domingo, 28 de agosto de 2022

Stupids - Peruvian Vacation (1985)

GÊNERO: Hardcore Old School
ORIGEM: Inglaterra (Ipswich - Suffolk / East Of England)
FORMAÇÃO:
Tommy Stupid - Tom Withers (Vocal, bateria)
Marty Tuff - Martin Hawkes (Guitarra)
Wolfie Retard (Baixo)
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Este é o primeiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Children Of The Revolution, e foi gravado no estúdio Treetop Ave.. É um excelente álbum, com composições embaladas e, na maioria das vezes, velozes, as quais possuem, na maioria dos casos, pouca duração. Bons arranjos, bem executados, aos quais, apesar de não possuírem nada de muito especial, são muito criativos, causando uma sensação de surpresa ao ouvir as composições pela primeira vez, já que, muitas vezes, acontece, dentro do arranjo, algo inesperado. É um álbum de hardcore old school, porém possui influências do skate punk e pitadas de crossover e jazz core, assemelhando-se a bandas estado unidenses do início da década de 80. O álbum soa como uma mistura de Minorthreat, Suicidal Tendencies e D.R.I., além de pitadas de Bad Brains e Adolescents. Com algumas faixas divulgadas pela marca de skate Thrasher, o grupo ganhou notoriedade pelos amantes do esporte na época, já que o nome do grupo aparecia nos vídeos e revistas da marca. O álbum possui duas faixas instrumentais, além de uma faixa a qual o responsável pelo vocal é Wolfie. A arte da capa ficou por conta de Klive (Clive Leaver), e possui versões em diferentes cores: amarelo, verde e azul. É um ótimo álbum, que resume bem o hardcore da metade dos anos 80, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) It's Fun To You. O álbum inicia com uma faixa que considero das melhores, possuindo uma excelente introdução, com características do crossover que viria a ser um gênero reconhecido anos depois, possuindo um bom embalo, bastante veloz, bem como boas frases de guitarra e eventuais trocas rápidas de acorde.
2) Wipe Out. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, sendo uma das composições que foram divulgadas pela Thrasher. Bastante veloz e embalada, possuindo trocas rápidas de acorde, muitos acentos e divisões rítmicas de pouca duração na execução vocal, existindo um contracanto, bem interessante, no refrão.
3) You Shoulda Listened. Outra ótima composição, bem embalada, porém não tão veloz quanto às faixas anteriores, esta soa mais como um skate punk, possuindo um bom trabalho de dinâmica, na parte A, apesar de sutil, bem como trocas rápidas de acorde.
4) Always Never Fun. Outra faixa bastante veloz e embalada, com trocas rápidas de acorde, existindo eventuais pausas, bem como um trecho mais cadenciado, porém mantendo a mesma intenção das partes A e B.
5) I Scream Inside. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, também soando bem skate punk, ela possui uma excelente intenção. Não muito veloz, embora possua uma parte mais veloz, mas bem embalada, o destaque está nos acentos da bateria e no desenho melódico da voz.
6) You Die. Outra excelente composição, bastante veloz e embalada, possuindo trocas rápidas de acorde, bem acentuadas pelos instrumentos, existindo uma ponte a qual possui uma intenção de tensão, bem como uma parte C mais cadenciada e nova intenção.
7) Peruvian Vacation. A faixa que dá nome ao álbum é, também, uma das faixas instrumentais, sendo uma composição que destoa do restante do álbum, já que esta soa como um jazz core, possuindo uma excelente frase do baixo, bem como um bom arranjo de bateria e uma excelente execução harmônica, repleta de dissonâncias. O trabalho de dinâmica e a frase da guitarra merecem atenção.
8) This Is The Norm?. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Possuindo uma introdução com piano e coro feminino, logo após o embalo aparece junto de um bom solo de guitarra, para que a parte A surja com bastante velocidade e embalo. O refrão é mais cadenciado.
9) So Much Fun. Esta é a faixa que considero a melhor do álbum, bastante embalada e veloz, ela possui muita influência do skate punk, existindo uma variação de cadência no refrão, sendo o destaque, na minha opinião, o desenho melódico da voz.
10) Born To Built To Grind. Outra ótima composição, bem skate punk, não muito veloz, porém bem embalada, esta também ajudou a ser divulgada pela Thrasher. Uma composição bem simples, com destaque para as frases de guitarra, a qual possui uma intenção bem "alegre".
11) In Bed At Night. Esta é a outra faixa instrumental do álbum. Uma excelente composição, porém, na minha opinião, um arranjo vocal faz falta, ou ao menos um arranjo melódico, soa como se estivesse incompleta, o que é uma pena, já que a parte instrumental é sensacional.
12) I Don't Wanna Get Involved With You. Outra boa composição, não muito veloz, porém bem embalada, com trocas de acorde deslocadas do tempo forte do compasso, acentuadas pelos instrumentos, além de possuir um bom desenho melódico da voz.
13) The Pit. Esta é a faixa a qual o vocal ficou por conta de Wolfie. Com uma ótima frase de guitarra na introdução, trocas rápidas de acorde, divisões de pouca duração no arranjo vocal, ela possui pouca duração, bem como uma variação de cadência no refrão.
14) Life's A Drag. O álbum finaliza com outra excelente composição, bem embalada, embora não muito veloz, com toques de skate punk, além de trocas rápidas de acorde, sendo o destaque, na minha opinião, o desenho melódico da voz.
Ouça o álbum e curta umas férias peruanas!

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Strike Anywhere - Exit English (2003)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: EUA (Richmond / Virginia)
FORMAÇÃO:
Thomas Barnett (Vocal)
Matt Smith (Guitarra)
Matt Sherwood (Guitarra)
Garth Petrie (Baixo)
Eric Kane (Bateria)
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Este é o segundo álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Jade Tree, o último pelo selo, e foi gravado no estúdio Ultrasound. É um ótimo álbum, com bastante personalidade nas composições, que possuem as características das bandas do gênero dos anos 2000, embora ainda se percebam influências do hardcore melódico dos anos 90. As composições são embaladas e, em sua maioria, velozes, existindo ótimos arranjos, bem como ótimas frases executadas de maneira individual pelos instrumentos, ou em sincronia. O vocal é alternado entre momentos melódicos e outros "gritados", ideia bem comum para a época, vindo a se tornar uma "marca" do screamo, anos depois. Os músicos possuem certa técnica, apesar de nada excepcional, o que eleva a qualidade dos arranjos e composições. O som lembra uma mistura de AFI, Propagandhi, Strung Out, Good Riddance, entre outras, mas sempre com a cara dos anos 2000. Um álbum que teve boa aceitação perante a crítica, tendo sido lançado primeiro em formato digital para depois ser lançado no formato físico. O curioso é que na turnê de lançamento do álbum, no Japão, o grupo não pôde entrar no país devido à problemas com o visto, ficando detidos no aeroporto. Após algumas negociações, o grupo transferiu a agenda para a Austrália! O título faz menção à colonização americana pelos ingleses. O álbum possui um vídeo, quase como um making off da gravação, bem como uma faixa com videoclipe de divulgação, sendo Jason Farrell o responsável pela arte da capa. Um ótimo álbum, longe de ser dos meus preferidos do gênero, mas, ainda assim, um álbum com muita personalidade, o que fica evidente nas intenções e expressões das interpretações. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Amplify. O álbum inicia com uma faixa que funciona como uma introdução para a faixa seguinte. Não veloz em sua maior parte, mas com um bom embalo, além de um bom trabalho de dinâmica, ela possui um bom desenho melódico da voz, bem como bons riffs de guitarra, além de pouca duração.
2) Blaze. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Bastante veloz e embalada, com um bom desenho melódico da voz, bem como um bom arranjo de guitarra, o refrão é mais cadenciado, existindo alternâncias na expressão vocal entre o melódico e o "gritado".
3) Infrared. Uma ótima composição, a qual possui um bom arranjo, tanto individuais quanto coletivos, sendo a faixa de divulgação do álbum, possuindo videoclipe de divulgação. Um bom vídeo, bem editado, mas com ideias simples, baseadas nos músicos tocando seus instrumentos, abusando de efeitos visuais nas cenas. A composição possui um excelente desenho melódico da voz, bem como um bom trabalho de dinâmica e variações de cadência, sendo o destaque o arranjo.
4) To The World. Mais uma ótima composição, bem embalada, com variações de cadência entre as partes, sendo o destaque, na minha opinião, a parte A, embora o refrão e seu desenho melódico da voz também mereçam atenção. Um bom arranjo de guitarra completa com qualidade o arranjo.
5) New Architects. Esta é uma das faixas que menos me agradam no álbum, embora não seja ruim. Mais lenta, embora embalada em sua maior parte, ela possui um bom trabalho de dinâmica, além de variações de cadência entre as partes.
6) Lights Go Out. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, bastante veloz e embalada, com um bom desenho melódico da voz, tanto na parte A quanto no refrão. O trabalho de dinâmica e as variações de timbre da voz também merecem atenção.
7) Fifth Estate. Esta é outra faixa das que menos me agradam no álbum. Mais uma vez mais lenta, embalada, mas não tanto, existindo variações de cadência, além de um bom trabalho de dinâmica e um bom desenho melódico da voz.
8) Modern Life. Considero esta a melhor faixa do álbum, bastante veloz e embalada, além de um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque o arranjo e os contracantos, embora os riffs de guitarra também mereçam atenção.
9) Aluminum Union. Outra boa composição, variando entre um trecho mais cadenciado e outro mais veloz, mas sempre com um bom embalo, assim como o arranjo de voz que também alterna entre o melódico e o gritado. Destaque para os acentos deslocados, bem como o desenho melódico da voz e os riffs de guitarra.
10) Extinguish. Uma boa composição, bastante veloz e embalada, sendo o destaque o arranjo de guitarra, embora o desenho melódico da voz mereça atenção, existindo variações de cadência entre as partes.
11) In The Fingernails. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, em especial devido à progressão harmônica, embora os riffs de guitarra, o desenho melódico da voz e os contracantos também mereçam atenção.
12) 'Til Days Shall Be No More. O álbum finaliza com outra boa composição, a qual possui um ótimo arranjo, com bastante variação de cadência, além de um bom desenho melódico da voz, trechos velozes e um bom embalo. O trabalho de dinâmica também merece atenção, embora sutil.
Ouça o álbum e grite sair inglês!

domingo, 21 de agosto de 2022

Stretch Arm Strong - Engage (2003)

GÊNERO: Hardcore
ORIGEM: EUA (Chapin - Lexington / Carolina Do Sul)
FORMAÇÃO:
Chris McLane (Vocal)
Scott Dempsey (Guitarra)
David Sease (Guitarra)
Jeremy Jeffers (Baixo)
John Barry (Bateria)
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Este é o quarto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Solid State, e foi gravado no estúdio Big Blue Meenie. É um ótimo álbum, com composições bem arranjadas, bastante criativas, sem muita excelência técnica por parte dos músicos, porém, para maus músicos não servem, deixando tudo "redondinho" e no lugar. As faixas possuem muita energia e expressão, além de peso, em sua maioria, sendo, a maioria delas, alternadas entre momentos velozes e cadenciados, existindo muito groove, e frequentes variações de cadência entre as partes da mesma faixa. Embora eu tenha classificado como hardcore, possui influências de hardcore melódico e metalcore, além de pitadas de emo e nu metal. Rótulos à parte, o fato é que o som do grupo é a cara do hardcore da costa leste dos EUA, existindo muita influência do hardcore nova iorquino, embora perceba-se influências do hardcore de outros estados da costa leste estado unidense. Na verdade, para mim, o álbum soa como uma mistura de Sick Of It All com H2O, além de pitadas de Hatebreed. O curioso é que após a gravação do álbum, os integrantes largaram seus empregos para se dedicar à banda, sendo dois deles professores (de inglês e história) com mais de 5 anos de carreira. O álbum possui uma faixa com videoclipe de divulgação, além de uma faixa cover, bem como as participações de Ian Larrabee, Geoff Rickly, Rob Vitale, Erin Farley e Jason Shevchuk nos vocais. A arte da capa ficou por conta de K. Wayne Thornley. Um ótimo álbum, com mais variações de intenção em relação aos álbuns anteriores, mais bem pensado e trabalhado. Não à toa o álbum teve boa receptividade! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) We Bleed. O álbum inicia com uma boa composição, bem embalada, embora não muito veloz, com frequentes contracantos no refrão, sempre com muita energia e expressão, existindo um eventual trecho mais cadenciado. Esta faixa conta com a participação de Ian, no vocal.
2) Raise Your Fist. Considero esta a melhor faixa do álbum, bastante veloz e embalada, com muita expressão, além de uma ótima intenção, ela lembra bastante as bandas de hardcore nova iorquinas. A composição possui um trecho mais cadenciado. Destaque para os riffs de guitarra.
3) Rising Again. Esta é uma boa composição, embora sua introdução seja o trecho, de todo álbum, que menos me agrada, em especial devido ao vocal, com influências de emo, mas, também, pelo arranjo com influências de nu metal. No mais, a parte A é minha preferida, veloz e embalada, enquanto o refrão já é mais cadenciado.
4) Miles Apart. Esta é uma boa composição, mas, com certeza, a faixa mais na manha de todo álbum, se assemelhando muito à H2O. Embalada, mas não veloz, o refrão é repleto de contracantos, enquanto a parte A soa bem punk rock, com uma intenção bem alegre. A faixa conta com a participação de Geoff, no vocal. Destaque para os eventuais riffs de guitarra e o desenho melódico da voz. Podemos dizer que esta é a balada do álbum!
5) Devil Shoots Devil. Outra ótima composição, com um ótimo arranjo, bem embalada, embora não veloz, muita energia e expressão, existindo eventuais arranjos com influências do emo, no refrão e na ponte, além de uma parte C mais cadenciada, sendo o destaque, na minha opinião, a parte A.
6) Black Clouds. Esta é uma das faixas que considero das melhores, e é, também, a faixa de divulgação do álbum, possuindo videoclipe de divulgação. É um bom videoclipe, com imagens do grupo apresentando-se ao vivo, além de uma personagem principal, a qual está em evidência em vários momentos do clipe, inclusive fazendo parte da plateia, no show. É uma composição com influências do hardcore melódico, soando, mais uma vez, como H2O, sendo o destaque a parte A, mais veloz e embalada, existindo frequentes contracantos no refrão, bem como trechos mais cadenciados. A faixa conta com a participação de Rob, no vocal.
7) Defect. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Com uma intenção mais intimista, possuindo uma introdução com um excelente arranjo de guitarra, todo arpejado, na parte A a velocidade, embalo e energia estão presentes, existindo uma variação de cadência no refrão, o qual possui puco embalo, mas muito groove. A faixa conta com a participação de Erin, no vocal.
8) The Calling. Outra faixa que considero das melhores do álbum, também com fortes influências do hardcore melódico, mais uma vez se assemelhando à H2O, possuindo um ótimo embalo, bem como certa velocidade, na parte A, o destaque, na minha opinião, embora o refrão e o arranjo de guitarra mereçam atenção.
9) Ignition. Outra excelente faixa, com muito embalo e velocidade, além de bastante energia e expressão, possuindo eventuais contracantos no refrão, além de eventuais trechos mais cadenciados, um deles, mais para o final, com muito groove e pouco embalo. A faixa conta com a participação de Jason, no vocal.
10) Perception Of Energy. Outra boa composição, não veloz, mas bem embalada, embora existam trechos mais cadenciados, ela soa bem hardcore NY, com destaque para os riffs de guitarra e os timbres, sempre bem pesados. A faixa conta com a participação de Erin, no vocal.
11) Express Yourself. O álbum finaliza com a faixa cover. Uma versão da composição de Charles Wright, gravada, originalmente, pelo grupo Charles Wright & Watts 103rd St Rhythm Band, em 1970. Uma boa versão, bem punk rock, com frequentes contracantos, bem como eventuais riffs de guitarra. Possuindo uma intenção bem "alegre", a versão soa bem diferente do funk da versão original, embora pitadas de groove estejam presentes no arranjo!
Ouça o álbum para se empenhar!

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Straightline - No Way Out (2005)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Alemanha (Munique / Bayern)
FORMAÇÃO:
Bart Tadla (Vocal, guitarra)
Benny Sonderwald (Baixo)
Martin Moser (Bateria)
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Este é o primeiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, de maneira independente, porém foi relançado, em 2015, por dois selos: Last Exit e Morning Wood, ambos os relançamentos com arte da capa diferente em relação ao lançamento de 2005. É um excelente álbum, com composições, em quase sua totalidade, velozes, além de arranjos bem trabalhados, palhetadas rápidas, frases, eventualmente, executadas em sincronia entre os instrumentos, bem como um bom trabalho de dinâmica e bons desenhos melódicos da voz. Embora seja um lançamento dos anos 2000, é um álbum que se assemelha ao hardcore melódico dos anos 90, com pequenas "pitadas" dos anos 2000, em especial devido à eventuais arranjos vocais, os quais têm influência do screamo, bem como influências do pop punk. O álbum possui duas faixas bônus. É o único álbum com esta formação, já que a banda se separou, restando apenas Bart, o qual deu continuidade ao grupo, anos depois, com nova formação. Os destaques do álbum, na minha opinião, estão nos arranjos de guitarra e na velocidade. Um ótimo álbum, em especial aos adoradores de um som veloz e melódico! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Suicide Song. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Bastante velocidade, ótimos riffs de guitarra, excelentes embalo e arranjo, bem como um bom desenho melódico da voz. Mostrando o que está por vir!
2) Society. Uma boa composição, que inicia mais lenta, com influências do pop punk, possuindo a primeira frase da parte A semelhante à Lagwagon, enquanto o refrão possui um bom contracanto, apesar de simples. Destaque para as frases de guitarra.
3) Freefall. Aqui a velocidade e embalo estão de volta! Aliados a um ótimo arranjo, o qual possui um bom trabalho de dinâmica, apesar de sutil, existindo uma variação de cadência no refrão, sendo o destaque as frases e acentos deslocados executados em sincronia entre os instrumentos.
4) Alone And Out. Outra boa composição, bastante veloz, com ótimos riffs e frases, além de um excelente arranjo. Esta faixa possui influências, no arranjo vocal, do hardcore melódico dos anos 2000, o qual tem momentos mais "gritados" e menos melódicos.
5) Punk Is Dead. Considero esta a melhor faixa do álbum. Bastante embalada, veloz, e com uma intenção que puxa para um hardcore old school / crossover, embora as características do hardcore melódico estejam presentes, ela possui um ótimo arranjo, o destaque, na minha opinião.
6) One Day. Esta é outra faixa mais cadenciada com toques de pop punk, embalada e com boas frases de guitarra, além de possuir um bom trabalho de dinâmica, apesar de sutil, bem como eventuais contracantos. O desenho melódico da voz também merece atenção.
7) No Respect. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Mais uma vez, bastante embalada e veloz, com um ótimo arranjo, além de um bom desenho melódico da voz e um bom trabalho de dinâmica, mesmo que sutil.
8) Unbreakable. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, com um excelente arranjo de guitarra, o destaque, na minha opinião. Palhetadas rápidas, ótimas frases de guitarra e um bom desenho melódico, aliados à velocidade e embalo, caracterizam a composição.
9) Kill The Security. Uma ótima composição, com uma intenção diferente das demais faixas, já que possui pouca duração e soa como um hardcore old school, com timbre de voz repleto de drive e com pouca variação melódica.
10) Run Away. Outra faixa mais cadenciada e menos veloz, embora embalada e com um ótimo arranjo de guitarra, em especial devido aos riffs e frases. Também com influências de pop punk, ela possui um bom desenho melódico da voz, existindo, ainda, um trecho ska.
11) Prisoners State. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, em especial devido ao arranjo e timbre do baixo. Mais uma vez bastante veloz, com um ótimo embalo, além de um ótimo arranjo e um bom desenho melódico da voz. O trabalho de dinâmica merece atenção, apesar de sutil.
12) Girls Song. Outra boa composição, com um bom embalo e velocidade, a faixa possui uma intenção mais "alegre", sendo o destaque o arranjo de guitarra, embora os acentos deslocados executados em sincronia mereçam atenção.
13) Nu Metal Sux. Esta é a primeira das duas faixas bônus, sendo uma composição que "puxa" para um metal, alternando entre um thrash e um nu metal, como o título já sugere. Uma sátira inspirada em um dos gêneros do metal!
14) True Metal Rules. O álbum finaliza com a outra faixa bônus, a qual, assim como a faixa anterior, também é uma sátira inspirada em um gênero do metal, desta vez o heavy metal, sendo, quase, uma versão de algum Iron Maiden, mais especificamente a música Fear Of The Dark. Uma ótima composição, com destaque, mais uma vez, para o arranjo de guitarra, em especial o solo.
Ouça o álbum! Sem saída!

domingo, 14 de agosto de 2022

Stinky Toys - Stinky Toys (1979)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: França (Paris / Île De France)
FORMAÇÃO:
Elli Medeiros (Vocal)
Jacno - Denis Quilliard (Guitarra)
Bruno Carone (Guitarra)
Albin Dériat (Baixo)
Hervé Zénouda (Bateria)
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Este é o segundo álbum de estúdio, e último, lançado pelo grupo, através do selo Vogue. É um bom álbum, com muita criatividade nas composições, arranjos bem pensados, executados de maneira simples, mas de forma inteligente. Os timbres de guitarra são bem "leves", quase não existindo uso de drive, assim como a execução dos arranjos de bateria, bem "leves" em sua interpretação. O álbum é uma mescla do proto punk nova iorquino do início dos anos 70 com o punk rock britânico do final da mesma década, podendo perceber influências de grupos como New York Dolls, Patti Smith ou Television, bem como 999, Vibrators ou Jam. O grupo teve uma curta carreira, de apenas 3 anos, vindo a encerrar suas atividades logo após o lançamento deste álbum. O curioso é que a vocalista Elli é natural do Uruguai, nascida em Montevidéu, veio a se mudar para Paris em 1970, aos 14 anos. O álbum, embora eu tenha classificado como punk rock, possui vários elementos do que viria a ser conhecido como new wave, sendo um grupo importante para o punk rock de seu país, já que foi um dos grupos pioneiros do gênero por lá. Vale a pena conferir, um ótimo álbum de uma importante banda, hoje referência, do gênero, em especial, na França.
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FAIXA A FAIXA:
1) For You. O álbum inicia com uma das faixas que menos me agradam. Lembrando bastante bandas nova iorquinas, em especial Patti Smith, a composição possui um bom embalo, embora lenta, com um arranjo bem "suave", existindo uma variação de cadência entre as partes, sendo o destaque o arranjo de guitarra.
2) No No. Uma boa composição, a qual possui a execução da progressão harmônica, na parte A, com frequentes pausas, enquanto o refrão já soa mais embalado. Mais pesada e veloz que a faixa anterior, possuindo uma pequena dose de drive no timbre da guitarra, esta já se assemelha ao punk rock britânico.
3) Birthday Party. Considero esta a melhor faixa do álbum, em especial devido ao compasso 9/4 existente na parte A. Não bastasse a ideia bastante criativa do compasso em 9, ele é executado com uma excelente progressão harmônica e arranjo de bateria, embora o desenho melódico mereça atenção, assim como as frases e solos de guitarra.
4) Hullabaloo. Outra boa composição, bem embalada, mas com uma intenção bem "suave" e alegre, sendo bem uma mescla do punk britânico com o nova iorquino, uma mistura de Jam com Patti Smith! Bem embalada, com bom arranjo, apesar de simples, ela possui um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque o refrão.
5) B-05. Mais uma ótima composição, com uma excelente intenção, boas frases de guitarra, um ´´otimo arranjo, sendo a progressão harmônica, da parte A, executada com frequentes pausas, porém o baixo pedal dá a intenção do embalo, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
6) Beauty And Pride. Considero esta faixa uma das melhores do álbum, em especial devido à parte A e seu riff de guitarra, o qual possui uma intenção bem rock 'n' roll, além de um arranjo com a caixa dobrada, da bateria, o qual ajuda a elevar a qualidade do  arranjo. O refrão também tem seu "charme", lembrando com Vibrators.
7) Black Mask. Mais uma ótima composição, com uma ótima intenção, a qual possui, na parte A, a progressão harmônica executada toda em staccato, existindo uma variação de intenção e modo no refrão, o qual é bem sing-a-long. Destaque para o arranjo, intenção e frases de guitarra.
8) Free From Love. Uma boa  composição, mais lenta e intimista, embora possua um bom embalo, a qual lembra, um pouco, com Television. Uma das faixas que menos me agradam, embora seja uma boa composição, em especial devido ao refrão. Destaque para o arranjo de guitarra.
9) No Me Dejes. Outra ótima composição, com um excelente arranjo, boa progressão harmônica, a qual foge de uma ideia tonal, apresentando muita expressão artística, além de possuir um bom embalo e um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque a intenção e expressão.
10) He Loves Me. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com certeza a mais expressiva, bem como a que possui mais groove, apresentando fortes influências do funk, inclusive devido à inclusão de instrumentos de sopro. Destaque para os arranjos rítmicos e expressão, embora as frases mereçam atenção.
11) Uruguayan Dream. Esta é a balada do álbum, com certeza a faixa mais intimista, com muita influência de bolero e uma intenção bem latina em sua expressão, principalmente devido à inclusão de instrumentos percussivos como reco-reco, mas também devido às frases executadas pelo violão, as quais lembram muito a música latina, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
12) Boozy Creed. O álbum finaliza com uma das faixas que considero das melhores. Com pouca duração, mas recheada de dissonâncias, o grande destaque, esta composição foge do convencional em termos de harmonização, possuindo uma excelente intenção e expressão, os destaques, na minha opinião.
Ouça o álbum e brinque com brinquedos fedidos!

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Stevie Ray Vaughan & Double Trouble - Live Alive (1986)

GÊNERO: Blues
ORIGEM: EUA (Austin - Travis / Texas)
FORMAÇÃO:
Stevie Ray Vaughan (Vocal, guitarra)
Reese Wynans (Teclado)
Tommy Shannon - Thomas Smedley (Baixo)
Chris Layton - Christopher Layton (Bateria)
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Este é o primeiro álbum ao vivo lançado pelo grupo, após 3 álbuns de estúdio, através do selo Epic, e foi gravado em 4 momentos diferentes: no Montreux Jazz Festival em 1985, duas apresentações no Austin Opera House em 1986, e outra no Dallas Starfest em 1986, também. É um ótimo álbum, com uma ótima mixagem, possuindo um repertório repleto de covers, além de composições dos 3 primeiros álbuns, sendo uma das faixas, instrumental. As composições são embaladas, existindo algumas faixas mais cadenciadas, muitas delas em compasso composto, enquanto as que estão em compasso simples mantêm o shuffle como padrão rítmico, sendo o grande destaque, sem dúvidas, os arranjos e improvisos de guitarra. A versão original, lançada em LP, possui uma faixa a mais em relação ao relançamento em CD, aqui, disponibilizo a versão do LP. É uma fase do grupo ao qual a influência de álcool e drogas estavam bem presentes no dia-a-dia, em especial, do guitarrista. O álbum conta com a participação de Jimmy Vaughan. Um clássico de um dos maiores nomes da guitarra dentro do blues, o qual resume, um pouco, da expressão do grupo em suas apresentações ao vivo, as quais, como um bom blues não deve deixar de ser, está repleta de improvisos e covers. O álbum recebeu disco de platina nos EUA, por ultrapassar a marca de 1.000.000 de discos vendidos, e no Canadá, por ultrapassar a marca de 100.000 discos vendidos, além de atingir as posições 52 na Billboard 200 (EUA), 49 na Austrália, 48 na Nova Zelândia, e 20 na Holanda. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Say What!. O álbum inicia, justamente, com a faixa instrumental. Na verdade, ela não é totalmente instrumental, possui eventuais contracantos repetindo uma mesma frase. Um blues bem embalado, em um shuffle, sendo o destaque os improvisos de guitarra, recheado de wah-wah em seu timbre!
2) Ain't Gone 'n' Give Up. Aqui já surge um blues mais cadenciado, em compasso composto, com uma intenção bem intimista. Mais uma vez, o destaque está no arranjo das guitarras, em especial pelos improvisos, mas, também, pelo timbre. O trabalho de dinâmica também merece atenção.
3) Pride And Joy. Esta é uma das faixas que considero das melhores do álbum, talvez o maior clássico do grupo, um blues em shuffle com excelentes riffs, um bom arranjo e um bom embalo, possuindo eventuais pausas, com destaque, mais uma vez, para o arranjo de guitarra.
4) Mary Had A Little Lamb. Esta é a primeira faixa cover do álbum, e é, também, uma das faixas que considero das melhores. Esta é uma composição de Buddy Guy, gravada, originalmente, pelo próprio compositor, em 1968. Um blues em shuffle, com ótimos riffs e um bom embalo, além de eventuais pausas, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo de guitarra.
5) Superstition. Este é outra faixa que é um cover, sendo uma composta e gravada, originalmente, por Stevie Wonder, em 1972. Esta é uma faixa menos blues e mais funk rock, embora elementos do blues estejam presentes. O arranjo de teclado faz toda a diferença no embalo e swing da composição, além da expressão.
6) I'm Leaving You (Commit A Crime). Esta é mais uma faixa cover do álbum que, embora o crédito esteja para Howlin' Wolf (Chester Burnett), ele apenas foi o primeiro a gravá-la, em 1971, a composição é autoria de James Oden. Um blues em shuffle, monocórdico, bem ao estilo Howlin' Wolf, com um excelente riff e um bom embalo, esta é uma composição bem minimalista, com destaque para a expressão e os arranjos de guitarra.
7) Cold Shot. Mais um grande clássico do grupo, um blues em shuffle que possui um excelente riff de guitarra, além de um bom embalo e um bom trabalho de dinâmica. O refrão possui uma ótima intenção, sendo, um pouco, sing-a-long.
8) Willie The Wimp. Esta é outra faixa cover do álbum e é, também, uma das faixas que considero das melhores, possuindo um ótimo swing, bem minimalista, repleto de pausas, além de um excelente riff. Esta é uma composição de Bill Carter e Ruth Ellsworth, gravada, originalmente, pelo próprio Carter, em 1985. Esta é uma das faixas em que Jimmy participa tocando guitarra.
9) Look At Little Sister. Mais uma faixa cover, composta e gravada, originalmente, por Hank Ballard. Um blues em shuffle, bem típico, com a progressão harmônica e embalo bem característicos, semelhantes a diversos outros blues. O tradicional, que não deve ser mudado por já ser bom assim! Outra faixa que conta com a participação de Jimmy na guitarra.
10) Texas Flood. Mais um grande clássico do grupo, o qual é, também, outra faixa cover, sendo uma composição de Larry Davis e Joseph Scott, creditada, em sua gravação original, em 1958, para o próprio Larry. É um blues em compasso composto, bem cadenciado e intimista, mantendo a progressão harmônica padrão do gênero.
11) Voodoo Chile (Slight Return). Mais uma faixa cover do álbum, e é, também, a faixa que considero a melhor. Uma composição de Jimi Hendrix, gravada, originalmente, pelo seu grupo, Jimi Hendrix Experience, em 1968. Quase um blues / rock monocórdico, o qual possui um ótimo embalo, bem como um excelente trabalho de dinâmica, além de, é claro, muito improviso, bem como ótimos riffs, possuindo um arranjo de bateria, com a caixa dobrada, na ponte, que merece atenção.
12) Love Struck Baby. Outra faixa que considero das melhores do álbum, um rock com o padrão do blues, o qual possui um ótimo riff, além de um ótimo embalo, sendo, talvez, a faixa mais veloz do álbum. Possui, também, um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque o arranjo de guitarra. A faixa conta com a participação de Jimmy, mais uma vez.
13) Change It. Outra boa composição, com uma progressão harmônica bastante interessante, a qual foge dos padrões do gênero, porém mantendo o padrão rítmico em shuffle típico do blues, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo de guitarra. Mais uma faixa que conta com a participação de Jimmy na guitarra.
14) Life Without You. Esta é a faixa que está presente apenas na versão em LP, e é a faixa que finaliza o álbum, sendo uma composição mais cadenciada e intimista, com um bom arranjo rítmico, cheio de groove, sendo o destaque o trabalho de dinâmica e as intenções, embora a progressão harmônica, fora dos padrões do gênero, mereça atenção.
Ouça o álbum e viva ao vivo!

domingo, 7 de agosto de 2022

State Of Mine - Split [Octopussys] (2009)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Bélgica (Leuven / Brabante Flamengo)
FORMAÇÃO:
Jo Curinckx (Vocal)
Pieter Pauwels (Guitarra)
Jeroen Meeus (Baixo)
Adriaan De Belder (Bateria)
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Este é o primeiro split, e segundo trabalho, lançado pelo grupo, através do selo Kickass. Este é um split que conta com a participação do grupo belga Octopussys, porém, aqui, comento apenas sobre as faixas do State Of Mine. É um ótimo split, bem veloz e embalado, sendo possível perceber diversas influências de bandas do gênero dos anos 90, porém com a cara do hardcore melódico dos anos 2000, em especial devido aos arranjos vocais. Palhetadas rápidas, trocas rápidas de acorde, bons arranjos, com músicos que possuem certa técnica, deixando tudo "redondinho" são características do split, enquanto que a velocidade e arranjos de guitarra são os destaques, na minha opinião. Difícil encontrar muitas informações sobre o grupo, que teve uma curta carreira, de, aproximadamente, 5 anos. O split conta com uma faixa instrumental. Vale a pena conferir, em especial para aqueles que curtem um som veloz e embalado recheado de melodias!
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FAIXA A FAIXA:
1) Opening Sequence. O split inicia com a faixa instrumental, a qual eu, também, considero como um das melhores. Bastante veloz e embalada, repleta de riffs, com destaque para sua introdução, embora o arranjo mereça atenção, ela mantém uma característica bem de faixa de introdução de álbum, existindo um trecho mais cadenciado repleto de frases.
2) Conspiracy Earth. Mais uma faixa veloz e embalada, com um excelente arranjo, repleto de riffs de guitarra, com um bom vocal, executado com muita energia, e com eventuais contracantos. A composição possui um trecho mais cadenciado, bem como eventuais pausas, sendo o destaque, na minha opinião, o arranjo.
3) Burnout. Considero esta a melhor faixa do split, mais uma vez bastante veloz e embalada, com um bom desenho melódico da voz, com destaque para o arranjo, suas eventuais pausas, bem como os arranjos de guitarra, existindo eventuais contracantos.
4) How To Survive Emocore. Outra faixa que mantém as características padrão do split: velocidade, embalo e arranjos bem trabalhados. Aqui a intenção já soa mais "alegre", existindo um bom desenho melódico da voz, bem como eventuais contracantos e riffs de guitarra.
5) Last Chance To Dance. O split finaliza com outra ótima composição, a qual mantém as características padrão mencionadas antes. Aqui o trabalho de dinâmica é mais acentuado, existindo frequentes variações de cadência, inclusive com partes não embaladas, mas com muito groove, bem como a presença de eventuais contracantos.
Ouça o split apreciando as polvetas!

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Staggers - Teenage Trash Insanity (2006)

GÊNERO: Garage Punk
ORIGEM: Áustria (Graz / Styria)
FORMAÇÃO:
Wild Evel (Vocal)
Lightning Iris - Iris Moustakidis (Órgão)
Shakin Matthews (Guitarra)
Los Fixos - Patrick Stürböth (Guitarra)
Sir Kri - Matthias Krejan (Baixo)
Candee Beat (Bateria)
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Este é o primeiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Wohnzimmer. É um ótimo álbum, embora lançado nos anos 2000, ele resgata, e bem, o som underground dos anos 60, em especial pelo órgão farfisa, bem em evidência, que, embora eu tenha caracterizado como garage punk, possui influências de rockabilly, surf music e indie. Apesar disso, também, as composições resgatam a essência da década sessentista! As composições são embaladas, não muito velozes, embora tenham momentos com a caixa dobrada no arranjo de bateria, aos quais dão a impressão de mais velocidade. Além das intensões bem evidentes às características dos anos 60, também devido ao visual do grupo, outra característica do álbum é a expressão e energia frequentemente presentes, um dos destaques, na minha opinião. Muitas vezes lembra uma mistura de Rolling Stones, Troggs e Kinks, mais alguma banda underground da época que se apropriava do timbre do órgão! O álbum conta com três faixas instrumentais, duas faixas cover e duas faixas que possuem videoclipes de divulgação. Um ótimo álbum, em especial aos amantes do garage punk / underground dos anos 60, com o timbre do farfisa reforçando à viagem temporal / sensorial até àquela década! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) The Jaguar. O álbum inicia com uma das faixas que menos me agradam, embora não seja ruim. Com uma intenção bem alegre e totalmente rockabilly, possuindo um arranjo de órgão em evidência, ela tem um bom embalo, sendo o destaque, o arranjo de guitarra e seu solo, sendo esta uma das faixas instrumentais.
2) Be My Queen. Esta é uma faixa com a intenção bem indie, com o arranjo de guitarra, na introdução, que lembra alguma banda de indie britânica dos anos 2000, embora tenha muitos momentos que lembram Troggs, sendo o destaque o arranjo de bateria com a caixa dobrada no final da faixa.
3) Little Boy Blue. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, em especial devido ao refrão, bem sing-a-long, mas em especial devido ao arranjo de bateria com a caixa dobrada. Esta composição lembra a música (I'm Not Your) Steppin' Stone, gravada por diversos artistas, e é, também uma das faixas cover, sendo uma composição de Terry Slocum, a qual foi gravada, originalmente, pelo grupo Tonto & Renigades, em 1966.
4) Eagles Surf. Esta é outra faixa instrumental, como o nome já sugere, possui uma intenção bem surf music, com muito reverber no timbre das guitarras, além de boa frase melódica executada pela guitarra, mas, eventualmente, em uníssono com o órgão. Uma boa composição.
5) Little Girl. Uma faixa bem embalada, embora a execução harmônica seja feita em staccato, possuindo ótimos riffs de guitarra e um refrão bem sing-a-long. Uma boa composição, mas com nada de especial.
6) Out Of My Mind. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, aliás, considero esta uma das duas melhores faixas. Sendo o destaque, sem sombra de dúvidas, o refrão, bem sing-a-long, com frases executadas em sincronia entre os instrumentos. Os riffs de guitarra também merecem atenção.
7) Do The Ripper. Mais uma faixa com influências do surf music, embora, desta vez, com voz. As frases, aqui, estão no órgão e não na guitarra, possuindo um bom embalo e progressão harmônica bem ao estilo rock / blues (I-IV-V).
8) Come On. Outra ótima composição, bem embalada, com uma ótima progressão harmônica, a qual lembra bastante com Kinks, possuindo um ótimo arranjo na introdução, sendo o destaque, na minha opinião, o refrão e seu arranjo de bateria com a caixa dobrada.
9) Black Hearse Cadillac. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, e é, também, uma das faixas que possuem videoclipe de divulgação. Com uma intenção mais intimista, em tonalidade no modo menor, mas, ainda assim, possuindo um bom embalo.
10) Let's Stomp. Outra boa composição, sendo a última das composições instrumentais, possuindo um bom embalo e uma intenção mais intimista, além de bastante reverber no timbre das guitarras, sendo o destaque, na minha opinião, as frases de guitarra.
11) Without You. Outra boa composição, com uma introdução bem tribal, a qual perde esta intençõa, assim que a parte A surge. Bem embalada e com eventuais frases, além de uma progressão harmônica bem minimalista, sendo o destaque, na minha opinião, a parte C.
12) Wild Teens. Esta é a faixa que considero a melhor do álbum, e é, também, a outra faixa que possui videoclipe de divulgação. Possui um bom embalo, uma ótima progressão harmônica, bem simples, mas com uma seqüência que me agrada bastante, sendo o destaque o refrão, bem sing-a-long.
13) I'm The Wolfman. A faixa que finaliza o álbum é, também, a outra faixa cover, uma composição de Baker Knight e gravada, originalmente, pelo grupo Round Robin, em 1965. É uma boa composição, bem embalada, que embora não soe como um blues, tem todas as características de uma composição do gênero, lembrando, algumas vezes, Howlin' Wolf. A progressão harmônica é outra característica que faz o gênero ser lembrado.
Ouça o álbum e entenda a insanidade de lixo adolescente!