terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Quakes - Negative Charge (2009)

GÊNERO: Psychobilly
ORIGEM: EUA (Buffalo - Erie / Nova York)
FORMAÇÃO:
Paul Roman (Vocal, guitarra)
Vince Orrexx (Baixo acústico)
Juan Carlos (Bateria)
.
Este é o sétimo álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Orrexx, e foi gravado no estúdio Kat-tastrophe, com exceção da bateria, a qual foi gravada no estúdio do conservatório de Tempe. É um excelente álbum, com uma qualidade de gravação muito boa, bem limpa, é possível ouvir todos os detalhes das gravações, desde os mais sutis. Também é um álbum com poucas faixas velozes, embora haja, são minoria, o que prevalece, mesmo, são as levadas em shuffle, existindo algumas composições bem intimistas. De qualquer forma, o embalo está sempre presente, associado a um bom swing, boas frases de guitarra, assim como eventuais riffs, e, também, boas linhas de baixo que ajudam a dar a sustentação rítmica para a bateria, bem como a sustentação harmônica para a liberdade da guitarra, não podendo esquecer-nos dos bons trabalhos de contracanto. Aliás, este é um álbum com muitas participações, nos instrumentos e nas vozes, sendo estas as participações de Kenny Hill, D.W. Ranch e James Meza tocando bateria, Jeff Roffredo tocando baixo acústico, e Vic Victor, Nick Feratu, Kristian Sandorff e Peter Sandorff nos backing vocals. Um bom álbum, mostrando uma grande maturidade e excelentes composições, vale a pena conferir!
.
FAIXA A FAIXA:
1) Seven Seas Alone. O álbum inicia com uma composição que já mostra qual a intenção das composições. Um cartão de entrada bem escolhido, pois possui todos os elementos que virão nas faixas seguintes: shuffle, pouca velocidade, riffs e frases de guitarra, linhas de baixo, contracantos e refrões sing-s-long. Uma ótima composição. Esta conta com a participação de Vic Victor.
2) Spirit Of The Cat. Esta já mais veloz e embalada, menos intimista, com a cara do Stray Cats, ela possui uma progressão harmônica típica dos anos 60, mas com o shuffle presente, dando uma cara bem rockabilly para a composição, que, também, possui boas frases executadas em quiálteras, em conjunto entre os instrumentos. Esta conta com a participação de Kenny Hill.
3) Negative Charge. A faixa que dá nome ao álbum é uma excelente composição, bem intimista, mas embalada, com o shuffle em evidência, possuindo frequentes contracantos no refrão, bem como uma frase bem frequente da guitarra.
4) Master Planned Community. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Com um arranjo mais punk rock, em especial pela bateria e guitarra, possuindo um refrão mais "swingado" e intimista. Não muito veloz, mas bem embalada, esta conta com a participação de Kenny Hill.
5) Ghost Town. Outra excelente composição, bem intimista, com uma intenção de suspense e tensão, possuindo uma boa preparação para o refrão que já resolve toda a tensão da parte A, além deste ser, um pouco, sing-a-long.
6) Time Wasters. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, está entre as duas faixas velozes do álbum. Bastante velocidade e embalo, os grandes destaques, além do excelente contracanto barítono existente na parte A. A variação de cadência entre as repetições da parte A criam uma boa sensação, que extrapola quando surge a velocidade. O desenho melódico da voz também merece atenção. Esta faixa possui as participações de Nick Feratu e Kenny Hill.
7) Ready For War. Mais uma faixa não muito veloz, com o shuffle em evidência, com um arranjo de guitarra que busca ser intimista, embora os demais instrumentos não carreguem a mesma intenção. De qualquer forma, acaba gerando um excelente trabalho de dinâmica.
8) Turn On You Tomorrow. Outra faixa não muito veloz, com um bom embalo e uma característica de composição típica dos anos 50 / 60, assemelhando-se àquelas canções dos bailes escolares da época, representados em filmes! Considero esta a faixa que menos me agrada no álbum, apesar de possuir eventuais boas frases de guitarra. Esta faixa conta com a participação de D.W. Ranch.
9) Straight To Valhalla. Considero esta a melhor faixa do álbum, veloz e embalada, possuindo um excelente trabalho de dinâmica entre as partes, além de um clima de suspense e tensão na parte A e um excepcional refrão, o grande destaque da composição, bem sing-a-long, com ótimos contracantos, é o momento de liberar toda tensão contida na parte A! Esta faixa conta as participações de Kristian e Peter Sandorff, Jeff Roffredo e James Meza.
10) Raining All My Life. Mais uma ótima composição, mais intimista, com o shuffle em evidência, acentos no contratempo, boas frases de guitarra, bem como uma variação modal na ponte, bem interessante, o que prepara para o refrão.
11) Just Rock. Outra faixa bem rockabilly, com o shuffle em evidência e um excelente riff de guitarra, além de uma execução harmônica bem à la anos 60, ela possui um ótimo embalo e intenção, além de um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque as frases de guitarra.
12) Everything Must Die. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores. Bem intimista, com uma ótima execução e progressão harmônica, um ótimo trabalho de dinâmica, mesmo que bem sutil, além de possuir um excelente refrão, bem sing-a-long, o destaque da composição.
Ouça o álbum e sinta a carga negativa!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Pussy Galore - Dial 'M' For Motherfucker (1989)

GÊNERO: Garage Punk
ORIGEM: EUA (Washington / Distrito Federal)
FORMAÇÃO:
Jon Spencer (Vocal, guitarra)
Julie Cafritz (Guitarra)
Neil Hagerty (Guitarra)
Kurt Wolf (Guitarra)
Bob Bert (Bateria)
.
Este é o segundo álbum lançado pelo grupo, através do selo Caroline. É um bom álbum, bastante experimental, aliás, um salto grande entre o trabalho anterior e este, enquanto que antes a preocupação estava nos "ruídos" das guitarras, aqui os arranjos e as composições são bem pensadas, existindo muita criatividade, dissonância e inovação, com excelentes intenções, incluindo trechos de faixas executadas no modo reverso, ou seja, de trás para frente, bem como a utilização de materiais alternativos para gravar e executar as composições. Realmente um trabalho muito bem pensado e extremamente criativo, o que é, exatamente, o grande destaque do álbum: a criatividade, mas, ao mesmo tempo, é um álbum em que se deve estar preparado para ouvi-lo! O som? Bom, imaginem uma mistura de Cramps, MC5, Stooges, Sonic Youth e pitadas de Jesus And Mary Chain! Isso mesmo, uma mistura grande, mas que acabam estruturando o som do Pussy Galore, 4 guitarras e nenhum baixo! Outro aspecto que chama a atenção! Por reconhecimento, e merecimento, o álbum atingiu a quarta posição nas paradas britânicas, mais precisamente na UK Indie Chart, no ano de 1989. As composições não são muito velozes, sendo, muitas vezes, embaladas, com muita distorção e criatividade, principalmente, nos arranjos de guitarra. Outro ponto que marcou o álbum foi que aqui começam os desentendimentos entre os integrantes, o que culminaria, poucos anos após, com o fim da carreira do grupo, ou seja, este é o começo do fim! Mas, ainda assim, um ótimo álbum, com uma excelente concepção. Vale a pena conferir!
.
FAIXA A FAIXA:
1) Understand Me. O álbum inicia com uma boa faixa, mas longe de ser uma das melhores, na minha opinião. Não muito veloz, com uma levada pouco embalada, com pitadas de pop, e um arranjo que apesar de não ser ruim, não tem muito que chame a atenção. O destaque está no arranjo das guitarras.
2) SM 57. Esta faixa já é mais veloz e embalada que a anterior, possuindo uma pegada bem punk rock, com muita distorção e energia. Um arranjo mais simples, mas com uma boa progressão harmônica e arranjos de guitarra, sendo o destaque a parte A.
3) Kicked Out. Considero esta a melhor faixa do álbum, com uma introdução extremamente alucinante, com muitos ruídos e efeitos de edição, o que leva um certo tempo. Assim que surge a música, esta se parece, e muito, com Kick Out The Jams, do MC5 (fico me perguntando se o título da música não foi intencional)! Bastante embalo e energia, com trocas rápidas de acorde e certa velocidade. O curioso é que esta faixa foi utilizada em um trecho específico do seriado House.
4) Solo = Sex. Outra ótima composição, mais lenta e cadenciada, mas com um excelente riff de guitarra que permanece, quase que, em toda música. Um bom arranjo, em especial das guitarras, possuindo, também, um bom arranjo vocal.
5) Undertaker. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Possui um bom embalo, um arranjo bem pesado, com constantes riffs de guitarra bem hipnóticos, além de possuir boas frases rítmicas.
6) DWDA. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, embora sua concepção seja sensacional, extremamente criativa. Ela possui trechos executados em modo reverso, combinados com outros que não estão... enfim, bem hipnotizante e criativo, sendo, quase que, uma versão de ADWD.
7) Dick Johnson. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com uma harmonia bem perceptível, possuindo uma boa progressão, além de um bom arranjo, em especial das guitarras. Possuindo um bom embalo e certa velocidade. Destaque para as constantes frases de guitarra. Esta é a faixa de trabalho do álbum, possuindo videoclipe de divulgação.
8) 1 Hour Later. Outra boa composição, bem criativa, com um arranjo de guitarra que lembra muito Stooges, uma levada em shuffle, mais uma vez o destaque está no arranjo das guitarras. Um bom embalo e um bom arranjo vocal também merecem destaque.
9) Eat Me. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com uma introdução que lembra muito Purple Haze, do Jimi Hendrix, porém mais "sujo", existindo um breve arranjo com violão. Assim que a bateria surge, ela se torna mais pesada e embalada. O destaque está, justamente, no embalo e energia.
10) Waxhead. Uma boa composição, com um bom arranjo de guitarra, que lembra, um pouco, as bandas de glam metal dos anos 80. Uma boa composição, com bons riffs e uma boa intenção, mas com nada que chame muito a atenção.
11) Wait A Minute. Outra boa composição, não muito embalada, mas que lembra, bastante, as bandas do gênero dos anos 60. Não muito veloz, com bons arranjos de guitarra, em especial a constante frase, além de um bom arranjo vocal, que também merece atenção.
12) Evil Eye. Outra boa composição, bem embalada, com um bom riff de guitarra, assim como a progressão harmônica. Uma boa execução melódica da voz, que também merece atenção.
13) ADWD #2. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Esta é uma terceira versão para a faixa 6, porém, aqui, não tem arranjo tocado no modo reverso! Mais na manha, mais cadenciada, com um bom trabalho de dinâmica, assim como uma boa progressão harmônica e um bom arranjo vocal, mas, o destaque está na frase da guitarra.
14) Hang On. O álbum finaliza com outra boa composição, com um bom riff de guitarra, além de um bom embalo, apesar de não muito veloz, mantendo uma frase bem marcante na parte A, sendo, justamente, este o destaque da composição.
Ouça o álbum e disque 'm' para filho da puta!

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Punkles - Beat The Punkles! (2002)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Alemanha (Hamburgo / Hamburg)
FORMAÇÃO:
Joey Lennon - Andi Schmidt (Vocal, guitarra)
Captain O'Harrison - Gary Schmalzl (Guitarra)
Sid McCartney - Marc Zimmermann (Baixo)
Markey Starkey - Rudolph Naomi (Bateria)
.
Este é o terceiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Bitzcore, e foi gravado nos estúdios Vielklang e Alien Network, as faixas ao vivo foram gravadas no Hollywood Bwling Center e uma faixa foi gravada no Joey's Rockin' Room, a casa do vocalista / guitarrista. Embora este seja o terceiro álbum do grupo, ele é, na verdade, um relançamento do primeiro álbum, porém com nova arte e mais músicas. É uma proposta bem explícita e interessante, o grupo faz covers de composições dos Beatles em versão punk rock, como uma mistura de Beatles com Ramones e alguma banda punk britânica dos anos 70 qualquer. Eu, particularmente, não sou muito chegado à Beatles, portanto, mesmo que aqui o grupo consiga criar um arranjo mais interessante (na minha opinião) das composições, ainda assim não consigo ouvir o álbum por muitas vezes em pouco tempo, afinal de contas, querendo ou não, é Beatles! Divulgo este álbum mais pensando na proposta do projeto do que por considerar um bom álbum. Algumas faixas ficaram bem interessantes, mas outras continuam não me agradando nem um pouco, igual às versões originais! De qualquer forma, a principal diferença está na utilização de distorção nas guitarras, bem como os andamentos mais acelerados, no mais, o grupo se mantém fiel às versões originais. Um álbum interessante, vale a pena conhecer devido à proposta.
.
FAIXA A FAIXA:
1) Please Please Me. O álbum inicia de uma forma extremamente Ramones, inclusive com o "grito de guerra" Hey Ho, Let's Go. Logo após surge a parte da voz e a música se torna um punk rock bem característico e não muito veloz.
2) Eight Days A Week. Outro arranjo bem semelhante à faixa anterior, um punk rock não muito veloz, mas embalado, talvez um pouco mais veloz que a faixa anterior. Destaque para o refrão.
3) Help. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, sendo, inclusive, a música de trabalho, pois possui videoclipe de divulgação. Ainda me agrada mais a versão do Damned, porém esta versão ficou bem interessante, bem fiel à original, porém com mais distorção e velocidade.
4) I Should Have Known Better. Outra faixa com um bom embalo, mas muito alegre, devido à sua composição que não deixa ela soar diferente. Esta não tem como não lembrar Beatles, mesmo com mais distorção e velocidade.
5) Sie Liebt Dich. Versão em alemão para She Loves You. Bem mais punk rock que a versão original, esta sim soa como um verdadeiro punk rock, quem não conhece a versão original poderia muito bem ser enganado e dizer que é uma composição punk! Mais uma vez mais velocidade e distorção.
6) I Saw Her Standing There. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, esta ficou um punk rock, nem se parece com Beatles, sendo o destaque o desenho melódico da voz na parte A. Como de praxe, mais velocidade e distorção.
7) Komm Gib Mir Deine Hand. Outra versão traduzida para o alemão, desta vez a composição é I Wanna Hold Your Hand. Bem fiel à original, porém com mais velocidade e distorção, esta é outra composição "alegre" dos Beatles que não conseguem me agradar, mesmo com arranjo punk.
8) All You Need Is Love. Considero esta a pior faixa do álbum, realmente muito ruim, nada embalada, lenta, fiel à versão original, não empolga e ainda possui uma melodia que não me agrada nem um pouco. Enfim, não enxergo qualidades, infelizmente.
9) A Hard Day's Night. Aqui começa a melhor seqüência do álbum, considero esta uma das melhores faixas do álbum. Bem embalada e com mais velocidade que a versão original, esta se mostrou uma boa composição para o punk!
10) I Feel Fine. Considero esta a melhor faixa do álbum! Com um frequente riff de guitarra muito interessante, sendo o destaque junto com o bom desenho melódico da voz no final da parte A, quando da troca de acordes. Neste momento também surge o riff mencionado anteriormente.
11) Ticket To Ride. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Me agrada bastante o arranjo dos instrumentos de corda na parte A, lembrando, bastante, Police Truck, do Dead Kennedys, além de possuir um bom embalo e, claro, mais distorção e velocidade.
12) Can't Buy Me Love. Outra boa faixa, bem embalada, sendo uma boa composição para o punk rock, possuindo um bom arranjo, apesar de simples, além de possuir uma progressão bem associada ao rock 'n' roll.
13) Twist And Shout. Um dos grandes clássicos dos Beatles (mesmo não sendo uma composição deles), possuindo um fiel bem fiel ao original, porém com o vocal mais escrachado e, claro, mais distorção e velocidade.
14) All You Need Is Love (All Star Version). Outra versão da faixa número 8, porém, com exceção da voz, que possui participações, o arranjo é igual, portanto as características são as mesmas das descritas na faixa 8, ou seja, não tem nada diferente que faça a qualidade aumentar. Esta é a última faixa pertencente ao primeiro álbum.
15) She Loves You. Esta é a primeira faixa "bônus" do álbum, ou seja, a primeira faixa a mais em relação ao primeiro álbum, e é uma das faixas que considero das melhores, também com um bom arranjo, bem punk rock, com mais distorção e velocidade.
16) I Wanna Hold Your Hand. A versão em inglês da faixa 7! Ela mantém as mesmas características das descritas na faixa 7, a única diferença está no idioma.
17) The Silence Of The Amps. Esta faixa é a que foi gravada na casa de Joey, e nada mais é do que uma microfonia, médio / grave, da guitarra e seu amplificador.
18) Drive My Car. O álbum finaliza com uma faixa que foi lançada em videoclipe. Aliás, um videoclipe bem interessante que mescla animação com imagens do grupo tocando, sempre com imagens monocromáticas, com cores variadas, lembrando muito a era da psicodelia. As animações sempre resgatam alguma lembrança dos Beatles.
Ouça o álbum e tente vencer os punkles!

sábado, 18 de dezembro de 2021

Public Enemy - Rebirth Of A Nation (2006)

GÊNERO: Rap
ORIGEM: EUA (Long Island / Nova York)
FORMAÇÃO:
Chuck D - Carlton Ridenhour (Vocal)
Flavor Flav - William Drayton Jr. (Vocal)
DJ Lord - Lord Aswod (Pick-up)
.
Este é um álbum considerado colaborativo, não fazendo parte da discografia oficial dos álbuns de estúdio, sendo o primeiro, e único, álbum colaborativo, lançado após 8 álbuns de estúdio, através do selo Funk Guerrilla. Ele é considerado um álbum colaborativo devido às inúmeras participações existentes, sendo a mais notória, a do cantor Paris, o qual tem o seu nome na capa, bem como sua foto na arte da capa, ao lado de Chuck e Flavor. Aliás, Paris não é apenas uma participação, já que está envolvido, cantando em várias faixas, bem como produzindo outras. Outras participações são de MC Ren, Sister Souljah, Dead Prez, Kam, Conscious Daughters e Professor Griff. É um bom álbum, com algumas composições excelentes, mantendo a pegada do grupo desde os anos 80, enquanto que, outras estão com um arranjo mais "moderno". Existe uma variedade bem grande de estilos de rap entre as faixas, a maioria delas soando como o grupo sempre soou, mas outras que lembram mais o rap da costa oeste dos EUA. De qualquer forma, bastante peso, como não poderia deixar de faltar em um álbum do Public Enemy, algumas faixas mais lentas e com os graves em destaque, esta foi uma boa parceria, que rendeu ótimos resultados, vale a pena conferir!
.
FAIXA A FAIXA:
1) Raw Shit. O álbum inicia com a faixa que menos me agrada. Com um toque bem anos 2000, não possui muito trabalho de DJ, mais programação, com um andamento bem lento, muito grave, e bastante travado, sem embalo. Esta faixa conta com as participações de Paris e MC Ren.
2) Hard Rhymin'. Esta faixa já possui mais peso, com o sample de uma guitarra com distorção, um bom groove, com baixo pedal, muito peso e um clima de tensão. Uma boa composição, mas acaba se tornando um pouco repetitiva demais. A faixa conta com as participações de Paris e Sister Souljah.
3) Rise. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com um groove sensacional, bem embalado, com uma ótima linha de baixo, a composição lembra bem o estilo do grupo, lembrando as composições dos primeiros anos de carreira, também devido à eventuais samples.
4) Can't Hold Us Back. Esta é uma boa composição, sendo a faixa escolhida como sendo a de trabalho e divulgação do álbum. Com uma linha de baixo bem hipnótica, ela possui uma intenção bem minimalista, além de um ótimo groove. A faixa conta com as participações de Paris, Kam e o dueto Dead Prez.
5) Hard Truth Soldiers. Uma ótima composição, com um bom groove e um bom embalo, possuindo um sample mais "suave", menos pesado, não muito alegre, mas bem dançante, sendo o destaque o refrão. A faixa conta com as participações de Paris, MC Ren e os duetos Dead Prez e Conscious Daughters.
6) Hannibal Lecture. Outra excelente composição, com um ótimo embalo e um bom groove, possuindo uma intenção de tensão, embora não muito evidente, prezando pelos graves. Esta faixa conta com a participação de Paris.
7) Rebirth Of A Nation. Considero esta faixa a melhor do álbum. Com um sample de guitarra com distorção, e uma excelente progressão harmônica, esta lembra, e muito, as composições do grupo nos anos 80, lembrando, um pouco, a música King Of Rock, do grupo Run DMC, pela sua intenção. A faixa conta com a participação de Professor Griff.
8) Pump The Music, Pump The Sound. Outra boa composição, com um bom embalo, clima de tensão e peso e grave em evidência. O groove também é bem interessante, sendo o destaque o embalo da batida.
9) Make It Hardcore. Outra boa composição, já soando mais "moderno", mas não tanto, lembrando mais o final dos anos 90, com um ótimo sample de piano, bem minimalista, além de uma boa progressão harmônica exposta pelo baixo. Um bom embalo e um bom groove, mais uma vez. A faixa conta com a participação de Paris.
10) They Call Me Flavor. Considero esta a melhor seqüência do álbum, sendo esta uma das melhores faixas. Outra composição que lembra o início da carreira do grupo, com um excelente groove, com bastante grave e peso.
11) Plastic Nation. Outra faixa que considero das melhores do álbum, possuindo bastante peso e priorizando os graves, ela possui um bom groove, apesar de pouco e nada veloz. Destaque para a progressão harmônica, mais uma vez exposta pelo baixo.
12) Coinsequences. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Com um clima bem pesado e tenso, esta composição lembra, e muito, a música The Tower, do Ice-T. Um excelente groove, uma boa linha de baixo, mas não muito embalada e nem veloz, as divisões rápidas das sílabas ajudam a dar uma sensação de embalo maior. A faixa conta com a participação de Paris.
13) Invisible Man. Outra excelente composição, com uma ótima linha de baixo, priorizando os graves, um certo embalo, apesar da pouca velocidade. Esta composição em nada lembra alguma música do Public Enemy, se assemelhando, e muito, às composições da costa oeste, lembrando, bastante, alguma música do Dr. Dre.
14) Field Nigga Boogie (XLR8R Remix). O álbum finaliza com outra ótima composição. Se anteriormente o grave estava em evidência, aqui ele chega a extrapolar de tão em evidência que está, o que não é ruim! Uma composição bastante pesada, com uma linha de baixo bem hipnótica, também mantendo um clima de tensão, o grande destaque está no arranjo do final, com a linha melódica e um acompanhamento percussivo que lembra, e muito, Beastie Boys.
Ouça o álbum e conheça o renascimento de uma nação!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

P.T.L. Klub - Living Death II (1987)

GÊNERO: Hardcore Old School
ORIGEM: EUA (Boston - Suffolk / Massachusetts)
FORMAÇÃO:
Ray Domenici (Vocal)
Bob Domenici (Guitarra)
Chris Lillyman (Baixo)
Ron Domenici (Bateria)
.
Este é o segundo EP lançado pelo grupo, após 2 álbuns de estúdio, através do selo Super Seven. É um bom EP, um hardcore old school clássico, com composições de pouca duração, poucas partes, bastante embalo, e certa velocidade, além de muita energia. Tudo bem nas cabeças, compassos, trocas de acordes, possuindo uma progressão harmônica com trocas rápidas de acorde. Quando há, as introduções são curtas, existindo poucas pontes, mantendo uma estrutura baseada em partes A e B. Soa como uma mistura de D.R.I. com Cryptic Slaughter, bastante embalo e velocidade. Os músicos não são muito técnicos, mas a energia compensa esta carência. Vale a pena conferir, um exemplo típico do gênero, um importante nome para o hardcore da região.
.
FAIXA A FAIXA:
1) Want To Die. O EP inicia com a faixa que considero a melhor. Bastante embalo, possuindo certa velocidade, com duas partes bem definidas, possuindo um bom timbre de voz, sendo o destaque a progressão harmônica.
2) Help Wanted. Mais veloz que a faixa anterior, mas com frequentes variações de cadência e troca de acordes mais rápida que a faixa anterior, possuindo uma boa intenção, o grande destaque, na minha opinião.
3) Big John. Outra excelente composição, com bastante energia e embalo, além de possuir certa velocidade e uma boa intenção e um refrão bem sing-a-long. Duas partes, sem introdução ou pontes, esta faixa possui pouca duração.
4) This Town Sucks. A faixa inicia mais lenta, com uma introdução que possui uma ótima intenção, porém, logo após, surge a velocidade, o embalo e as trocas rápidas de acorde. O destaque, na minha opinião, está na introdução.
5) Drug Squad. Outra faixa bem embalada, não tão veloz, mas bastante embalada e com um excelente refrão, que é, justamente, o grande destaque da composição, esta é uma boa composição.
6) C.M.. Trocas rápidas de acorde e embalo são as marcas desta composição, sendo o destaque as pontes, com as frases executadas em sincronia entre os instrumentos. Ela não possui refrão, apenas parte A e ponte.
7) Rock & Roll Heaven. O EP finaliza com uma das faixas que considero das melhores, possuindo duas partes bem distintas, uma instrumental e outra com voz. A parte instrumental possui um bom embalo e uma linha de baixo bem interessante, lembrando, realmente, alguma banda de rock dos anos 70, enquanto que a parte com voz é bem veloz e embalada, com as palavras cantadas de maneira rápida e trocas rápidas de acorde.
Ouça o EP e veja a morte viva dois!

sábado, 11 de dezembro de 2021

Prong - Primitive Origins (1987)

GÊNERO: Crossover
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
FORMAÇÃO:
Tommy Victor (Vocal, guitarra)
Mike Kirkland (Baixo)
Ted Parsons (Bateria)
.
Este é o primeiro EP, e primeiro trabalho, lançado pelo grupo, através do selo Mr. Bear. É um excelente EP, considero esta a melhor fase do grupo, com todas as músicas velozes e embaladas, bem diferente com o que se tornaria o som do grupo anos mais tarde. Percebe-se bastante influência do hardcore nova iorquino, porém os riffs bem característicos do thrash também estão lá, enquanto que os contracantos se assemelham, mais uma vez, com o hardcore de Nova York. Enfim, resumindo, embora eu tenha classificado como crossover, não seria nada absurdo classificar este EP como thrash metal, na verdade ele inicia mais crossover e finaliza mais thrash, podendo se dizer que é um crossover com influências de thrash. Ou seria um thrash com influências de crossover?! De qualquer forma, a principal característica é o embalo e velocidade das composições, possuindo frequentes riffs de guitarra e palhetadas rápidas, com eventuais trechos mais cadenciados, porém são muito poucos. O EP possui uma faixa instrumental. O grupo foi formado em pleno CBGB, já que Tommy era técnico de som da casa, enquanto que Mike trabalhava na portaria. Ted foi convidado, ex-baterista do grupo Swans. É um excelente EP, uma pena que o grupo não manteve esta mesma intenção nas composições dos álbuns posteriores.
.
FAIXA A FAIXA:
1) Disbelief. O EP inicia com a faixa que considero a melhor. Bastante veloz, esta é bem crossover, com trocas rápidas de acorde, bastante embalo e duas partes bem definidas. Destaque para a velocidade e a progressão harmônica, possuindo um eventual trecho mais cadenciado, logo antes do solo.
 de guitarra.
2) Watching. Considero esta uma das melhores faixas do EP, ela inicia mais cadenciada, ainda instrumental, mas, logo em seguida surge a velocidade e o embalo. Também bem crossover, mas já demonstrando pitadas de thrash, ela possui trocas rápidas de acorde e uma progressão harmônica que foge de uma ideia tonal, entre as partes.
3) Cling To Life. Outra ótima composição, bem veloz e embalada, com uma intenção bem hardcore, inclusive na execução da voz. Com arranjo mais simples, talvez a faixa mais hardcore do álbum, lembra, um pouco, com Cro Mags.
4) Denial. Outra faixa bem hardcore, mas soando mais crossover que a faixa anterior. Mais uma vez bastante velocidade e embalo, possuindo um bom arranjo rítmico no refrão, com acentos bem marcados em sincronia entre os instrumentos. O solo de guitarra já soa bem thrash.
5) Dreams Like That. Outra faixa que considero das melhores do EP. Inicia com uma levada bem veloz da bateria, bastante embalo, esta é outra que tem fortes influências de hardcore, até certo ponto. Ao iniciar a voz, ela já fica mais crossover do que hardcore. Um arranjo simples, mas interessante no refrão.
6) In My Veins. Talvez a faixa mais conhecida do EP, já que ela foi regravada anos mais tarde. A partir desta faixa as composições começam a soar mais thrash e menos crossover e hardcore. A progressão harmônica e os riffs de guitarra, assim como o timbre e expressão vocal, ajudam a manter esta impressão.
7) Climate Control. Outra composição mais thrash com um excelente riff de guitarra, com palhetadas rápidas. Bastante veloz e embalada, a composição mantém a característica do EP, também possuindo trocas rápidas de acorde.
8) Persecution. O EP finaliza com a faixa instrumental, que é, também, a faixa que menos me agrada. Inicia (e fica um bom tempo) mais lenta e cadenciada, para, bem depois, surgir a velocidade e embalo, porém, aqui faltou uma melodia, não tem nenhuma frase, de nenhum instrumento, que substitua uma voz, por exemplo, sendo apenas uma composição sem voz, parece que esqueceram de gravar o vocal! De qualquer forma, não serve pra ruim, é uma boa composição, mas a falta de melodia faz eu considerá-la a composição que menos me agrada.
Ouça o EP e conheça as origens primitivas!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Proletariat - Distortion (1982)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: EUA (Boston - Suffolk / Massachusetts)
FORMAÇÃO:
Richard Brown (Vocal)
Frank Michaels (Guitarra)
Peter Bevilacqua (Baixo)
Thomas McKnight (Bateria)
.
Esta é a primeira demo, e primeiro trabalho, lançado pelo grupo, de maneira independente, e foi gravado no estúdio Radiobeat. Esta é uma banda importante para a cena de Boston do início dos anos 80, que, mesmo dividindo os palcos com bandas de hardcore old school, soa mais punk rock, não possuindo muita velocidade, embora o embalo esteja lá. É um punk rock com pitadas de pós punk e hardcore old school, lembrando bastante bandas de punk rock britânicas do final dos anos 70, como Adicts. Os músicos não possuem muita técnica, porém também não servem pra ruins, deixando tudo no lugar. A intenção das composições é o grande destaque da demo, embora possua um bom trabalho de dinâmica e bons arranjos, apesar de simples. Vale a pena conferir, possuindo uma boa qualidade de gravação, levando em consideração ser uma fita demo.
.
FAIXA A FAIXA:
1) Torn Curtain. A demo inicia com uma faixa não muito veloz, possuindo um bom trabalho de dinâmica, principalmente percebido pelo arranjo de guitarra, alternando entre abafado e solto. Um punk rock com pitadas de pós punk, bem simples, com apenas duas partes, lembra Adicts.
2) Splendid Wars. Considero esta a melhor faixa da demo, com certeza a faixa mais veloz e, ainda mais que a faixa anterior, esta se assemelha a Adicts. Bem embalada, com pouco tempo de duração em cada acorde, além de possuir um bom desenho melódico da voz, apesar de simples.
3) After The Rise. Outra faixa com um bom embalo, embora não muito veloz, uma composição bem simples, possuindo um bom trabalho de dinâmica, além de possuir duas partes bem distintas, embora uma delas seja apenas uma ponte.
4) Blind. Esta composição possui uma boa linha de baixo, além de um bom trabalho de dinâmica, sendo este o grande destaque. Mais uma composição bem simples, com poucas frases, merecendo atenção o arranjo de guitarra.
5) Events / Repeat. Considero esta uma das melhores faixas da demo. Quase uma composição monocórdica (mas não é), o grande destaque está, com certeza, no trabalho de dinâmica e no arranjo, merecendo, o final, atenção. A intenção e o crescendo, do início ao fim, ajudam a elevar a qualidade da composição.
6) White Hands. Talvez a faixa que menos me agrada na demo, embora não seja ruim, possuindo um bom trabalho de dinâmica, embora bem sutil, com menos elementos que as faixas anteriores. Como disse, não é uma má composição, porém não possui nada de mais, existindo pitadas de hardcore old school.
7) Western I Zation. A demo finaliza com uma ótima composição que lembra, e muito, a música Blind Ambition, do grupo Partisans! Aliás, não sei se o grupo galês não se inspirou nesta composição para criar a referida música! Não muito veloz, com uma progressão harmônica cromática, o destaque está no arranjo, apesar de simples, e no trabalho de dinâmica.
Ouça a demo e perceba a distorção!

sábado, 4 de dezembro de 2021

Prevaricators - No Kidding (1983)

GÊNERO: Skate Punk
ORIGEM: EUA (Richmond / Virginia)
FORMAÇÃO:
Steve Hunter (Vocal)
David Stover (Guitarra)
Tom Rodriguez (Guitarra)
Craig Thompson (Baixo)
Hal Imburg (Bateria)
.
Este é o primeiro EP, e primeiro trabalho, lançado pelo grupo, através dos selos Zero Degree e Generic, e foi gravado no estúdio Flood Zone. É um ótimo EP, com as estruturas das composições bem simples, apenas partes A e B, como o hardcore do início dos anos 80 era, aliás, embora eu tenha classificado como skate punk, ele fica na tangente com o hardcore old school e o punk rock, possuindo músicas embaladas, com trocas rápidas de acorde, um sutil, mas bacana, trabalho de dinâmica, além de eventuais solos. Pode ser, muito bem, classificado como um destes outros dois gêneros. O EP soa como uma mistura de Circle Jerks e Adolescents, o hardcore / skate punk típico do início dos anos 80. Os músicos não são exímios em termos técnicos, mas sabem expressar bem o que sentem, além de deixar tudo no lugar, além de tudo, não servem para serem chamados de maus músicos. O EP conta com uma faixa cover. Homenagem ao vocalista Steve, morto em 2001.
.
FAIXA A FAIXA:
1) Ode To Mr. Ed. O EP inicia com uma excelente composição, bem embalada, com trocas rápidas de acorde, além de um bom desenho melódico da voz e eventuais frases da guitarra. Sempre com muita expressão, o refrão também é bem marcante.
2) Hanky Panky. Esta é a faixa cover do EP, e é, também, a faixa que menos me agrada, embora não seja ruim, bem embalada, até mais veloz que a faixa anterior. Ela possui a harmonia típica do rock 'n' roll, e possui frequentes pausas. Esta é uma composição de Jeff Barry e Ellie Greenwich, e foi gravada, originalmente, sem muita pretensão, como um lado B, em 1963, pelo grupo Raindrops, porém ela recebeu um novo arranjo, bem garagem, que foi a que a tornou reconhecida, inclusive, nos tempos atuais, utilizada em trilhas de séries. Esta versão, de 1964, foi gravada pelo grupo Shondells.
3) Livin' In Khaki. Considero esta a melhor faixa do EP, com trocas rápidas de acorde, mas sendo o destaque o refrão e sua intenção e acentos. Bem embalada, possui uma estrutura bem simples, apenas partes A e B.
4) I'm So Cool. O EP finaliza com outra excelente composição. Esta mais punk rock, com, mais uma vez, trocas rápidas de acorde, além de possuir um refrão bem sing-a-long, que é, aliás, o destaque da composição. Mais uma vez a estrutura é bem simples, com apenas partes A e B.
Ouça o EP sem brincadeiras!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

P.P.A. - Split [Sub Existência] (2001)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Brasil (Serrana / São Paulo)
FORMAÇÃO:
Cição (Vocal)
Sergim (Guitarra)
Ricardo Brasileiro (Baixo)
João Francisco (Bateria)
.
Este é o primeiro split, e primeiro trabalho que não fosse coletânea, lançado pelo grupo, através dos selos Kaskadura e Cenas Alternativas, e foi gravado no estúdio Decson. Este é um split com o grupo paulista Sub Existência, porém aqui comento apenas as músicas do P.P.A.. É um bom split, um punk rock com pitadas de oi!, em especial devido aos contracantos. Soando como uma mescla de Vírus 27, Cólera e Camisa De Vênus, lembra muito o punk rock brasileiro dos anos 80, mesmo que gravado já no século XXI. Os músicos não possuem muita técnica, os arranjos são bem simples, assim como as composições, porém está tudo no lugar, e, não é porque as composições são simples que não são boas, muito pelo contrário, muitas faixas são sensacionais, músicas bem interessantes e criativas, mesmo simples. Não muito veloz, mas mantendo um embalo, o split mantém as trocas e acentos sempre nas cabeças dos compassos, existindo eventuais frases de guitarra. O split possui uma faixa instrumental e 3 faixas com participações.
.
FAIXA A FAIXA:
1) Durango Nosso. O split inicia com uma das faixas que considero das melhores. Uma faixa instrumental e de pequena duração, possuindo uma boa progressão harmônica, sendo a faixa mais veloz do split, esta tem o papel de introdução, lembrando, um pouco, Ramones.
2) Aviso Prévio. Outra faixa que considero das melhores do split, com um bom embalo, no modo maior, com uma progressão harmônica bem punk rock e contracantos puxando para o oi!, esta lembra Camisa De Vênus!
3) O Diferente De Você. Outra boa composição, iniciando com um bom riff de guitarra, bem minimalista, esta também tem um bom embalo, mas não muito veloz, com um excelente refrão, o grande destaque, ela soa como um Vírus 27 misturado com Garotos Podres.
4) O Bom De FHC. Outra composição bem punk rock, esta soa como as bandas britânicas do final da década de 70. Com um bom embalo, mas não muito veloz, também no modo maior, um refrão bem sing-a-long, em contracantos, ela lembra uma mistura de Vírus 27 com Sham 69! Esta possui a participação de Barata nos backing vocals.
5) Nunca Fui Criança. Esta é a faixa mais lenta do split, e lembra, bastante, com Garotos Podres e Não Religião. O grande destaque está no desenho melódico da voz, possuindo bons contracantos no refrão.
6) Pobre Favela. Considero esta uma das melhores faixas do split. Também no modo maior, com um bom embalo, apesar de não muito veloz, esta se assemelha, mais uma vez, com Vírus 27, sendo os destaques o  desenho melódico da voz e a linha do baixo, possuindo um refrão bem sing-a-long.
7) A Galera Pogada. Outra faixa com um bom embalo e uma boa linha de baixo, sendo um típico punk rock, com a cara do Brasil. Sem nada de especial, possuindo frequentes contracantos e um arranjo bem simples, é uma boa composição. Esta possui a participação de Barata nos backing vocals.
8) Igreja Pimenta Do Reino De Deus. Outra composição menos veloz na introdução, mas acelerando logo após, bem simples, com nada de especial, ela possui um refrão extremamente sing-a-long, pois não possui letra, apenas "lá-lá-lás", além de uma progressão harmônica bem minimalista, pois se mantém sempre igual, do início ao fim!
9) 22 De Abril. Outra ótima composição, com uma boa progressão harmônica e um bom desenho melódico da voz, o grande destaque da composição, além de possuir uma boa frase de guitarra. Não muito veloz, mas possuindo um bom embalo.
10) Bico Prá Complementar. Uma boa composição, com um bom embalo, embora bem simples, tanto no arranjo como na composição, possuindo uma boa progressão harmônica e um refrão bem sing-a-long, com contracantos.
11) Há Cúmulo De Capital. O split finaliza com a faixa que considero a melhor, a mais veloz, junto com a primeira faixa, possuindo um ótimo desenho melódico da voz, o grande destaque da composição, em especial no refrão, existindo eventuais contracantos. A curiosidade é que esta faixa conta com a participação do Redson nos backing vocals.
Ouça o split e saia da sub existência!