sábado, 29 de janeiro de 2022

Ratsia - Tämä Hetki Ja Tulevaisuus (1980)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Finlândia (Pihtipudas / Finlândia Central)
FORMAÇÃO:
Jyri Honkavaara (Vocal, guitarra)
Juha Aunola (Guitarra)
Rudi Lukkarinen (Baixo)
Pasi Kuusjärvi (Bateria)
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Este é o terceiro single lançado pelo grupo, após 1 álbum de estúdio, através do selo Johanna. É um ótimo single, lançado na "fase de ouro" do grupo, este que é um dos pioneiros do gênero em seu país, com um punk rock bem ao estilo do britânico, soando parecido com bandas como Jam ou Sham 69, mas possuindo pitadas de pós punk e new wave. Não fosse pelo idioma e poderíamos, muito bem, confundir com alguma banda inglesa! Um punk rock bem embalado, mas não muito veloz, com bons arranjos, apesar de simples, além de explorarem bem o conceito de dinâmica em seus arranjos. O grupo durou por apenas 5 anos, sendo este single, lançado na metade do tempo de sua duração, deixando óbvio suas influências dos anos 70, mais especificamente 1976. Vale a pena conferir, com destaque para os arranjos de guitarra e a execução vocal da voz, este é um single em que se tem uma ideia da intenção das composições do grupo, podendo passar a entender a sua importância no país.
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FAIXA A FAIXA:
1) Tämä Hetki Ja Tulevaisuus. o single inicia com a faixa que considero a melhor. Um punk rock bem característico dos anos 70, lembrando muito Jam, ela possui um bom trabalho de dinâmica, bem como um bom embalo, possuindo um bom refrão. Destaque para o trabalho de dinâmica, bem como para a parte C.
2) Älä Näytä Että Pelkäät. O single finaliza com outra boa composição, esta mostrando mais as suas influências de pós punk e new wave, embora ainda soe como punk rock. Já mais lenta e intimista, além de possuir uma intenção mais "alegre", ela possui um ótimo arranjo de guitarra, apesar de simples, sendo o destaque, mais uma vez, o trabalho de dinâmica, embora a ponte também mereça atenção.
Ouça o single para este momento e o futuro!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Raskaipika - Rebelión En La Casa Del Terror (2002)

GÊNERO: Jazz Core
ORIGEM: Espanha (Madri / Madri)
FORMAÇÃO:
Danihell (Vocal, guitarra)
Fer Selikal (Baixo)
Jesús (Bateria)
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Este é o segundo álbum lançado pelo grupo, através do selo W.C.. É um excelente álbum, demonstrando mais maturidade nas composições em relação ao álbum anterior, bem como deixando bem escancarado a principal influência do grupo: Dead Kennedys! Não há como não perceber a semelhança nas composições, arranjos, timbres e, em especial, o trabalho vocal como um todo, realmente a influência de Dead Kennedys é mais do que evidente, o que é uma coisa boa! Considerei este álbum como jazz core em função de muitos arranjos que lembram o gênero, porém o skate punk e o hardcore old school se mostram bem presentes e rotular o álbum com qualquer um destes outros dois nomes, não será nenhum pecado! Sempre fui um grande fã de DK, foi uma das primeiras bandas que ouvi na minha vida, então fica suspeito eu comentar qualquer coisa, pois sempre serão opiniões positivas! Mas, de qualquer forma, a criatividade nos arranjos, bem como um bom trabalho, bem pensado, dos mesmos são o grande destaque, pois, muitas vezes, nos levam a um lugar bem diferente do qual esperamos que a música vá. O curioso é que o álbum soa como se fosse "dois em um", pois possui duas mixagens diferentes, uma do início até a metade e outra da metade até o final, e, se não bastasse isso, no início de cada uma destas duas mixagens, existe uma faixa instrumental! Na minha opinião, a melhor mixagem está na parte do final. Um prato cheio aos fãs de Dead Kennedys, lembrando muito o som do grupo. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Introvenosa. O álbum inicia com uma das faixas instrumentais. É uma boa composição, com uma intenção bem "sombria", com muita dissonância, além de um bom arranjo, com diferentes intenções rítmicas. Bem típico de uma introdução de álbum.
2) Internado. Uma boa composição, com frases, na introdução, que fogem da ideia tonal, preparando para a parte A, já com voz e mais veloz e embalada, com trocas rápidas de acorde.
3) Chicos Del Maíz. Uma ótima composição, iniciando com um clima bem "sombrio", para logo após, surgir a velocidade, embalo e voz. Mais uma vez com trocas rápidas de acorde, possuindo um bom trabalho de dinâmica e um excelente desenho melódico da voz no refrão, o grande destaque da composição.
4) Vistes De Punk. Considero esta a melhor faixa do álbum. Veloz e embalada, ela possui um bom trabalho de dinâmica, bem como trocas rápidas, na parte A, sendo o grande destaque o refrão e seu desenho melódico da voz.
5) Prostitución. Uma composição bem intencional, ela mantém um clima bem singular, chamando para uma tensão, em especial devido aos acordes dissonantes da guitarra. Com uma ideia mais intimista, ela possui um ótimo trabalho de dinâmica, apesar de surgir o embalo logo após.
6) Taxi Rock. Outra faixa que considero das melhores do álbum, bem embalada, com certa velocidade, uma boa progressão harmônica, bem como um bom refrão e trabalho de dinâmica, sendo o destaque as frases de guitarra, embora o desenho melódico da voz mereça atenção.
7) Chernobil. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com um clima de tensão, mais uma vez, ela possui um excelente riff, bem como um ótimo arranjo e trabalho de dinâmica, sendo o destaque o refrão e os riffs da guitarra.
8) Pesadilla Mortal. Uma boa composição, possuindo uma boa frase da guitarra na introdução para, logo em seguida, surgir o embalo e velocidade. Destaque para os contracantos e o refrão.
9) La Vida De Yon. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com um bom embalo e desenho melódico da voz, o grande destaque está, sem dúvida, no refrão e seu arranjo, com excelentes intenções, variações e frases em sincronia entre os instrumentos.
10) Tóxiko. Outra ótima composição, bem embalada e com uma excelente progressão harmônica, um ótimo arranjo, com destaque para as pausas na parte A, embora o refrão, com a caixa da bateria dobrada, mereça atenção.
11) Rebelión En La Casa Del Terror. A faixa que dá nome ao álbum é, também, a última da "primeira parte", inciando com um sample de áudio de filme da década de 30 ou 40, ela possui uma intenção bem de suspense, com boas frases de guitarra, um bom embalo e trabalho de dinâmica, sendo o destaque o refrão e o desenho melódico da voz.
12) Instrumental. Esta é a outra faixa instrumental do álbum (como o nome já sugere), a qual eu considero excelente, com um bom arranjo, diferentes intenções, trocas rápidas de acorde e frases em sincronia entre os instrumentos, além de possuir frases de guitarra com frequentes intervalos dissonantes.
13) Odio El Country. Bem embalada e veloz, ela possui um refrão bem sing-a-long que é, aliás, o grande destaque, possuindo trocas rápidas de acorde e um bom desenho melódico da voz.
14) Me Gusta. Uma ótima composição, com boas frases de guitarra que fogem da ideia tonal, além de possuir, mais uma vez, trocas rápidas de acorde e um bom desenho melódico da voz, bem como embalo e velocidade.
15) Hasta Haceros Trizas. Uma boa composição, com uma ótima frase de guitarra, com eventuais intervalos dissonantes. A composição alterna entre uma parte já mais lenta e cadenciada e outra mais veloz e embalada, com trocas rápidas de acorde, se assemelhando às demais composições.
16) Mi Enemigo. Considero esta faixa uma das melhores do álbum, com bastante embalo e velocidade, trocas rápidas de acorde, o destaque está no desenho, timbre e intenção melódicas da voz, bem como uma boa frase da guitarra executada em sincronia com a voz.
17) Segando Vidas. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com um bom arranjo, com diferentes intenções, trocas rápidas de acorde, um bom embalo, sendo o destaque o refrão e seu desenho melódico da voz, embora as eventuais frases de guitarra também mereçam atenção.
18) Solo Pido Carne. Com uma boa frase na introdução, bem como uma excelente frase de guitarra, esta faixa já é mais cadenciada, embora bem embalada, com uma boa intenção e desenho melódico da voz.
19) Nosotros Somos Aquellos. Com certeza a faixa com o arranjo mais trabalhado, com diferentes intenções, frequentes frases executadas em sincronia entre os instrumentos, variações de compasso e pausas de pequena duração, possuindo, também, seu momento embalado, além de manter um bom desenho melódico da voz.
20) Madre. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com um excelente riff de guitarra que é, inclusive, o destaque da composição. Bem embalada, mas não tão veloz, ela possui uma excelente intenção, com uma execução melódica bem interessante devido ao seu timbre.
21) El 130. Outra faixa que considero das melhores do álbum, bem veloz e embalada, com uma excelente progressão harmônica, sendo o destaque o desenho melódico da voz, além de possuir um bom arranjo.
22) Amor Lirico. Esta é a faixa que mais destoa no álbum, com uma intenção bem diferente das demais composições, esta possui um clima mais "espectral", com muito reverber na voz e pouco embalo. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum.
23) Aniquilalos. O álbum finaliza com uma boa composição, com uma intenção que foge da ideia tonal, um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque o arranjo e execução da guitarra.
Ouça o álbum e faça parte da rebelião na casa do terror!

sábado, 22 de janeiro de 2022

Rashit - Telasa Mahal Yok (1999)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Turquia (Istambul / Marmara)
FORMAÇÃO:
Oguz Taktak (Vocal)
Atilla Kirçelli (Guitarra)
Tolga Özbey (Guitarra)
Tolga Koçak (Baixo)
Gökhan Tunçisler (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Kod, e foi gravado no estúdio Klik. É um bom álbum, com eventuais elementos típicos da cultura musical árabe, aos quais utilizam de micro-tons em suas linhas melódicas, ou seja, apropriam-se de um sistema não temperado. Tirando este (principal) fator, o álbum, no mais, soa como uma banda de punk rock bem característica, com composições não muito velozes, mas, em sua grande maioria, embaladas, possuindo pitadas de ska e street punk. Um bom álbum que, além de tudo, é bastante importante na história do punk rock turco, já que este foi o primeiro álbum "oficial" do gênero a ser lançado no país. Já havia feito uma resenha sobre este álbum em 2014, confira aqui. O álbum conta com as participações de Nedim Sahin tocando clarinete, Tolga Akkaya tocando trombone, e Dede Murat tocando darbouka (instrumento de percussão). Vale a pena conferir, com elementos pouco convencionais para os padrões da música ocidental, sendo um álbum referência na história do punk turco e (por quê não?!) mundial!
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FAIXA A FAIXA:
1) Çok Mu Zor?. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor. Esta é a faixa que conta com elementos do sistema não temperado, sendo, justamente, este, o destaque, o desenho melódico. Possuindo duas intenções rítmicas distintas, uma mais cadenciada e outra mais veloz, esta faixa possui as participações de Nedim e Dede, aliás, a parte em que o clarinete está presente é o grande destaque.
2) Rutin Hayat. Esta é uma boa composição, a qual conta com a participação de Tolga. Com uma intenção bem alegre, com intenções rítmicas bem distintas, algumas mais embaladas e outra mais cadenciada, esta possui elementos de ska em seu arranjo, sendo o destaque o refrão.
3) Niye Böyle?. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Com uma intenção bem surf, possuindo a harmonia do rock 'n' roll com frases de guitarra de surf music, mas com a intenção bem punk rock. Bem embalada, ela inicia mais cadenciada, porém finaliza com uma acelerada no andamento, porém, sempre mantendo a mesma harmonia e intenção.
4) Ne Yaparsan Yap. Outra boa composição, bem embalada, mais uma vez com uma intenção bem alegre e bem punk rock, lembrando, um pouco, Toy Dolls, em especial no refrão, possuindo bons contracantos. Destaque para as frases de guitarra.
5) Altidan Dokuza. Outra boa composição, bem embalada, com uma melodia bem conhecida, mas com a letra alterada. Uma composição bastante repetitiva, com destaque para as frases de guitarra, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
6) Sark Cephesi. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Não muito veloz, mas com um bom embalo, esta possui um excelente riff na parte A, além de uma boa progressão harmônica, apesar de simples, também possuindo um refrão bem sing-a-long. Destaque para o riff de guitarra.
7) Katilin Adi Yok. Talvez a faixa mais lenta do álbum, com uma intenção bem "arrastada", apesar de possuir um (leve) groove no arranjo da bateria, possuindo uma aceleração no andamento no refrão, o grande destaque da composição, na minha opinião.
8) Paran Yoksa Öl!. Outra boa composição, embora bem simples e com nada de especial, apesar de possuir bons riffs de guitarra, também bem simples. Não muito veloz, mas com um bom embalo e possuindo uma progressão harmônica bem comum e pouco criativa, existindo uma variação tonal no refrão, o grande destaque da composição, na minha opinião.
9) Kapak Güzelleri. Outra boa composição, com uma intenção bem alegre e bem punk rock, bem característico do gênero. Mais uma vez não muito veloz, mas com um bom embalo, além de possuir eventuais boas frases de guitarra e um refrão bem sing-a-long.
10) Hava Soguk. O álbum finaliza com uma boa composição, bem alegre e com uma intenção mais "pop", embora soe como um punk rock, muito em função da progressão harmônica (a harmonia do "T"), possuindo um bom refrão, que é, na minha opinião, o grande destaque. Não muito veloz, embora ela acelere no final, mas mantendo o embalo do início ao fim!
Ouça o álbum e perceba que não há espaço para se preocupar!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Rancid - Rancid (1993)

GÊNERO: Street Punk
ORIGEM: EUA (Berkeley - Alameda / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Tim Armstrong - Timothy Armstrong (Vocal, guitarra)
Matt Freeman - Roger Freeman (Baixo)
Brett Reed (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Epitaph, e foi gravado no estúdio Fantasy. É um excelente álbum, talvez o que eu considere o melhor, embora seja difícil afirmar! Não possui nenhuma música "fraca", todas me agradam bastante, algumas mais. Sempre com muito embalo, não extremamente veloz, embora não seja lento, com muito drive, em especial nas guitarras e voz, com faixas não muito extensas, bons arranjos, em especial os de contrabaixo, aliás, os arranjos de contrabaixo são o grande destaque, na minha opinião, uma das marcas registradas do grupo, assim como o timbre de voz de Tim. Considero estas duas as principais características do som do grupo. Este é o primeiro álbum, e foi o primeiro trabalho a ser lançado pelo selo Epitaph, já que o EP anterior havia sido lançado por outro selo. Outra curiosidade do álbum está no fato de que este é o único álbum da carreira do grupo em que a formação é um trio, logo após o lançamento do álbum, Billie Joe, do Green Day, participou de algumas apresentações do grupo, tocando guitarra, e sugeriu que chamassem o guitarrista Lars Frederiksen, porém este mesmo recusou a proposta, pois, na época, estava tocando com o UK Subs. Meses depois, o guitarrista repensou e aceitou a proposta, já vindo a participar do grupo na turnê de lançamento deste álbum. Inclusive o guitarrista aparece em algumas imagens no videoclipe lançado para divulgação do álbum. Foi com este álbum que conheci o grupo, há quase 20 anos atrás, um excelente início! O álbum conta com as participações de Beth Oiler tocando congas, Donnel Cameron tocando maracas, e Jeff Abarta, Jay Bentley, Brett Gurewitz e Eric Martini fazendo backing vocals, além de possuir uma faixa cover. A arte da capa é obra de Tracy Cox. Realmente vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Adina. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores, bem embalada, com uma excelente linha de baixo, bem caminhada, uma boa intenção, sem frescuras, direto ao ponto. Uma ótima composição, com um bom arranjo.
2) Hyena. Considero esta a melhor faixa do álbum, que é também, a faixa de trabalho do álbum, pois possui videoclipe de divulgação. Bem embalada, mas não muito veloz, ela possui, mais uma vez, uma excelente frase do baixo, além de possuir um refrão bem sing-a-long. Tocava esta música com uma das bandas que tive. Momento nostalgia!
3) Detroit. Outra composição muito boa, com destaque para as frases de baixo. O curioso é que o andamento aumenta quando a bateria acompanha! Bem embalada, um bom arranjo e variações de cadência.
4) Rats In The Hallway. Outra faixa que considero das melhores do álbum, em especial devido ao refrão, o grande destaque, na minha opinião. Aliás, o refrão desta composição é o melhor momento de todo álbum, bem sing-a-long, sendo "aditivado" pelo trabalho de dinâmica, bem pensado.
5) Another Night. Outra ótima composição, com uma excelente progressão harmônica na parte A, que é, na minha opinião, o grande destaque. Bem embalada, a variação modal entre as partes se torna interessante.
6) Animosity. Mais uma ótima composição, com muito embalo, boas intenções, sendo o destaque o refrão e a variação de cadência no refrão, existindo uma variação tonal entre as partes. As linhas de baixo merecem atenção, mais uma vez.
7) Outta My Mind. Uma excelente composição, com certeza a faixa mais lenta do álbum, como se fosse a "balada", embora não seja! É um punk rock ao estilo Social Distortion, com um excelente refrão, que é, na minha opinião, o grande destaque, embora as eventuais frases do baixo mereçam atenção.
8) Whirlwind. Aqui o embalo e a velocidade voltam como antes! Uma boa composição, com uma excelente intenção, bem como um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque a ponte entre a parte A e o refrão.
9) Rejected. Outra faixa que considero das melhores do álbum, bem embalada, com uma ótima progressão harmônica, bem como a intenção, além de possuir um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque o desenho melódico da voz.
10) Injury. Uma boa composição, com uma progressão harmônica interessante na introdução, sem manter uma ideia tonal, com destaque para as linhas de baixo. No mais uma composição boa, mas com nada que chame muito a atenção, embora possua um bom arranjo.
11) The Bottle. Mais uma boa composição, bem embalada, com boas frases do baixo, um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque a intenção e o bom trabalho de dinâmica entre as partes.
12) Trenches. Outra ótima composição, com um bom arranjo, boas variações de cadência, assim como o trabalho de dinâmica e a progressão harmônica da parte A, sendo o destaque, na minha opinião, o refrão, que é, mais uma vez, bem sing-a-long.
13) Holiday Sunrise. Mais uma boa composição, bem embalada, com ótimas frases do baixo, bem caminhadas, possuindo uma boa execução harmônica na parte A, com destaque para os acentos marcados em sincronia entre os instrumentos, ora nas cabeças, ora nos contratempos.
14) Unwritten Rules. Outra boa composição, bem embalada, com um bom riff de guitarra, que, aliás, é o grande destaque da composição, embora o refrão mereça atenção, possuindo uma variação de cadência interessante na parte C.
15) Union Blood. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, bem embalada, com um bom solo de guitarra, assim como a intenção e a progressão harmônica da parte A, com destaque para a variação de cadência entre as partes, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
16) Get Out Of My Way. O álbum finaliza com a faixa cover, sendo esta uma composição de Eric Dinn e Eric Raider, para o grupo Uptones. O curioso é que o primeiro registro da composição é o deste álbum que comento! Este é um grupo que fazia parte do ciclo de amizades dos integrantes do Rancid, quando estes ainda tocavam no Operation Ivy, sendo da mesma cidade. Bem embalada, com uma intenção mais "alegre" e contracantos bem sing-a-long, esta é uma boa composição desempenhada com um bom arranjo.
Ouça o álbum, mas não fique rançoso!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Ramones - Halfway To Sanity (1987)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
FORMAÇÃO:
Joey Ramone - Jeffrey Hyman (Vocal)
Johnny Ramone - John Cummings (Guitarra)
Dee Dee Ramone - Douglas Colvin (Baixo)
Richie Ramone - Richard Reinhardt (Bateria)
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Este é o décimo álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Sire, e foi gravado no estúdio Intergalactic. Este foi um dos três primeiros álbuns que ouvi do grupo (não lembro se o segundo ou o terceiro), na época de lançamento dele, considero um excelente álbum, possui algumas das composições mais pesadas do grupo, porém balanceado com outras composições mais suaves, além de possuir (sutis) elementos de hard rock. Com composições bastante variadas, mas sempre, de um modo ou de outro, soando como um punk rock, o álbum possui influências de proto punk, hardcore old school, hard rock e rock dos anos 50 e 60. Algumas (poucas) faixas são velozes e outras (poucas) faixas são lentas, porém o embalo está sempre presente, existindo um bom arranjo de guitarra, com eventuais riffs e dedilhados de guitarra bem interessantes. Já havia feito uma resenha sobre o álbum, aqui, no blog, em 2012, confira aqui. Este é o último álbum que conta com a presença de Richie, ainda antes do álbum ser lançado, ele pediu demissão, às vésperas de uma turnê (o que foi considerado, internamente, como uma atitude anti-profissional), por considerar que não era bem pago, que não recebia o crédito que merecia por tocar no grupo. De qualquer forma, Richie sempre foi um cara bem quisto pelos integrantes do grupo, embora fosse bastante quieto, passando despercebido pelos demais inúmeras vezes. Sua importância no que diz respeito às composições merecem destaque, pois foi responsável por compor grandes sucessos do grupo, sendo que neste álbum, duas faixas foram compostas pelo baterista. O álbum ainda conta com as participações de Walter Lure tocando guitarra, Daniel Rey tocando baixo, e Debbie Harry fazendo backing vocals. A arte da capa ficou por conta de George DuBose, não só a arte, mas as fotos também. A história da capa é que George havia recebido uma excelente quantia para trabalhar com tempo e qualidade nas fotos, então levou os integrantes do grupo a um restaurante no bairro Chinatown, e após 15 minutos de fotos, Johnny disse: chega, não nos deixe com cara de velhos, e foram embora! Quando George explicou que havia recebido muito dinheiro, Johnny, respondeu: "não se preocupe, não vamos contar a ninguém"! Então George aproveitou o tempo e tirou algumas fotos de umas tumbas no cemitério judeu próximo, estas foram as fotos da contracapa do álbum. Muitos criticam a fase anos 80 do grupo, ou apenas a fase "Richie" do grupo, mas, na minha opinião, não sucede, considero excelentes álbuns, este em específico, conta com uma questão nostálgica, a qual me remete à minha infância ouvindo pela primeira vez o álbum, gravado em uma fita K7, no litoral gaúcho! Foi um dos pontos de partida para a minha adoração pelo som do grupo, a partir daí começou uma busca incessante pela discografia lançada! O álbum atingiu a posição 172 na lista da Billboard 200, 78 no Reino Unido, e 68 na Holanda. Vale a pena conferir, o fim de uma fase!
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FAIXA A FAIXA:
1) I Wanna Live. O álbum inicia com a faixa de trabalho, pois possui videoclipe de divulgação. É um bom videoclipe, em preto e branco, que mescla imagens de apresentações ao vico do grupo com cenas dos integrantes se locomovendo para as apresentações. É uma excelente composição, com um excelente arranjo de guitarra, possuindo ótimos riffs, em especial na parte B, além de possuir um refrão bem sing-a-long e um bom desenho melódico da voz, um dos destaques da composição.
2) Bop 'Til You Drop. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, já a considerei uma das melhores em 1988, quando ouvi o álbum pela primeira vez! Bem pesada, embora não muito veloz, a condução no surdo ao invés dos pratos dão uma intenção mais "obscura" ao arranjo, que possui, como grande destaque, na minha opinião, a ponte, com acentos deslocados do tempo forte.
3) Garden Of Serenity. Outra excelente composição, com uma excelente intenção, além de um ótimo arranjo de guitarra, com destaque aos dedilhados, além de possuir um refrão bem sing-a-long. Não muito veloz, mas bem embalada, o destaque está, justamente no arranjo do refrão, que possui contracantos que merecem atenção.
4) Weasel Face. Considero esta faixa uma das melhores do álbum, a mais veloz até então, lembrando mais as composições dos primeiros álbuns, porém com uma "roupagem" da fase anos 80 do grupo. Com destaque para os acentos deslocados do tempo forte, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
5) Go Lil' Camaro Go. Considero esta a melhor faixa do álbum, sem sombra de dúvidas! Virei um grande fã da banda graças a este som, em 1988, ouvia-o por incansáveis, e repetidas, vezes, uma das melhores composições de toda carreira do grupo, na minha opinião. Esta é a faixa que conta com a participação da vocalista do grupo Blondie, Debbie Harry. Bem embalada, embora não muito veloz, o grande destaque, com certeza, está no desenho melódico da voz, em especial na parte A.
6) I Know Better Now. Outra ótima composição, uma das duas contribuições de Richie, bem embalada, não muito veloz, bem punk rock, possui um refrão bem sing-a-long e com uma ótima intenção, que, na minha opinião, é o grande destaque.
7) Death Of Me. Outra ótima composição, também não muito veloz, mas com um bom embalo e um bom trabalho de dinâmica, o destaque está no refrão e seu desenho melódico, embora os eventuais acentos deslocados do tempo forte, também merecem atenção.
8) I Lost My Mind. Outra faixa que considero das melhores. Bem embalada e com certa velocidade, bem punk rock, esta soa como as composições dos primeiros álbuns, com exceção do timbre de voz, já que quem canta é o Dee Dee.
9) A Real Cool Time. Não é uma má composição, mas é a segunda música que menos me agrada em todo álbum. Bastante "suave", embora não muito, ela tem uma intenção bem alegre, mais evidenciada no refrão. Uma boa composição, mas muito alegre e suave.
10) I'm Not Jesus. Esta é, talvez, a faixa mais pesada já gravada pelo grupo em toda sua carreira, e é, também, a outra contribuição composicional de Richie. Um hardcore, preto no branco, sem frescuras, veloz, palhetadas e trocas de acorde rápidas, sem pontes, apenas uma introdução, com uma intenção bem agressiva, em em especial pelo timbre de voz, possuindo uma boa intenção no refrão devido aos contracantos.
11) Bye Bye Baby. Simplesmente horrível! Talvez a pior composição de toda carreira do grupo! Não me agrada em absolutamente nada esta faixa! Lenta, sem embalo, com a "harmonia do T", a fórmula do pop, ela soa como uma balada dos anos 50, tocada em bailes de formatura para os participantes dançarem abraçados! Extremamente desnecessária a inclusão desta faixa no álbum.
12) Worm Man. O álbum finaliza com uma excelente composição, mas que ficou ofuscada pela (horrível) faixa anterior, como se estivesse "ilhada" no meio do álbum, isolada do resto, quase esquecida! Uma pena, pois esta lembra, e muito, Stooges, desde a levada da bateria, com frases nos tambores, mas também pelas execuções harmônica e melódica, possuindo um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque, na minha opinião, a parte C, que cria uma variação de cadência, além de possuir uma excelente execução do arranjo vocal.
Ouça o álbum e fique a meio caminho para a sanidade!

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Rage - Run For The Night (1983)

GÊNERO: NWOBHM
ORIGEM: Inglaterra (Liverpool - Merseyside / North West)
FORMAÇÃO:
Dave Lloyd (Vocal)
Mick Devenport (Guitarra)
Terry Steers (Guitarra)
Keith Mulholland (Baixo)
John Mylett (Bateria)
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Este é o terceiro, e último, álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Carrere, e foi gravado no estúdio Amazon. É um bom álbum, porém sinto que falta personalidade, como se estivessem procurando qual caminho seguir, então "atiraram para todos os lados", apostando em diversos gêneros da época. O grupo possui membros experientes, que já têm sua história nos anos 70, sendo as bandas Spitfire e Nutz as principais delas. Aliás, alguns consideram o Rage como uma continuação do Nutz, com pequenas alterações na formação e no estilo. O grupo teve seu auge anos antes deste álbum, nos dois primeiros anos da década de 80, sempre com o NWOBHM como referência, porém, já no álbum anterior, começam a abandonar o estilo (muito em função da tendência musical da época) e incluir elementos do hard rock e glam metal. Neste álbum, porém, o grupo vai mais longe e, além dos NWOBHM, hard rock e glam metal, o grupo aposta no A.O.R., no rock e no new wave! Uma salada de frutas que faz com que eu sinta o álbum, como mencionado antes, sem personalidade, como se estivessem em busca do caminho, e não querendo trilhar um determinado. De qualquer forma, o grupo teve sua (curta) carreira encerrada um ano após o lançamento deste álbum devido à morte, em um acidente de carro, de John. O álbum ainda possui elementos do NWOBHM e, embora não em evidência e em todas as faixas, ainda assim é a maior referência de um estilo a qual consigo perceber, mas não seria nenhum absurdo chamar o álbum de hard rock ou A.O.R., as faixas não muito velozes e, muitas delas, com um apelo comercial bastante grande, principalmente nos arranjos e inclusões de outros instrumentos como o saxofone e o teclado. O álbum conta com as participações de Steve Morris tocando guitarra, além de Mike Railton e Rick Juckes tocando teclado. A arte da capa ficou por conta de David Larkham.
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FAIXA A FAIXA:
1) Cry From A Hill. O álbum inicia com uma faixa bem A.O.R.. Uma frase constante da bateria, apropriando-se muito dos tambores e quase nada dos pratos, pouca distorção, um bom trabalho de dinâmica, além de um refrão bem "mela cueca". Uma das faixas que menos me agrada no álbum.
2) Fantasy. Esta faixa já é mais embalada que a anterior, porém tem um apelo comercial muito maior, incluindo a presença de teclado. Além disso, o desenho melódico, bem alegre, e a progressão harmônica chamam, e muito para o new wave. Poderíamos dizer que é um hard rock new wave típico das composições do início dos anos 80!
3) Can't Say No. Embora não em total evidência, e com muitos elementos do rock dos anos 80, como a inclusão do teclado, esta é a primeira faixa com características do NWOBHM, possuindo um excelente riff de guitarra na parte A que é, aliás, o grande destaque da composição, junto com o refrão, que possui uma intenção menos alegre, com um baixo pedal e um bom riff de guitarra.
4) Light Years. Esta faixa lembra, e muito, um hard rock do Ted Nugent qualquer! Frases da guitarra que lembram demais as frases do guitarrista. Um hard rock com pitadas leves de country, soa como uma mistura de Ted Nugent com Bruce Springsteen! Uma boa composição, mas longe de ser das melhores.
5) Ladykiller. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com uma excelente frase de guitarra na introdução e no refrão, bem como um excelente riff, na parte A, sustentado pelo baixo pedal. Esta sim, um NWOBHM típico, sem tirar nem acrescentar nada, com todos os elementos do gênero.
6) No Prisoners. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, também bem NWOBHM, mas não tão "roots" como a faixa anterior, possuindo pequenos elementos de A.O.R. e hard rock, o destaque está no refrão, sem sombra de dúvidas, uma excelente intenção, com uma ótima progressão harmônica, além de ser bem sing-a-long. O phaser utilizado como efeito nas guitarras também merece atenção.
7) Run For The Night. Uma excelente composição, porém, aqui, eles "mergulham de cabeça" nas suas influências dos anos 70! Uma composição bem ao estilo dos anos 70, lenta, com uma ótima intenção, além de um bom trabalho de dinâmica e uma excelente progressão harmônica, bem como um refrão marcante, também bem sing-a-long, existindo a presença de piano. Os contracantos também merecem atenção.
8) Badlands. Outra faixa com apelo mais comercial e toques sutis de rock country que lembram, mais uma vez, Bruce Springsteen. Não é uma faixa que me agrada muito, apesar de não ser ruim e possuir um refrão bem sing-a-long, além de um bom riff de guitarra na parte A, o destaque da composição.
9) Never Before. Com certeza esta é a faixa mais pop e com mais apelo comercial de todo álbum, possuindo a inclusão de saxofone e piano. A composição poderia fazer parte de qualquer filme da Sessão da Tarde que tivesse sido gravado no início dos anos 80! Um rock new wave, com nenhum, absolutamente nada, toque de NWOBHM! Parece a música do produtor inclusa no álbum para ter algo para apresentar para as rádios!
10) Rock Fever. O álbum finaliza com a faixa que considero a melhor! Um NWOBHM de primeira linha, ritmo marcado, baixo pedal, riffs de guitarra, fúria e expressão, além de uma excelente intenção, bem como um bom trabalho de dinâmica e um refrão bem sing-a-long. Destaque para os riffs de guitarra.
Ouça o álbum e vá correr pela noite!

sábado, 1 de janeiro de 2022

Racer X - Second Heat (1987)

GÊNERO: Heavy Metal
ORIGEM: EUA (Los Angeles - Los Angeles / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Jeff Martin (Vocal)
Paul Gilbert (Guitarra)
Bruce Bouillet (Guitarra)
John Alderete (Baixo)
Scott Travis (Bateria)
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Há exatamente 13 anos atrás eu dava início à primeira postagem do blog! 13 anos depois, a postagem é o segundo álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Shrapnel, e foi gravado no estúdio Prairie Sun. É um bom álbum, excelente em termos técnicos, em especial no que diz respeito ao virtuosismo da guitarra. Paul dispensa comentários, uma grande referência para o instrumento. Bruce, o outro guitarrista, "bebe da mesma fonte", pois foi aluno de Paul, o qual o convidou para participar do grupo. Esta parceria fez com que arranjos de guitarra fossem muito bem trabalhados e pensados, com frases executadas em intervalos, criando intenções harmônias, algumas vezes, em melodia em bloco, sempre, com muita velocidade. Sinceramente não é um álbum que me agrada ouvir para relaxar, mas, sim, quando quero prestar atenção a uma técnica elevadíssima, como estudo e referência, é um excelente álbum, com linhas melódicas da guitarra que foram chamadas de neoclássicas, em qual Paul Gilbert sempre foi uma das grandes referências, assim como Randy Rhoads ou Yngwie Malmsteen. Sobre o álbum, de modo geral, é um álbum com todas as composições muito bem pensadas e trabalhadas, do mesmo modo os arranjos, algumas poucas faixas velozes, mas, em sua maioria, mais cadenciadas, sendo, em sua grande maioria, embaladas. Eventuais divisões rítmicas interessantes, soando bem hard rock, sempre com ênfase para os riffs de guitarra. Frases de guitarra recheadas de arpejos e muita velocidade, um bom álbum em que a grande referência, sem sombra de dúvidas, está na questão técnica dos integrantes, em especial na de Paul Gilbert. A arte da capa ficou por conta de Guy Aitchison. O álbum possui duas faixas cover e uma faixa instrumental, além de ter a participação de Mike Mani tocando teclado em duas faixas. Aos amantes e estudiosos da guitarra, um álbum indispensável, aos amantes do heavy metal, um prato cheio para degustar!
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FAIXA A FAIXA:
1) Sacrifice. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor. Veloz, com os dois bumbos em evidência, excelentes frases de guitarra, extremamente velozes, com uma intenção bem característica do gênero, vocais agudos, uma boa progressão harmônica e um bom desenho melódico da voz.
2) Gone Too Far. Esta faixa já é mais cadenciada, mas, mesmo assim, a velocidade nas frases de guitarra e os dois bumbos da bateria estão presentes. Já soando mais hard rock, mas sem perder a pegada heavy metal, esta composição possui bastante variação de cadência.
3) Scarified. Esta é uma das faixas que considero das melhores do álbum, sendo esta a faixa instrumental. Um grande clássico do grupo, com uma exímia demonstração técnica e composicional, deixando, apesar das constantes e velozes frases de guitarra, a intenção harmônica bem clara. Destaque para o solo de baixo existente. A semelhança com uma fuga de Bach não é mera coincidência!
4) Sunlit Nights. Outra faixa mais cadenciada, iniciando com dedilhados na guitarra, sem distorção, em um clima bem intimista, porém, logo em seguida, surge a distorção e a pegada heavy / hard fica bem explícita. Não muito veloz, mas com uma boa intenção, variações de cadência, ótimo trabalho de dinâmica e embalo. Esta é a primeira faixa a qual aparece a participação de Mike.
5) Hammer Away. Esta faixa já possui mais embalo e um pouco mais de velocidade, mostrando os dois bumbos em evidência, mais uma vez. Um bom embalo e uma boa intenção rítmica, a intenção melódica e harmônica são o que não me agradam muito, apesar do bom trabalho de dinâmica e, claro, frases de guitarra, embora o refrão mereça atenção.
6) Heart Of A Lion. Esta é uma das faixas cover, se é que apodemos chamar assim, já que esta é a primeira gravação que a composição recebeu. Ela é, na verdade, uma composição de Glenn Tipton, K.K. Downing e Rob Halford, composta na época do lançamento do álbum Turbo, porém o Judas Priest a dispensou e doou a música para o Racer X, que, então a registrou, pela primeira vez, neste álbum. O Judas Priest viria a gravá-la anos mais tarde. É uma composição com a cara do Judas Priest, em especial pela intenção e melodia vocal, embora a harmonia também sirva de referência. Esta é a segunda faixa que conta com a participação de Mike.
7) Motor Man. Outra faixa que considero das melhores do álbum, provavelmente a mais veloz, com palhetadas rápidas, não só nas frases melódicas da guitarra, mas como na sustentação rítmica. O refrão possui  uma boa intenção, embora o destaque esteja, mesmo no arranjo e execução das guitarras.
8) Moonage Daydream. Esta é a segunda faixa cover do álbum. Uma composição de David Bowie, ela foi gravada, originalmente, em 1971, pelo grupo Arnold Corns. Mantiveram a intenção da composição, porém com um arranjo extremamente renovado, com a cara do heavy metal dos anos 80, com muita ênfase para o arranjo da guitarra. Não muito veloz, mas com um bom embalo, a melodia soa (e não podia ser diferente) com inúmeras composições de Bowie.
9) Living The Hard Way. Esta é a faixa mais comercial do álbum, sem dúvida. Já menos veloz, com um arranjo mais simples e "aceitável" para o ouvido da maioria, além de possuir um refrão bem sing-a-long e "meloso", clássico das composições do gênero que estouravam nas rádios no final dos anos 80! A música de trabalho, não é ruim, mas é a que menos me agrada no álbum.
10) Lady Killer. O álbum finaliza com uma faixa que possui um excelente riff de guitarra, um ótimo embalo, apesar de não muito veloz, com a cara do gênero, além de possuir boas frases e uma variação rítmica bem interessante na parte A, quando surge o vocal. O refrão já é mais embalado e melodioso. Uma boa composição, um bom fim de álbum!
Ouça o álbum e vá para a segunda bateria!