dinâmica, embora não muito exagerado. O refrão mais embalado e solto, com a inclusão de um acordeon.
7) Captains Of The Industry. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Ela possui uma excelente frase do acordeon, existindo um bom trabalho de dinâmica, sendo a parte B sensacional, já mais veloz e embalada, possuindo um bom desenho melódico da voz.
8) Never On The Mend. Outra faixa que considero das melhores do álbum, possuindo um excelente riff de guitarra e, talvez, sendo a faixa mais veloz do álbum. O grande destaque está na velocidade, riff de guitarra e as frases do acordeon, possuindo um refrão bem sing-a-long.
9) Don't Call Me A Liar. Outra faixa bem veloz e embalada, lembrando bastante as bandas de punk rock dos anos 90, como Guttermouth ou Bad Religion, sendo o grande destaque, além do embalo, o refrão, mais uma vez, bem sing-a-long.
10) Cold Outside. Considero esta a segunda melhor faixa do álbum, sendo o grande destaque a própria composição, com excelente harmonia e, principalmente, desenho melódico da voz. O trabalho de dinâmica também merece destaque. É um punk rock folk, sendo bem evidente os dois gêneros.
11) Liquor Store. Esta é a faixa mais folk do álbum, também a única com um compasso composto (6/8). Ela inicia de maneira acústica, com violão, voz e acordeon. Uma composição bem ao estilo "hino", ideal para tomar cerveja no bar! Uma boa escolha para finalizar o álbum!
Ouça o álbum e tenha honra!

sábado, 22 de agosto de 2020

Kill Your Idols - This Is Just The Beginning (1998)

GÊNERO: Hardcore Old School
ORIGEM: EUA (Long Island / Nova York)
FORMAÇÃO:
Andy West (Vocal)
Gary Bennett (Guitarra)
Paul Delaney (Baixo)
Jim Conaboy (Bateria)
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Este é o segundo Ep lançado pelo grupo, antes do primeiro álbum, através do selo Blackout!, e foi gravado no estúdio Creep House. É um ótimo Ep, com músicas embaladas e velozes, geralmente com pouca duração. Muita energia pra compensar a pouca técnica, porém tudo está no lugar, bem encaixado, ensaiado e arranjado. Embora eu tenha classificado como hardcore old school, o Ep tem muita influência do característico hardcore nova iorquino, bem como pitadas de street punk e punk rock dos anos 90, lembrando os trechos mais hardcore de bandas como Choking Victim ou Against All Authority. O vocal parece um pouco forçado, mas não muito, lembrando bandas como Madball ou até os primeiros do Agnostic Front.
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FAIXA A FAIXA:
1) Can't Take It Away. O Ep inicia com uma das faixas que considero das melhores. Embalada e veloz, o destaque está na progressão harmônica, com trocas bem rápidas, e no arranjo do refrão, com frequentes pausas.
2) Falling. Outra faixa que considero das melhores do Ep! Esta já soa mais como uma banda de punk rock dos anos 90, embalada e veloz, sem muita frescura, sendo o grande destaque a parte A, principalmente devido à progressão harmônica, com eventuais intervalos de terça, mas também pela execução vocal.
3) See Through You. Esta já soa mais um hardcore old school, veloz, sem muitos detalhes no arranjo, e bem embalada! Uma composição característica do gênero, existindo um trecho mais cadenciado no final que lembra as bandas de hardcore de Nova York.
4) Enjoy The Show. Outra faixa bem hardcore old school, com a harmonia bem simples, o grande destaque está no refrão, com os acentos marcados em conjunto entre os instrumentos. Com um arranjo bem trabalhado, existem eventuais variações de cadência no decorrer da faixa.
5) ...Just The Beginning. Esta sim é um hardcore old school clássico! Veloz, embalada, com apenas parte A e B, sem introdução ou ponte! O destaque está no embalo e energia, bem como as trocas rápidas de acordes.
6) I'm Still Here. Ótima composição, principalmente devido à progressão harmônica da parte A. Bastante veloz e embalada, a composição possui um trecho mais cadenciado no final, característico das bandas de hardcore de Nova York.
7) Epilogue. Considero esta a melhor faixa do Ep! Não é das mais velozes, mas possui uma ótima progressão harmônica, com um excelente arranjo e intenção, sendo o destaque o refrão, bem sing-a-long e com ótima execução.
8) Shits Creek. Esta faixa é a que mais se assemelha ao hardcore nova iorquino, iniciando de maneira cadenciada, mas, logo em seguida, surge a velocidade e o embalo, típicos das bandas de Nova York na década de 80.
Ouça o Ep e perceba que isto é apenas o começo!

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Kick Axe - Vices (1984)

GÊNERO: Glam Metal
ORIGEM: Canadá (Regina / Saskatchewan)
FORMAÇÃO:
George Criston (Vocal)
Larry Gillstrom (Guitarra, violão)
Raymond Harvey (Guitarra, violão 12 cordas)
Victor Langen (Baixo)
Brian Gillstrom (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Pasha, e foi gravado no estúdio Pasha Music House. Este é um bom álbum, sendo o mais famoso e conhecido do grupo, chegou a ficar na posição 126 da Billboard, em 1984. O álbum soa como uma mistura de Quiet Riot com Judas Priest, além de pitadas de Kiss e Krokus! As faixas não são muito velozes, mas, na maioria delas, possuem bom embalo. É bem uma mistura de glam com heavy, mas ainda acho que soa mais glam. O destaque está nos riffs de guitarra, embora o vocal mereça destaque, também. Bem característico dos sons da época, existindo uma faixa com videoclip de divulgação. A arte da capa ficou por conta de Dario Campanile.
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FAIXA A FAIXA:
1) Heavy Metal Shuffle. Considero a faixa de abertura uma das melhores do álbum. Não muito veloz, mas com um excelente riff de guitarra, bem como um bom refrão, bem sing-a-long. O destaque está nos riffs de guitarra, embora o vocal também mereça atenção.
2) Vices. A faixa que dá nome ao álbum possui um arranjo e intenção bem peculiares, existindo pouca presença dos pratos, o pulso bem marcado e muitos riffs de guitarra, que são o destaque da composição. Boas intenções e pouca velocidade, mas uma boa faixa.
3) Stay On Top. A faixa inicia com uma excelente harmonia executada pela guitarra. São apenas 3 acordes, mas é uma excelente progressão! O baixo pedal marcando o pulso em conjunto com a bateria mantém um clima bastante interessante. O destaque está no refrão.
4) Dreamin' About You. Esta é a balada do álbum! Uma boa composição, com um bom dedilhado de violões e um excelente desenho melódico da voz, que é o grande destaque da composição junto com a intenção. O trabalho de dinâmica, refrão e eventuais riffs de guitarra também merecem atenção.
5) Maneater. A faixa mais pesada do álbum até então! Inicia com um ótimo riff de guitarra e, mais uma vez, o pulso bem marcado pelo baixo e bateria. O refrão não chega a ser ruim, mas não possui nada de mais, sendo o destaque os riffs de guitarra.
6) On The Road To Rock. Esta é a faixa de trabalho do álbum, possuindo videoclip de divulgação. É um bom clipe, com a cara dos anos 80, o qual onde o grupo passa, eles convertem as pessoas a virarem roqueiras! Mais uma composição bem característica da época, com baixo pedal, bateria marcada, com um bom desenho melódico da voz e bom timbre das guitarras.
7) Cause For Alarm. Esta é a faixa mais veloz do álbum, e a considero uma das melhores! Possui um bom embalo e intenção, além de possuir um bom refrão, bem heavy metal. Sem muitos riffs, o destaque está mesmo no embalo e no refrão.
8) Alive And Kickin'. Outra boa composição, com um bom arranjo, harmonia pausada e pouca velocidade e embalo. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, mas ainda assim é uma boa composição.
9) All The Right Moves. Considero esta a melhor faixa do álbum, com um bom embalo, apesar de não muito veloz, com ótimos riffs de guitarra e um excelente refrão, que, aliás, é o grande destaque da composição, com uma excelente harmonia e melodia.
10) Just Passin' Through. O álbum finaliza com outra faixa que possui excelentes riffs de guitarra, que são o grande destaque da composição, embora o desenho melódico tenha seu valor, também. Refrão sing-a-long, esta é bem glam metal.
Ouça o álbum e conheça os vícios!

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Kemuri - Along The Longest Way... (1998)

GÊNERO: Ska Core
ORIGEM: Japão (Tóquio / Kanto)
FORMAÇÃO:
Fumio Ito (Vocal)
Ken Kobayashi (Saxofone)
Ryosuke Morimura (Trompete)
Muscle - Akihito Masui (Trombone)
Hidenori Minami (Guitarra)
Noriaki Tsuda (Baixo)
Shoji Hiraya (Bateria)
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Este é o segundo single lançado pelo grupo, após 1 álbum de estúdio, através do selo Roadrunner, e foi gravado no estúdio Blasting Room. É um bom single, possui uma faixa inédita e uma faixa bônus, além de mais duas faixas que estão presente no segundo álbum do grupo. É um ska core com influências de pop punk, lembra bastante Less Than Jake! Duas faixas são ska core, uma é um pop punk e outra é um ska! Bons arranjos de sopros, embora pouco criativos, executando as frases, muitas vezes, em uníssono, com ótimo ritmo, boas frases do baixo e boa execução harmônica pela guitarra. O vocal parece forçar um pouco a voz, não soando natural a execução das notas. As composições são alegres e bem executadas, com uma boa mixagem. Destaque para o naipe de sopros.
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FAIXA A FAIXA:
1) Along The Longest Way.... Esta faixa está presente no álbum que viera a ser lançado no mesmo ano deste single. É a faixa pop punk do single! É uma boa composição, com um bom embalo, eventuais notas no naipe de sopros, um bom desenho melódico da voz. O arranjo está no embalo e nos eventuais arranjos do naipe de metais.
2) Birthday. Considero esta a melhor faixa do single! Também presente no segundo álbum do grupo, esta é um legítimo ska core, com todos elementos característicos do gênero. Esta é, também, a faixa mais veloz do single, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo para o naipe de metais.
3) Deepest River. Esta é a faixa inédita. Uma boa composição, também um ska core bem característico, porém não muito veloz e com refrão cadenciado. Bons arranjos de sopro, apesar de simples, sendo o destaque o trabalho de dinâmica.
4) Bonus Track. A faixa bônus é um ska! Poderia muito bem ser confundida com uma composição da década de 60! Um grupo dos anos 90 gravando uma composição que soa como as da década de 60 do gênero. Instrumental, o destaque está no solo de trompete e arranjo do naipe de sopros.
Ouça o single pelo caminho mais longo!

domingo, 9 de agosto de 2020

Kamenish - Aunque Parezca Utopía (2005)


GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Argentina (Mar Del Plata / Buenos Aires)
FORMAÇÃO:
Cristian (Vocal)
Fabian (Guitarra)
Gustavo (Baixo)
Sebastian (Bateria)
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Este é o segundo, e último, álbum lançado pelo grupo, de maneira independente. É um bom álbum, com composições arranjos bem criativos que, apesar de eu ter classificado como punk rock, possui inúmeras influências e, muitas vezes, estas influências diferentes acontecem ao mesmo tempo! É um punk rock com tendências anarquistas, mas que possui influência de street punk, skate punk, hardcore, hardcore old school, bem como outros ritmos. O baixo usa uma distorção, o que deixa o timbre bastante interessante, mas o grande destaque está no arranjo e sua criatividade. As músicas não são das mais velozes, mas, geralmente, são bem embaladas.
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FAIXA A FAIXA:
1) Prensa Amarilla. O álbum inicia com uma excelente composição. A harmonia parece com Alice Donut, porém a bateria tem influência de ska, isso na parte A, já na parte B, a caixa é dobrada, existindo eventuais riffs de guitarra como ponte.
2) Perfectos No. Esta faixa inicia mais lenta que a anterior, mas também possui um ótimo arranjo, mais intimista, com um bom trabalho de dinâmica. O refrão é bem sing-a-long, apesar de curto. Após o refrão a faixa acelera, se tornando um punk rock bem elementar.
3) Tristes Marionetas. A faixa inicia com a guitarra executando uma nota, quase que de maneira hipnotizante, junto surge o baixo distorcido. O destaque está no refrão e seu arranjo, embora a parte A seja bem interessante também. Não muito veloz mas bem embalada.
4) Vigilar Y Castigar. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Possui um excelente arranjo, com bastante uso de efeitos, principalmente na guitarra. Um punk rock que foge do padrão do gênero, existindo uma boa frase da bateria na parte A. O destaque está na intenção da composição e seu arranjo.
5) Aunque Parezca Utopía. Esta é a faixa mais veloz e mais punk do álbum. Sem muitos detalhes, é um arranjo bem cru, embalado do início ao fim, com uma boa harmonia no refrão, que, aliás, é o destaque da faixa.
6) Falsa Union. A faixa possui uma introdução bem interessante e intimista, com um bom arranjo, porém, logo após, o punk rock começa, e ela se torna uma composição bem trivial, sem nada de especial, apesar de ser uma boa composição, bem embalada, existindo um trecho cadenciado.
7) Grita Mas Fuerte. A faixa inicia com um bom arranjo de baixo, porém não dura muito, quando a guitarra aparece, o destaque fica no arranjo da bateria, bastante tribal, com frequentes frases. O destaque é justamente a bateria. Esta já soa mais hardcore.
8) Odio Muerte Y Un Poder Torturador. Considero esta a melhor faixa do álbum! Extremamente criativa, com um excelente arranjo, ótimo trabalho de dinâmica e o curioso compasso ternário! O grande destaque está no refrão, mas o arranjo também merece destaque.
9) Resignacion. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores. Um ótimo embalo, com certa velocidade, e com uma boa frase da guitarra, esta soa bem skate punk. O destaque está, justamente, na frase da guitarra na parte A.
Ouça o álbum, embora pareça utopia!

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Just Another Burp - Tropical Core (2007)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Itália (Reggio Emilia / Emilia Romanha)
FORMAÇÃO:
Ciga - Stefano Cigarini (Vocal, guitarra)
Skeggia - Marco Bagni (Guitarra)
Dimitri - Lorenzo Boschini (Baixo)
Dani - Daniele Corghi (Bateria)
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Este é o primeiro Ep, e primeiro trabalho, lançado pelo grupo, de maneira independente, embora três anos mais tarde tenha sido lançado pelo selo Bells On, e foi gravado no estúdio Demira. É um ótimo Ep, a velocidade é a marca principal, já que não existe nenhuma faixa mais lenta. Lembra muito as bandas de hardcore melódico dos anos 90, lembra um pouco Strung Out, com exceção do vocal, este sim soa mais "moderno", com um vocal mais "chorado" e com influências de emo core. Os músicos não são muito técnicos, porém tudo está no lugar, bem redondinho e bem executado, sendo o grande destaque as próprias composições, com eventuais arranjos e ideias de dinâmica. O instrumental é excelente, o vocal poderia ser diferente, menos chorado e moderno, mas, mesmo assim, nada que estrague a qualidade do Ep! Os arranjos de guitarra também merecem destaque.
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FAIXA A FAIXA:
1) Nightmare. O Ep inicia com a faixa que considero a melhor! Bastante velocidade, com dois timbres de voz, um mais limpo e outro mais gritado. O arranjo possui eventuais trechos bem pensados, sendo o destaque a velocidade e embalo.
2) The Real War-Id. A faixa inicia com um bom riff de guitarra, possui um bom embalo, é veloz, mas o desenho melódico da voz não ajuda muito, além de possuir um refrão bem alegre. É uma ótima composição, sendo o destaque a velocidade e embalo.
3) Wonder Why. Outra faixa que inicia com um bom riff de guitarra, porém, logo em seguida, a velocidade e o embalo surgem. A faixa com o arranjo mais bem trabalhado até então, com destaque para as guitarras. O desenho melódico da voz é o ponto fraco da composição, mas, que ainda assim, é uma ótima composição.
4) Against Your Illusions. A faixa mais pesada do Ep, com um vocal bem gritado e com muita expressão, possuindo pitadas de power violence. O refrão é que prejudica a composição, justamente devido à voz, bastante melosa e chorada. O destaque está na parte A, sem dúvida, muita velocidade, energia, embalo, e um bom arranjo de guitarra.
5) Knowtorious. Outra ótima composição, com um excelente trabalho de dinâmica. Mais uma vez o embalo e velocidade estão presentes, existindo um bom arranjo, talvez o melhor arranjo de todas as faixas do Ep, sendo o grande destaque o trabalho de dinâmica.
6) Iguana. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, principalmente devido à voz, a menos "chorada" de todo Ep, com um excelente arranjo de guitarra, principalmente nos preenchimentos dos espaços. Embalo e velocidade presentes, mesmo existindo um trecho mais cadenciado. Destaque para o arranjo, em especial da voz e guitarra.
7) Breathless. O Ep finaliza com outra ótima composição, não tão veloz, mas bem embalada, porém o refrão possui um vocal bem chorado e alegre, o que acaba baixando a qualidade da música, mas, ainda assim, uma excelente faixa!
Escute o Ep e conheça o núcleo tropical!