sábado, 28 de novembro de 2020

LL Cool J - Phenomenom (1997)

GÊNERO: Rap
ORIGEM: EUA (Long Island / Nova York)
FORMAÇÃO:
LL Cool J - James Smith (Vocal)
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Este é o sétimo álbum de estúdio lançado pelo artista, através do selo Def Jam, e foi gravado em 8 estúdios diferentes. Longe de ser um dos melhores álbuns da carreira do artista, ele não chega a ser ruim, manteve a mesma intenção do disco anterior, que obteve boa receptividade, e a fórmula deu certo, pois o álbum ficou entre os 100 melhores do ano em diversas listas: posição 88 na Austrália, 57 na Suécia, 48 na Holanda e na Suiça, 39 na Nova Zelândia, 37 no Reino Unido, 24 na Alemanha, 7 no Canadá e na Billboard 200, além de ficar na quarta posição na lista da Billboard específica para R&B e Hip Hop, não bastasse, o álbum recebeu disco de platina no Canadá e nos EUA, por ter vendido mais de 100.000 e 1.000.000 de cópias, respectivamente. Não é creditado nenhum DJ, pois existe a parceria com diversos produtores diferentes, que pensaram, programaram e samplearam as bases. O álbum conta com a participação de diversos artistas, além de possuir videoclipe para 4 faixas do álbum. Bons samples e grooves, mas com pouca energia se comparado aos discos anteriores, além de poucos scratches, o álbum já tem a cara do rap dos anos 90, inclusive ficando mais evidente devido às participações. É um bom álbum, não dos melhores, mas vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Phenomenom. O álbum inicia com a faixa que dá nome ao álbum, e é, também, uma das faixas que considero das melhores. Um bom groove, e uma linha de baixo bem minimalista e marcante, além de um refrão bem sing-a-long, ela possui videoclipe de divulgação. Produzida por Puffy (Sean Combs), Hitmen, e Amen-Ra (Ron Lawrence), possuindo samples das músicas Who Is He And What Is He To You?, do grupo Creative Source, e White Lines (Don't Don't Do It), do grupo Grandmaster Melle Mel.
2) Candy. Esta faixa já possui um arranjo mais leve, com intenções quase que de love songs, com brilhos quase que como um charme, além de frequentes vocalizes que ajudam a dar uma cara mais pop para a composição. O baixo com bastante staccato é o grande destaque. Ela possui as participações de Ricky Bell e Ralph Tresvant, foi produzida por Trackmasters e possui o sample das músicas Sunshine, de Alexander O'Neal, e Candy Girl, do grupo New Edition.
3) Starsky & Hutch. Considero esta a melhor faixa do álbum, bem pesada e com um bom groove, além de uma boa linha de baixo, com frequentes pausas, ela conta com a participação de Busta Rhymes, foi produzida por L.E.S., e possui o sample da música Dance With Me, de Peter Brown. O refrão é o grande destaque.
4) Another Dollar. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Já mais "truncada" que as faixas anteriores, ela possui um ótimo arranjo e uma boa execução vocal. A faixa conta com a participação do grupo Lost Boyz, foi produzida por Curt Gowdy e Trackmasters, e possui o sample da música Stealing, de Dr. John.
5) Nobody Can Freak You. Esta faixa possui um excelente groove, bem como uma boa linha de baixo, possuindo a participação de LeShaun e Keith Sweat, foi produzida por Trackmastaers, e o sample ficou por conta da música Nobody Can Be You, de Steve Arrington.
6) Hot Hot Hot. Esta faixa tem uma intenção bem alegre, com aspectos da música caribenha. O groove está presente, sendo uma das 4 faixas a possuir videoclipe de divulgação. Possui a participação de LeShaun, foi produzida por Puffy (Sean Combs), D-Dot (Deric Angelettie) e Ron Lawrence, possuindo o sample da música Pleasure Of Love, do grupo Tom Tom Club.
7) 4, 3, 2, 1. Outra faixa que possui videoclipe de divulgação. A faixa com a cara do rap dos anos 90, poucos scratches, arranjos bem minimalistas e uma fala mais intimista. A cara dos anos 90 fica evidente devido às participações de Canibus, DMX, Master P, Method Man e Redman. A faixa foi produzida por Erick Sermon e possui o sample da música Superrappin', do grupo Grandmaster Flesh & Furious Five.
8) Wanna Get Paid. Uma boa faixa, bem minimalista, com o baixo bem pausado e sempre tocando uma nota, com uma intenção mais rítmica do que harmônica, ela possui a participação do grupo Lost Boyz, além de ter sido produzida por Prestige (Daven Vanderpool), e possui o sample da música Action, de Orange Krush.
9) Father. A última faixa do álbum a conter videoclipe de divulgação, e é, também, a faixa que considero a pior, muito em função dos backing vocals com a característica dos cantos de igrejas norte-americanas. Ela foi produzida por Trackmasters e possui o sample da música Father Figure, de George Michael.
10) Don't Be Late, Don't Come Too Soon. O álbum finaliza com outra faixa bem intimista, quase uma balada do hip hop. Outra faixa que considero das piores, embora possua uma boa linha de baixo e um bom groove, porém a falta de energia deixa a composição "sem graça". Ela possui a participação de Tamia, foi produzida por Stevie J (Steven Jordan), e possui o sample da música You Are My Starship, de Norman Connors.
Ouça o álbum e conheça o fenômeno!

domingo, 22 de novembro de 2020

Living With Lions - Make Your Mark (2008)

GÊNERO: Pop Punk
ORIGEM: Canadá (Vancouver / British Columbia)
FORMAÇÃO:
Matt Postal (Vocal)
Chase Brenneman (Guitarra)
Landon Matz (Guitarra)
Shayne Lundberg (Baixo)
Loren Legare (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Black Box, sendo relançado, um ano depois, pelo selo Adeline, e foi gravado no estúdio Metalworks. Não é um álbum que me agrada muito, porém, existem trechos em que soa como hardcore melódico, e, nestes momentos, as composições ficam muito boas, lembrando, bastante, Strung Out. O problema é que são poucos momentos em que isto acontece, na maior parte do álbum, as composições são bem pop punk, existindo, inclusive, pitadas de emo core, podemos dizer, então, que é um pop punk com pitadas de hardcore melódico e emo core! Com exceção dos trechos mais velozes, as músicas não são muito velozes e são bem alegres, existindo frequentes variações de cadência. Os músicos não são muito técnicos, mas não servem pra maus músicos, tudo está no lugar, os arranjos são bem pensados, o que valoriza o álbum.
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FAIXA A FAIXA:
1) She's A Hack. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor do álbum. A mais embalada de todas, esta lembra, e muito, Strung Out, com pitadas de Down By Law. Bom arranjo, em especial das guitarras, mas possui um bom desenho melódico da voz, também.
2) Wrong Place, Right Time. Outra faixa que considero das melhores do álbum, principalmente devido à parte A, bastante veloz e com um bom arranjo, trabalhando bem com a dinâmica, embora o refrão possua uma variação de cadência, vindo a se tornar um emo com cara de pop punk!
3) A Bottle Of Charades. Esta é a faixa de trabalho do álbum, já que possui videoclipe de divulgação. Já bem pop punk, com destaque no arranjo das guitarras, que apesar de nada de mais, dão um brilho a mais. O videoclipe é bem interessante, mostrando as intenções e o que de fato acontece com um personagem dentro de um escritório.
4) Granny Steps. Outra faixa bem pop punk, com um refrão bem emo core, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo das guitarras, em especial na parte A, que é o grande destaque da composição. O refrão é muito alegre e lento.
5) My Dilemma. Esta faixa possui uma excelente parte A, com bastante velocidade e um ótimo arranjo das guitarras, porém isto ocorre até a metade da faixa, após ela destoa completamente, conseguindo tornar uma composição muito boa em algo muito ruim.
6) Cold Coffee. Outro pop punk com a introdução bem embalada. As partes A e o refrão já são mais lentos, com um toque de emo core. O destaque está no trabalho de dinâmica e no arranjo das guitarras.
7) Hotel: Part Seven. A faixa inicia bem emo core, mas, claro, com aquele toque pop punk. A parte A possui um arranjo bem interessante do baixo, devido a pequenas pausas frequentes existentes. A ponte entre a parte A e o refrão é o grande destaque da faixa, com a caixa dobrada, ela dá uma embalada.
8) Coolin' With Costa. Outra faixa bem pop punk, sem muita velocidade, apesar de possuir um bom embalo. Mais uma vez o trabalho de dinâmica merece destaque, assim como o arranjo das guitarras. O refrão possui um peso a mais, mas ainda assim, mantém-se fraquinho.
9) Park It Out Back. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, possuindo um bom embalo na parte A, em que, mais uma vez, possui um bom trabalho de dinâmica. O arranjo das guitarras também merece atenção. O refrão que não agrada muito, tornando-se bem emo core.
10) Dude Manor (R.I.P.). Outra faixa que considero das melhores do álbum, com a parte A bem veloz e o refrão mais lento, mas, ainda assim, bem embalado. Bons arranjos das guitarras, mais uma vez, são o destaque, existindo variações de cadência.
11) Outro. O álbum finaliza com uma faixa instrumental, que, na verdade, soa como o final da faixa anterior. É uma boa faixa, mas, como o nome já diz, é bem a finalização de tudo. Existindo um bom trabalho de dinâmica e dobrando a caixa da bateria no final.
Ouça o álbum e faça sua marca!

domingo, 15 de novembro de 2020

Living Colour - Vivid (1988)

GÊNERO: Funk Metal
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
FORMAÇÃO:
Corey Glover (Vocal)
Vernon Reid (Guitarra)
Muzz Skillings (Baixo)
William Calhoun (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Epic, e foi gravado em três estúdios diferentes: Skyline, Sound On Sound e Right Track. O grupo já ganhou notoriedade com este seu trabalho de estréia, e não é para menos, é um excelente álbum, com excelentes composições, ótimos arranjos, extremamente bem executadas, com músicos de alto nível técnico, além de uma ótima produção, ou seja, só elogios! O álbum atingiu diversas marcas importantes, ficando, em 1989, na segunda posição na Noruega, através da VG-Lista; na sexta posição nos EUA, através da Billboard 200; na 15ª posição na Nova Zelândia, através da RMNZ; e na 92ª posição na Holanda, através da Album Top 100. Além disso, ganharam disco de platina da RIAA, o álbum está presente no livro 1001 Álbuns Que Você Deve Ouvir Antes De Morrer, além de estar ranqueado na 71ª posição da Rolling Stone na categoria Os Melhores Álbuns De Metal De Todos Os Tempos. Se não bastasse, a faixa de abertura, Cult Of Personality, recebeu um Grammy, em 1990, na categoria Melhor Performance de Hard Rock. O álbum possui as participações de Chuck D e Flavor Flav, ambos do Public Enemy, Mick Jagger, o trio The Fowler Family e Dennis Diamond. Mick Jagger chegou a produzir duas faixas do álbum. O som é movido a groove e swing, além de excelentes frases, rítmicas ou melódicas, bem como muita expressão e arranjos espetaculares, tudo executado no mais alto nível técnico, realmente um álbum indispensável na vida de qualquer um, uma das melhores bandas que já existiram e existe, não só abriram uma trilha junto com outras bandas, mas, também, trouxe milhares de adoradores e seguidores, até os dias atuais. Cinco faixas do álbum foram escolhidas como faixas de divulgação, existindo videoclipes das mesmas, além de possuir uma faixa cover. Não deixe de ouvir, indispensável!
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FAIXA A FAIXA:
1) Cult Of Personality. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor! Ótimo groove, excelente frase na parte A, além de um excelente refrão com um lindo desenho melódico, sustentado por um arranjo da bateria cheio de brilhos, além de possuir um excelente solo. Esta é uma das cinco faixas de divulgação que possuem videoclipe de divulgação. É um ótimo videoclipe, com muita energia exposta, contrastando com cenas aleatórias encabeçadas por uma menina assistindo televisão.
2) I Want To Know. Uma das três faixas que menos me agradam no álbum, embora não seja uma má composição. Uma boa composição com um ótimo arranjo, a harmonia executada com constantes pausas, sendo o destaque o refrão, bem sing-a-long e com um bom arranjo rítmico, com acentos deslocados. Esta faixa possui a participação da família Fowler nos backing vocals.
3) Middle Man. Esta é uma boa composição, não das melhores, mas muito boa, sendo uma das cinco faixas que possuem videoclipe de divulgação. Um bom videoclipe mostrando o grupo como se estivesse tocando ao vivo. Um excelente riff de guitarra é o grande destaque, além do groove e swing e arranjos específicos de cada instrumento. A frase do baixo merece destaque por dar toda intenção para a composição.
4) Desperate People. Considero esta uma das melhores faixas, com certeza a faixa mais hard rock do álbum, sendo o destaque a constante frase na parte A, bem como seu arranjo cheio de pausas. Mais uma vez o groove merece atenção, embora o destaque esteja no arranjo das cordas, em especial da guitarra.
5) Open Letter (To A Landlord). Considero esta uma das melhores faixas do álbum, e é outra das cinco faixas com videoclipe de divulgação. É um bom videoclipe, com imagens do grupo tocando e imagens urbanas, indo de encontro à letra da música. O grande destaque está na melodia do refrão, simplesmente linda, aqui o compositor ganhou o atestado de "ótimo" compositor, daquelas melodias que irão se eternizar, de tão belas! Esta faixa também possui a participação do trio da família Fowler nos backing vocals.
6) Funny Vibe. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com certeza a música mais fraseada e embalada do álbum, possuindo diversas intenções diferentes, que vão de um skate punk ao funk, passando pelo hard rock e progressivo. Esta é outra das cinco faixas com videoclipe de divulgação, um bom videoclipe que aborda a questão do racismo e do preconceito. Esta faixa possui a participação da dupla Chuck D e Flavor Flav, do Public Enemy, falando alguns textos, sendo o destaque as diferentes intenções e as frases dos instrumentos de corda.
7) Memories Can't Wait. Esta é a faixa cover do álbum, ela foi composta por David Byrne e Jerry Harrison, e foi gravada, originalmente, em 1979, pelo grupo Talking Heads. É uma das faixas que menos me agrada no álbum, embora não seja ruim, tem uma pegada bem hard rock, com bastante energia e peso, porém com nada de especial.
8) Broken Hearts. Considero esta a pior faixa do álbum, sem sombra de dúvidas, quase uma balada, com uma intenção bem intimista, possuindo a harmonia do rock dos anos 80, talvez a faixa que menos tem a cara do Living Colour. Esta faixa possui a participação de Mick Jagger tocando gaita de boca, e Dennis Diamond, como o chamado Carnival Barker, aquele que atrai o público para as atrações.
9) Glamour Boys. Esta é uma boa faixa, com um clima bem caribenho, só faltou um tambor de aço pra completar o clima, ela possui um excelente swing, que, aliás, é o grande destaque da composição. Esta é a última das 5 faixas com videoclipe de divulgação que, aliás, é o mais divertido e engraçado dos cinco! O videoclipe divide as imagens com o grupo tocando e cenas com dois bonecos Ken agindo em situações do dia-a-dia, sempre querendo vantagens! Esta é uma das duas faixas produzidas por Mick Jagger.
10) What's Your Favorite Color? (Theme Song). Esta é uma ótima faixa, com  muito swing (principalmente) e groove. Aliás, o swing é o grande destaque da composição, que é um típico funk, com certeza a faixa mais funk do álbum. O curioso desta faixa é que apenas na versão em CD da época é que ela foi lançada com a duração de quase 4 minutos, no LP e nos relançamentos, a faixa possui apenas 1 minuto e 38 segundos. Aqui deixo a versão de 3 minutos e 56 segundos.
11) Which Way To America?. O álbum finaliza com outra excelente faixa, mais uma vez com um ótimo groove e swing, que são o grande destaque. O baixo, quase todo em staccato, junto com a execução harmônica da guitarra, merecem atenção. Esta é a outra faixa produzida por Mick Jagger.
Ouça o álbum e sinta-se vívido!

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Limp Wrist - Split [Knifed] (2003)

GÊNERO: Hardcore Old School
ORIGEM: EUA (Albany - Albany / Nova York)
FORMAÇÃO:
Martin Sorrondeguy (Vocal)
Mark Telfian (Guitarra)
Andrew Martini (Baixo)
Paul Henry (Bateria)
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Este é o primeiro split lançado pelo grupo, após 3 álbuns de estúdio, através do selo Control. É um split com o grupo irlandês Knifed, porém, aqui, comento apenas sobre as faixas do Limp Wrist. É um bom split, com faixas mais velozes e curtas, mas, também, com outras mais longas e não tão velozes. O fato é que a energia está sempre presente, e embora eu tenha classificado como hardcore old school, existe um flerte com o power violence. O split possui uma faixa inédita, enquanto as demais já haviam sido lançadas em outras duas coletâneas. Os músicos não possuem muita técnica, mas a proposta a que se dedicaram a fazer somado à energia do grupo, faz com que a falta de técnica seja superada facilmente. Arranjos simples e sem frescuras, geralmente com parte A e B alternando-se, com a ausência de introdução, solo ou ponte. É um grupo que chama mais atenção pela sua performance no palco do que pelas músicas em si.
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FAIXA A FAIXA:
1) Message To The President. O split inicia com a faixa inédita! É uma faixa de pouca duração, bastante veloz, com muita energia, sem introdução, ponte ou solo, sem frescura, direto ao ponto!
2) The Ode. Considero esta uma das melhores faixas do split. Esta faixa e as próximas duas já haviam sido lançadas na coletânea Histeria. Esta não é uma faixa muito veloz, já mais cadenciada, mas com uma boa progressão harmônica, além de um bom embalo e um refrão bem sing-a-long.
3) Complex. Considero esta a melhor faixa do split. A faixa com o arranjo mais trabalhado, ela inicia sem guitarra, o que valoriza o trabalho de dinâmica. A ponte, ora esquecida, também é um ponto positivo, devido às pausas.
4) Angry Queen. Outra faixa semelhante à primeira, de pouca duração, bastante veloz, mas com um arranjo um pouco mais trabalhado. O vocal bastante gritado, deixando energia de sobra!
5) Does Your Daddy Know? O split finaliza com uma faixa que foi lançada na coletânea Suburban Voice No Sleep For Hardcore. Também uma faixa bastante veloz e com muita energia, porém com o arranjo já mais trabalhado, existindo, inclusive, variação de cadência, além de um refrão bem sing-a-long. O interessante está no diálogo entre pai e filho no início e final da faixa.
Ouça o split e fique dividido esfaqueado!

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Level 42 - Staring At The Sun (1988)

GÊNERO: Jazz
ORIGEM: Inglaterra (Cowes - Isle Of Wight / South East)
FORMAÇÃO:
Mark King (Vocal, baixo)
Mike Lindup (Vocal, teclado)
Alan Murphy (Guitarra)
Gary Husband (Bateria)
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Este é o oitavo álbum lançado pelo grupo, através do selo Polydor, e foi gravado no estúdio Miraval. É o primeiro e único álbum com a participação de Alan, já que ele veio a falecer um ano depois do lançamento do álbum devido à complicações oriundas do HIV. Também é o primeiro álbum sem a participação dos irmãos Phil e Boon Gould. A arte da capa ficou por conta de Mark Hughes. Este é um álbum que escuto porque sou um grande fã do Mark King, me inspira bastante, um excelente músico, inovador e extremamente técnico, aliás, técnico como todos os integrantes do grupo. Embora eu tenha classificado como jazz, ele tem influências de pop, fusion e funk, além de pitadas de rock progressivo dos anos 80. É o som dos anos 80! Se alguém perguntar como era o som dos anos 80, basta mostrar este álbum! Sintetizadores, efeitos, groove... este álbum poderia ser a trilha de filmes clássicos da época, como Ghostbusters ou K-9! Uma mistura de Stanley Clarke, Rush, Marcus Miller e outra banda pop qualquer dos anos 80, o grande destaque está, justamente, na técnica dos integrantes, o álbum para elevar as idéias práticas do instrumento a um outro patamar, com muitas inspirações. É um álbum que se aprende a gostar, já que a primeira impressão não agrada muito. Ele possui 4 participações: Wally Badarou tocando teclado, Dominic Miller tocando guitarra, Krys Mach tocando saxofone e Steve Sidwell tocando trompete, além de possuir uma faixa instrumental. O álbum chegou ao segundo lugar na lista britânica da Chart, além de encontrar a 128ª posição da Billboard britânica. O álbum possui 3 faixas de trabalho, existindo videoclipes para cada uma delas.
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FAIXA A FAIXA:
1) Heaven In My Hands. O álbum inicia com uma das faixas de trabalho. É uma boa composição, iniciando com a cara dos anos 80 (e finalizando assim também)! Bastante groove, muito teclado e sintetizador em evidência, esta possui videoclipe de divulgação. O destaque está no arranjo de contrabaixo, embora algumas frases de guitarra mereçam atenção. Esta faixa chegou à 12ª posição na lista de singles da Chart.
2) I Don't Know Why. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, principalmente devido à frase e o timbre da guitarra, bem rock 'n' roll, embora o arranjo seja cheio de elementos oitentistas. O groove merece destaque, bem como a frase da guitarra.
3) Take A Look. Outra faixa de trabalho, possuindo videoclipe de divulgação. Uma boa faixa, com um bom groove, mas com um refrão bem "meloso", embora possua alguns trechos com um bom desenho melódico da voz.
4) Over There. Considero esta a melhor faixa do álbum, sem sombra de dúvidas! Um ótimo groove em compasso composto, o destaque está no arranjo do contrabaixo. Muitos efeitos, em especial na guitarra, mas também no baixo, o refrão, bem marcante, é outro destaque.
5) Silence. Outra boa faixa, embora já com um clima mais "suave" e intimista, o grande destaque está no refrão e seu desenho melódico da voz e progressão harmônica. O teclado em evidência e um arranjo rítmico não muito embalado dão um toque bem oitentista à composição.
6) Tracie. Esta é a terceira faixa de trabalho do álbum, também possuindo videoclipe de divulgação. Sei que falei que este é o álbum com a cara do final dos anos 80, mas esta música, com certeza, é o melhor exemplo! Esta poderia ser, facilmente, trilha do filme Ghostbusters! Uma composição em que Mark fez para sua filha, o destaque está no refrão, bem sing-a-long, além do groove. O arranjo do contrabaixo merece atenção, mais uma vez.
7) Staring At The Sun. A faixa que dá nome ao álbum é a faixa mais intimista de todo ele. Com um clima bem "astral", principalmente devido ao arranjo do teclado, o arranjo de bateria, sem a utilização da caixa, também ajuda a criar esta sensação. Uma boa composição, com destaque para o arranjo.
8) Two Hearts Collide. Esta já possui uma levada mais rock, porém, ainda, com o inseparável toque oitentista no arranjo. Talvez a faixa mais simples do álbum, com arranjos bem comuns, destoando das demais faixas. Não é uma má composição, mas a considero a pior faixa do álbum, sendo o refrão o destaque.
9) Man. Considero esta faixa uma das melhores do álbum. A composição que lembra bastante Rush dos anos 80, com bastante teclado. Um excelente arranjo, boa progressão harmônica, o destaque está na parte C e seu arranjo, lembra muito, mas muito, Rush, em especial devido à linha de baixo.
10) Gresham Blues. O álbum finaliza com outra faixa em compasso composto, esta já mais lenta e suave, fazendo lembrar um blues, porém um blues oitentista e sem sua harmonia padrão, pendendo para o jazz, muitas vezes. A única faixa instrumental do álbum, é a faixa ideal para finalizar o disco.
Ouça o álbum encarando o Sol!