sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Pussy Galore - Dial 'M' For Motherfucker (1989)

GÊNERO: Garage Punk
ORIGEM: EUA (Washington / Distrito Federal)
FORMAÇÃO:
Jon Spencer (Vocal, guitarra)
Julie Cafritz (Guitarra)
Neil Hagerty (Guitarra)
Kurt Wolf (Guitarra)
Bob Bert (Bateria)
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Este é o segundo álbum lançado pelo grupo, através do selo Caroline. É um bom álbum, bastante experimental, aliás, um salto grande entre o trabalho anterior e este, enquanto que antes a preocupação estava nos "ruídos" das guitarras, aqui os arranjos e as composições são bem pensadas, existindo muita criatividade, dissonância e inovação, com excelentes intenções, incluindo trechos de faixas executadas no modo reverso, ou seja, de trás para frente, bem como a utilização de materiais alternativos para gravar e executar as composições. Realmente um trabalho muito bem pensado e extremamente criativo, o que é, exatamente, o grande destaque do álbum: a criatividade, mas, ao mesmo tempo, é um álbum em que se deve estar preparado para ouvi-lo! O som? Bom, imaginem uma mistura de Cramps, MC5, Stooges, Sonic Youth e pitadas de Jesus And Mary Chain! Isso mesmo, uma mistura grande, mas que acabam estruturando o som do Pussy Galore, 4 guitarras e nenhum baixo! Outro aspecto que chama a atenção! Por reconhecimento, e merecimento, o álbum atingiu a quarta posição nas paradas britânicas, mais precisamente na UK Indie Chart, no ano de 1989. As composições não são muito velozes, sendo, muitas vezes, embaladas, com muita distorção e criatividade, principalmente, nos arranjos de guitarra. Outro ponto que marcou o álbum foi que aqui começam os desentendimentos entre os integrantes, o que culminaria, poucos anos após, com o fim da carreira do grupo, ou seja, este é o começo do fim! Mas, ainda assim, um ótimo álbum, com uma excelente concepção. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Understand Me. O álbum inicia com uma boa faixa, mas longe de ser uma das melhores, na minha opinião. Não muito veloz, com uma levada pouco embalada, com pitadas de pop, e um arranjo que apesar de não ser ruim, não tem muito que chame a atenção. O destaque está no arranjo das guitarras.
2) SM 57. Esta faixa já é mais veloz e embalada que a anterior, possuindo uma pegada bem punk rock, com muita distorção e energia. Um arranjo mais simples, mas com uma boa progressão harmônica e arranjos de guitarra, sendo o destaque a parte A.
3) Kicked Out. Considero esta a melhor faixa do álbum, com uma introdução extremamente alucinante, com muitos ruídos e efeitos de edição, o que leva um certo tempo. Assim que surge a música, esta se parece, e muito, com Kick Out The Jams, do MC5 (fico me perguntando se o título da música não foi intencional)! Bastante embalo e energia, com trocas rápidas de acorde e certa velocidade. O curioso é que esta faixa foi utilizada em um trecho específico do seriado House.
4) Solo = Sex. Outra ótima composição, mais lenta e cadenciada, mas com um excelente riff de guitarra que permanece, quase que, em toda música. Um bom arranjo, em especial das guitarras, possuindo, também, um bom arranjo vocal.
5) Undertaker. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Possui um bom embalo, um arranjo bem pesado, com constantes riffs de guitarra bem hipnóticos, além de possuir boas frases rítmicas.
6) DWDA. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, embora sua concepção seja sensacional, extremamente criativa. Ela possui trechos executados em modo reverso, combinados com outros que não estão... enfim, bem hipnotizante e criativo, sendo, quase que, uma versão de ADWD.
7) Dick Johnson. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com uma harmonia bem perceptível, possuindo uma boa progressão, além de um bom arranjo, em especial das guitarras. Possuindo um bom embalo e certa velocidade. Destaque para as constantes frases de guitarra. Esta é a faixa de trabalho do álbum, possuindo videoclipe de divulgação.
8) 1 Hour Later. Outra boa composição, bem criativa, com um arranjo de guitarra que lembra muito Stooges, uma levada em shuffle, mais uma vez o destaque está no arranjo das guitarras. Um bom embalo e um bom arranjo vocal também merecem destaque.
9) Eat Me. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com uma introdução que lembra muito Purple Haze, do Jimi Hendrix, porém mais "sujo", existindo um breve arranjo com violão. Assim que a bateria surge, ela se torna mais pesada e embalada. O destaque está, justamente, no embalo e energia.
10) Waxhead. Uma boa composição, com um bom arranjo de guitarra, que lembra, um pouco, as bandas de glam metal dos anos 80. Uma boa composição, com bons riffs e uma boa intenção, mas com nada que chame muito a atenção.
11) Wait A Minute. Outra boa composição, não muito embalada, mas que lembra, bastante, as bandas do gênero dos anos 60. Não muito veloz, com bons arranjos de guitarra, em especial a constante frase, além de um bom arranjo vocal, que também merece atenção.
12) Evil Eye. Outra boa composição, bem embalada, com um bom riff de guitarra, assim como a progressão harmônica. Uma boa execução melódica da voz, que também merece atenção.
13) ADWD #2. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Esta é uma terceira versão para a faixa 6, porém, aqui, não tem arranjo tocado no modo reverso! Mais na manha, mais cadenciada, com um bom trabalho de dinâmica, assim como uma boa progressão harmônica e um bom arranjo vocal, mas, o destaque está na frase da guitarra.
14) Hang On. O álbum finaliza com outra boa composição, com um bom riff de guitarra, além de um bom embalo, apesar de não muito veloz, mantendo uma frase bem marcante na parte A, sendo, justamente, este o destaque da composição.
Ouça o álbum e disque 'm' para filho da puta!

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