segunda-feira, 31 de julho de 2017

Agent Orange - Greatest & Latest - This, That - N - The Other Thing (2000)

GÊNERO: Skate Punk
ORIGEM: EUA (Placentia - Orange / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Mike Palm (Vocal, guitarra)
Sam Bolle (Baixo)
Steve Latanation (Bateria)
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Esta é a primeira coletânea lançada pelo grupo, através do selo Cleopatra. Apesar de ser considerado uma coletânea, o álbum possui, também, músicas inéditas, e todas músicas antigas são regravações, o que não dá um aspecto de coletânea propriamente dito. O repertório é constituído por músicas de todos os álbuns de estúdio até então lançados. O grupo dispensa apresentações. Tive a oportunidade de assistir a um show deles em duas oportunidades, sendo que a primeira delas foi exatamente na época deste álbum, com esta mesma formação. Foi um show emblemático, desde ver o Mike Palm flambar a parte de trás de sua guitarra, apagar o fogo, afinar e continuar o show, até ver este mesmo Mike Palm se irritar com seu amplificador, o qual falhara  no meio de Somebody To Love, para, no final da música, ele dar um bico de coturno no cabeçote do Marshall e o show ser interrompido por alguns minutos para que trocassem o cabeçote. Colocaram, então, um branco que pertencia ao T.S.O.L., que tocaria depois. Enfim, histórias à parte, vale a pena conferir estas novas versões e as músicas inéditas gravadas e lançadas neste álbum.
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FAIXA A FAIXA:
1) It's All A Blur. O álbum começa com uma música inédita, a qual, para mim, é a piorzinha do disco. Não é ruim, mas se assemelha bastante a um punk rock inglês dos anos 90. Com direito a solo e riffs de guitarra, mas nada de muito especial.
2) Say It Isn't True. Para mim, esta é a melhor versão gravada neste álbum. Realmente muito boa, podendo, talvez, ser a melhor faixa do álbum. Um clássico do grupo que merece destaque!
3) Breakdown. Esta está entre as 3 músicas mais "diferentes" em relação a sua versão original. A linha de baixo é realmente muito boa e merece destaque, o que perde em relação à original é o vocal, já que esta música em específico tem o seu diferencial na energia jovem que existia na década de 80, mas mesmo assim, muito boa a versão.
4) Wouldn't Last A Day. Única faixa que representa o seu único lançamento de estúdio da década de 90. É uma boa música, mas não tem comparação em relação a seus clássicos, o que a deixa meio esquecida no meio do repertório do álbum. As frases da guitarra são o diferencial da composição.
5) Everything Turns Grey. Um dos maiores clássicos do grupo, com uma versão embalada e linhas criativas do baixo, mantendo um pedal, na parte A, que faz a diferença. O timbre da guitarra´, no momento do solo, é muito semelhante à versão original, o que dá um clima vintage para a equalização digital do álbum.
6) Message From The Underworld. Mais uma faixa inédita, e esta é um cover. Composto por John Denney e Cliff Roman, gravado, originalmente, pelo grupo Weirdos. É uma boa música, mas desnecessária perto do repertório que o grupo possui. Vale pela homenagem, mas não é das melhores.
7) El Dorado. Música embalada, com arranjo bem semelhante ao original, inclusive o timbre de voz. Muito boa versão, com destaque para a linha de baixo na parte B.
8) Tearing Me Apart. Outra música que considero uma das melhores do álbum. Bastante semelhante à versão original, talvez um pouco mais veloz, mas pouca coisa. Os brilhos da guitarra fazem a diferença no arranjo. Vale a pena conferir!
9) Cry For Help In A World Gone Mad. Talvez a música com o arranjo mais diferente em relação à versão original, principalmente devido à sua introdução. Mais um clássico do início da carreira e, também mais uma vez, o vocal faz a diferença, já que a energia do vocal jovem da versão original se perde nesta nova versão. Mas clássico é clássico e de ruim não tem nada!
10) I Kill Spies. Outra que considero uma das melhores do álbum. Bastante semelhante à versão original, o timbre e o arranjo da guitarra faz toda a diferença nesta música, bem como a preparação para a parte B. Vale a pena conferir!
11) Bloodstains. Talvez o maior clássico do grupo. Uma boa versão, bastante semelhante às anteriores, inclusive o solo. O vocal é a maior diferença, mas mantém o mesmo pique das demais versões, não deixa a desejar!
12) What's The Combination? Outra música inédita do álbum, e considero-a a melhor das inéditas, com uma boa harmonia e dinâmica. A parte B da música é o destaque e esta faixa creio ser a melhor novidade do álbum.
13) Bite The Hand That Feeds (Instro). O álbum fecha com seu clássico surf instrumental. Também com um arranjo e timbres bem semelhantes à versão original. Uma boa faixa para finalizar o álbum!
Ouça a coletânea e tire suas próprias conclusões sobre as novas versões!

terça-feira, 25 de julho de 2017

Agathocles - Semtex 10 (2010)

GÊNERO: Grind Core
ORIGEM: Bélgica (Mol / Antuérpia)
FORMAÇÃO:
Jan Frederickx (Vocal, guitarra)
Matty (Guitarra)
Vince (Baixo)
Burt (Bateria)
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Ep lançado em 2010, pelo selo Sunship, porém com gravações de Dezembro de 1997. Creio eu ser esta a banda que mais tem material lançado. É demais mesmo! Este aqui é só mais um! O curioso deste Ep é que apenas uma música tem voz, as demais são instrumentais. Provavelmente porque a formação está unida um mês antes de gravarem as faixas. É uma boa banda, não considero das melhores, mas é boa e merecem respeito. São bastante ativistas no meio underground e o sentimento D.I.Y. está visivelmente presente no som do grupo. Perdi a oportunidade de assisti-los. Me lembro de que não pude ir ao show pois este era em uma segunda-feira às 19 horas, no Guanabara, e neste dia eu tinha uma prova na faculdade que não podia perder. De qualquer forma, fica aqui o som dos caras para que possam ouvir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Detonating Nitroglycerin. Esta é a única faixa do Ep que possui voz. É, na minha opinião, a melhor do Ep, começando com uma alteração rítmica entre uma levada veloz e um blast beat. Muitos riffs de guitarra que fazem a diferença no arranjo. O vocal parece vir de uma tumba! Grave e rouco. Mas, realmente, a grande diferença está nas guitarras.
2) Semtex 10. Música que dá nome ao Ep. Muita levada em blast beat e riffs de guitarra que fogem de uma ideia tonal são o grande diferencial da composição que, na minha opinião, é a pior do Ep, acaba se tornando enjoativa, mas ainda assim é uma boa música. Lembrando que esta é uma faixa instrumental!
3) Dormant Cell. A faixa que finaliza o Ep é a mais parecida com um metal. Tem um riff de guitarra que lembra bastante Possessed, existindo variações rítmicas nas levadas por parte da bateria, embora esta seja a única sem blast beat. Também instrumental, vale a pena conferi-la!
Escute Semtex 10 e curta um ícone do gênero: odiado por muitos e amado por outros muitos!

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Against All Authority - Split [Anti Flag] (1996)

GÊNERO: Ska Core
ORIGEM: EUA (Cutler Bay - Miami Dade / Flórida)
FORMAÇÃO:
Danny Lore (Vocal, baixo)
Joey Jukes (Trompete)
Tim Coats (Saxofone)
Tim Farout (Trombone)
Joe Koontz (Guitarra)
Kris King (Bateria)
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Este é um split Ep lançado, junto com o grupo Anti Flag, pelo selo Records Of Rebellion. Aqui comento apenas sobre o lado do Against All Authority. São três músicas para cada banda, uma de cada lado do Lp 7'. Gosto muito do grupo, e sempre que ouço lembro do pessoal de Montenegro, já que eles gostavam muito de ouvir sons neste tipo, e em especial o Marcinho, que foi quem me apresentou o som. Este Ep tem mais partes street punk do que ska e, este, quando aparece, sempre com as guitarras distorcidas. É um som embalado, com a pronúncia veloz das palavras e aparições sob medida dos instrumentos de sopro, que, aliás, fazem toda a diferença no arranjo das músicas, lembra Suicide Machines. De maneira bem resumida, é um power trio de street punk com instrumentos de metal, vale a pena conferir, gosto muito do som.
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FAIXA A FAIXA:
1) Nothing To Lose: A melhor música do Ep, bastante embalada e com um refrão empolgante, com as palavras pronunciadas de maneira rápida, existindo eventuais incursões dos instrumentos de sopro, estes, sempre na parte ska, que se mantém no mesmo pique. Excelente composição, embora nada de especial no que diz respeito à questões técnicas.
2) When It Comes Down To You: É a que menos me agrada no Ep, embora não seja nada ruim, mantendo as mesmas características da faixa anterior, embora com menos embalo, existinod um pequeno riff de guitarra para dar um brilho a mais. Refrão sing-a-long, porém veloz.
3) Haymarket Square: A parte ska da música é excelente, o arranjo dos sopros fazem toda a diferença para o arranjo. Nas partes que não têm os sopros, o arranjo é de um street punk bem trivial, com nada de mais, mas, repito, os metais fazem a diferença na música, vale a pena ouvir só para conferi-los!
Ouça o Ep e confira o que rolava em Miami, em termos de ska core, na década de 90!

segunda-feira, 17 de julho de 2017

AFI - Bombing The Bay! (1995)

GÊNERO: Skate Punk
ORIGEM: EUA (Ukiah - Mendocino / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Davey Havok (Vocal)
Mark Stopholese (Guitarra)
Geoff Kresge (Baixo)
Adam Carson (Bateria)
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Este é um Ep split, de 7 polegadas, com Swingin' Utters lançado pelo selo Sessions. Cada uma das bandas tem uma música e aqui analiso apenas o lado do AFI. É o sexto Ep lançado pelo grupo, logo antes do lançamento de seu primeiro álbum. É aquele AFI de início de carreira, mais punk e mais embalado. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
Só temos uma faixa: Values Here, que na verdade é um cover, originalmente composto e gravado pelo grupo Dag Nasty. Não tem muito a ver com as características do grupo, mas para quem conhece seus primeiros lançamentos, não se surpreenderá. Foi uma versão bem fiel à original, ficou muito boa!
Ouça o Ep e veja que bela versão eles gravaram!

sábado, 15 de julho de 2017

Adolescents - Balboa Fun Zone (1988)

GÊNERO: Skate Punk
ORIGEM: EUA (Fullerton - Orange / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Rikk Agnew (Vocal, guitarra)
Steve Soto (Vocal, baixo)
Frank Agnew (Guitarra)
Sandy Hansen (Bateria)
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Terceiro álbum e quarto lançamento do grupo, o qual sou suspeito para falar, pois este disco me acompanhou por muitos momentos da minha vida desde, mais ou menos, 1990, sendo que em 1994, este foi, com certeza, o melhor álbum já lançado! Ouvia todo dia! Sabia cantar quase todas as músicas! Ele foi originalmente lançado pelo selo Triple X, existindo uma versão, em Lp, nacional. Já foi postado, em 2009, aqui neste blog, este mesmo álbum, confira! O CD tem 3 músicas a mais que a versão em Lp. Este é o álbum em que, na minha opinião, o grupo atinge o seu melhor nível técnico, o que fica evidente nos arranjos das músicas, bem como as inserções individuais. Foi o último trabalho do grupo antes da sua parada na década de 90, além de ser o único álbum sem o vocalista Tony Brandenburg. Eu considero o melhor disco deles, embora muitos não irão concordar por não se tratar de um álbum de clássicos, muito pelo contrário, nenhuma música do repertório está presente em algum álbum ao vivo. É o típico álbum para ouvir, pegar o skate e sair sem rumo pelas ruas da cidade! Não deixe de ouvir!
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FAIXA A FAIXA:
O álbum inicia com uma das melhores músicas do álbum: Balboa Fun Zone (Riot On The Beach). Embalada, com um riff marcante da guitarra na parte A, cadência harmônica fora do sistema tonal, outro riff de guitarra marcante, desta vez oitavado, após o refrão e acordes abertos da guitarra no refrão, são só alguns excelentes exemplos do que esta belíssima composição possui! O que é facilmente melhorado devido aos arranjos individuais de cada instrumento e sua Coda, que põe pra fora qualquer resquício de fúria contida!
A faixa 2, Just Like Before, já é mais calma, mas ainda assim tem um refrão sing-a-long muito bom, executado com coro em uníssono, que fica na mente. Existindo, também, alguns momentos individuais de destaque. Muito boa música, apesar de não ser das mais embaladas!
A faixa 3 é um cover do John Lennon executado, originalmente, pelo grupo Plastic Ono Band, chamado Instant Karma. Na minha opinião, esta é uma das piores músicas do álbum, já que é lenta, porém o refrão tem seu valor, que é elevado devido à execução do vocal.
Alone Against The World é o nome da faixa 4, a qual, também, na minha opinião, está entre as piores do álbum, existindo uma frase de teclado executada pelo produtor Chaz Ramirez. Há momentos em que o vocal parece estar desafinado ou procurando a nota certa, além de ser lenta e não ter nada de especial em seu arranjo, enfim, não serve como referência para o álbum.
Allen Hotel eleva a qualidade das músicas. Não está entre as cinco melhores, mas é uma excelente composição. Com um clima "sombrio" para o arranjo e questões de dinâmica bem trabalhadas e evidenciadas, a música tem, no seu refrão, seu ápice, sendo este, até certo ponto, sing-a-long. Vale a pena conferir!
Frustrated, a faixa 6, é bem interessante, em especial por se tratar de uma música com compasso ternário em quase todo tempo, existindo uma divisão, frase a frase, pelos dois vocalistas, bem como um riff muito criativo que se mantém em ostinato por toda parte A e Coda, a qual aparece arranjos de instrumentos de percussão, ao meu ver, de maneira improvisada. Está entre as melhores do álbum!
Na faixa 7, a primeira do lado B do Lp, se encontra o ponto máximo em termos de composição e arranjo em toda a carreira do grupo. Pode procurar em qualquer álbum, mas não irá encontrar uma música mais bem trabalhada e com excelência técnica como Genius In Pain. Com certeza uma das melhores: embalada, bem trabalhada, com evidências técnicas individuais e coletivas, além do baixo, quase que em walking bass, na parte A. Todos têm que ouvi-la, é onde percebemos a verdadeira qualidade do grupo!
It's Tattoo Time, a faixa 8, volta a ser mais lenta, mas é uma das melhores também. Uma música simples, não muito veloz, mas embalada, tendo um "solo" de máquina de tatuar, gravado no momento em que o artista Mark Mahoney trabalhava no braço do guitarrista Rikk. O típico skate punk californiano!
A faixa 9, 'Til She Comes Down, é mais lenta, mas tem um clima "sombrio", cadência harmônica fora do sistema tonal, e nuances de dinâmica bem evidentes que a tornam uma boa música, existindo um momento mais marcante no refrão. O final da música conta com a dobra da caixa da bateria e um embalo até então não existente na composição, fazendo-a terminar com gostinho de "quero mais"!
Modern Day Napoleon também está, na minha opinião, entre as piores, embora muitos com quem falo e que gostam do álbum a apontam como uma das melhores. Ela não chega a ser ruim, principalmente devido ao seu refrão, que possui uma frase de guitarra e uma variação rítmica evidenciada pela bateria.
A faixa 11, I'm A Victim, era uma das que mais gostava de ouvir! Ela na verdade não é grande coisa, mas o final me chamava bastante atenção, o clima das vozes, o dedilhado, a variação de compasso para um composto, a levada no ride, o Hammond, novamente gravado pelo produtor Chaz Ramirez, o solo, e, claro, a execução vocal, faziam eu querer ouvir de novo, e de novo, e de novo... não que a primeira parte seja ruim, mas o final é que me chamava atenção, de verdade.
A última faixa do Lp chama-se Balboa Fun Zone (It's In Your Touch) e é uma balada, a típica balada de fim de álbum muito comum em álbuns deste período. O final da faixa anterior entra como uma luva para preparar o ouvinte para esta, que é quase toda acústica, executada em violões, sendo o arranjo do baixo e da bateria como o grande diferencial da música, eles dão toda cor, swing e brilho para a composição, que é muito boa, existindo a presença evidente de emoção na execução.
A faixa 13, e primeira que não está presente na versão em Lp, chama-se Runaway e está, na minha opinião, entre as melhores. Tem uma levada em cavalgada na parte A que faz toda diferença, sendo elevado a dinâmica no refrão, com um solo muito bom e uma Coda que também não perde em nada para o restante das partes! Excelente música, pena que não está presente no Lp!
She Walks Alone, a penúltima faixa do disco não é ruim, mas também não é das melhores. Tem no refrão o seu melhor, sendo este sing-a-long. Não é muito veloz e nem muito empolgante, mas é bacana, porém sem nada de mais.
A última faixa se chama Surf Yogi e é bem característica de uma música bônus, já que destoa de todas as outras. Ela é, na verdade, um cover, instrumental, do musical, de 1964, chamado Fiddler On The Roof. A música se chama If I Were A Rich Man e foi composta por Sheldon Harnick e Jerry Bock.
Escute Balboa Fun Zone e sinta vontade de pegar seu skate e andar pelas ruas da cidade!

domingo, 9 de julho de 2017

Adicts - This Is Your Life (1984)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Inglaterra (Ipswich - Suffolk / East Of England)
FORMAÇÃO:
Monkey - Keith Warren (Vocal)
Pete Dee - Pete Davison (Guitarra)
James Harding (Teclado)
Spider - Mel Ellis (Baixo)
Kid Dee - Michael Davison (Bateria)
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Álbum lançado com duas versões diferentes, uma em Lp, em 1984; e outra em CD, em 1992, ambos pelo selo Fallout. Este é, na verdade, uma coletânea, sendo a primeira lançada pelo grupo após 2 álbuns, 1 Ep e 3 singles, existindo algumas versões diferentes e músicas inéditas. Para quem não conhece, o grupo faz um punk rock bem de acordo com sua origem: a inglesa, tendo o figurino, à la Droogs, como marca registrada. Uma banda clássica do punk rock inglês, a qual todos deveriam, ao menos, ouvir e conhecer.
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FAIXA A FAIXA:
O álbum começa com o seu maior clássico: Viva La Revolution, faixa que está presente apenas na versão em CD e é originário do single de mesmo nome, lançado em 1982. A música tem, inclusive, videoclip de divulgação, e, na minha opinião, é, com justiça, o maior clássico do grupo, realmente muito bom. Tive a honra de preparar uma versão psychobilly para ela e fazer uma apresentação com um aluno de contrabaixo acústico! Quem viu, viu!
A segunda faixa, Steamroller, também está presente apenas na versão em CD e foi lançada, originalmente, no mesmo single da faixa anterior. Muito boa a música, uma das melhores do grupo, embalada e empolgante!
Na faixa 3 começa a versão em Lp, que leva o nome do álbum, This Is Your Life, lançada, originalmente, como uma demo. Um punk rock inglês clássico, embalado e com a velha combinação de acordes I-IV-V!
Don't Exploit Me já possui, na parte A, uma harmonia mais "furiosa" e menos alegre. Aliás, esta parte, por coincidência, lembra Exploited mais leve! Já a parte B é aquele típico punk rock inglês. Também lançada como uma demo.
A faixa 5 chama-se Younger Generation e não possui aquela característica de punk rock alegre, embora seja um típico punk rock inglês. Boa música.
A faixa 6 é mais uma da mesma demo das faixas anteriores e se chama Calling Calling. Esta poderia muito bem ser uma música do Clash que não seria nenhuma surpresa! Já mais suave, quase uma balada, com um ritmo pausado nos instrumentos de corda que fazem toda a diferença.
Just Like Me traz a velocidade de volta para o álbum em grande estilo. Uma das melhores do disco, embalada do início ao fim e com um refrão sing-a-long. É a última música da demo e também um punk rock inglês!
A faixa 8 chama-se Easy Way Out. É uma música diferente, com uma cadência harmônica de um intervalo de uma segunda menor na parte A, o que dá um clima "sombrio" para a composição, enquanto que a parte B tem um embalo bacana e se torna aquele típico punk rock inglês. Música presente no primeiro trabalho do grupo, Lunch With The Adicts, de 1979.
A faixa 9, também está presente no mesmo Ep da faixa anterior, e se chama This Week, uma das melhores do álbum. Ela tem basicamente dois acordes, começando com um arranjo mais calmo para logo em seguida o embalo do punk rock inglês aparecer.
Organised Confusion é o nome da faixa 10, também do mesmo Ep de 1979, e, também, uma das melhores do álbum. Com a letra extremamente simples (é cantado apenas o título da música), mas com um riff de guitarra bem rock'n'roll que faz toda a diferença. Muito boa a música, vale a éna conferir.
A faixa 11 é a última música do Ep de 1979, e se chama Straightjacket. É um punk rock inglês típico, existindo um riff de guitarra no início, com apenas duas notas, que é bastante interessante.
Numbers é o nome da faixa 12, gravada em 1979 na Radio 1, num dos tantos Peel Sessions gravados lá por bandas de punk rock inglesas! É muito boa música, embalada, com o baixo em evidência.
A faixa 13, Get Adicted, também faz parte do Peel Sessions da faixa anterior. Um punk rock inglês clássico. Não é das mais embaladas, mas é bacana.
Distortion é outra que resultou da gravação da Radio 1. Esta já não tem aquela característica alegre de alguns punk rock ingleses, o que dá um clima interessante para o álbum, sendo quase uma cadência harmônica de dois acordes o tempo todo.
A faixa 15, Sensitive, poderia ser muito bem uma música do Devo devido à sua parte A. Uma das melhores músicas do álbum, é a última música gravada na Radio 1. Possuindo uma frase do baixo marcante na parte A e um refrão com a caixa dobrada que fazem toda a diferença, bem como o riff da guitarra após a parte B.
Sympathy foi gravada para um single que nunca foi lançado, sendo uma música inédita em 1984, quando o álbum foi lançado. Não tem nada de especial, é mais um punk rock inglês típico, com a progressão I-IV-V.
A faixa 17, Sheer Enjoyment, seria o lado B do single da faixa anterior, ou seja, também inédita quando do lançamento do álbum. É a última faixa da versão em Lp, um punk rock clássico que lembra, devido à execução das palhetadas de guitarra, um pouco, com exceção da voz, Toy Dolls.
A faixa 18, Champs Élysées, pertence ao Ep Bar Room Bop, lançado em 1985 e está presente apenas na versão em CD. É uma das melhores do álbum e aqui temos, pela primeira vez no álbum, a participação do tecladista. Já tem uma característica mais oitentista, até em função do teclado, mas não só. De qualquer forma, recomendo conferir!
Sound Of Music também está presente no mesmo Ep da faixa anterior e lembra, devido à bateria, um pouco de disco music! Mas é uma música bacana, vale a pena conferir!
A penúltima música do álbum se chama Who Spilt My Beer? e também é um grande clássico do grupo, pertencente ao mesmo Ep de 1985. O interessante dela está em sua melodia que parece bastante um hino, existindo eventuais variações de compasso, de simples para composto. Vale a pena conferir!
Cowboys fecha o álbum e pertence ao mesmo Ep de 1985. Esta é quase um punk rock country, pois tem bastante característica de músicas de western, embora seja um punk rock! Existe alguns contracantos que lembram índios. Boa música.
Ouça This Is Your Life e confira um dos grandes clássicos do punk rock inglês! Indispensável!

sábado, 1 de julho de 2017

Acid Drinkers - La Part Du Diable (2012)

GÊNERO: Thrash Metal
ORIGEM: Polônia (Poznan / Poznan)
FORMAÇÃO:
Titus (Vocal, baixo)
Jankiel (Guitarra)
Popcorn (Guitarra)
Slimak (Bateria)
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Este é o décimo quinto álbum de estúdio do grupo, existindo ainda em sua discografia mais um Ep, um álbum ao vivo e uma coletânea. O álbum, lançado pelo selo Mystic Production, está longe de ser um dos melhores do grupo, pelo contrário, nem chega perto dos primeiros lançamentos, mas mesmo assim não é ruim. Não é culpa do grupo, eles apenas seguem a tendência do thrash mundial, o qual, a partir dos anos 2000, esteve muito mais preocupado em compor músicas pesadas do que velozes, existindo bastante influência de new metal. É um grupo ícone do gênero em seu país, bastante conhecido mundo afora, lembrando bandas clássicas do gênero, algumas mais atuais como Brujeria, muita influência, como já dito antes, de new metal, alguns flertes com o stoner rock, além de lembrar, às vezes, Voivod. As músicas são pesadas e tem algumas mais velozes, além de existir eventuais momentos bem stoner. Não é dos melhores, mas vale a pena conferir! Para quem é fã do gênero, este é um prato cheio!
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FAIXA A FAIXA:
Kill The Gringo é a música que abre o álbum, que já começa com um petardo! Esta é uma das melhores faixas do álbum: veloz, com variações rítmicas, palhetadas em semi-colcheias, e um refrão que é clássico de Brujeria, com a diferença que estes cantariam México e não Argentina! Vale a pena conferir!
A faixa dois chama-se The Trick, e possui um excelente videoclip em animação (que deve ter sido censurado!). Também uma das melhores do álbum, veloz e com palhetadas em semi-colcheia por parte da guitarra. Confira, não tem como não curtir!
A faixa três, Old Sparky, também possui videoclip de divulgação. Já não tão boa quanto às anteriores por se tratar de uma música mais lenta, o peso está em evidência, com destaque para os arranjos da bateria. Um típico thrash dos anos 2000!
On The Beautiful Bloody Danube é o título da faixa 4, que também é pior que as anteriores, apesar de existir pequenos trechos velozes. Alguns trechos com levadas bem tribais e um vocal com influência do rap também são características da composição.
Dance Semi-Macabre, a faixa 5, abre com um riff de guitarra bem "macabro", como o título sugere, mantendo esta característica. Também uma música lenta e pesada, com os dois bumbos em evidência e riffs de guitarra típicos do new metal. Não gosto muito desta música, mas não chega a ser ruim.
A faixa 6 chama-se V.O.O.W. e é a música mais parecida com Voivod. Também não muito veloz enquanto o refrão pode facilmente ser confundido com um stoner rock. Não acho das melhores, mas a qualidade já cresce em relação à faixa anterior!
Bundy's DNA é uma das melhores, senão a melhor, faixa do álbum. Veloz e embalada do início ao fim, lembra bastante Slayer ou Exodus. Excelente música, com variações rítmicas e arranjos bem trabalhados. Confira, esta é de cabeceira!
A faixa 8, Andrew's Strategy tem muita característica de new metal, tanto pela harmonia quanto pelo vocal, que altera em relação às outras faixas. Pode ser a música mais leve do álbum (embora não seja leve), a que mais tem característica de sing-a-long! Não gosto muito, mas vale a pena ouvir ela no meio do álbum por destoar das demais!
The Payback, a faixa 9, também está entre as melhores do álbum. Veloz em sua quase totalidade, é bem embalada, com guitarras abafadas em semi-colcheias quando da voz na estrofe, existindo uma variação rítmica no refrão. Vale a pena conferir!
Broken Real Good é o título da penúltima faixa do álbum. Não gosto muito desta música, é pesada e lenta, com algumas características de new metal, mas também de funk metal, existindo um riff no refrão que é bem stoner.
A música que fecha o álbum chama-se Zombie Nation, que nada mais é do que um blues-thrash. É um shuffle com distorção no talo, afinações, dos instrumentos de corda, baixas, com viradas e pontes de thrash metal. O lugar certo para esta música é bem onde ficou, no fim do álbum, não combinaria ela no meio das demais. Não é ruim, mas não tem nada de mais.
Ouça La Part Du Diable e sinta a porrada de uma das bandas referência do gênero na Polônia!