sábado, 30 de dezembro de 2017

Autopilot Off - Looking Up (2000)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: EUA (Goshen - Orange / Nova York)
FORMAÇÃO:
Chris Johnson (Vocal, guitarra)
Chris Hughes (Guitarra)
Rob Kucharek (Baixo)
Phil Robinson (Bateria)
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Este é o primeiro álbum do grupo, lançado, após um Ep, pelo selo Fueled By Ramen. Este álbum tem uma história interessante. O grupo, que existe desde 1996, começou sob o nome de Cooter, inclusive este mesmo álbum foi primeiramente lançado em 1999, pelo selo Fastmusic, sob o nome de Cooter. O videoclip finaliza com créditos a Cooter também, enfim, este era o nome do grupo, porém após o lançamento do álbum, em 1999, uma banda de punk rock do Mississippi, chamada The Cooters, reivindicou os direitos pelo nome. O grupo não esquentou e decidiu trocar o nome para Autopilot Off, porém o selo quis comprar a briga, então o grupo resolveu lançar o álbum novamente em 2000, a mesma capa, as mesmas gravações, a mesma ordem das músicas, ou seja, tudo igual, exceto pelo nome do grupo que agora havia trocado. Como a gravadora estava entrando com as questões jurídicas, o grupo lançou o álbum por outro selo, o Fueled By Ramen. Resumo da história, o selo Fastmusic perdeu no tribunal e o grupo trocou de gravadora em 2002, após o término do processo. Então, este álbum possui duas versões: a Cooter e a Autopilot Off! O som é um hardcore melódico ao estilo Goldfinger, MxPx, e Diesel Boy, tem um flerte bem forte com o pop punk, tanto que metade das músicas do álbum são hardcore e outra metade pop. Não seria nenhum exagero chamá-los de pop punk! De qualquer forma, vale a pena conferir, pois as metade acelerada é muito boa e a metade lenta não chega a ser tão horrível assim!
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FAIXA A FAIXA:
1) Missing The Innocence. O álbum começa com uma música bem pop, lenta e alegre, estilo teenager sessão da tarde! É bacana, mas muito pop, lembra bastante Goldfinger, as mais pop's! Não é de todo ruim, mas longe de ser boa.
2) Full House. Eis aqui uma das melhores faixas do álbum: veloz e com um bom arranjo, principalmente das guitarras, a música ainda conta com uma introdução bem interessante. Com certeza o grande destaque está no embalo e na velocidade, que só murcha no final. Vale a pena conferir!
3) Looking Up. Música que dá nome ao álbum, esta é mais uma música pop. Não tanto como a primeira, mas ainda assim, bem pop. Ela melhora no refrão, mas nada de mais. De qualquer forma, é uma boa música de se ouvir!
4) Bite My Nails. Muito boa a faixa, também uma das 6 melhores! Veloz e com uma frase de guitarra bem interessante, ela só perde o gás no refrão, o que faz com que ela não seja das principais faixas do álbum, ainda assim é uma boa música para se entrar no mosh pit!
5) Dawn To Dusk. Considero esta uma das três melhores faixas do álbum. Veloz do início ao fim, ela tem uma boa melodia e um bom arranjo, talvez a música mais parecida com MxPx do álbum. Realmente muito boa, vale a pena conferir, nada de mais tecnicamente, mas bastante embalo.
6) Underrated. Outra faixa mais na manha. Lenta, mas com um embalo razoável, o que não a deixa tão pop como as anteriores, embora o refrão tenha um apelo bem comercial! Não gosto muito desta faixa, mas não chega a ser ruim.
7) Walk On Water. Outra das faixas boas e velozes! Também considero esta uma das melhores do álbum, provavelmente a mais veloz de todas, embalada quase que do início ao fim, sofrendo uma cadenciada apenas no final. Realmente vale a pena conferir, excelente composição!
8) Friday Mourning. Esta é outra faixa mais pop, mais lenta, porém com um embalo bem interessante e uma melodia tão interessante quanto, o que a torna uma música bacana de se ouvir. Existem bons arranjos no decorrer da faixa, apesar de nada de mais tecnicamente.
9) Pivot. Com certeza a melhor faixa do álbum. Veloz do início ao fim, ótima frase da guitarra, com uma excelente melodia, em especial no refrão, o qual é valorizado com a progressão harmônica. Excelente composição, com certeza o álbum vale a pena só por esta faixa, não deixa de ouvi-la!
10) Something For Everyone. Esta é a música de trabalho do álbum, já que possui videoclip de divulgação. Não é pop, esta é mais punk rock, mas sem um apelo comercial, lembra bastante bandas como Bouncing Souls ou H2O. O clip é bem interessante, o grupo está tocando no meio de um ginásio com skatistas andando em sua volta em obstáculos e rampas montadas, vale a pena conferir!
11) Pin The Tail On The Donkey. Esta é a última faixa veloz do álbum, porém com um apelo mais pop que às anteriores, principalmente devido à cadenciada que existe no refrão, mas mesmo assim não deixa de ser uma das 6 melhores do álbum!
12) Sleeptight. Última faixa do álbum, esta também é mais lenta, mas também mais punk que pop, o que a deixa uma música boa, nada de mais, mas nada de menos! Não tem aspecto de música de final de álbum, mas acho que nenhuma outra ficaria melhor como última faixa!
Escute o álbum que foi lançado duas vezes sob a condição de dois nomes de artistas diferentes e sinta a vontade para curtir um show!

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Attaque 77 - Radio Insomnio (2000)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Argentina (Buenos Aires / Distrito Federal)
FORMAÇÃO:
Ciro Pertusi (Vocal, guitarra)
Mariano Martínez (Guitarra)
Tucan - Martín Bosa (Teclado, piano, sintetizador)
Luciano Scaglione (Baixo)
Leo De Cecco (Bateria)
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Este é o oitavo álbum de estúdio, nono da carreira do grupo, lançado pelo selo BMG Ariola. É uma banda icônica do punk rock do país, porém considero este álbum bastante fraco, existindo 2 músicas realmente boas, 3 mais ou menos e outras quase ruins ou ruins! Como toda banda de punk rock da Argentina que se preze, a semelhança com Ramones sempre está presente, porém parece que aqui escolheram as músicas mais lentas do grupo para se inspirar! O álbum conta ainda com um cover e foi lançado por vários selos em diferentes países. É um álbum que se deve ouvir por respeito, mas não vá com muita sede ao pote, pois senão pode se decepcionar! O interessante é que é um álbum que possui uma concepção: uma rádio mundial que sintoniza no dial 77! Bem interessante a ideia, ainda mais que entre as faixas se ouve um suposto locutor de rádio de diferentes países anunciando a música a seguir. O álbum possui as participações de Reinaldo Maceo e Julio Pino no violino, José Martínez na viola, e Joaquín Ruíz no violoncelo.
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FAIXA A FAIXA:
1) Radio Insomnio. A primeira faixa é apenas uma introdução, como se fosse o começo do programa de rádio, uma apresentação.
2) Cosas Que Suceden. Sem sombra de dúvidas a melhor música do álbum. Realmente boa, não muito veloz, mas com uma energia que não se percebe nas demais faixas do álbum. O teclado dá um brilho a mais e a melodia em bloco das vozes no final da faixa é o grande destaque do arranjo. Realmente vale a pena ouvi-la.
3) Canción Inútil. Uma das músicas mais ou menos! Não é uma música ruim, mas também não é das mais empolgantes. O violão faz com que a faixa se torne mais fraca, mais pop. Mas tem uma levada interessante, que acaba tornando-a uma música bacana.
4) Autoestigma. Esta é mais pop, com contracantos e lá-lá-lás que evidenciam esta característica. Parece música de uma banda do anos 60 de yeah-yeah-yeah, à la Beatles! Não gosto muito, mas o refrão lembra um pouco de Ramones!
5) El Ciruja. Esta é a segunda melhor música do álbum. O teclado dá um clima introspectivo para a composição, que começa em um clima bem sombrio, aliás, a introdução é a melhor parte da música, me lembra bastante o álbum All By Myself do Rikk Agnew! Este clima não se mantém, mudando a ideia após a entrada da voz. De qualquer forma, vale a pena conferir esta faixa!
6) Vacaciones Permanentes. Uma das piores músicas do álbum, lenta e com nada de interessante. O teclado, que na faixa anterior foi destaque positivo, nesta é um destaque negativo, acaba estragando mais ainda a faixa. Não vale a pena ouvi-la!
7) Caballito De Hierro. Esta é outra das mais ou menos do álbum. Ela tem um ar de lamentação que dá toda intenção da composição. É possível perceber o clima intimista dos músicos no momento de gravá-la. Vale a pena conferir!
8) El Pobre. Uma das músicas de trabalho do álbum, possuindo, inclusive, videoclip. É uma música lenta, mas que lembra bastante as bandas de punk rock britânicas. Quase uma balada. Não me agrada, mas não chega a ser ruim. Boa melodia e bem punk rock, quase que de cartilha!
9) Beatle. Outra música de trabalho do álbum que também tem videoclip. Como o nome já diz, esta música se parece muito com Beatles, o que, ao meu gosto, automaticamente se torna uma música ruim. O violão ajuda a piorar a faixa que, como já disse, se parece muito com Beatles.
10) El Camino. Estamos dentro de uma seqüência ruim do álbum, talvez a pior, mesmo que esta é a faixa que tem o arranjo dos instrumentos de arco. Outra música ruim, lenta e depressiva, uma balada para cortar os pulsos, com o violão ajudando a piorar a faixa, que é realmente ruim, não aconselho ninguém a ouvir.
11) Debilitándonos. Outra faixa bem ruim. Na verdade esta tem características de pós punk, um pop pós punk, na verdade! Lenta e depressiva, mas com o instrumental que tenta contrapor a esta tendência. Realmente ruim, não aconselho a ouvir!
12) Silent Hill. Aqui já melhora um pouco, mas não muito! Lembra um pouco música de natal, mas algumas variações. Música de natal punk rock! Não é das melhores, mas não chega a ser ruim, nada de mais!
13) Resistiré. Esta faixa é um cover. A música foi composta por José Luis Campuzano, Armando De Castro, Carlos De Castro, e Carolina Cortés, gravada originalmente em 1982 pelo grupo Barón Rojo. Na verdade é uma nova versão, pois não se parece em nada com a original. De um heavy metal a um reggae, simples assim. Bem criativo, vale a pena conferir para quem tem conhecimento da versão original.
14) Jodie. Esta música foi composta pelo antigo baixista do grupo e quem assumiu os vocais foi Mariano Martínez, mas mesmo assim é uma música bem fraquinha. Lembra as baladas do Ramones! Não me agrada muito, mas não chega a ser insuportável.
15) Espiral De Silencio. Esta música já é mais embalada, mas também não considero das melhores, ainda é muito alegre, porém já melhora bastante! Nada de mais, uma música trivial, mas bacana, interessante, não mais do que isso.
16) Nuestros Años Felices. A outra música mais ou menos do álbum, mas esta é quase boa! Creio ser esta a faixa mais parecida com Ramones de todo o álbum. Acho bem interessante esta composição, principalmente devido ao seu final, se tornando a música ideal para finalizar o álbum, já que o jogo de vozes e a harmonia nos remetem a isso.
Confira a rádio mundial sintonizada no 77 de seu dial, mesmo sendo este um disco lento, e curta uma das bandas referência do gênero no país sul americano!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Atrack - Situações Criadas Por Você (2003)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Brasil (Porto Alegre / Rio Grande Do Sul)
FORMAÇÃO:
Felipe Lazzari (Vocal)
Geison (Guitarra)
Luciano (Guitarra)
Carlos Martins (Baixo)
Moskito - Diego Fonseca (Bateria)
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Este é o segundo álbum do grupo, lançado pelo selo Orphan após 1 álbum e 3 demos. Fui o responsável por gravar as linhas de baixo para este álbum. Foi uma época em que fizemos muitos shows e, na minha opinião, é o melhor álbum da carreira do grupo, o mais hardcore apesar de ter algumas faixas mais pop. No mais é um álbum que alterna uma música veloz e uma mais lenta e pop. Eu gostava mais de tocar as músicas velozes, o que é perceptível pela construção do arranjo. Gravamos no estúdio 1000. Era bacana tocar com a banda nesta época: muitas risadas e histórias para contar! Vale a pena ouvir o álbum!
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FAIXA A FAIXA:
1) Mau Tempo. O álbum inicia com o som de uma caixinha de música e logo após entram os instrumentos. Me lembro que a primeira vez que ouvi a música, a introdução me lembrava muito a música do programa infantil Disney Club que passava no SBT anos antes da gravação do álbum. Era a minha referência! Talvez esta seja a única faixa mais pop do álbum em que acabei trabalhando bem as linhas de baixo. Realmente gostava de tocar esta música nos shows, bem divertida!
2) Carapuça. Uma das melhores do álbum na minha opinião. Lembro do Felipe dizer que esta música foi endereçada à alguém. Ainda lembro-me quem, mas não cabe dizer aqui! É uma música veloz, mas que possui trechos cadenciados, variando bastante a dinâmica da música. Gostava de tocar esta faixa, tanto que creio ter preenchido bem os espaços. Até slap cheguei a usar no início e no final da música. Vale a pena conferir!
3) 18 Anos. Outra faixa mais pop. Não era das minhas preferidas, mas também não achava das piores. Era legal tocar, fiz o arranjo com bastante legato, o que era divertido tocar! Como não era das minhas músicas preferidas, não me puxei muito no arranjo!
4) Vício Democrático. Também conhecida como a música do tã! Lembro-me de chamá-la de tã por causa do início: "aquela que começa com tã..." e acabou pegando o apelido! Considero a melhor música do grupo em toda carreira, era minha música predileta para tocar, percebe-se pelo arranjo que está bem trabalhado. No palco eu ia à loucura tocando esse som, era muita energia! Não deixe de ouvir!
5) Morrendo. Também conhecida como a música do Cláudio! Não me perguntem por quê, até hoje não descobri, aliás, nem sei se existe algum Cláudio! Isso foi coisa do Felipe! Era a música que me lembrava do CPM 22, pois a harmonia é igual à Regina Let's Go!. Não achava das melhores, mas gostei do arranjo que criei, era divertido tocar, nada de especial, mas bem desenhado.
6) Estressado. Com certeza uma das melhores do álbum e do grupo. Creio ser esta a música mais pesada do grupo, realmente excelente! Me lembro de ter me surpreendido quando o Felipe apresentou-a, não tinha nada a ver com as demais músicas do grupo. Como adorava tocar esta música, criei uma linha que adorava executar, e, talvez, a linha de baixo mais difícil de tocar de todas que criei para o álbum, muito em função da velocidade. Nos shows era ainda mais rápido! Culpa do Moskito!
7) Jane Lee. Acho esta a pior música do álbum, mas foi a faixa que foi escolhida para gravar um videoclip, lembro de ter discutido bastante para que escolhêssemos outra música para o clip, mas não teve jeito! Aliás, passei meu aniversário de 23 anos gravando este clip, já que foi gravado no dia do meu aniversário, 29 de Maio. A grua que tinha para gravar foi surpreendente, mesmo sendo uma grua pré-histórica! Fiz uma linha bem simples, porém marcante.
8) Dezembro. Sempre gostei muito de tocar esta música e se tem alguma coisa que não consegui engolir até hoje foi o fato de nunca termos tocado esta música ao vivo. Como ela é longa, o Moskito cansava bastante e era o primeiro a dizer para não colocá-la no set list. A introdução do baixo foi feita de qualquer forma no estúdio, se não me engano em um que tinha em frente ao estádio Beira-Rio, quando o Felipe disse: "faz uma introdução para esta música", então fiz isso que vocês ouvem no álbum! O que saiu na primeira ideia que tive foi a que se manteve!
9) Anfetamina. Não criei nenhuma linha para esta música, pois esta é uma música que já havia sido gravada na demo Histórias Da Vida In Geral, porém com outro nome e outra letra. Quis ser fiel à versão original, por isso não me puxei. É uma música bacana, mas longe de ser das melhores!
10) Atrack. Outra música que me surpreendeu bastante quando apresentada, muito pesada, quase um Nu Metal em algumas partes, não lembra em nada as demais músicas do grupo. Realmente muito boa faixa. Não me puxei muito no arranjo, pois a música por si só já tem uma pegada bem veloz e furiosa, embora acredito ter preenchido bem alguns espaços, além de incluir o uso do slap na introdução. Vale a pena conferir!
11) Longe Da Califórnia. Esta foi a última música a ficar pronta para o álbum, aliás, ela ficou pronta uma semana antes da gravação, e como não pude ir nos últimos ensaios, nunca tinha tocado a música do início ao fim. O trecho a partir do reggae foi feito no estúdio no dia da gravação. Foi a única música que pedi para tocar uma vez junto com a guia antes de gravar, já que não sabia como finalizava! Ouvindo depois de pronto, achei que poderia ter ficado melhor, mas valeu, já que foi de primeira!
12) Andando Na Praia. Outra música da demo Histórias Da Vida In Geral. Não criei um arranjo muito trabalhado por tentar ser fiel à versão original. Uma boa música para finalizar o álbum. Nada de especial, mas bacana!
Ouça Situações Criadas Por Você e curta a banda em seu melhor momento!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Atavistic - Life During Wartime (1987)

GÊNERO: Crust Core
ORIGEM: Inglaterra (Whitstable - Kent / South East)
FORMAÇÃO:
Jeremy Upcroft (Vocal, guitarra)
Patrick McKernan (Baixo)
John Brenchley (Bateria)
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Este é o segundo Ep do grupo, lançado pelo selo Peaceville, sendo então seu terceiro trabalho, já que além dos dois Ep's, ainda tinham uma demo lançada um ano antes. Classifiquei-o como crust, mas tem fortes tendências de D-Beat. Já imaginou o que surigiria de uma mistura de Extreme Noise Terror, English Dogs, e Napalm Death (Era Scum)?! E se ainda tivesse pitadas de Anti Cimex e Cryptic Slaughter?! Pois não precisa imaginar, basta ouvir o Ep! É bem essa análise que faço, sendo o English Dogs, relacionado muito devido ao timbre da guitarra, muito semelhante. É um som veloz e com muita energia, que acaba suprindo muito bem a falta de técnica dos integrantes, embora não sejam maus músicos. Vale a pena ouvir este petardo inglês!
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FAIXA A FAIXA:
1) A Question Of Priorities. O Ep começa com sons muito semelhantes à música concreta, para logo em seguida vir o petardo! Uma música veloz, e talvez a mais D-Beat do álbum. É o embalo típico do gênero com riffs rápidos, uma das melhores do Ep, vale a pena conferir!
2) Creatures Of Habit. Esta é, na minha opinião, a melhor faixa do Ep, veloz e iniciando com uns legatos na guitarra, ela se mantém enérgica do início ao fim, este ao qual ainda é com a caixa da bateria dobrada o tempo, se assemelhando mais a um crust. Excelente faixa!
3) Liberty For Whom?. Esta música é bem crust, com exceção da introdução, as demais partes da música são bem características do gênero. Talvez a faixa que menos me agrada no Ep, mas ainda assim é uma boa música.
4) Survival Of The Fittest. Outra música bem crust, mas já com uma pegada mais metal. Excelentes riffs de guitarra no seu início, quando entra a voz, o blast beat entra em ação! Música veloz com delay na voz!
Ouça o segundo Ep do grupo e confira se a mistura das bandas mencionada antes se confirma!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Astro Zombies - Are Coming... (1997)

GÊNERO: Psychobilly
ORIGEM: França (Dijon / Bourgogne Franche Comté)
FORMAÇÃO:
Christophe Bobby Bourgeade (Vocal, guitarra)
Bassou - Laurent Abry (Baixo acústico)
Gaybeul - Fabrice Gualdi (Bateria)
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Álbum de estréia do grupo lançado pelo selo Banana Juice. É um psychobilly que flerta com o rockabilly e com o western. O vocal é grave e usa eventuais drives, geralmente quando quer atingir notas mais agudas, além de ter bastante reverber, assim como a guitarra que tem um drive leve e algum delay, existindo eventuais trêmulos executados com a alavanca. Não tem nada de mais em relação à parte técnica, sendo o destaque os fraseados da guitarra. Lembra um pouco de Coffinshakers com Reverend Horton Heat. Muito boa a banda, vale a pena ouvir! O álbum ainda conta com um cover!
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FAIXA A FAIXA:
1) The Astro Zombies Are Coming. A faixa de abertura é instrumental e possui uma introdução que provavelmente é do filme de 1969 homônimo. É uma excelente música para abrir o álbum, com a harmonia típica de rockabilly, mas com um ar tenso, de suspense. Destaque para a levada na caixa da bateria. Vale a pena conferir!
2) The Devil On Arrival. A música começa no mesmo clima da anterior, apesar de mais embalada, porém aqui temos a presença da voz. Muito boa composição, com frequentes pausas e trabalhos de dinâmica que fazem toda a diferença. Uma das melhores do álbum.
3) Magnetic Man. Excelente introdução, porém depois ela se torna um rockabilly. Lembra bastante Reverend Horton Heat. É bem rockabilly, mas com um ar tenso! Vale a pena conferir.
4) Love You So. Uma introdução bem jungle, com frases da bateria bem tribais, que se completa perfeitamente com o arranjo da guitarra. Quando da entrada da voz, a música se torna um rockabilly em modo menor! Mas o grande destaque é o arranjo da introdução, que aparece mais vezes no decorrer da faixa.
5) I'm All Right. A balada do álbum! Mas aquela balada de pistoleiro! Composição bem western, com frases bem ao estilo do gênero. A faixa é executada bem fraca, não abusando da intensidade, mas não é lenta, apenas cria-se um ar "sombrio". Muito boa faixa, lembra um pouco de Coffinshakers!
6) I'll Never Be Your Friend. Uma das melhores do álbum. Começa com um riff de guitarra bem ao clima de terror, mantendo esta ideia por toda parte A, mudando apenas no refrão, o qual tem um arranjo muito bom. Lembra um pouco de Dead Kennedys, vale a pena conferir.
7) Barcelona. A melhor faixa do álbum, na minha opinião. Começa com um fraseado típico de músicas espanholas, ou flamenco, com a típica escala menor harmônica! Aliás, esta ideia se mantém por toda faixa, inclusive no solo, que é bem simples, lembra até Replicantes! Vale a pena ouvir, de verdade!
8) Bertha-Lou. Aqui temos nosso cover! Esta é uma música composta por Johnny Burnette e John Marascalco, gravada originalmente em 1957 por Johnny Faire. Com exceção do refrão, ela até parece um ska com baixo "batatão", aquele das bandas de baile, embalando no refrão. Muito boa versão!
9) No Other Girl. Mais uma faixa com um ar western, porém com uma levada que lembra um tango. Podemos considerá-la mais uma balada, talvez até mais que a faixa 5 pelo fato de ser mais "dançante". O reverber fica evidente nesta faixa devido à pouca dinâmica. Dá uma quebrada no embalo do álbum, mas vem em boa hora!
10) Manson Family. A faixa começa com um riff de guitarra que lembra o clássico Secret Agent Man. Aqui volta o embalo, com destaque para o trabalho de dinâmica da guitarra, que cria todo o clima da composição. Harmonia típica de rockabilly, mas com ar de horror!
11) Suicide. Uma das melhores do álbum, creio ser esta a música mais punk rock do álbum, é o legítimo punkabilly! É um punk rock, mas com aquele ar do psychobilly, em especial devido ao baixo acústico. Vale a pena conferir!
12) The Usual Suspects. O álbum fecha com mais uma faixa instrumental. O curioso é que os acordes da introdução são os mesmos do final da música Cygnus X-1, do Rush! Esta faixa não é tão boa quanto à primeira, mas não é ruim, apenas trivial. No final da faixa temos mais uma edição de falas do, creio eu, filme de 1969.
Confira os zumbis do espaço franceses em seu primeiro trabalho e saia assobiando as frases de guitarra que ficam na mente!