quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Out Of Condition - Perceiving Symptoms Of A Dying Conscience (2004)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Suiça (Wallisellen / Zurique)
FORMAÇÃO:
Philipp Ziegler (Vocal)
Frank Näf (Guitarra)
Roger Beer (Guitarra)
Thomas Eberle (Baixo)
Andy Höfler (Bateria)
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Este é o primeiro, e único, álbum lançado pelo grupo, através do selo 808, e foi gravado no estúdio Alphaomega. Este é um excelente álbum, com uma excelente qualidade de gravação, músicas muito bem arranjadas, muito bem tocadas, existindo bastante técnica por parte dos integrantes. É um álbum bem veloz e embalado, embora hajam trechos mais cadenciados e outros não embalados. Diversas variações rítmicas, frases, muitas vezes, em sincronia entre os instrumentos, além de possuir um bom timbre de voz, bem como linhas melódicas bem desenhadas. Pouca informação sobre o grupo eu encontrei, creio que o grupo tenha durado menos de 10 anos, iniciando a carreira ainda no século XX, mais precisamente em 1998, tendo lançado seu primeiro registro em 2001, sendo este um EP. O curioso é que o álbum foi lançado por um selo da República Tcheca! Vale a pena conferir! Um álbum com a pegada do hardcore melódico dos anos 90, mas com a "cara e a roupagem" dos anos 2000, tanto pela mixagem, quanto pelas composições e arranjos, ou seja, a essência é dos anos 90, mas acaba soando como um hardcore melódico típico dos anos 2000!
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FAIXA A FAIXA:
1) All On My Own. O álbum inicia com uma boa faixa, bastante veloz, já mostrando o que virá no decorrer do álbum! Com trechos embalados, mas existindo, na parte A, um trecho bem cadenciado e menos veloz, a composição possui boas frases de guitarra e um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque o arranjo.
2) Blinded By Rage. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Com uma boa frase da guitarra na introdução, executada com palhetadas velozes, bastante velocidade, frases oitavadas, e um bom desenho melódico da voz, o destaque está no refrão.
3) Fight Back. Outra boa composição, também bem veloz e embalada, mas alternando com trechos mais cadenciados, o arranjo de guitarra, assim como o desenho melódico da voz são os destaques, existindo eventuais bons contracantos.
4) Shallow Mind. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, sendo a menos veloz. Não é uma composição ruim, mas longe de me agradar como as outras, sendo o destaque o arranjo do refrão. O arranjo rítmico também merece atenção.
5) The Scar. Esta é outra faixa que considero das melhores. Bastante veloz, existindo trocas rápidas de acorde, um bom arranjo, com frequentes pausas na introdução, bem como eventuais variações rítmicas, possuindo trechos mais cadenciados.
6) Cold Shadow. Outra boa composição, com uma excelente frase de guitarra na introdução, lembrando alguma banda de heavy metal. Não muito veloz, mas com um ótimo trabalho de dinâmica, o refrão é o grande destaque, devido ao desenho melódico da voz.
7) Revolution. Considero esta a melhor faixa do álbum. Mais uma vez bastante veloz, com uma excelente introdução, com frases de guitarra oitavadas, um excelente arranjo, em especial das guitarras, o refrão é mais cadenciado, sendo bem sing-a-long. O trabalho de dinâmica também merece atenção, sendo o arranjo o destaque, na minha opinião.
8) Wipe Off The Blood From My Heart. Outra boa composição, com um bom arranjo, esta alternando entre o veloz e trechos mais cadenciados, possuindo boas frases de guitarra e um bom desenho melódico da voz.
9) What's Right For Me. Mais uma ótima composição, bastante veloz, com um ótimo arranjo e um bom desenho melódico da voz, o destaque, mais uma vez, está no arranjo das guitarras, possuindo um refrão mais cadenciado, com boas variações rítmicas.
10) Memories Remain. Mais uma boa composição, com um excelente arranjo de guitarra, possuindo boas frases sincronizadas entre intervalos harmônicos entre as duas guitarras, sendo, justamente, este o grande destaque. O refrão é mais cadenciado e a parte A mais veloz.
11) The Weight Of Our Existence. O álbum finaliza com uma das faixas que considero das melhores. Mais uma vez um excelente arranjo, bastante velocidade, ótimas frases oitavadas da guitarra, bem como um ótimo arranjo rítmico, mantendo o embalo, possuindo eventuais trechos mais cadenciados.
Ouça o álbum e fique percebendo sintomas de uma mente moribunda!

sábado, 25 de setembro de 2021

Operation Ivy - Radio Daze (1999)

GÊNERO: Ska Core
ORIGEM: EUA (Berkeley - Alameda / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Jesse Michaels (Vocal)
Lint - Timothy Armstrong (Guitarra)
Matt McCall - Matthew Freeman (Baixo)
Dave Mello - David Melo (Bateria)
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Álbum lançado em 1999, porém com gravações de 1988, através do selo Spiked Belts And Beer, e foi gravado nas rádios KSPC e WMFU. O álbum conta com duas gravações diferentes, ambas em apresentações ao vivo em emissoras de rádio, uma da Califórnia e outra de Nova Jersey, sendo a primeira em 17 de Março de 1988 e a segunda em 21 de Abril do mesmo ano. O álbum conta com apenas 15 composições, apesar das 26 faixas, já que muitas delas se repetem, pois foram apresentadas nos dois momentos. Sou um grande fã do grupo, escuto há uns 30 anos e nunca enjoei! A qualidade da gravação de ambas as apresentações deixam a desejar, porém, em compensação, a energia do grupo está ali, bem fiel e evidente, sem nenhum tipo de edição. Talvez os precursores do ska core?! Sim ou não, o fato é que eles influenciaram toda uma geração que viria a surgir poucos anos mais tarde e que acabou se consolidando como um forte movimento dos anos 90. Este movimento pode ser visto como precursor dentro do hardcore, porém já é a terceira "onda forte" do ska, porém a primeira envolvendo o hardcore. É um ska core, mas o hardcore é bem ao estilo skate punk, com composições bem embaladas, um bom trabalho de dinâmica, sendo o destaque, na minha opinião, os arranjos e linhas do contrabaixo, Matt sempre foi uma influência pra mim como baixista. Existindo brechas para improvisos, o trabalho vocal é outro ponto a ser observado, bastante criativo, utilizando, frequentemente, duas vozes. O álbum ainda conta com uma faixa cover.
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FAIXA A FAIXA:
1) Healthy Body Artificial Life. O álbum inicia com duas composições em uma única faixa. São duas ótimas composições, a primeira bem ska e a segunda já com mais toques do skate punk / hardcore do grupo, embora a pegada ska seja bem evidente.
2) The Crowd. Esta já uma composição mais embalada e veloz, um dos grandes clássicos do grupo, ela não possui nada de ska, é bem skate punk, ao estilo Adolescents. Um refrão sing-a-long e uma boa progressão harmônica.
3) Junkies Runnin' Dry. A faixa mais veloz até então, bem embalada. O ruim é que a partir desta faixa, o vocal quase não se escuta, fica muito baixo, vindo a melhorar em faixas posteriores. De qualquer forma é uma ótima composição, bem embalada e com um refrão bem sing-a-long.
4) Here We Go Again. Esta é uma composição bem ska, porém, mais uma vez, o vocal pouco se ouve, prejudicando a qualidade da ótima composição. Quase o tempo todo em ska, ela possui eventuais trechos distorcidos, puxando para um skate punk. Mais uma vez o trabalho de dinâmica e as duas vozes merecem atenção.
5) Yellin' In My Ear. A composição começa com uma ótima frase de guitarra, para, logo em seguida, se tornar um ska na parte A e um skate punk no refrão. Uma ótima composição, bem embalada e com um refrão sing-a-long.
6) Cretin Hop. Eis que surge a faixa cover. Esta é uma composição do grupo Ramones e foi gravada, originalmente, pelo grupo, em 1977. Bem fiel à versão original, mantendo a mesma estrutura e arranjo, ficou uma boa versão, mas, na minha opinião, Operation tocando Operation é mais bacana do que Operation tocando Ramones!
7) Bombshell. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, bem veloz e embalada, ela não tem nada de ska, é um skate punk bem evidente, com um bom refrão e uma boa frase da guitarra, bem como as frases do baixo.
8) Old Friendships. Uma composição bem embalada, com nada ska, mais uma vez, ela possui um bom trabalho de dinâmica, bem como uma boa linha de baixo.
9) Sleep Long. Composição com um excelente refrão, bem sing-a-long, esta é bem embalada e veloz, com nada ska, mais uma vez, sendo o destaque o arranjo do contrabaixo, com linhas bem movimentadas, em especial no refrão. Trocas rápidas de acorde e um sutil, mas bom, trabalho de dinâmica, existindo um trecho mais cadenciado.
10) Hedgecore. Esta é uma faixa que mescla o ska com o skate punk, sendo mais ska, apesar de alternar. Esta faixa possui um trecho bem interessante para improvisação no final, a qual o andamento reduz, perdendo um pouco o embalo.
11) Plea For Peace. Outra faixa que considero das melhores do álbum, bem veloz e embalada, mas com um arranjo que acaba cadenciando em alguns trechos e no refrão, que, aliás, é bem sing-a-long. Mais uma vez as duas vozes merecem atenção.
12) I Got No. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Também bem embalada, apesar de não muito veloz, com uma excelente linha de baixo, que, na minha opinião, é o grande destaque, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
13) Hangin' Out. Mais uma faixa que considero das melhores do álbum, bem veloz e embalada, esta é bem skate punk, com nada ska, bastante energia e, mais uma vez, o refrão bem sing-a-long, além de trocas rápidas de acorde.
14) Left Behind. Esta é a faixa que finaliza a primeira apresentação, na rádio KSPC, da Califórnia. Uma composição que alterna entre trechos velozes e outros mais cadenciados, possuindo uma excelente linha de baixo e um refrão bem sing-a-long.
15) Here We Go Again. Aqui começa a apresentação na rádio WMFU, de Nova Jersey. Esta composição é a mesma da faixa 4, porém está mais expressiva e veloz, além de possuir um timbre de baixo bem "roncado", dando mais peso. Considero esta uma das melhores faixas do álbum.
16) Junkies Runnin' Dry. Outra faixa que considero das melhores do álbum. É a mesma composição da faixa 3, porém, aqui, o vocal é possível ouvir!
17) Hoboken. Outra faixa bem veloz e embalada, ela não possui nada de ska, sendo o destaque as pausas de pequena duração, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
18) Artificial Life. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Esta composição já apareceu na faixa 1. Ambas as versões estão muito boas, porém aqui ela está individual, sem estar com outra música na mesma faixa!
19) Plea For Peace. Esta composição é a mesma da faixa 11, porém me agrada mais a versão anterior, esta parece um pouco embolada. O timbre que antes ajudou, aqui acabou prejudicando.
20) Sleep Long. Esta composição é a mesma da faixa 9, porém ainda me agrada mais a versão anterior, mais definida devido à equalização e timbres.
21) Healthy Body. A mesma composição que inicia o álbum, esta está mais suja, mas bem interessante, embora ainda prefira a versão anterior.
22) Hedgecore. Esta é a mesma composição da faixa 10, porém esta versão é infinitamente melhor, principalmente, devido ao final da faixa e sua improvisação. Considero esta uma das melhores faixas do álbum.
23) The Crowd. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. É a mesma composição da faixa 2, porém a equalização está com melhor qualidade nesta versão.
24) I Got No. Esta é a mesma composição da faixa 12, porém a qualidade da versão anterior é melhor. Esta versão possui um abafado vindo da fita cassete.
25) Hangin' Out. Esta é a mesma composição da faixa 13, porém a qualidade da faixa anterior está melhor, devido à gravação, à equalização e timbres.
26) Yellin' In My Ear. O álbum finaliza com a composição que é a mesma que a da faixa 5, porém considero a versão anterior melhor, devido à qualidade de gravação.
Ouça o álbum e conheça o atordoamento de rádio!

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

One More Beer - ...Or Three (2001)

GÊNERO
: Hardcore Melódico
ORIGEM: Brasil (Porto Alegre / Rio Grande do Sul)
FORMAÇÃO:
Giovanni Brasil (Vocal)
Simpson - Frederico Klinkovski (Guitarra)
Risada - Marco Antônio (Guitarra)
Carlos Martins (Baixo)
Luciano Noll (Bateria)
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Este é o primeiro, e único, single lançado pelo grupo, de maneira independente, e foi gravado no estúdio 1000. Sou suspeito para falar, já que tive participação nos arranjos, composições e fui responsável pelas gravações do contrabaixo. Ainda uma gravação em rolo (nos últimos tempos antes das gravações digitais, já, inclusive, dividindo espaço nos estúdios de gravação), este single foi gravado em três momentos diferentes, um para cada faixa, o que explica as diferentes mixagens entre elas. As músicas são embaladas, alternando entre momentos velozes e outros mais cadenciados, muitas vezes, na mesma composição. A arte da capa nunca foi finalizada, é uma arte do guitarrista e vocalista do grupo Ai Meu Rim, o Pocka (Eduardo Licks). Lembro de quando começamos as gravações destas músicas, foi o dinheiro que arrecadamos com a organização do show do Lagwagon em Porto Alegre que conseguimos fazer este registro, o único do grupo, além de uma fita demo, gravada direto do ensaio em um micro system! Já fiz uma resenha sobre ela, em 2010, confira aqui. Logo depois destas gravações, a banda se manteve constantemente ativa por mais 10 ou 12 meses, aproximadamente, e então inúmeros fatores começaram a complicar a continuidade do grupo, começando com a internação em uma clínica do Simpson, passando pelo menor tempo que eu tive após entrar no grupo Atrack, pelos inúmeros ensaios desmarcados pelo Luciano que resolvia sair com a namorada 30 minutos antes do ensaio ou pela falta de dinheiro para os ensaios do Giovanni, até a saída do Risada do grupo, quando, em seu lugar, entrou o guitarrista da Semi Insano, Chiquita (Francisco Johann), isso já em meados de 2003. O grupo fez sua última apresentação na Fábrica. Uma antiga fábrica no bairro São Geraldo, em Porto Alegre, onde havia diversos palcos e vários shows simultâneos acontecendo, cada espaço com seu gênero específico, podendo o público ter acesso a qualquer um dos espaços. Foi para fechar a (curta) história do grupo com chave de ouro! Já com esta última formação, com o Chiquita na guitarra, no lugar do Risada, o público, em coro, pediu bis, e tivemos que repetir algumas músicas e tocar outras que ainda não estavam bem prontas, mesmo com várias falhas, pois não estavam bem ensaiadas. Tivemos que sair porque já tínhamos ultrapassado o tempo, mas o público ainda queria mais! Como disse, pra fechar com chave de ouro! Este show foi no final de 2004, em Novembro. Logo após o Luciano se mudou para Montenegro (cidade há 60 km de Porto Alegre), e 3 meses mais tarde eu viria a me mudar para a mesma cidade. A banda não estava oficialmente acabada, mas os ensaios estavam cada vez mais escassos. Porém, na metade do ano, em Julho, a banda oficialmente acabou após a morte do guitarrista Simpson. Como um dos fundadores do grupo, não havia como continuar, mas sua memória e seu talento conseguiram ficar registrados, pelo menos uma parte, em seus solos, riffs e fúria nas palhetadas gravadas nas músicas deste single, e, sempre que ouvir, irei lembrar dos momentos, quase 10 anos (9 para ser mais exato) de parceria para fazer um som. Todas as músicas que tiramos e tocamos juntos, os shows, as festas e curtições. Hoje fico extremamente feliz de podermos ter conseguido manter este registro após 20 anos, muito, em homenagem ao meu eterno camarada e guitarrista: Simpson. Espero que, de algum lugar, de alguma forma, tu consiga ouvir e curtir estas músicas quando alguém as escutar! Valeu, Simpson!
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FAIXA A FAIXA:
1) More Beer. Esta foi a segunda música que gravamos e, coincidentemente, a segunda música que compusemos! Na minha opinião, a que ficou com a melhor qualidade. Composição e letra do Giovanni, com arranjos meus e do Luciano. Me agrada bastante o arranjo para ela, tanto nas variações rítmicas, mas como nos riffs da guitarra, as linhas do baixo e o arranjo da bateria e, claro, o solo do Simpson! Não muito veloz, mas com boas variações e um bom embalo, a velocidade aparece apenas no momento do solo. Considero esta a faixa em que o timbre de voz do Giovanni mais me agrada.
2) Somos Estranhos. Esta foi a primeira música que gravamos e a terceira música que compusemos. Esta é uma composição minha, do Giovanni e do Simpson, porém com a participação de todos no arranjo e letra do Simpson. Sempre gostei muito desta composição, era uma das minhas preferidas, adorava tocar, com várias partes e frases, pausas de pequena duração, inversões, intervalos, variações rítmicas, cadências, além de um excelente desenho melódico da voz, embora em um tom um pouco alto, hoje, talvez, eu baixaria um tom em relação à versão original. A faixa mais veloz do single, o destaque, na minha opinião, está no arranjo da bateria pelo Luciano, extremamente criativo e pouco repetitivo, com ideias fixas, mas variadas, além de detalhes em sincronia com o baixo. Com certeza a faixa que considero a melhor do single.
3) Lost Time. O single finaliza com a última das faixas que gravamos, e aqui os problemas já estavam começando, já que no dia da gravação o Simpson não apareceu e nem deu satisfação! Aliás, nós nem iríamos gravar esta música, a ideia era gravar Muitos Ligam Pra Valores, também conhecida como Sociedade! Mas com a ausência do Simpson, optamos por gravar esta composição por se tratar de uma música na qual a participação do Simpson não seria tão essencial, tendo, assim, o Risada gravado todas as guitarras. Esta é uma composição do Simpson, do Giovanni e minha, com letra do Giovanni e arranjo com a contribuição de todos os integrantes, e foi a quinta música que compusemos. Me agrada bastante o arranjo da bateria na introdução, possuindo um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque, na minha opinião, modéstia à parte, o arranjo do baixo, com uma boa linha, bem como um bom uso, apesar de simples, da quinta corda, além de contar com um solo! Mais uma faixa não muito veloz, mas com um bom embalo, além de uma boa frase de guitarra, surgindo a velocidade quando do solo do contrabaixo.
Ouça o single uma vez, duas... ou três!

sábado, 18 de setembro de 2021

Omega - The Prophet (1985)

GÊNERO: NWOBHM
ORIGEM: Inglaterra (Londres / Londres)
FORMAÇÃO:
Nick Brent (Vocal, guitarra)
Steve Grainger (Guitarra, teclado)
Dave Robertson (Baixo)
Graham Roberts (Bateria)
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Este é o primeiro, e único, álbum lançado pelo grupo, através do selo Rock Machine, e foi gravado no estúdio Flame. É um ótimo álbum, possui uma intenção e atmosfera bem peculiar e hipnotizante, as composições são extremamente bem arranjadas, além de serem bem pensadas. A grande maioria das composições possuem uma intenção bem intimista, com uma ambientação hipnotizante, muitas vezes gerada pelos efeitos de teclado e sintetizador, algo que nos transporta, automaticamente, para os anos 80! Embora eu tenha classificado como NWOBHM, existem influências de heavy metal, rock progressivo, AOR e hard / glam, com doses bem homogêneas, dificultando a rotulação de um gênero. Lembra uma mistura de Motörhead, Iron Maiden, Black Sabbath, Judas Priest e alguma banda qualquer de hard / glam dos anos 80! O grande destaque, na minha opinião, estão nos arranjos de guitarra e nas ambientações e intenções dos arranjos, sempre muito bem expressivos. As composições são bem trabalhadas, sem muita velocidade e possuindo eventuais momentos embalados, com boas melodias, bem como variações de cadência. O ponto fraco, na minha opinião, está na expressão vocal, um pouco "suave" demais, sem muita energia. Digamos que temos guitarras de heavy metal, teclados de rock progressivo, vocal AOR e baixo e bateria perdidos em um limbo no meio desta mistura, percorrendo um pouco em todas estas intenções! O álbum ainda conta com uma faixa cover. Um excelente álbum, talvez um pouco "obscuro", até por ser o único trabalho do grupo, mas, com certeza, bastante qualidade. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) The Dark. O álbum inicia com uma composição bem intimista, mantendo uma levada em shuffle, possuindo um ótimo trabalho de dinâmica, além de possuir o melhor arranjo vocal entre todas as faixas, na minha opinião, em um cero momento, ela poderia ser facilmente confundida com uma composição do Motörhead! Nada veloz, mas com um embalo constante, o destaque está no trabalho de dinâmica, existindo um trecho com frases de guitarra bem ao estilo Iron Maiden.
2) Shadows Of The Past. Outra faixa nada veloz, esta com uma intenção bem blues, lembra bastante Black Sabbath. Um bom trabalho de dinâmica, embora não tão evidente quanto à faixa anterior. Destaque para os riffs de guitarra e para a parte B, onde existe uma variação de andamento, deixando a composição mais embalada.
3) The Prophet. A faixa que dá nome ao álbum é uma composição bem conceitual, com diversas partes diferentes, bem ao estilo do rock progressivo. Não veloz, mas com um bom embalo, o grande destaque está no trabalho de arranjo e intenção.
4) Yesterday's Children. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, já mais embalada que as faixas anteriores, e um pouco mais veloz, esta possui um excelente arranjo de guitarra, com ótimos riffs, além de possuir uma frequente divisão rítmica em "cavalgada", bem como um refrão bem sing-a-long.
5) Drive Me Crazy. Esta é a composição mais simples de todo álbum, com certeza a faixa de trabalho do álbum, pois possui menor duração, refrão bem sing-a-long, embalo e um arranjo bem hard / glam, se assemelhando com muitas bandas da época, embora os timbres e riffs de guitarra se assemelhem a Judas Priest.
6) Day Tripper. Eis que surge a faixa cover do álbum! Esta é uma composição de John Lennon e Paul McCartney, e foi gravada, originalmente, em 1965, pelo grupo Beatles. Um novo arranjo para a composição, mais metal, com riffs de guitarra com a cara dos anos 80, bem como um baixo pedal, além de um maior andamento. Uma boa versão, bem diferente da original, mas sem deixar de lado a essência da composição.
7) The Child. O álbum finaliza com a faixa que considero a melhor. Extremamente bem ambientada, com uma intenção bem evidente e muito bem expressada, esta é uma composição extremamente simples, mas com um arranjo que faz toda a diferença. Possuindo certo embalo, apesar de pouca velocidade, ela possui um refrão bem sing-a-long, sendo o grande destaque, na minha opinião, o desenho melódico da voz e as variações de intenção entre as partes. Uma excelente faixa, para finalizar o álbum de maneira grandiosa, elevado pelo ótimo trabalho de dinâmica.
Ouça o álbum e conheça o profeta!

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Oi Polloi - Fuaim Catha (1999)

GÊNERO: D-Beat
ORIGEM: Escócia (Edinburgh / Edinburgh)
FORMAÇÃO:
Degsy - Deek Allen (Vocal)
Red (Guitarra)
R. Sole (Baixo)
Murray Briggs (Bateria)
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Este é o terceiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Skuld. É um ótimo álbum, uma paulada na orelha, porém com influências de street punk e oi!, com a grande parte das faixas bem velozes e embaladas, com a harmonia com trocas rápidas de acorde, muitos riffs e um vocal bem expressivo e rasgado, o timbre da guitarra sempre com efeitos de distorção com alto ganho, existindo eventuais trechos mais lentos. Lembra bastante Ratos de Porão com pitadas de Exploited, porém com um toque street punk um pouco mais evidente. Os arranjos são bem pensados, apesar de não muito complexos, sempre com tudo "no lugar". O curioso é que os integrantes do grupo valorizam a língua nativa de seu país, o escocês gaélico, possuindo algumas faixas, bem como o título do álbum, escritas nesta língua, se não bastasse, os integrantes se comunicam, comumente, entre si, através do escocês gaélico! Outro dado curioso é que o encarte do LP vem com um livreto de páginas a qual consta os ideais e ideias do grupo. Vale a pena conferir, uma paulada na orelha, muita energia, velocidade, embalo e expressão!
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FAIXA A FAIXA:
1) The Earth Is Our Mother. O álbum inicia com uma faixa que é bem uma introdução, sem harmonia, apenas ritmo, ela possui uma levada rítmica bem tribal, se apropriando apenas de tambores, enquanto um texto é declamado. Quem declama é um cara chamado Alfie.
2) Terra-1st. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, bastante veloz e embalada, ela possui trocas rápidas de acorde, bem como palhetadas rápidas e um vocal bem expressivo, possuindo um trecho mais cadenciado pouco antes do final.
3) Take Back The Land. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Bastante veloz e embalada, ela possui uma harmonia baseada em dois acordes, com trocas rápidas, além de um vocal bem expressivo, mais uma vez. O refrão possui certo groove, variando a intenção rítmica, o que acontece outra vez, mais para o final da faixa, porém, sem o groove, mas, sim, com ska.
4) Religious Con. Esta é uma boa composição, mas, ainda assim, é a faixa que menos me agrada no álbum. Já mais lenta e menos embalada, esta possui, mais uma vez, a participação de Alfie declamando um texto. Esta possui um bom groove na linha do baixo na parte A, sendo este o grande destaque.
5) Don't Burn The Witch. Outra boa faixa, não muito veloz, mas com um excelente riff, que é o destaque da composição. O refrão possui uma harmonia igual à de Never Say Die, do Black Sabbath! Apesar de não veloz, ela possui um bom embalo.
6) The Right To Choose. Aqui a velocidade volta a aparecer, após uma longa introdução, bem minimalista, mas com um arranjo bem pensado. O destaque está na parte A e suas palhetadas velozes de guitarra, embora o refrão possua o mesmo embalo e velocidade. 
7) Fuck Everybody Who Voted Tory. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, ela possui, na introdução, uma harmonia bem "alegre", enquanto, mais uma vez, Alfie declama um texto. Logo após, na parte A, surge a velocidade, as palhetadas rápidas e o vocal expressivo, as principais características do álbum, existindo um trecho mais cadenciado.
8) Sios Leis A' Ghniomhachas. Esta é uma faixa instrumental, bem curta, que destoa do restante do álbum, sendo esta uma composição com a melodia com caraterísticas típicas do folclore escocês, existindo, inclusive, a utilização de um banjo. Com pouca duração, ela soa quase como um bluegrass, porém com a cara britânica!
9) G.L.F.. Outra faixa bem veloz, embalada e com vocal expressivo, esta sem muitos detalhes, a não ser por uma ponte entre as partes, sendo parte A e parte B. Destaque para os acentos existentes, tanto no refrão como na parte A.
10) Willie McRae. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Bem street punk, esta foge do estilo punk das demais faixas. Quase um oi!, esta é mais lenta, mas bem embalada, possuindo um refrão bem sing-a-long. Destaque para a (simples) progressão harmônica.
11) Deathcafe. Outra faixa bem veloz e embalada, voltando às características do álbum. Uma boa progressão harmônica, o destaque está no refrão e sua linha de baixo, mantendo sempre o embalo da composição. Uma boa composição, mas com nada de especial.
12) Your Beer Is Shit And Your Money Stinks. Outra excelente composição, esta mantém as características típicas do álbum, sendo o destaque o refrão, bem embalado e bem sing-a-long, além de possuir uma ótima progressão harmônica.
13) Sell-Out. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Mais uma vez bem street punk, possuindo uma excelente frase da guitarra, um ótimo arranjo, com destaque para as variações de cadência, mas, principalmente, a parte A. Não muito veloz, mas bem embalada.
14) No More Roads. Talvez a faixa mais "leve" do álbum! Parece que eles quiseram flertar com o pop punk, em alta na época, mas não combinou muito! Não chega a soar como pop punk, mas percebe-se a influência. Esta mais para um punk rock, bem embalado, mas não muito veloz.
15) Hunt The Rich. Com uma introdução que lembra bastante o início dos anos 90, logo a velocidade e embalo, junto com o vocal expressivo, surgem. Com trocas rápidas de acorde, a composição possui variações de cadência, eventualmente, possuindo certo groove. Uma boa composição, com destaque para o arranjo.
16) Mindrot. Outra paulada na orelha, mantendo as características típicas do álbum: velocidade, embalo, vocal expressivo e trocas rápidas de acorde. Destaque para as pontes, com arranjo que variam a intenção, além de possuir um bom refrão. Destaque para o arranjo de guitarra.
17) Anti-Police Aggro. O álbum finaliza com a faixa que considero a melhor! Uma excelente progressão harmônica, com uma ótima frase de guitarra e certo groove na introdução, o destaque está na parte A e sua progressão harmônica e embalo. Também bem street punk, a linha de baixo merece atenção. Para fechar o álbum com chave de ouro!
Ouça o álbum e conheça o som da batalha!

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Offspring - Pretty Fly (For A White Guy) (1998)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: EUA (Garden Grove - Orange / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Dexter Holland (Vocal, guitarra)
Noodles - Kevin Wasserman (Guitarra)
Greg K. - Gregory Kriesel (Baixo)
Ronald Welty (Bateria)
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Este é o décimo single lançado pelo grupo, após 4 álbuns de estúdio, através do selo Columbia, e foi gravado no estúdio Eldorado. É um ótimo single, lançado uma semana antes do lançamento do álbum seguinte, sendo este o primeiro single a promover o quinto álbum de estúdio do grupo. Já havia feito uma resenha deste single em 2010, confira aqui! O single possui 3 versões da mesma composição, sendo uma a original, um remix e outra com quase nada de diferente, a não ser o timbre de voz de algumas falas, além de contar com uma faixa ao vivo, pertencente ao álbum anterior, e uma faixa de estúdio, até então inédita. O curioso é que foram lançadas diferentes versões, cada uma com uma lista de faixas diferente, aqui juntei todas as faixas encontradas nas diferentes versões. Podemos dizer que foi aqui que o grupo começou a se tornar cada vez mais conhecido mundialmente, não só pelo público underground ou do punk rock e rock, de modo geral, tanto que o single atingiu o primeiro lugar das paradas em diversos países, bem como conquistou premiações de ouro e platina, algumas vezes mais de uma vez. Nas paradas semanais, o single esteve na lista das mais tocadas por, pelo menos, uma semana, nos seguintes países: 53 na lista do Hot 100, da Billboard, 31 na Rhythmic, também da Billboard, 24 na Islândia, 13 na Mainstream Top 40, da Billboard, 10 na França, 9 no Canadá, 5 no Mainstream Rock, da Billboard, 4 na Suíça, 3 na Bélgica (Wallonia) e na Alternative Airplay, da Billboard, 2 na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Europa, e primeiro lugar na Austrália, Bélgica (Flanders), Finlândia, Grécia, Irlanda, Itália, Holanda (Top 40 e Top 100), Noruega, Escócia, Suécia e Grã Bretanha. Nas listas anuais, o single atingiu as seguintes posições: 93 no Canadá, 54 na Suécia, 47 na França, 31 na Bélgica (Wallonia) e na Mainstream Rock (Billboard - EUA), 30 na Grã Bretanha, 21 na Alternative Songs (Billboard - EUA), 18 na Alemanha, 16 na Austrália (1998) e Suíça, 15 na Holanda (Top 40), 12 na Romênia, 10 na Áustria, 8 na Bélgica (Flanders) e Europa, e quinta posição na Austrália (1999) e Suécia. Além disso, o single conquistou certificação de ouro na Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Itália e Holanda, bem como certificação de platina no Japão (6 vezes), Austrália (4 vezes), Suécia (3 vezes), Noruega (2 vezes) e Reino Unido. É um bom single, vale a pena conferir, apesar do forte apelo comercial que as faixas título possuem.
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FAIXA A FAIXA:
1) Pretty Fly (For A White Guy). O single incia com a faixa título, que é, também, a versão do álbum, sendo a música de trabalho, possuindo videoclipe de divulgação. É um bom clipe, bem humorado, sendo uma sátira a rappers (ou pseudo rappers) brancos. A música possui um bom embalo, uma boa progressão harmônica, deixando de lado o hardcore, embora o refrão possua timbres e progressões do gênero, mesmo que com pouca velocidade. É uma boa composição, diferente da maioria das composições do grupo até então, mas que deu muito certo!
2) Pretty Fly (For A White Guy) (The Geek Mix). Esta versão é exatamente igual à anterior, com a diferença do timbre de voz em algumas eventuais falas, não é nem no vocal principal. As características são as mesmas descritas na faixa anterior.
3) Pretty Fly (For A White Guy) (The Baka Boys Remix). Esta sim é um remix da versão original, sendo a principal diferença a bateria, que foi excluída e substituída por uma batida programada. As mixagens, em especial da guitarra, também foram modificadas, no mais, ela possui as mesmas características descritas na faixa 1.
4) No Brakes. Considero esta a melhor faixa do single, bem veloz e embalada, esta já tem a cara do som do grupo, com um excelente desenho melódico, trocas rápidas de acorde, possuindo um bom trabalho de dinâmica, com pausas, abafados e acordes soltos. Esta composição, até então inédita, viria a fazer parte da lista de faixas do próximo álbum do grupo.
5) All I Want (Live). Esta é a única faixa não inédita do single, sendo parte da lista de músicas do álbum anterior. Esta versão foi extraída de uma apresentação do grupo na televisão, no canal MTV. É uma excelente composição, bem veloz e embalada, considero esta uma das melhores faixas do single, com destaque para o desenho melódico da voz.
Ouça o single e veja se realmente é uma bela mosca para um cara branco!

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Ocho Bolas - Trabajo Duro (1991)

GÊNERO: Oi!
ORIGEM: Chile (Valparaíso / Valparaíso)
FORMAÇÃO:
Jesus Pereira (Vocal)
Edinson Tapia (Guitarra)
Rienzi Nahuel (Baixo)
Peter Guerrero (Bateria)
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Este é o segundo álbum lançado pelo grupo, através do selo Dim, e foi gravado no estúdio Saul "Naranjero". O álbum foi relançado como um split, em fita K7, com a banda, também chilena, Anarkia, em 1994, chamada Clasicos Del Punk Chileno Vol. 2, através do selo Alerce, e, em 2003, o selo Alerta fez uma compilação dos splits Clasicos Del Punk Chileno Vol. 1 e 2, na versão CD, chamado, apenas, Clasicos Del Punk Chileno, que, além das duas bandas citadas anteriormente, ainda conta com a participação dos grupos, também chilenos, Los KK e Caos. É um bom álbum, que, na verdade, é chamado de mini álbum, devido à pouca quantidade de faixas, e, embora eu tenha classificado como Oi!, possui fortes influências de punk rock. Os músicos não possuem muita técnica, porém tudo está no lugar e existem algumas frases interessantes, mostrando que sua técnica não é tão "rala", em especial no que diz respeito aos arranjos de baixo e bateria. É um som Oi!, porém a extensão e timbre de voz se assemelham a um punk rock britânico do final dos anos 70, com músicas não muito velozes, mas embaladas, com os acentos e trocas sempre nas cabeças de compasso, existindo uma versão de um clássico britânico dos anos 80. O ponto fraco, na minha opinião, está na qualidade da gravação, em especial no timbre da guitarra, sem peso e com um timbre de distorção que não me agrada nem um pouco. Porém entende-se, já que tudo estava engatinhando no Chile no início dos anos 90, estavam descobrindo os "macetes" de gravação e mixagem para um som como o do Ocho Bolas! É um bom álbum, importante para a história do punk rock no Chile, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Trabajo Duro. O álbum inicia com a faixa que dá nome e é, também, a faixa que considero a melhor. Bem Oi!, não muito veloz, mas embalada, o destaque está no refrão, mais alegre e bem sing-a-long, com toques duplos na caixa, enquanto que a parte A é mais simples, com destaque para a linha do baixo que, apesar de simples, já dá uma outra cara para a composição.
2) Lautaro Rocanrol. Este é um dos grandes clássicos do grupo. Uma boa composição, mais punk rock, como o nome já diz, com influências de rock 'n' roll, sendo o destaque o refrão, bem sing-a-long. Não muito veloz, mas embalada, bem simples, mas com tudo no lugar, existindo a inclusão de um piano.
3) Emigrante. Outra faixa que considero muito boa, também bem Oi!, com a parte A bem simples, mas com um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque o refrão, com um excelente desenho melódico da voz, além de uma boa linha de baixo que preenche os acordes soltos da guitarra. Possui um bom embalo, apesar da pouca velocidade.
4) En Las Calles. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, já mais lenta, esta é um Oi! mais melódico, quase uma balada (exagerando um pouco), com uma progressão harmônica bem minimalista, que se repete do início ao fim, com um refrão bem sing-a-long.
5) Absurda Realidad. Outra boa faixa, que inicia lenta como a faixa anterior, mas que não demora a ficar mais veloz. Esta é a faixa mais veloz do álbum, bem Oi!, um Oi! veloz, na verdade! Bem embalada, o destaque está nas trocas rápidas de acorde. Uma boa composição, porém com nada que chame muito a atenção.
6) 1492. Outra faixa que considero muito boa, com uma frase da bateria na introdução bem interessante, apesar de simples, seguido por uma boa progressão harmônica que é, na minha opinião, o destaque da composição, embora o desenho melódico da voz também mereça atenção. Não muito veloz, mas com um bom embalo.
7) Yo Quiero A Mi Pais. O álbum finaliza com uma das faixas que considero das melhores, que é, na verdade, uma versão da música England Belongs To Me, composta e gravada, originalmente, pelo grupo Cock Sparrer em 1982. O instrumental e a melodia é extremamente fiel à versão original, porém a letra foi modificada, criada uma versão em espanhol. Uma excelente composição, quase um hino, com destaque para o refrão, bem sing-a-long e com um excelente desenho melódico da voz.
Ouça o álbum e faça um trabalho duro!

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Nursery Crimes - Fun Hurts! (1992)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Austrália (Melbourne / Victoria)
FORMAÇÃO:
Phil Rose (Vocal)
James McInnes (Guitarra, piano)
David Dixon (Guitarra)
Davage Thomas (Baixo)
Russell Hopkinson (Bateria, percussão)
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Este é o segundo, e último, álbum lançado pelo grupo, através do selo Survival, e foi gravado no estúdio Sing Sing. É um bom álbum, que soa como estando em um limbo de uma fase. E estão! As melodias têm um toque do hardcore melódico que viria a ser um gênero consolidado anos mais tarde, mas a influência do punk rock / skate punk dos anos 80 não consegue ser deixada de lado! É como se quisessem encontrar um novo lugar, um novo momento, ainda preso ao passado, mas experimentando e tentando ideias novas. As composições são embaladas, em sua maioria, não sendo muito velozes, embora existam eventuais momentos em que a velocidade aparece. Soa como uma mistura de T.S.O.L. com Dwarves, bem como descrito antes: preso ao passado, mas vislumbrando o futuro! O álbum possui uma faixa cover. Os músicos não são muito técnicos, mas tudo está no lugar e os arranjos são criativos, embora nada de excepcional, sendo o destaque o desenho melódico da voz.
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FAIXA A FAIXA:
1) Who's Sorry Now?. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Bem embalada, com um bom arranjo e com certa velocidade, a guitarra possui eventuais riffs e frases bem criativas, sendo o destaque o arranjo de guitarra da parte A e o desenho melódico da voz. Existe, ainda, um trecho bem funk metal, que também merece atenção.
2) Build It Up. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Mais uma vez bem embalada, possuindo uma boa progressão harmônica na parte A, a qual considero o destaque da composição. O refrão é bem sing-a-long e o desenho melódico da voz também merece atenção.
3) Yardstick For Lunatics. Quase uma vinheta, esta é uma faixa acústica, executada apenas com o violão, com uma intenção e pegada bem blues. Apesar de possuir apenas segundos de duração, é uma boa composição.
4) I Can Feel You. Outra boa faixa, bem embalada, com destaque para a parte A e seu arranjo de guitarra, com um bom riff. O refrão não me agrada muito, porém é bem sing-a-long e possui uma intenção bem alegre. Esta é outra faixa que varia a sua cadência para um funk metal.
5) Marked By Time. Considero esta a faixa que menos me agrada em todo álbum. Lenta e nada embalada, ela possui uma intenção bem "alegre", em especial na parte A, com a execução harmônica em staccato, sendo o destaque o refrão.
6) Sad. Esta é uma faixa bem embalada e com certa velocidade, porém também possui uma intenção melódica bem alegre. Na verdade, esta parece uma composição do Jam, mas com muito mais velocidade! Destaque para a parte B, possuindo um refrão bem sing-a-long.
7) Eleanor Rigby. Esta é a faixa cover do álbum, sendo uma composição de John Lennon e Paul McCartney, gravada, originalmente, em 1966 pelo grupo Beatles. Uma versão bem diferente da original, esta possui mais peso e mais groove, o que me agrada muito, a ponto de considerar esta versão melhor que a original.
8) Godfrey Carson. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, bem embalada e veloz, ela possui um bom desenho melódico da voz, mas o destaque está no arranjo de guitarra. As frases da guitarra também merecem destaque.
9) Next Time. Considero esta a melhor faixa do álbum. Com um bom arranjo e uma boa progressão melódica, esta, não é muito veloz, embora possua um bom embalo. O destaque, na minha opinião, está na progressão harmônica da parte A, possuindo um refrão bem sing-a-long, além de um bom arranjo de guitarra.
10) Around. Outra composição que não me agrada muito, mais lenta e mais "alegre", com um bom arranjo de guitarra, bem criativo, com muitas frases. A composição possui uma intenção bem definida, conseguindo atingir bem sua intenção, com uma tonalidade no modo Maior, o que ajuda a caracterizar a intenção da composição.
11) Party Girl. Esta é uma boa composição, bem embalada e com certa velocidade. Nada de especial no arranjo, sendo o destaque a velocidade e embalo, bem como os momentos sem voz. A composição possui eventuais contracantos, que também merecem atenção.
12) Singing Songs. O álbum finaliza com uma faixa bem pop punk, alegre, com frases de guitarra bem alegres, confirmado pela utilização de uma tonalidade no modo Maior, sendo o destaque a parte B, que prepara para o refrão, com uma ótima progressão harmônica, além de eventuais frases tocadas em sincronia.
Ouça o álbum porque a diversão machuca!