segunda-feira, 28 de setembro de 2020

La Souris Déglinguée - Tambour Et Soleil (1995)

GÊNERO: Rock
ORIGEM: França (Versailles / Île De France)
FORMAÇÃO:
Taï-Luc Tan (Vocal, violão, guitarra)
Thierry Mathieu (Saxofone)
Muzo - Michel Geflot (Saxofone)
Rikko - Michel Ricard (Guitarra, baixo)
Cambouis - Jean Juvanon (Bateria)
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Este é o oitavo álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Musidisc. Este álbum já não tem tanta pegada rock como os álbuns anteriores, muito menos o punk rock do início da carreira. Embora eu tenha classificado como rock, o álbum é bem eclético, sendo difícil rotular, pois possui fortes influências de reggae, dub, funk e soul, além de pitadas de punk rock e hillbilly! Talvez o álbum mais fraco do grupo! O álbum conta, ainda, com a participação de 3 convidados: Pierre Gonzales tocando trompete, Jean Dubois tocando percussão, e Patrice Renson tocando pandeiro. As músicas não são velozes, mas possuem, em grande parte, um ótimo groove e swing, com pouca energia, mas muita sensibilidade. O grande destaque está nas linhas de baixo, realmente fazem toda a diferença para as composições. O curioso é que todas as letras remetem à temas asiáticos! É um álbum bem "light", bom para se apreciar, embora possua algumas faixas que não me agradam muito. Na verdade, considero as faixas do final do álbum mais bacanas!
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FAIXA A FAIXA:
1) Saigon. O álbum inicia com uma boa faixa, um rock bem alegre e com bastante swing. Lembra bastante o grupo J. Geils Band! O arranjo dos sopros são o destaque da composição, bem como o embalo.
2) Soldat Du Kuomintang. Outra boa faixa, também com um bom swing, esta já puxa mais para um reggae com pitadas de dub. Uma excelente levada, com uma ótima linha de baixo, cheio de efeitos, inclusive abusando de um oitavador. A linha de baixo, aliás, é o grande destaque da faixa.
3) Vénales Fiançailles (Dieu Créa La Femme). Considero esta a pior faixa do álbum! Realmente não me agrada, soando como um reggae pop lento, parecido com Cidade Negra. Uma boa intenção da execução da linha melódica da voz é o destaque da faixa, esta bastante suave!
4) Made In Japan (Roppongi Blues). Considero esta a melhor faixa do álbum até então! Um excelente groove e, principalmente, swing, esta é um funk com muito embalo! A linha de baixo lembra bastante a música The Chicken, do Jaco Pastorius! Os destaques são a linha de baixo e o arranjo, em especial os sopros.
5) Demoiselles De Vientiane. Uma boa composição! Também soando como um reggae, cheio de swing, a faixa possui uma boa cadência harmônica na parte A, que, aliás, é o destaque, junto com os arranjos dos sopros. Me agrada a parte A, porém não o refrão, já mais pop.
6) Princesses (De La Rue De Sabailand). Esta é, sem dúvida, a faixa mais dub do álbum! É uma boa composição, com um ótimo arranjo e intenção, além, mais uma vez, de uma boa linha de baixo, o ponto negativo é que ela é bastante "alegre", composta no modo maior.
7) Cousins Cousines. Esta faixa é um country / hillbilly que destoa do resto do álbum, uma composição única! Inclusive o sotaque se assemelha a grupos de hillbilly! Um bom embalo, com a estrutura característica do gênero, sendo o destaque as frases de guitarra e sopros.
8) Brigitte B. Cambodgienne. Aqui o álbum começa a melhorar, na minha opinião! Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com certeza a mais punk rock, com um bom embalo, apesar de não muito veloz. O destaque está na parte A e sua intenção. O refrão possui um desenho melódico da voz bem semelhante à Klamydia!
9) Invisibles Drapeaux. Considero esta a melhor faixa do álbum! Com um toque intimista, mas com um bom embalo, possuindo, devido às inversões, uma progressão harmônica cromática, sendo o destaque o refrão, bem sing-a-long, bem como a linha de baixo, simplesmente sensacional, elevando o nível da composição às alturas!
10) Tambour Et Soleil. A faixa que dá nome ao álbum é uma composição bem leve, uma típica canção com acompanhamento no violão. O acompanhamento rítmico faz soar mais "moderno", porém não me agrada nenhum um pouco. Considero uma das piores faixas do álbum.
11) Perdue Dans Le RER. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, iniciando com uma ótima frase da guitarra para, logo depois, iniciar o groove e swing! Mais um funk, bem embalado, sendo o grande destaque o swing e o arranjo.
12) Romania 94. Outra boa composição, bem rock, mas com pitadas de punk rock, talvez um pop punk! Lembra, um pouco, bandas como Less Than Jake, principalmente devido à utilização de instrumentos de sopro. O arranjo é bem simples, poderia ser melhor trabalhado.
13) Cheval De Fer II. O álbum finaliza com uma das faixas que considero das melhores do álbum! Mais um groove e swing, esta soando mais soul do que funk, embora ambos podem se confundir. O grande destaque está no arranjo dos instrumentos de sopro, swing e o refrão. Os toques "futuristas" do teclado dá um brilho a mais, bastante interessante, para a composição.
Ouça o álbum e una tambor e sol!

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

La Renga - La Renga (1998)

GÊNERO: Hard Rock
ORIGEM: Argentina (Buenos Aires / Distrito Federal)
FORMAÇÃO:
Chizzo - Gustavo Nápoli (Vocal, guitarra)
Manu - Manuel Varela (Saxofone, gaita de boca)
Chiflo - Gabriel Sánchez (Saxofone, trompete)
Tete - Gabriel Iglesias (Baixo)
Tanque - Jorge Iglesias (Bateria)
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Este é o quarto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Interdisc, e foi gravado do estúdio El Pie. Este é um ótimo álbum, com a qualidade da gravação excelente, assim como a mixagem. É um álbum de hard rock, mas há pitadas de rock, também. As músicas não são muito velozes, existindo algumas faixas embaladas. O timbre de voz possui um certo drive, além de não atingir notas muito altas. Os arranjos são muito bem trabalhados, sendo o destaque os arranjos de guitarra e de saxofone, embora o trabalho de dinâmica mereça atenção, também. O álbum atingiu a marca de 180.000 cópias vendidas na Argentina, o que mostra não só o grande público que o grupo tem no seu país, mas como, também, a qualidade das composições.
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FAIXA A FAIXA:
1) El Terco. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor! Um ótimo arranjo de guitarra, com excelentes riffs e um ótimo trabalho de dinâmica, sendo os grandes destaques o refrão e o solo de saxofone. Este último em especial é o ponto alto da faixa, na minha opinião.
2) Tripa Y Corazón. Outra faixa com bons riffs de guitarra, porém menos pesada que a faixa anterior, esta possui algumas pitadas de rock, só não soa desta forma devido aos timbres, caso o arranjo fosse mais "suave", seria uma composição de rock!
3) Bien Alto. Outra faixa com um ótimo riff de guitarra, complementado por um ótimo arranjo de gaita de boca. As partes em que a voz aparece são bem fraquinhas, soando como um rock, porém, quando a voz não está presente, a composição é um típico hard rock, sendo o destaque o riff de guitarra.
4) El Hombre De La Estrella. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, bem pesada, com um ótimo riff de guitarra, bem como uma excelente progressão harmônica e desenho melódico da voz. O grande destaque está no embalo e na parte A, devido à progressão harmônica e desenho melódico da voz, embora o refrão mereça destaque, também, devido aos mesmos motivos.
5) Vende Patria Clon. Outra faixa que considero das melhores do álbum! Com certeza a faixa mais veloz, possuindo um excelente riff de guitarra, semelhante a Motörhead! Esta é um hard rock com pitadas de punk rock! O destaque está no arranjo de guitarra e no embalo.
6) El Revelde. Esta é a faixa de trabalho do álbum, existindo videoclip de divulgação. Outra que soa como um hard rock devido ao timbre usado, já que a composição soa bastante rock. Não muito veloz, esta é a faixa que menos me agrada até então.
7) Me Hice Canción. A faixa possui um bom swing e um ótimo riff de guitarra, o que são os destaques. Não muito veloz, mas com certo embalo, esta é uma boa composição, porém com nada de especial, sendo o destaque o arranjo de guitarra.
8) Cuando Estés Acá. Apesar de ser a balada do álbum, esta é uma ótima composição, com uma boa intenção. A guitarra está limpa, existindo um bom trabalho de dinâmica, embora o grande destaque esteja no arranjo de gaita de boca, extremamente expressivo, o que faz toda diferença.
9) El Twist Del Pibe. Uma boa composição, com um bom desenho melódico da voz e um bom arranjo de saxofone. O arranjo não é dos mais trabalhados, tornando a boa composição sem nada de especial. O destaque está nos desenhos melódicos da voz e sax.
10) Reíte. Ótima faixa, com um excelente riff de guitarra que é, aliás, o grande destaque da composição. Esta faixa possui fortes influências de funk metal, embora soe como hard rock. Não muito veloz, mas com um bom groove, sendo o destaque o refrão, principalmente devido ao desenho melódico da voz e o arranjo de guitarra.
11) Ser Yo. O álbum finaliza com uma das faixas que considero das melhores. Com um ótimo embalo e uma excelente intenção, o destaque está no refrão, que soa um pouco stoner rock, principalmente devido ao desenho melódico da voz, mas também devido à sua intenção e diferença em relação à parte A.
Ouça o álbum e conheça o coxo!

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

La Polla Records - Bocas (2001)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Espanha (Salvatierra / País Vasco)
FORMAÇÃO:
Evaristo Páramos (Vocal)
Jokin - Joaquín Herbella (Guitarra)
Sume - Manolo García (Guitarra)
Abel Murua (Baixo)
Fernandito - Fernando Murua (Bateria)
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Este é o décimo segundo álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Maldito, e foi gravado no estúdio Katarain. Este é o primeiro lançamento do grupo no século XXI, e conta com algumas curiosidades. O álbum possui duas faixas que não são cantadas em espanhol, uma em galego e outra em euskera, além de possuir uma faixa bônus. É o primeiro álbum sem o guitarrista Txarly, que saiu do grupo um ano antes devido a um acidente que afetou sua audição, e é, também, o último álbum com Fernandito na bateria, já que ele viria a falecer, devido a um ataque cardíaco, no ano seguinte. Fora estas curiosidades na formação, o álbum soa como todos os outros álbuns do grupo, porém, é considerado, por alguns, o álbum mais fraco do grupo. Talvez devido à energia, já que, na minha opinião, as composições soam como sempre soaram! As músicas são embaladas, porém não muito velozes, sendo o grande destaque o vocal de Evaristo, bem como eventuais riffs de guitarra. O desenho da capa conta com a arte de Daniel Molero.
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FAIXA A FAIXA.
1) Mal Ajo. O álbum inicia com uma excelente faixa. Um bom arranjo, com um bom trabalho de dinâmica, embora nada muito evidente, sendo o destaque o refrão, devido ao desenho melódico da voz e a caixa dobrada da bateria.
2) Tan Harto. Outra boa composição, um pouco mais veloz que a faixa anterior, bem embalada, com um bom arranjo e um refrão com contracantos em uníssono. Uma boa composição, sem nada de especial, mas, ainda assim, uma boa composição.
3) Aprieta El Culo. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Com uma excelente introdução, criando um belo clima, principalmente devido à guitarra arpejada. Logo após, entra a distorção, o embalo e as frequentes trocas de acordes. Destaque para o refrão e o riff de guitarra, bem como a parte A.
4) Gaseosa La Clashera. Bem como o nome já diz, esta lembra bastante Clash! Um Clash com a cara do La Polla Records! Não muito veloz, mas com um bom embalo, esta é uma boa composição, mas, na minha opinião, a que menos me grada até então.
5) La Humillacion. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Não muito veloz, mas com uma progressão harmônica em semi-tons na parte A, sendo o destaque o refrão e sua progressão harmônica com trocas rápidas de acorde.
6) No Quiero Ser Un Rolling Stone. Esta faixa é bem embalada, embora não muito veloz. Um bom arranjo no início da parte A, e um refrão bem sing-a-long, são os destaques da composição.
7) Fucking USA. Outra faixa bem embalada, porém com uma harmonia bem trivial na parte A, o destaque está no refrão, tanto devido à progressão harmônica, mas, também, devido ao desenho melódico da voz.
8) Oi Oi!!. Eis que surge a faixa cantada em euskera! Euskera é o dialeto falado na região do noroeste espanhol, e também algumas regiões do sudoeste da França. Esta é uma boa faixa, com um arranjo de bateria mais tribal, se apropriando pouco dos pratos. O destaque está no refrão e sua caixa dobrada da bateria. As guitarras ajudam a fazer um bom trabalho de dinâmica.
9) Batallitas Del Abuelo. Uma boa composição, bem punk rock, sem nada de especial, semelhante a muitas outras composições de outros grupos! Ela possui um bom embalo, apesar de não muito veloz, sendo o destaque a expressão vocal de Evaristo.
10) Noche Incierta. Uma boa faixa, com algumas pitadas de hard rock, em especial no arranjo das guitarras. A faixa não é muito veloz, mas possui um bom embalo. O destaque está no arranjo das guitarras e no desenho melódico da voz.
11) E Que Pasou?. Esta é a faixa que considero a melhor do álbum, e é, também, a faixa cantada em galego! Ela inicia com um ótimo riff de guitarra, além de possuir um ótimo embalo e certa velocidade. O destaque está, realmente, no arranjo das guitarras e no embalo.
12) Hoy Hare La Revolucion. Outra faixa que considero das melhores do álbum, também com pitadas de hard rock. Com um ótimo arranjo, existindo um bom trabalho de dinâmica, embora nada muito explícito, sendo o destaque a variação de andamento no meio da música, acelerando-o, bem como eventuais riffs de guitarra.
13) Clo(w)n. Outra boa faixa, não muito veloz, mas com um bom embalo, sendo o destaque o refrão e seu arranjo. O desenho melódico da voz também merece atenção.
14) Punk. Considero esta faixa uma das melhores do álbum. Ela inicia com um arranjo bem intimista, apenas com guitarra e assobios, porém, logo em seguida, surge a distorção e o embalo, sendo o destaque o refrão e seu desenho melódico da voz.
15) Alegria Navarra. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum. É uma composição bem alegre, não muito embalada e com pouca velocidade. O destaque está nas frases de guitarra.
16) Sardina. Esta é uma faixa bem "experimental", apenas com uma bateria programada, bem pulsante, e voz, que é executada com frequentes contracantos.
17) Banco Vaticano. Esta é a faixa bônus. É uma gravação de 1981 e, embora esta música tenha sido lançada no primeiro álbum do grupo, esta é uma versão diferente, demo. É uma composição inspirada (quase um plágio) na versão do Animals de The House Of The Rising Sun, principalmente devido à harmonia e compasso composto. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com um excelente trabalho de dinâmica.
Ouça o álbum e conheça as bocas!

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Kuolleet Kukat - Kansanmurha (1995)

GÊNERO: D-Beat
ORIGEM: Finlândia (Tampere / Pirkanmaa)
FORMAÇÃO:
Jakke - Jari Hallikainen (Vocal)
Essi (Guitarra)
Luigi - Arto Toikkanen (Guitarra)
Nappi - Juha Nabb (Baixo)
Juha Hämäläinen (Bateria)
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Este é o primeiro, e único, álbum lançado pelo grupo, através do selo Fight. O grupo conta com membros de bandas clássicas do gênero na Finlândia, como Kaaos e Riistetyt, o que ajudou o grupo a ser mais conhecido. O som do álbum soa uma mistura de Kaaos, Riistetyt e Rattus, mantendo a característica típica do d-beat finlandês. Bastante distorção, inclusive no contrabaixo, o que mantém o peso nos arranjos. A maioria das faixas são velozes e com bastante energia, potencializado pela expressão vocal de Jakke. Os músicos não possuem muita técnica, porém músicos experientes como os do grupo não deixariam nada fora do lugar! A mixagem também está de ótima qualidade!
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FAIXA A FAIXA:
1) Me Kaikki Ollaan.... O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores! Embalada e com certa velocidade, o grande destaque está no arranjo, bem trabalhado, bem como o timbre das guitarras.
2) Kansanmurha. A faixa que dá nome ao álbum também possui certo embalo. É uma boa faixa, com uma progressão harmônica bastante repetitiva na parte A, sendo o destaque o refrão e sua progressão harmônica ascendente.
3) Normaali?. Esta faixa inicia com um certo groove, que não dura muito tempo, pois logo após a velocidade aparece! Sim, a faixa mais veloz até então, com uma ótima progressão harmônica, tanto no refrão quanto na parte A.
4) Vastustan. Esta faixa já é um pouco mais lenta e não tão embalada quanto as anteriores, mas, ainda assim, é uma boa composição, sendo o destaque o riff da guitarra no refrão, bem como arranjos em eventuais trechos.
5) Viimeiseen Hengenvetoon. Considero esta uma das melhores faixas do álbum! Com a parte A quase um reggae, o destaque está no refrão, bem sing-a-long, e na variação de intenção entre as partes. A parte A é bem "truncada", com pouco embalo e muita pausa, o que não acontece no refrão, que é exatamente o oposto.
6) Usko Tai Älä. Esta faixa já é mais embalada, embora não muito veloz. Uma boa composiçõa, porém com nada que chame muita atenção, sendo o destaque o refrão bem sing-a-long.
7) Risteys. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Talvez a faixa mais lenta, mas com ótimo arranjo e um excelente trabalho de dinâmica, sendo o destaque os riffs de guitarra, o trabalho de dinâmica e o refrão e seu desenho melódico.
8) Koska Lanka Palaa?. Esta é uma boa faixa, com destaque para o constante riff de guitarra na parte A. Não muito veloz, mas com um certo embalo, não possui nada de mais, mas não é ruim.
9) Hyvä Paimen. Outra faixa que inicia com um certo groove. Talvez a música que menos me agrada no álbum, apesar de não ser ruim. As alternâncias de intenções rítmicas entre as partes acaba sendo o destaque.
10) Numero. Considero esta a melhor faixa do álbum! A mais veloz, a mais enérgica e a mais embalada! É embalo do início ao fim, bem característico das bandas finlandesas do gênero, sendo o destaque a progressão harmônica do refrão.
11) Ruumiinavaus. Esta é uma faixa bem pesada, não veloz, mas bastante pesada. Na verdade não me agrada muito esta faixa, a parte A com uma cadência harmônica bastante repetitiva e o refrão com uma frase de guitarra que, apesar de não ser ruim, parece não combinar.
12) Valosta Sokeuteen. O álbum finaliza com uma boa faixa, não muito embalada, devido ao ritmo da progressão harmônica, possuindo uma parte B mais pulsante e constante. Nada que se destaque, mas não chega a ser ruim.
Ouça o álbum e conheça o genocídio!

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Ku De Judas - Ao Vivo No Rock Rendez Vous (1985)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Portugal (Alvalade / Lisboa)
FORMAÇÃO:
Autista - João Pedro Almendra (Vocal)
João Ribas (Guitarra)
Serpinha - Fernando Serpa (Baixo)
Bago D'uva - Carlos Aguilar (Bateria)
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Este é o primeiro split, única gravação do grupo, lançado de maneira independente. Esta gravação existe em diferentes registros, em outros splits, uma versão única... enfim, esta versão é de uma demo split com o grupo português Crise Total, porém aqui comento apenas sobre o Ku De Judas. É um split que mostra toda a energia do grupo, com músicas não muito velozes, mas sempre embaladas. Os músicos não possuem muita técnica, existindo frequentes trechos em que erram ou não estão em sincronia. O vocal também não colabora muito, sendo bem escrachado e gritado, estando, também, eventualmente, fora do compasso. Apesar dos pontos negativos citados, o grupo é um dos pioneiros do gênero no país, responsáveis, juntamente com outros grupos, pela ascensão do punk em Portugal. O destaque está na energia do grupo, bem destacada nesta performance ao vivo.
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FAIXA A FAIXA:
1) Obsessão Social. O split inicia com a faixa que menos me agrada, apesar de iniciar com uma boa frase da bateria e uma boa harmonia, porém, logo após, na parte A, ela já começa a ficar bem trivial, sem nada que empolgue, mas não chega a ser ruim. Também não é muito veloz.
2) Anti-Cristo. Esta faixa já é mais acelerada e embalada que a anterior, mas não muito. A progressão harmônica é bem interessante, apesar de simples, sendo este o destaque da composição.
3) Violemos O Presidente. Considero esta uma das melhores faixas do split, com um bom embalo e uma boa progressão harmônica, um vocal com bastante energia e empolgação. O destaque está na parte A.
4) Vítimas Do Sistema. Outra faixa com um bom embalo, mas também com nada de especial, sendo uma composição bem trivial. O destaque está no refrão, na troca brusca de tonalidade e o vocal bem sing-a-long.
5) Anarkia Em Portugal Já!. Esta é uma boa composição, com um bom embalo, apesar de não muito veloz, com uma boa progressão harmônica e melodia da voz, além de possuir um bom refrão, que é o destaque da composição.
6) Suicídio É A Solução. Considero esta uma das melhores faixas do split. Excelente riff de guitarra, um bom embalo, além de possuir um bom trabalho de dinâmica e um refrão bem sing-a-long. O destaque está no arranjo de guitarra.
7) Já Estou Farto. Uma ótima faixa, com um bom embalo e energia. Uma harmonia bem simples, o destaque está no refrão, bem sing-a-long e com uma boa progressão harmônica. Esta faixa me lembra, um pouco, Replicantes.
8) As Histórias Da Minha Avó. Uma das faixas que menos me agrada no split, com uma progressão harmônica bem "alegre" na parte A. O destaque está no refrão. Não é uma faixa veloz, mas possui um bom embalo.
9) Agora Eu Sei. Esta é uma ótima composição, com uma boa introdução, apesar de não muito bem executada. Ela possui um bom embalo, e apresenta influências de Oi!, inclusive devido ao seu refrão, cheio de "Ooo ooo oos", que, aliás, é o grande destaque da faixa.
10) Sniff Bostik. Considero esta a melhor faixa do split, com um ótimo embalo, trocas rápidas de acordes, o destaque está no refrão, bem sing-a-long e com uma boa intenção e progressão harmônica.
11) Quero Ser Eu. Outra faixa que considero das melhores do split! Esta faixa tem a mesma ideia e intenção da música Sex And Violence, do grupo Exploited! Três acordes, com variações de andamento, porém com letra, apesar de existir um refrão repetitivo, lembrando ainda mais a Sex And Violence!
12) Anarkia Em Portugal Já!. Esta faixa é como um bis! O repertório já havia acabado, o grupo não tinha mais nenhuma música diferente para tocar, então repetiram uma das músicas já tocadas. Não mudou muito, sendo bem semelhante à faixa 5, mantendo as mesmas características.
Ouça o split e conheça o ao vivo no Rock Rendez Vous!

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Krewmen - Power (1990)

GÊNERO: Psychobilly
ORIGEM: Inglaterra (Ipswich - Suffolk / East Of England)
FORMAÇÃO:
Tony McMillan (Vocal, guitarra)
Paul Oxley (Baixo acústico)
Steve Piper (Bateria)
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Este é o quinto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Lost Moment. Este é um excelente álbum, o considero, talvez, o melhor do grupo, e é, também, o primeiro com Paul no contrabaixo e o segundo como um trio. É um álbum psychobilly, porém percebemos mais a influência de glam metal e, claro, também, punk rock. Embora existam traços de rockabilly, este álbum, assim como o anterior, já foge bastante da ideia, aproximando-se, mais, ao hard rock. O timbre de voz de Tony lembra bastante o de Joe Wood, do T.S.O.L., sendo um dos destaques junto com os riffs de guitarra e arranjos. O álbum possui um bom embalo e eventuais faixas mais aceleradas. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Devils Lair. O álbum inicia com uma ótima faixa, uma das mais velozes do álbum, se não a mais veloz! Um ótimo riff de guitarra e uma progressão harmônica bem interessante, sendo o destaque a velocidade e embalo.
2) Miranda. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, embora seja uma boa composição, possuindo uma introdução bem intimista, com um clima sombrio. Lembra, um pouco, música cigana, sendo, assim, um psychobilly cigano! Possui uma boa melodia e intenção, que é grande destaque.
3) Undead. Considero esta uma das melhores faixas do álbum! Um psychobilly com fortes traços de punk rock, existindo diferentes intenções, sendo o refrão o grande destaque, embora a parte C mereça atenção devido à velocidade e embalo. O interessante é o efeito do phaser usado na guitarra.
4) The Rats. Outra faixa muito boa, com um excelente trabalho de dinâmica e intenção, sendo, no geral, uma composição bem intimista. Embora não parecida, a parte A me lembra a música D.M.S.O., do Dead Kennedys! Quando não está no clima intimista, a velocidade e embalo estão presentes!
5) Anymore. Esta já soa mais como um psychobilly clássico, com aquele shuffle carcaterístico do rockablilly, possuindo um bom embalo. O destaque está, justamente, no embalo, mas também o refrão merece atenção, principalmente devido à progressão harmônica.
6) Stone. Talvez a faixa que mais aparenta influência do rockabilly, também com um ótimo embalo e a levada em shuffle, o grande destaque está no refrão, principalmente devido à progressão harmônica, mas, também, ao arranjo.
7) Get Lost. Considero esta a segunda melhor faixa do álbum! Simplesmente sensacional! Uma progressão harmônica bem glam metal, porém, ainda assim, soa um psychobilly! Não muito veloz, mas com um excelente embalo e arranjo, o grande destaque está no arranjo de guitarra, embora o trabalho de dinâmica também mereça atenção.
8) Two Souls. Outra faixa que acho excelente, com um ótimo riff de guitarra e um bom embalo. O trabalho de dinâmica merece atenção, embora o destaque seja o refrão, mas o verdadeiro destaque está na parte C, com uma excelente progressão harmônica e um desenho melódico da voz sensacional.
9) Knight Moves. Considero esta a melhor faixa do álbum! Com certeza a faixa mais pesada e a que mais se assemelha ao glam metal e hard rock. Possui excelentes riffs de guitarra e uma ótima intenção, sendo o grande destaque o refrão, principalmente devido ao arranjo, mas também progressão harmônica e desenho melódico da voz.
10) Back To The Ball. O álbum finaliza com mais uma boa faixa, um psychobilly com pitadas de jungle. Ótimos riffs de guitarra e um vocal mais grave e intimista, possuindo um ótimo embalo. O grande destaque está na intenção.
Ouça o álbum e sinta o poder!

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Kompost - Dethrone Christ (1993)

GÊNERO: Doom Metal
ORIGEM: Holanda (Uden / Brabante do Norte)
FORMAÇÃO:
Theo (Vocal)
Frank (Guitarra)
Erwin De Wit (Baixo)
Stef (Bateria)
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Este é o primeiro split, e único trabalho, lançado pelo grupo, através do selo Chaos. Este é um split com o grupo belga Agathocles, porém aqui comento apenas sobre as faixas do Kompost. Embora eu tenha classificado como doom metal, possui influências de death metal e crust core. As músicas são arrastadas, mas não o tempo todo, existindo trechos mais velozes, incluindo partes com blast beat. O selo responsável pelo lançamento pertence ao baixista do grupo, e este é o primeiro trabalho lançado. A qualidade da gravação deixa a desejar, estando muito abafado e com volume baixo, creio que a causa é o fato de ter muito tempo para um lado de compacto 7', o que prejudica a qualidade. De qualquer forma, são boas composições, com bastante distorção e vocal gutural.
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FAIXA A FAIXA:
1) Dethrone Christ. O split inicia com a faixa que considero a melhor. Não muito veloz, com uma progressão harmônica bastante repetitiva, com uma ideia bem minimalista, muita distorção e vocal gutural, o destaque está no arranjo da bateria.
2) Traumatic Remains. O split finaliza com uma faixa mais doom que a anterior, mais lenta e arrastada, porém com a harmonia não tão repetitiva, existindo eventuais trechos mais velozes e embalados. O destaque está no arranjo e suas variações de intenção.
Ouça o split e comece a destronar cristo!

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Knox - Plutonium Express (1983)

GÊNERO: Rock
ORIGEM: Inglaterra (Cricklewood - Greater London / Londres)
FORMAÇÃO:
Knox - Ian Carnochan (Vocal, guitarra, teclado)
Anthony Thistlethwaite (Saxofone)
Dave Birch (Guitarra)
Mike Connaris (Baixo, guitarra, teclado)
Andy Duncan (Bateria)
Pete Woolescroft (Percussão)
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Este é o primeiro, e único, álbum lançado pela carreira solo do artista, através do selo Razor. Para quem não sabe, Knox foi membro fundador do grupo Vibrators, um dos pioneiros do punk rock britânico. Este álbum foi lançado em um período em que o Vibrators havia parado. É um bom álbum, porém muito mais fraco que os álbuns do grupo inglês, imaginem um álbum do Vibrators sem drive ou distorção e com menos energia, pois é isso que vocês irão ouvir aqui! As composições soam bastante como o Vibrators, porém os arranjos não. Classifiquei como rock, porém existem fortes influências de punk rock e new wave, este último, percebe-se, é a intenção do arranjador e produtor, também baixista, Mike Connaris. O álbum conta com a participação de Matthew Seligman tocando baixo, bem como as participações de Paul Rowland, Robin Hitchcock e Scarlet Von Vollerman nos backing vocals. Não é um álbum veloz e também não muito embalado e sem muita energia, o destaque está, realmente, nas composições e arranjos de guitarra, mas é um bom álbum, tranquilo, para se ouvir sossegado!
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FAIXA A FAIXA:
1) Goin' Uptown. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor! Com certeza a faixa mais punk rock! Na verdade, esta é uma faixa punk rock! Uma ótima frase da guitarra na parte A, com um bom embalo, bateria conduzindo apenas na caixa e uma cadência harmônica bastante interessante na parte A, o grande destaque.
2) Streetheat. Esta faixa possui um efeito no baixo bem new wave! Aqui já aparece a influência new wave, a velocidade diminui bastante, as guitarras têm um arranjo bem suave, quase não soltam acordes, apenas brilhos. O destaque está no refrão e a frase constante da guitarra, tornando tudo bem marcante, fácil de lembrar.
3) Shoot Shoot. Esta faixa já é um pouco mais acelerada que a anterior, porém é mais alegre e também possui um arranjo bem suave, embora a guitarra apareça mais! É uma composição bem punk rock, porém com um arranjo mais leve, tentando soar new wave!
4) Plutonium Express. A faixa que dá nome ao álbum tem a cara dos anos 80! Também uma composição bem punk rock, porém com arranjo mais leve, com a parte A lembrando muito as bandas de surf music que viriam a surgir anos mais tarde! O destaque está na composição, em especial a melodia.
5) One Time. Outra faixa bem suave, iniciando com um violão arpejado, bem minimalista, e, aos poucos, os demais instrumentos vão aparecendo, a iniciar pelo contrabaixo, seguido da guitarra e teclado, para só então aparecer a bateria. Talvez a faixa mais new wave do álbum, mas uma boa composição, sendo o destaque a cadência harmônica. A faixa mais "experimental" até então.
6) Lucy's Cryin' Again. Considero esta uma das melhores faixas do álbum! Outra que soa mais punk rock, com um pequeno drive na guitarra. O destaque está na parte A, embora o refrão seja bem sing-a-long. Esta soa, um pouco, como as bandas de rock dos anos 60!
7) Love Is Burning. Outra faixa que considero das melhores do álbum! Também uma composição bem punk rock, mas com traços do pós punk. O destaque está no refrão e sua frase que lembra, e muito, Vibrators! Talvez a faixa mais Vibrators de todo álbum!
8) Last Broken Heart. Outra faixa muito boa, com um arranjo, em especial na parte A, bem new wave, com o baixo executado com notas pausadas, enquanto a guitarra aparece eventualmente para dar um "brilho". O refrão já soa mais rock.
9) Dream Factory. Esta é, com certeza, a faixa mais experimental do álbum, e é nela que aparece a participação de Matthew tocando contrabaixo. Ela inicia com uma intenção bem futurista, o que é aprimorada devido à efeitos. Depois a música soa um rock, com cara de punk rock, mas com arranjo e intenção new wave, em especial devido aos backing vocals.
10) Tired Of Living With You. O álbum finaliza com uma faixa mais embalada, semelhante às características da faixa 4! Também lembra bandas de surf music que viriam a surgir, possuindo um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque o embalo e melodia.
Ouça o álbum tomando um expresso de plutônio!