segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Reno Divorce - Naysayers And Yesmen (2002)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: EUA (Denver - Denver / Colorado)
FORMAÇÃO:
Brent Loveday (Vocal, guitarra)
Tony Owens (Guitarra)
Seth Evans (Baixo)
Andrew Erich (Bateria)
.
Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Boss Tuneage. É um excelente álbum, um punk rock com pitadas de country, sendo explícita, e inevitável, a comparação com o grupo Social Distortion, tanto pelas composições, mas, também, pelos timbres, em especial, da voz, que também tem o desenho melódico das melodias bem semelhante ao Social Distortion, também. As composições são embaladas, não muito velozes, mas com excelentes melodias, o grande destaque, na minha opinião, com frequentes refrões sing-a-long, além de boas progressões harmônicas, embora simples, e bons eventuais riffs e frases de guitarra, sendo o shuffle, uma divisão rítmica bastante em evidência nos arranjos. Após o lançamento deste álbum, o grupo fez uma turnê na Europa, para, logo após, passar por frequentes mudanças na formação, até vir a se consolidar como um trio, antes do lançamento de seu próximo trabalho. Para os fãs de social Distortion, um prato cheio, sendo um ótimo álbum, vale a pena conferir!
.
FAIXA A FAIXA:
1) Let It Loose. O álbum inicia com a faixa em que considero a melhor. Com um bom trabalho de dinâmica e uma boa progressão harmônica, sendo o grande destaque o desenho melódico da voz, além de um refrão bem sing-a-long, a composição possui um bom embalo e uma excelente intenção.
2) Hits You Hard. Outra boa composição, menos embalada que a anterior, com menos energia, mas também com um bom trabalho de dinâmica, além de um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque o refrão, bem sing-a-long. Esta composição possui uma intenção mais "alegre".
3) Good Luck. Esta é uma das faixas que considero das melhores do álbum, com um bom embalo e um bom trabalho de dinâmica, o grande destaque está no refrão, bem sing-a-long, em especial para a progressão harmônica e o arranjo de bateria, possuindo, mais uma vez, um bom desenho melódico da voz.
4) He's A Fuck Up. Uma boa composição, com a progressão harmônica do "T", lembrando muito as baladas de bailes de colégio de filmes dos anos 50 e 60. Com um toque mais pop, a compoisção possui um bom embalo, e, embora não seja ruim, é a faixa que menos me agrada até então.
5) For Those Who Should Have Known. Uma excelente composição, com um ótimo riff de guitarra na introdução, além de excelentes intenção, embalo e desenho melódico da voz, bem como uma boa progressão harmônica e um refrão bem sing-a-long.
6) Last Dance. Outra faixa com uma intenção mais "alegre", com pitadas de country, esta possui um acompanhamento de meia-lua no refrão, criando, ainda mais, a sensação do country / pop. Não é uma má composição,mas longe de ser das melhores do álbum.
7) Why'd You Give Up?. Esta faixa já soa bem punk rock, com uma progressão harmônica crescente, o destaque está no trabalho de dinâmica. Uma boa composição, embora com nada de especial, sendo o destaque a frase da guitarra e as eventuais dobras da caixa da bateria.
8) Girls I Could Have Fucked. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Com um bom embalo, um bom trabalho de dinâmica, bem como boas frases da bateria, o grande destaque está, na minha opinião, no refrão, bem sing-a-long e com um bom desenho melódico da voz, assim como a progressão harmônica.
9) M.O.. Outra excelente composição, com uma excelente progressão harmônica, bem ao estilo do Social Distortion, além de um bom trabalho de dinâmica e uma boa intenção e embalo. Esta se mantém na mesma progressão harmônica do início ao fim, sendo o destaque o trabalho de dinâmica e intenção.
10) What Were You Saying?. Considero esta a pior faixa do álbum, mais country que punk rock, a melodia da voz é típica do country. Justiça seja feita, esta é, talvez, a faixa mais veloz do álbum, porém possui uma intenção que não me agrada, embora não seja uma composição ruim.
11) World War III. O álbum finaliza com uma das faixas que considero das melhores. Com excelentes progressão harmônica, trabalho de dinâmica e intenção, o refrão é bem sing-a-long, além de possuir uma boa frase de guitarra. Mantém a mesma progressão harmônica por quase toda a faixa, salvo eventuais momentos que funcionam como ponte.
Ouça o álbum e conheça os opositores e simpatizantes!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Reincidentes - Sol Y Rabia (1993)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Espanha (Sevilha / Andaluzia)
FORMAÇÃO:
Fernando Madina Pepper (Vocal, baixo)
Finito De Badajoz (Guitarra)
Juan Barea (Guitarra)
Manué - Manuel Fernández (Bateria)
.
Este é o quarto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Discos Suicidas, e foi gravado no estúdio Central. É um bom álbum, com nenhuma música ruim, sendo algumas delas muito boas. É um punk rock bem característico da Espanha, principalmente devido à empostação da voz, seu desenho melódico e acentuações. As composições são embaladas, não muito velozes, embora não possam ser consideradas lentas, com bons arranjos, apesar de simples, em especial para a guitarra e voz. É o primeiro álbum a contar com a participação de Finito, possuindo duas faixas que são versões de composições já existentes, não são covers, são apenas versões adaptadas. As curiosidades do álbum ficam por conta da foto da capa e do título. O título foi escolhido através de diversas propostas de fãs, enquanto que a fotografia da capa foi tirada por Mariano Agudo. Uma das faixas entrou na trilha sonora do filme Historias Del Kronen, de Montxo Armendáriz. Um bom álbum, vale a penas conferir!
.
FAIXA A FAIXA:
1) Jartos D'aguantar. O álbum inicia com uma das faixas que é uma versão. Esta é uma versão de Schönen Gruss, Auf Wiederseh'n, gravada, originalmente, pelo grupo Die Toten Hosen, em 1990. É uma boa composição, um punk rock típico, com a harmonia baseada nos acordes de I, IV e V graus, com uma boa melodia, esta é a faixa de divulgação do álbum, possuindo videoclipe de divulgação, o primeiro lançado pelo grupo, e é, também, a faixa que participou da trilha sonora de Historias Del Kronen.
2) Otra Vez. Outra boa composição, já mais lenta que a faixa anterior, mas, ainda assim, mantendo as características do punk rock. Possuindo um bom trabalho de dinâmica e um refrão bem sing-a-long, com destaque para os eventuais acentos no contratempo.
3) Si El INEM Te Quema. Mais uma boa composição, com uma boa frase do baixo na introdução e bons riffs, possuindo, também, um bom trabalho de dinâmica, além de um bom embalo e um refrão sing-a-long, com destaque para a dinâmica e riffs.
4) Cucaracha Blanca. Uma composição bem alegre, lembrando muito a canção folclórica mexicana, com um bom embalo e um bom trabalho de dinâmica, ela possui certa velocidade, existindo uma variação de cadência no refrão. Interessante a utilização de um kazoo.
5) Poderoso Caballero. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com uma excelente progressão harmônica na introdução e ótimos riffs de guitarra, bem hard rock, ela possui um bom embalo e um bom trabalho de dinâmica.
6) La Viuda. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Com um toque bem árabe, esta faixa possui um excelente desenho melódico da voz, abusando dos microtons, o que dá a característica árabe à composição, sendo este o grande destaque da composição, embora a progressão harmônica e arranjo de guitarra mereçam atenção.
7) Paisa. Outra ótima composição, com um bom embalo, possuindo um arranjo de guitarra com toques de ska, na parte A, enquanto que a parte B possui um acompanhamento da bateria no surdo, deixando uma ideia mais tribal, sendo o grande destaque o refrão.
8) Guerra Al Mono. Outra boa composição, com um bom embalo e um bom trabalho de dinâmica, além de um bom desenho melódico da voz. Um arranjo bem simples, mas interessante.
9) Mi Balcón. Mais uma boa composição, também bem embalada, mas com o andamento pouca coisa mais reduzido, possuindo, mais uma vez, um bom trabalho de dinâmica, sendo o destaque o refrão e seus acentos.
10) Escapa. Outra faixa que considero das melhores do álbum, em especial devido ao riff que aparece já na introdução. A parte A já tem um toque mais alegre, com uma das guitarras executando a harmonia com toques de ska, sendo os destaques a parte B e sua dobra na caixa e o refrão com seu excelente riff.
11) Pegado Al Paladar. Considero esta a melhor faixa do álbum, iniciando com uma excelente introdução, devido ao seu arranjo e pelo fato de ter a melodia assobiada. Logo após o embalo aparece, com excelentes riffs e um bom trabalho de dinâmica, sendo o destaque o refrão, bem sing-a-long.
12) Resistencia. Mais uma boa composição, com um bom riff e um bom embalo, embora não muito veloz. Mais uma vez, um bom trabalho de dinâmica e mantendo um arranjo bem típico do punk rock, sendo o destaque, justamente, os riffs de guitarra.
13) Andaluces, Levantáos. O álbum finaliza com a outra faixa que é uma versão, esta é uma versão do hino de Andaluzia, apresentado pela primeira vez em 1936, sendo reconhecido como símbolo em 1981. É uma boa versão, a faixa com menor duração e com cara de hino, um hino punk rock! Uma boa versão, com um bom arranjo e boas melodias.
Ouça o álbum com sol e raiva!

sábado, 19 de fevereiro de 2022

Redman - Red Gone Wild: Thee Album (2007)

GÊNERO: Rap
ORIGEM: EUA (Newark - Essex / Nova Jersey)
FORMAÇÃO:
Redman - Reginald Noble (Vocal, pick-up)
.
Esta é o sexto álbum de estúdio lançado pelo artista, através dos selos Def Jam e Gilla House, o selo do próprio cantor. É um bom álbum, com algumas composições que lembram as músicas dos anos 90, mas outras com um arranjo mais "moderno". As composições não são velozes, possuindo, sempre, uma boa divisão rítmica, existindo frequentes linhas dos graves bem interessantes, quando isto ocorre, acabda se tornando um destaque. Poucos scratches, embora existam-os, mas que, quando aparecem, tornam-se outro ponto positivo. Um grande número de faixas, com produções de videoclipes para 5 delas, sendo dois destes oficiais, 2 não oficiais e 1 bônus, lançado na versão britânica, apenas. Experiente e com as raízes na época do chamado "rap old school", o artista não as deixa de lado, o que é bem explícito neste álbum. Muitas participações em diferentes faixas do álbum, sendo a curiosidade a respeito dele, o fato de ele ter demorado, aproximadamente, 3 anos para ser lançado, já que o cantor queria evitar lançá-lo em uma data próxima ao lançamento de álbuns de outros artistas de rap, esperando o momento ideal para lançá-lo. O álbum alcançou a posição de número 13 na lista da Billboard 200, logo após seu lançamento, alcançando mais de 44.000 cópias vendidas na primeira semana após estar disponível no mercado. Vale a pena conferir!
.
FAIXA A FAIXA:
1) Fire. O álbum inicia com uma das faixas que menos me agrada, lenta, arrastada, com uma frase do baixo repleta de pausas, ela não possui muito embalo, mesmo assim, não é uma má composição, com destaque para as participações de E3 e Wendisue Hall.
2) Bak Inda Buildin. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com uma intenção repleta de tensão, um bom embalo, bem como um bom acompanhamento do baixo, sendo o destaque o arranjo do órgão.
3) Put It Down. Esta é uma boa composição e é a faixa de divulgação do álbum , existindo videoclipe de divulgação, sendo este um dos oficiais. Com um bom embalo, um refrão bem sing-a-long, o destaque está na ênfase dos graves, envolvendo, principalmente, o baixo, bem como a participação de DJ Kool nos vocais.
4) Gimmie One. Considero esta faixa uma das melhores do álbum, sendo uma das faixas que possui videoclipe, sendo este não oficial. Um bom embalo, com uma boa linha de baixo, um bom arranjo, apropriando-se do sample de The Break In, de Marvin Gaye.
5) Fuck Ur Opinion. Esta é apenas uma vinheta, com algumas vozes e sons de lata de spray.
6) Sumtn 4 Urrbody. Outra faixa bem lenta e arrastada, com um arranjo bem minimalista no que diz respeito ao teclado, possuindo uma levada rítmica bem típica dos anos 80 pra 90. Uma boa composição, com destaque para as participações de Blam, Icadon, Ready Roc, Runt Dog e Saukrates.
7) How U Like Dat. Outra faixa que considero das melhores, com um ótimo swing e embalo, sendo o destaque a linha de baixo, bem em evidência e que faz toda diferença para o groove. Não muito veloz, mantendo o padrão do álbum, existindo a participação de Gov Mattic.
8) Freestyle Freestyle. Uma boa composição, sendo a segunda faixa que possui videoclipe não oficial. Mais uma composição lenta e arrastada, o destaque está na frase do baixo existente eventualmente, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
9) Walk In Gutta. Outra boa composição, com um bom embalo, uma intenção repleta de tensão, principalmente devido à frase do baixo. Destaque para os samples de Heart Of Glass, do Blondie, El Shabazz, do LL Cool J, Change The Beat, do Beside & Fab 5 Freddy, e Just Rhymin' With Biz, do Big daddy Kane, além das participações de Biz Markie, Erick Sermon e Keith Murray.
10) Wutchoogonnado. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com um bom embalo e uma intenção bem anos 90, existindo uma boa frase rítmica, sendo o destaque a participação de Melanie Rutherford e o sample de Midnight Groove, do grupo Love Unlimited Orchestra.
11) Diz Is Brick City. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com menos groove que a maioria das faixas do álbum, o destaque está no arranjo dos strings, além da participação de Ready Roc e do sample de You're The Joy Of My Life, de Millie Jackson.
12) Rite Now. Outra faixa que considero das melhores, com um excelente arranjo, intenção e embalo, os eventuais ataques do baixo e instrumentos de sopro são o grande destaque da composição, com o sample de Right Now Right Now, de Al Green.
13) Blow Treez. Outra faixa com uma intenção bem intimista, um bom groove e embalo, além de um bom arranjo e uma boa linha de baixo, embora simples, bem marcada, sendo o destaque as participações de Method Man, Ready Roc e Gov Mattic, além do sample de The Sun Is Shining, do Bob Marley.
14) Pimp Nutz. Mais uma faixa lenta e arrastada, embora não seja ruim, com os graves bem marcados pelo baixo e bumbo, sendo, justamente este o destaque.
15) Mr. Ice Cream Man. Esta é apenas uma vinheta. A situação de um vendedor de sorvetes mal intencionado em seu dia de trabalho.
16) Hold Dis Blaow!. Mais uma composição lenta e arrastada, com timbres bem eletrônicos, apesar de um bom groove, com destaque para as linhas graves e o sample de Things Done Changed, do Notorious B.I.G..
17) Get 'Em. Esta é a outra faixa que possui videoclipe oficial de divulgação. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, baseada em uma frase rítmica bem evidente, embora o baixo também esteja presente, esta frase faz com que a composição perca o embalo, parecendo uma música feita sobre uma mensagem de código Morse! A faixa conta com as participações de Icadon e Saukrates.
18) Merry Jane. Outra faixa lenta e arrastada, porém com uma ótima linha de baixo, repleta de staccatos, com um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque as participações de Nate Dogg e Snoop Dogg, além do sample de Mary Jane, do Rick James.
19) Gilla House Check. Uma boa composição, com um bom embalo e groove, possuindo um frequente ataque, que demonstra tensão, pelos instrumentos de sopro e cordas, sendo o destaque as frases da bateria, bem como o sample de Snip Snap, do Goblin.
20) No Mo Soopaman Luva. Esta é apenas uma vinheta, como uma introdução para a faixa seguinte.
21) Soopaman Luva 6. A continuação da faixa anterior, esta possui uma excelente linha de baixo, um ótimo embalo e groove, sendo o destaque as participações de E3, Hurricane G e Melanie Rutherford, além do sample de Give Me Your Love (Love Song), do Curtis Mayfield.
22) Soopaman Luva 6 1/2. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com um bom embalo e groove, bem ao estilo anos 90, a linha de baixo em evidência ajuda a caracterizar a composição, com destaque para as participações de Hurricane G e Melanie Rutherford.
23) Suicide. Mais uma faixa com uma intenção repleta de tensão, sem embalo, com destaque para os ataque dos graves, lenta e arrastada, possui uma ideia bem minimalista, além de timbres bem eletrônicos nas viradas dos tambores, sendo o destaque a participação de Blam.
24) Fuck Da Security. Esta é a faixa bônus, existente apenas na versão britânica, que recebeu um videoclipe de divulgação, e é, também, a faixa que considero a melhor do álbum, principalmente devido à inclusão de eventuais scratches, além de possuir um ótimo embalo, groove e linha de baixo, que é bem minimalista.
Ouça o álbum e saiba porque o vermelho ficou selvagem!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Red Alert - Wearside (1999)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Inglaterra (Sunderland - Tyne And Wear / North East)
FORMAÇÃO:
Cast Iron - Steve Smith (Vocal)
Tony Van Frater - Anthony Frater (Guitarra)
Lainey - Andrew Laing (Baixo)
Ian Syborn (Bateria)
.
Este é o quinto álbum, o penúltimo, de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Rhythm Vicar, e foi gravado no estúdio Trinity Heights. É um bom álbum, mas longe de ser dos meus favoritos, embora quase a totalidade de faixas sejam boas composições, bem arranjadas e executadas, mas parece que falta algo para dar aquela "arrepiada"! Embora esta seja considerada uma banda de Oi! devido ao início da carreira, no começo doas anos 80, a partir da reformulação do grupo, no final da mesma década, não só a formação mudou, mas a sonoridade também, deixando o som menos agressivo, mais cadenciado e suave. Apesar disso, ainda se percebe influências de suas origens no Oi! e street punk, se assemelhando à bandas como Cockney Rejects ou Stiff Little Fingers. Composições embaladas, em sua maioria, não muito velozes, com bons arranjos, apesar de simples, bons desenhos melódicos da voz, além de eventuais contracantos e trechos sing-a-long. O que diminui a qualidade do álbum são duas faixas, em específico, as quais considero muito ruins! As demais são boas músicas, existindo uma faixa cover e uma faixa instrumental. Ao que me parece, existe uma homenagem ao antigo baterista do grupo, Les Cobb, devido ao seu falecimento.
.
FAIXA A FAIXA:
1) Money Whore. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores, com uma introdução bem de início de apresentação, a composição inicia com noas frases de bateria, guitarra e baixo, possuindo uma boa progressão harmônica, assim como o desenho melódico da voz, além de possuir bons contracantos no refrão e um bom embalo. Destaque para a parte A.
2) See Right Through You. Outra faixa que considero das melhores do álbum, mais uma vez com uma boa frase de guitarra, esta mostrando mais as suas influências do street punk, sendo o destaque o arranjo de guitarra, embora o desenho melódico da voz também mereça atenção, possuindo um bom embalo.
3) For Valour. Mais lenta que as faixas anteriores, já no modo Maior em todas as partes, ao contrário das faixas anteriores, no refrão existe uma variação tonal, que, aliás, possui um bom contracanto. Considero o refrão o destaque da faixa, com arranjo com a caixa dobrada, dando um embalo a mais, além de ser bem sing-a-long.
4) Doing It Our Way. Considero esta a melhor faixa do álbum, a mais veloz, bem embalada, com um bom trabalho de dinâmica, apesar de simples, sendo o destaque o refrão e seus contracantos, além de ser bem sing-a-long.
5) X. Uma boa composição, com um bom arranjo, em especial na introdução, possuindo uma intenção rítmica mais "pop", existindo um certo swing, apesar de sutil, o que deixa a composição com uma intenção mais alegre. Destaque para o desenho melódico da voz.
6) The Man Of Iron. Outra faixa que considero das melhores, com uma boa progressão harmônica na parte A, além de um bom trabalho de dinâmica, apesar de simples, possuindo uma boa frase de guitarra no refrão, além de um bom embalo.
7) Who Named You God. Simplesmente horrível! Na verdade, não vamos ser injustos, esta é uma bela composição, com uma intenção acústica bem interessante, porém aqui está o exemplo perfeito de como um produtor pode estragar por completo uma composição! A inclusão dos elementos rítmicos e efeitos sonoros são extremamente desnecessários, não condizem com aquilo que sinto que seja a principal intenção do compositor, uma ideia de "modernização" que não combinou em nada, ao contrário, destruiu a composição! Muito difícil ouvir, embora possua um bom refrão e uma boa intenção.
8) From The Fields. Uma boa faixa, com um bom embalo e uma boa frase de guitarra, além de um bom desenho melódico da voz, esta é mais uma composição que lembra as origens do grupo. Destaque para a parte A, o refrão não me agrada muito.
9) Fallen Idol. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, também com um bom embalo, possuindo bons contracantos, bem como um bom arranjo de guitarra, com boas variações rítmicas, além de um bom refrão, sendo o destaque o desenho melódico da voz.
10) Europe 5 AM. Outra faixa muito ruim, não tão ruim quanto à faixa 7, mas, mesmo assim, muito ruim. Lenta, com frases de guitarra soando como um hino, um arranjo de strings no teclado, sem embalo, enfim, muito ruim. Aliás, a partir desta faixa, a qualidade do álbum reduz bastante, na minha opinião.
11) The Spaghetti Incident. Uma boa composição, com um bom embalo, bons riffs de guitarra, bem como um bom trabalho de dinâmica e um bom refrão, sendo o destaque o desenho melódico da voz.
12) The Duke. Uma boa composição, mais uma vez com uma intenção rítmica mais pop, com mais swing, o que, na minha opinião, reduz a qualidade da composição, possuindo boas frases de guitarra, assim como a progressão harmônica, sendo o desenho melódico da voz o grande destaque. O refrão possui bons contracantos, bem sing-a-long, porém não me agrada, a parte A me chama mais atenção.
13) Knockin' On Heaven's Door. Esta é a faixa cover do álbum, composta e gravada, originalmente, por Bob Dylan, em 1973. Mantém-se fiel à versão original, mas percebendo-se, também, influência da versão do Guns 'n' Roses, devido ao arranjo com distorções nas guitarras. Um clássico!
14) Burning Light (Les Cobb Snr. R.I.P.). O álbum finaliza com a faixa instrumental que é, na verdade, uma coda para o álbum, apenas uma "vinheta", porém uma excelente "vinheta", com um bom arranjo de violão, executado de maneira arpejada, com uma boa progressão harmônica, com o baixo caminhando de maneira descendente, com a melodia executada pelo teclado com o timbre de um instrumento de sopro semelhante à uma flauta de pan. Excelente final de álbum, apesar de pouca duração!
Ouça o álbum, mas sem desgaste!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Rearranged - New Forms (2010)

GÊNERO: Hardcore
ORIGEM: Rússia (Moscou / Distrito Federal Central)
FORMAÇÃO:
Victor Kezic (Vocal)
Avtandil (Guitarra)
Alexey (Baixo)
Alexander Nilere (Bateria)
.
Este é o primeiro, e único, álbum lançado pelo grupo, através dos selos Anger Battery, na versão em LP, e Old Skool Kids e Love Pills & Whiskey, na versão em CD, e foi gravado no estúdio PravdaPro. É um excelente álbum, ficando difícil de rotular, será que é um hardcore com influências de hardcore old school, ou um hardcore old school com influências de hardcore?! Independente do rótulo, o álbum soa como o hardcore composto na costa leste dos EUA, alternando entre o HC de Nova York e o da capital federal. Composições com bastante peso, bons arranjos, embaladas e, na maior parte do tempo, velozes, sempre com muita energia, o álbum ainda possui pitadas de skate punk. É possível perceber diversas influências nas composições, tais como Minorthreat, Agnostic Front, Youth Of Today, Better Than A Thousand, Cause For Alarm, Sick Of It All, Uniform Choice e Dag Nasty, sendo, em algumas composições, bem explícito. Não se encontra muita informação sobre o grupo que, aparentemente, está inativo há, aproximadamente, 10 anos. O curioso é que o álbum possui duas capas diferentes, uma para a versão em CD e outra para a versão em LP! Um ótimo álbum, para os fãs do hardcore da costa leste dos EUA, um prato cheio, vale a pena conferir!
.
FAIXA A FAIXA:
1) Look Beyond. O álbum inicia com uma das faixas com menos velocidade, embora possua bastante peso e energia, bem como bons riffs e uma boa expressão, em especial da voz, possuindo eventuais frases executadas em sincronia entre os instrumentos, bem como eventuais contracantos.
2) Built On Sand. Esta faixa é bem veloz, com trocas rápidas de acorde, muita energia e embalo, existindo eventuais frases executadas em sincronia entre os instrumentos, bem como eventuais acentos, possuindo um trecho mais cadenciado, com destaque para o arranjo.
3) Greedy Man. Considero esta a melhor faixa do álbum. Muita energia, embalo e velocidade, a composição possui partes bem distintas, com boas marcações dos acentos e trocas rápidas de acorde, possuindo um trecho mais cadenciado no final.
4) For A Change. Outra excelente composição, bem embalada e veloz, possuindo bastante energia, ela possui uma introdução que prepara a intenção da parte A. Lembrando bastante Agnostic Front da época do Victim In Pain, esta é uma ótima composição.
5) Tragedy Of Life. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, bem embalada e com certa velocidade, existindo trocas rápidas de acorde e eventuais acentos executados em sincronia. Uma composição que lembra bastante Minorthreat.
6) Seeking. A faixa menos veloz de todo álbum, esta soa como um skate punk, lembrando, muito, Dag Nasty. Não muito veloz, mas com um bom embalo, o destaque está nos riffs de guitarra, embora a execução da voz também mereça atenção.
7) A Prerogative. Outra faixa que considero  das melhores do álbum. Bastante embalada e veloz, possuindo trocas rápidas de acorde, ela possui um bom arranjo, com eventuais pausas e acentos executados em sincronia, sendo o destaque a parte C, já mais cadenciada e com frequentes contracantos, em especial devido à frase da guitarra.
8) New Forms. Outra excelente composição, com muito embalo, velocidade, trocas rápidas de acorde e energia, existindo um trecho mais cadenciado, com a mesma progressão harmônica (destaque da composição), a diferença está no arranjo rítmico.
9) Lies Rotate. Outra ótima composição, mantendo o padrão do álbum: embalo, velocidade e energia, esta possui uma ótima progressão harmônica na parte A, além de possuir eventuais contracantos e um trecho mais cadenciado no final.
10) Projections. O álbum finaliza com outra ótima composição, que mantém o padrão: embalo, velocidade e energia, possuindo trocas rápidas de acorde, além de um bom arranjo, em especial rítmico, existindo eventuais pausas e possuindo um trecho mais cadenciado no final.
Ouça o álbum e molde as novas formas!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Reajuste - Meu Caminho (1997)

GÊNERO: Hardcore
ORIGEM: Brasil (Rio De Janeiro / Rio De Janeiro)
FORMAÇÃO:
Gabriel (Vocal)
Victor Lima (Guitarra)
? (Baixo)
Pedro (Bateria)
.
Esta é a segunda demo lançada pelo grupo, de maneira independente, e foi gravada no estúdio Casa 3. É uma boa demo, embora a qualidade da gravação não colabore muito. Com muito peso e energia, esta é uma demo de hardcore com influências de power violence, estando bem na tangente. Na maior parte do tempo as composições são velozes e embaladas, porém existem os trechos mais cadenciados, típico do hardcore nova iorquino. Com bons arranjos rítmicos, que são os destaques da demo, na minha opinião, trocas rápidas de acorde e muita energia, a demo soa como uma mistura do hardcore de Nova York com as bandas de power violence, sul americanas, de ideologia straight edge. Difícil encontrar informações sobre a banda, de qualquer forma, um bom exemplo do hardcore que era feito na América do Sul no final dos anos 90. Infelizmente a qualidade de gravação dos estúdios da época, também! O pouco que encontrei de informações sobre a banda me leva a crer que o grupo teve uma carreira curta, de aproximadamente 5 anos, sendo esta demo o registro dos primeiros anos da (curta) carreira.
.
FAIXA A FAIXA:
1) Olhos Fechados. A demo incia com uma faixa bem pesada, incluindo frequentes acordes dissonantes nos trechos mais cadenciados, como a introdução e o refrão, possuindo os trechos velozes e embalados. Muita energia e uma bom arranjo de bateria são os destaque da composição.
2) Meu Caminho. Considero esta uma das melhores faixas da demo. Com uma intenção que lembra bastante uma mistura de Agnostic Front com Biohazard, a velocidade e embalo estão presentes, sendo que o refrão é mais cadenciado e bem sing-a-long, com ótimos contracantos, possuindo boas, eventuais, frases rítmicas.
3) Raiva Demais. Considero esta a melhor faixa da demo. Muita energia, velocidade e embalo, embora existam eventuais trechos mais cadenciados, além de possuir trocas rápidas de acorde. Destaque para o refrão.
4) Não Pode Te Agradar. Mais uma faixa veloz e embalada, embora também existam  trechos cadenciados. Trocas rápidas de acorde e energia são a marca da composição, sendo o destaque os arranjos rítmicos.
5) Problema Meu. A demo finaliza com uma boa composição, com uma intenção mais "old school", em especial pelo refrão e seus contracantos (bem sing-a-long), embora a parte A seja veloz e embalada, mantendo o padrão das demais faixas da demo.
Ouça a demo e percorra o meu caminho!

sábado, 5 de fevereiro de 2022

Rawside - Widerstand (2010)

GÊNERO: D-Beat
ORIGEM: Alemanha (Coburgo / Bayern)
FORMAÇÃO:
Henne (Vocal)
Eppler (Guitarra)
Martin (Guitarra)
Simon (Baixo)
Henne Jr. (Bateria)
.
Este é o quarto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Aggressive Punk, sendo o segundo após a volta do hiato de 4 anos, na virada do século. É um bom álbum, com muito peso, classifiquei como D-Beat, mas possui fortes influências de hardcore, além de pitadas de thrash metal. As composições são bastante velozes e embaladas, sempre executadas com muita energia, por parte de todos os instrumentos, existindo eventuais trechos mais cadenciados que lembram mais o hardcore nova iorquino. Lembra uma mistura de Exploited, Anti Cimex, Vorkriegsjugend e Terrorizer, inclusive, dos 3 covers existentes no álbum, dois são de duas destas bandas! A mixagem mantém um timbre bem "moderno", abusando da ideia do peso nas equalizações, sempre com muitos graves e distorções em evidência. Um bom álbum, não é uma das minhas bandas favoritas do gênero, mas, ainda assim, é um ótimo álbum, uma paulada na orelha!
.
FAIXA A FAIXA:
1) Brut Of Scum. O álbum inicia já mostrando a que veio! Com muito peso, já de cara, velocidade e embalo, com trocas rápidas de acorde, bem como a inclusão de dois bumbos no arranjo de bateria. O vocal não fica para trás e apresenta muita energia.
2) Widerstand. A faixa que dá nome ao álbum é uma das que considero das melhores, e é, também, a música de trabalho do álbum, pois possui videoclipe de divulgação. Um bom videoclipe, com cenas do grupo tocando alternando com cenas de confrontos entre militares e civis. Mais uma vez bem pesada e embalada, possuindo um refrão bem sing-a-long, existindo eventuais trechos menos velozes.
3) Face To Face. Outra boa composição, bastante embalada e veloz, embora possua seus momentos mais cadenciados, que lembram o hardcore de Nova York, possuindo um refrão bem sing-a-long. Como de praxe, não podia deixar de faltar o peso!
4) Bulldog. Mais uma boa composição, com uma introdução mais intimista e "arrastada", mas que apenas prepara para o padrão das composições: velocidade, peso, embalo e energia. Com trocas rápidas de acorde, o destaque está, justamente na progressão harmônica da parte A, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
5) Kettenreaktion. Com excelentes introdução e coda, com um arranjo bem intimista, executado por um violão, esta composição mantém o padrão e possui bastante velocidade, peso e embalo, existindo a parte B mais cadenciada, além de um bom arranjo no refrão.
6) Destruct & Broken. Considero esta a melhor faixa do álbum, com um excelente embalo e progressão harmônica na parte A, esta é daquelas músicas que estão sempre te empurrando pra frente, que não te deixa tempo pra parar! Como sempre, embalo, velocidade, peso e energia estão presentes.
7) I Shot The Sheriff. Eis que surge o primeiro cover do álbum. Esta é uma composição de Bob Marley, e foi gravada, originalmente, pelo grupo Wailers, em 1973. Mantiveram a harmonia, as frases e a letra, mas criaram um arranjo bem ao estilo das demais faixas do álbum: veloz, embalado, pesado e enérgico, sendo o refrão mais cadenciado, mas sem perder o embalo.
8) Warsymbols. Mais uma composição com o padrão do álbum: velocidade, embalo, peso e energia. Uma boa composição, possuindo um bom arranjo de bateria, bem tribal, em eventuais trechos, que lembra, um pouco, Sepultura.
9) Steh Auf. Esta faixa inicia mais cadenciada e intimista, com pouca velocidade, mais "arrastada", mas com muito peso, lembrando, um pouco, Slayer. Logo após surge a velocidade, porém com uma progressão harmônica mais "alegre", se assemelhando a algum hardcore melódico, diferente das demais composições, mas, ainda assim, uma ótima composição.
10) Corporation Pull-In. Esta é a segunda faixa cover do álbum e é, também, uma das que eu considero das melhores. Esta foi composta e gravada, originalmente, pelo grupo Terrorizer, em 1989. Bastante embalada e veloz, com trocas rápidas de acorde, sincopados, característico do gênero, esta possui eventual trecho com a bateria executada em blast beat. Uma ótima versão, bem fiel à original.
11) Start A Fight. Outra boa composição, bem embalada, veloz e pesada, embora a progressão harmônica da parte A deixe a ideia mais "leve", possuindo um refrão bem sing-a-long e, já, com outra intenção.
12) Was Ist Zu Tun?. Mais uma composição com o padrão do álbum: peso, velocidade, embalo e energia! Esta, talvez, deixando estes elementos mais explícitos. O baixo executando, em sua maior parte, o "mizão", ajuda a dar esta impressão, possuindo um refrão mais cadenciado.
13) Killer. O álbum finaliza com mais uma faixa cover e é, mais uma vez, uma das que eu considero das melhores. Esta foi composta e gravada, originalmente, pelo grupo Vorkriegsjugend, em 1984. Com uma excelente progressão harmônica na parte A, com muito embalo e velocidade, enquanto o refrão já é mais cadenciado, sendo bem sing-a-long, além de possuir um arranjo com dois bumbos na bateria.
Ouça o álbum e seja a resistência!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Raw Power - Reptile House (1998)

GÊNERO: Hardcore Old School
ORIGEM: Itália (Reggio Emilia / Emilia Romanha)
FORMAÇÃO:
Mauro Codeluppi (Vocal)
Giuseppe Codeluppi (Guitarra)
Niccolo Bossini (Guitarra)
Alessandro Paolucci (Baixo)
Emenuele Castagneti (Bateria)
.
Este é o sétimo álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Westworld, e foi gravado no estúdio Westlink, no período de 5 dias. É um excelente álbum, com a pegada bem característica do gênero, mas que, embora nos remeta aos anos 80, possui timbre e mixagem mais modernos. Em sua maioria, as composições são velozes e embaladas, existindo eventuais trechos mais cadenciados, sempre com muita distorção e o vocal com muita energia e drive (natural). É um hardcore old school bem ao estilo dos grupos de NovaYork, havendo semelhanças com Agnostic Front, Murphy's Law, Sick Of It All e Sheer Terror. O curioso em relação ao álbum é que na turnê norte-americana de divulgação, logo na primeira noite, a guitarra de Giuseppe (uma Gibson Les Paul, a qual ele a usava há 20 anos) foi perdida! Alguns instrumentos sumiram de dentro da van responsável por guardá-los! A arte da capa é uma criação de Lucco Bianchi. Um clássico do gênero em seu país e (por quê não?!) no mundo, sendo este álbum muito bem recebido pela crítica, vale a pena conferir!
.
FAIXA A FAIXA:
1) Anger. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Bem embalada e veloz, com uma progressão harmônica, na parte A, que me agrada bastante, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
2) Tax. Considero esta a melhor faixa do álbum, mais uma vez veloz e embalada, com uma boa progressão harmônica na parte A e um bom refrão, também sing-a-long, existindo eventuais acentos marcados em sincronia entre os instrumentos.
3) Reptile House. Outra faixa que considero das melhores, com um bom riff de guitarra na introdução e, mais uma vez, veloz e embalada, esta possui trocas rápidas de acorde e o vocal com bastante energia e expressão.
4) R.P.H.. Esta composição já é mais cadenciada, embora possua uma parte veloz, existindo um bom groove, com destaque para os dois bumbos da bateria, embora o refrão, bem sing-a-long, mereça atenção.
5) Disease. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Mais uma vez, veloz e embalada, com trocas rápidas de acorde, vocal expressivo e enérgico, sendo o destaque o refrão, embora o arranjo de bateria, e seus eventuais dois bumbos, mereça atenção.
6) Who Cares. Outra boa composição, com a introdução mais cadenciada, possuindo um groove, além de ser bem sing-a-long. Logo após surge o embalo e velocidade característicos. Esta composição lembra, bastante, Murphy's Law.
7) Pain. Esta é a faixa que mais destoa das demais. Com uma influência nítida de Motörhead, ela se assemelha muito ao grupo inglês, em especial pelo refrão, embora o timbre seja outro. Veloz e embalada, mais uma vez.
8) Why. Esta faixa já é mais cadenciada, possuindo um bom trabalho de dinâmica, apesar de sutil, sendo o destaque o refrão,mais uma vez, bem sing-a-long, possuindo um bom arranjo de bateria.
9) What Are We Gonna Do. Aqui a velocidade e embalo voltam a aparecer! Com trocas rápidas de acorde e um refrão mais cadenciado, que, aliás, é o grande destaque da composição, possuindo, mais uma vez, um bom arranjo de bateria, embora os acordes abertos das guitarras mereçam atenção.
10) I Don't Wanna See. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com uma introdução bem intencional, chamando a velocidade e embalo característicos, assim como as trocas rápidas de acordes, bem como as palhetadas.
11) Pay Up. Mais uma faixa que considero das melhores do álbum. Com uma introdução bem cadenciada, lembrando mais um hard rock do que hardcore, mas com um bom embalo, ela apenas prepara para a velocidade habitual, mais uma vez, com trocas rápidas de acorde, sendo o destaque o refrão, realmente sensacional, apesar de simples.
12) Shame. Mantendo a característica das composições do álbum, esta é mais uma faixa veloz e embalada, com trocas rápidas de acorde. Sem nenhum detalhe que chame a atenção, a não ser os dois bumbos no final.
13) The Avenger. Outra boa composição, bem veloz, iniciando com uma frase de baixo entupido de distorção, esta é mais uma faixa veloz e embalada, com trocas rápidas de acorde e, também, possuindo eventuais trechos em que o arranjo da bateria faz uso dos dois bumbos.
14) Words. Mais uma composição veloz e embalada, e com trocas rápidas de acorde, ela mantém o padrão do álbum, porém não chamando a atenção para nada em específico, o que, ainda assim, não deixa de ser uma boa composição.
15) Wake Up. Mais cadenciada que o padrão do álbum, esta faixa inicia com uma ótima introdução, que é, também, o refrão, porém sem voz, enquanto que a parte A já é mais embalada, embora não muito veloz. O refrão é bem sing-a-long.
16) Living In Fear. Outra faixa veloz e embalada, mantendo o padrão! Trocas rápidas de acorde e um refrão com uma intenção bem pesada, esta lembra, um pouco, com Sheer Terror. Uma boa composição, mas não das melhores.
17) Burning The Factory. O álbum finaliza com uma ótima composição, possuindo, na introdução, o único momento do álbum em que o idioma italiano aparece! Logo após a velocidade, embalo e trocas rápidas de acorde surgem, mantendo, mais uma vez, o padrão. Possuindo um bom arranjo, bem como eventuais acordes com eventuais dissonâncias.
Ouça o álbum e conheça a casa dos répteis!