quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Los Straitjackets - The Further Adventures Of... (2009)

GÊNERO: Surf Music
ORIGEM: EUA (Nashville - Davidson / Tennessee)
FORMAÇÃO:
Danny Amis (Guitarra)
Eddie Angel (Guitarra)
Pete Curry (Baixo)
Jason Smay (Bateria)
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Este é o décimo álbum lançado pelo grupo, através do selo Yep Roc, e foi gravado no estúdio Powow Fun Room. É um ótimo álbum, nos remete ao surf music instrumental dos anos 60, mas sem parecer vintage, apesar da utilização de guitarras daquela década. Interessante o fato do grupo não possuir vocal, além de curioso o fato dos integrantes se vestirem de preto e utilizarem máscaras de luta livre mexicanas! O som nos lembra, diretamente a bandas como Ventures ou Shadows, porém com influências de sons mais "modernos", como, em especial, o punk rock. Os timbres e qualidade da gravação também nos trás mais para o presente, deixando a influência sessentista apenas nas composições, em especial nas melodias das guitarras. As faixas não são das mais velozes, embora exitam eventuais trechos mais rápidos. O destaque está nas intenções e trabalhos de dinâmica, além das melodias das guitarras, embora os arranjos mereçam atenção. A arte da capa é criação de Jorge Aldrete, e o álbum conta com as participações de Jake Guralnick tocando baixo (com fuzz), e Kaiser George tocando saxofone.
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FAIXA A FAIXA:
1) Cal-Speed. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Com palhetadas rápidas e harmonia clássica do rock 'n' roll na parte A, ela possui certa energia e raiva, o que desaparece na parte B para dar espaço a uma linda melodia.
2) Challenger 64. A parte B desta faixa (que é também a introdução) é simplesmente sensacional, com uma ótima intenção e um excelente arranjo, porém a parte A não agrada nem um pouco, motivo pelo qual não considero uma das melhores. Porém a parte B vale a composição!
3) Blowout. Considero esta a melhor faixa do álbum, com uma levada bem punk rock, já um pouco mais acelerada e uma excelente melodia, bem ao estilo anos 60, existindo um acorde de passagem bastante interessante. Tudo isso na parte A! As outras partes são boas, mas o destaque está na parte A. Esta é a faixa que conta com a participação de Jake Guralnick tocando baixo.
4) Fortune Cookie. Esta é uma faixa que não me grada muito, apesar da boa levada rítmica e embalo. Porém a harmonia lembra muito algumas bandas da Jovem Guarda, ou Beatles, o que não me agrada muito.
5) Minority Report. Gosto bastante desta faixa, nos remete bastante aos anos 60, nos fazendo lembrar de bandas como Doors. O destaque está no embalo e na caixa constante, além de possuir um bom arranjo e improvisos bem rock 'n' roll. O destaque está, na minha opinião, justamente nestes improvisos.
6) Teen Beast. Outra faixa bem interessante, com outra intenção, uma intenção bem tribal, meio jungle, com uma levada rítmica ao estilo de Lust For Life, do Iggy Pop! O ruim é que a guitarra que faz os fraseados ficou escondida, enquanto a guitarra responsável pela harmonia (que só solta os acordes) está em evidência. Faltou a melodia na equalização.
7) Catalina. Outra faixa que não me agrada muito, lembrando as bandas de baile dos anos 60! Provavelmente a faixa que menos me agrada no álbum, quase uma balada. Fosse o andamento mais lento e menos intensidade e esta seria uma destas baladas!
8) Sasquatch. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Também com uma pegada mais punk rock, boa distorção e embalo, a grande diferença está na harmonia e intenção, além da velocidade na parte B, sendo o destaque os improvisos do baixo na parte mais veloz. Outra composição sem melodia.
9) Nocturnal Twist. Como o nome já diz, esta é um twist! Uma boa intenção e embalo, além de uma ótima melodia, com algumas notas de passagem e bastante expressão, justamente este o destaque da composição.
10) Tubby. Outra faixa bastante interessante, também um twist, sendo esta a faixa que conta com a participação de Kaiser George tocando saxofone. Lembram a música do Passo Do Elefantinho?! Pois soa igual, não consigo ouvi-la e não cantarolar o Passo Do Elefantinho!
11) The Wild Mouse. Outra faixa mais embalada, com a introdução da bateria lembrando muito um dos clássicos da surf music, Wipe Out! Além do embalo, o destaque está na melodia das guitarras.
12) Mercury. Esta é a faixa mais intimista do álbum, com a melodia abusando do tremolo! Uma composição em compasso composto, com uma bela e íntima melodia. O grande destaque está na intenção e na dinâmica.
13) Kaptain Krunch. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores. Uma intenção de tensão e mistério, esta poderia ser, muito bem, trilha de algum filme de detetives! O grande destaque está, justamente, na melodia, embora o arranjo e improvisos mereçam atenção.
Ouça o álbum e faça parte das novas aventuras!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Los Muertos De Cristo - Los Olvidados (1997)

GÊNERO: Street Punk
ORIGEM: Espanha (Utrera / Andaluzia)
FORMAÇÃO:
El Noi - Lorenzo Morales (Vocal)
Antón Tochi (Guitarra)
Mosti - Jesus Mosteiro (Guitarra)
Chino - Ignacio Gallego (Baixo)
Lolo - Manuel Borrego (Bateria)
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Este é o terceiro álbum lançado pelo grupo, de maneira independente. É um ótimo álbum, com boas composições, bem arranjadas, com boa mixagem, tudo no lugar, e ainda conta com algumas "surpresas" como instrumentos adicionais, tais como gaita de fole e flauta doce. A aparição destes instrumentos é ocasional, não frequente, mas mostra o lado criativo do grupo, também demonstrado no figurino dos shows, à base de fantasias. Algumas faixas são mais velozes, mas, na grande maioria, sempre embaladas, porém o grande destaque, na minha opinião, está nos solos de guitarra e eventuais arranjos de guitarra, simplesmente sensacional, ótimos fraseados!
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FAIXA A FAIXA:
1) Hacia La Libertad. O álbum inicia com uma faixa instrumental e é uma das faixas que possui a gaita de fole como instrumento a mais. A faixa perfeita para a introdução do álbum, quase um hino, com uma boa melodia, além de um ótimo arranjo.
2) Ni Dios Ni Amo. Considero esta faixa uma das melhores do álbum, veloz e embalada, com bons coros como contracanto. Composição bem simples, com arranjo simples, mas com muita energia e intenção, sendo o destaque a velocidade e a progressão harmônica.
3) Marbella Y La Bestia. Outra boa faixa, excelente composição, com um ótimo riff de guitarra na parte A. Não muito veloz, mas embalada, possuindo um ótimo refrão, mais uma vez com bons coros, sendo o destaque o arranjo de guitarra.
4) Aleluya! Gloria Al Señor!. Uma boa composição, com uma introdução falada, bastante embalada, embora não seja muito veloz. Com uma harmonia bem ao estilo punk rock, sem nenhum detalhe a mais a não ser por algumas frases da guitarra, que, aliás, são o grande destaque.
5) S.I.D.A.. A faixa que mais destoa do resto do álbum, sendo esta um funk metal! Considero uma das melhores faixas do álbum, com um excelente groove, incluindo o uso de slap no baixo, além de, mais uma vez, possuir um excelente arranjo de guitarra.
6) Los Olvidados. A faixa que dá nome ao álbum é outra que considero das melhores, principalmente devido ao refrão, com bons coros e bem sing-a-long. Não muito veloz, mas bem embalada, ela possui uma ótima progressão harmônica, com destaque para o arranjo de guitarra, mais uma vez.
7) Los Yankis No Van Al Infierno. Considero esta a melhor faixa do álbum, veloz e embalada, além de possuir uma excelente progressão harmônica e, principalmente, um excelente refrão, que é, na minha opinião, o grande destaque da composição, em especial pelo desenho melódico da voz. Boas frases de guitarra merecem destaque, também.
8) El Angel De La Muerte. Outra boa composição, mais intimista, com uma introdução com a guitarra arpejada. Uma boa harmonia e um bom desenho melódico. Logo após, a distorção aparece e, junto a velocidade e embalo. Não das mais velozes, mas, sim, veloz! Destaque para o desenho melódico da voz.
9) Lagrimas De Sangre. Outra boa faixa, menos veloz que a anterior, mas com um bom embalo. Talvez a faixa que menos me agrade em todo álbum, apesar de não ser ruim. É um punk rock bem característico, sendo o destaque os eventuais arranjos rítmicos que "quebram" o embalo, mas, muito criativos, acabam se tornando interessantes.
10) Y Como Quieres Un Canto Al Amor. Outra faixa muito boa, com uma introdução acústica, apenas com violão, esta é outra que possui outros instrumentos adicionais, desta vez, a flauta doce e, mais uma vez, a gaita de fole. Me agrada mais a parte em que aparece a voz, a música se torna embalada e com certa velocidade.
11) Obreros Somos. O álbum finaliza com outra boa faixa, veloz, com boas frases da guitarra e uma excelente intenção, além de estar muito bem arranjada. Quase que uma homenagem à classe operária, com um refrão bem sing-a-long.
Ouça o álbum e seja um dos esquecidos!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Los Miserables - Políticamente Incorrectos (Soeces Y Anacrónicos) (2013)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Chile (Santiago / Santiago)
FORMAÇÃO:
Zeus - Claudio García (Vocal)
Pato - Patricio Silva (Guitarra)
Dexter - Marcelo Aravena (Guitarra)
Amapola - Óscar Silva (Baixo)
Juancho - Juan Contreras (Bateria)
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Este é o décimo quarto álbum, e álbum de inéditas mais recente, lançado pelo grupo, de maneira independente. É um excelente álbum, um punk rock com influências de ska, rock alternativo e pitadas de hardcore melódico. Poucas faixas são velozes, mas o embalo está presente em todas! Mixagem muito boa e o timbre da guitarra me lembra bastante Suicide Machines. Uma das primeiras bandas de punk rock chilenas, formada logo após Pinochet deixar o cargo de presidente. Bons arranjos são o destaque do álbum. Os músicos não são muito técnicos, mas também não podemos chamá-los de ruins, tudo muito bem estruturado, com tudo no lugar.
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FAIXA A FAIXA:
1) Despreciados. O álbum inicia com uma boa faixa, um punk rock misturado com ska, um bom embalo e um ótimo arranjo, com tudo no lugar e bem executado. Destaque para o arranjo.
2) Mejor Me Voy Pa'l Bar. Outra faixa bem punk rock. É uma boa composição, um punk rock típico, sem muita velocidade, mas com muito embalo, possuindo um refrão bem sing-a-long. Mais uma vez o destaque está no arranjo.
3) Estallar. Considero esta a segunda melhor faixa do álbum! Esta está mais para um hardcore melódico do que para punk rock! A faixa mais veloz do álbum, com muito embalo, ótima progressão harmônica e um bom desenho melódico da voz. Destaque para o arranjo de bateria, em especial nos trechos com dois bumbos.
4) Los Niños Cuicos No Saben Rockear. Outra faixa muito boa, porém bem distinta, já que o refrão é excelente, talvez um dos melhores momentos do álbum, porém a parte A é horrível, o que estraga a composição. De qualquer forma, ela vale só pelo refrão!
5) Inmorales. Outra faixa que considero das melhores do álbum! Um punk rock bem embalado, mas não muito veloz, com destaque para o trabalho de dinâmica e progressão harmônica da parte A, embora o refrão não seja ruim.
6) Utopías. Outra faixa que considero das melhores do álbum. A faixa mais intimista do álbum, sendo o grande destaque o arranjo, em especial o arranjo rítmico dos instrumentos de corda, embora o trabalho de dinâmica também mereça atenção.
7) Te Llenas La Boca Del Pueblo. Aqui inicia o momento mais ska do álbum. Esta é um ska core, bem ao estilo de Suicide Machines, com exceção do vocal, mas com pitadas de punk rock, também. Destaque para as variações de cadência.
8) Mi Vecino (Un Facho Reprimido). Outra faixa ska, porém esta ska punk e não ska core! Os destaques estão na variação de cadência e arranjo, mas o grande destaque está no refrão, bem sing-a-long e com uma energia a mais.
9) Te Quiero. Esta faixa inicia como um hardcore melódico, porém, logo em seguida, ela já diminui a velocidade. O grande destaque está na introdução e sua velocidade. Considero esta a pior faixa do álbum, embora não seja ruim.
10) Ya No Creo. Outra faixa bem ska core, com um bom arranjo, destaque para as variações de cadência e, em eventuais trechos, o desenho melódico da voz, bem como os trechos velozes.
11) Políticamente Incorrectos. A faixa que dá nome ao álbum é a que finaliza ele e é, também, a melhor do álbum. Um ska acelerado na parte A e um refrão sensacional, bem sing-a-long, com um ótimo arranjo e progressão harmônica.
Ouça o álbum e seja politicamente incorreto!

sábado, 12 de dezembro de 2020

Los KK - KK Urbana (1989)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Chile (Santiago / Santiago)
FORMAÇÃO:
Claudio (Vocal)
Hernan Velasquez (Guitarra)
Carlos Kretschmer (Baixo)
Cristian Tauber (Bateria)
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Esta é a primeira demo, e único trabalho, lançado pelo grupo, de maneira independente, e foi gravado no estúdio Rec. A demo foi relançada como um split, em fita K7, com a banda, também chilena, Caos, em 1994, chamada Clasicos Del Punk Chileno Vol. 1, através do selo Alerce, e em 2003, o selo Alerta, fez uma compilação dos splits Clasicos Del Punk Chileno Vol. 1 e 2, em um CD, chamado, apenas, Clasicos Del Punk Chileno, que, além das duas bandas citadas anteriormente, ainda conta com a participação dos grupos, também chilenos, Ocho Bolas e Anarkia. Esta foi a primeira demo de uma banda punk chilena a ser gravada e distribuída para venda, ela possui duas capas diferentes, com arte de Sham 68, e foram vendidas, aproximadamente, 500 cópias. É uma boa demo, mais pela importância do que pelo som, já que os arranjos são bem simples e os músicos não possuem muita qualidade técnica. As faixas são bem embaladas, algumas com certa velocidade, mas sempre com muita energia e, apesar do nível técnico ser baixo, tudo está no lugar. O grupo durou apenas um ano, estando na ativa nos anos de 1988 e 1989. O punk rock surgiu tardiamente no Chile, se comparado a outros países, e aqui está o pontapé inicial desta história!
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FAIXA A FAIXA:
1) Doble Tormento. A demo inicia com uma faixa não muito veloz, bem simples, tanto a composição quanto o arranjo, com trocas rápidas de acorde e a melodia vocal que se mantém, quase que o tempo todo, na mesma nota.
2) Pánico. Esta faixa já é mais veloz, porém, ainda bem simples, tanto na composição quanto no arranjo. O desenho melódico da voz acompanha as tônicas dos acordes que trocam rápido. O destaque está na velocidade.
3) Estado Decadente. Considero esta a melhor faixa da demo, sem sombra de dúvidas! O grande destaque está na progressão harmônica da parte A, mas a combinação desta progressão com o arranjo vocal, fazem toda diferença na composição. Também veloz e embalada.
4) Los Pobres. Esta faixa inicia mais lenta, mas logo em seguida ela se torna veloz. A variação de intenção entre as partes acaba sendo um ponto positivo no arranjo, no mais, o arranjo é bem simples e a melodia vocal se mantém, quase que o tempo todo, em uma nota.
5) No Eres Nada. Considero esta uma das melhores faixas da demo. Também com uma introdução mais lenta, mas logo em seguida mais veloz, o grande destaque está no refrão sing-a-long. Mais uma vez o arranjo e a composição são bem simples, assim como a melodia vocal que caminha pouco.
6) Anti Fuerza Pública. Talvez a faixa mais veloz de toda demo, com um arranjo bem simples e trocas rápidas de acorde, o vocal se mantém em uma nota. Faixa esta que o grupo Los Crudos fez cover. O grande destaque está no embalo e velocidade.
7) Toque De Queda. Uma das primeiras músicas a serem compostas pelo grupo, ela possui uma introdução apenas com guitarra e baixo, no mais é uma faixa embalada, não muito veloz e, mais uma vez, com arranjo bem simples, sendo os destaques a introdução e as frequentes pausas existentes na parte A.
8) Inadaptado. Outra faixa que considero das melhores da demo! Com pouca duração, mas bastante embalada, com certa velocidade, e trocas rápidas de acorde, o grande destaque está na progressão harmônica.
9) Mentes Subterráneas. Gosto bastante desta faixa também, com uma introdução mais intimista, ela possui duas variações de cadência, sendo assim, talvez, a faixa com o arranjo mais trabalhado. O refrão, bem sing-a-long, também é um destaque.
10) Hijo De La Mierda. A demo finaliza com a faixa mais intimista e lenta de todas, porém a única com frases de guitarra que, embora esteja fora do tom, já dá uma outra sensação. O vocal, baixo e bateria têm um arranjo bem simples, sendo o destaque o arranjo de guitarra. A faixa ideal para finalizar a demo!
Ouça a demo e conheça a caca urbana!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Looters - Looters (1986)

GÊNERO: New Wave
ORIGEM: EUA (São Francisco - São Francisco / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Mat Callahan (Vocal, guitarra)
Joe Johnson (Guitarra)
Akal Fillinger (Teclado)
Jim Johnson (Baixo)
Billy Johnson (Bateria)
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Este é o primeiro Ep, e segundo trabalho, lançado pelo grupo, através do selo Alternative Tentacles, e foi gravado no estúdio Tarpan. Já havia feito uma resenha sobre este Ep, em 2010, confira aqui. É um excelente Ep, soando new wave, mas com muitos elementos de funk, sendo o grande destaque os arranjos vocais. Muito groove, ótimos arranjos e músicos com boa qualidade técnica, este é um Ep que vale a pena ouvir. O grupo possuía bastante reconhecimento na sua cidade, no final dos anos 80. Todos os integrantes cantam, o que faz o Ep possuir excelentes arranjos vocais, sendo este o grande destaque. O curioso é que os músicos Fred Cirillo e Ahaguna Sun são creditados como tecladista e baterista, respectivamente, porém, não chegaram a gravar neste Ep. A arte da capa ficou por conta de Cliff Thompson. Este Ep tenho em LP, 12'', 45 RPM! Me lembra meu amigo, falecido, Marcinho, que detestava este Ep, sempre que eu estava ouvindo e ele chegava, em Montenegro, ele pedia pra tirar!
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FAIXA A FAIXA:
1) Cross The Border. O Ep inicia com uma a faixa que considero a segunda melhor, com um ótimo trabalho de dinâmica, excelente arranjo, ótimo groove, boa frase da guitarra, apesar de simples, sendo o arranjo vocal o grande destaque, muito bem pensado e explorando as cinco vozes de maneira frequente.
2) The Streets Are Callin'. Considero esta a terceira melhor faixa do Ep, mais uma vez com um bom groove, porém, desta vez, mais swing, e mantendo o destaque do arranjo vocal, simplesmente sensacional. O teclado tem um destaque maior devido às frases, enquanto a guitarra mantém o swing. Ótimo arranjo, muito bem trabalhado.
3) Rise Up. Considero esta a melhor faixa do Ep, com certeza a composição com mais peso, mas sem perder o groove e o swing. Um arranjo de teclado bem minimalista, o arranjo da guitarra acaba se destacando, com muitos efeitos, porém o grande destaque continua sendo o arranjo vocal, existindo um bom trabalho de dinâmica.
4) Being Human. Esta é a faixa que menos me agrada no Ep. Na verdade ela não me agrada, não considero uma composição agradável, embora o arranjo vocal, mais uma vez, é o grande destaque, estando o teclado em evidência. O refrão possui uma intenção mais expressiva, com destaque para a parte que prepara para o refrão.
Ouça o Ep e conheça os saqueadores!

sábado, 5 de dezembro de 2020

Local Resident Failure - Can't Polish A Turd (2009)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Austrália (Newcastle / New South Wales)
FORMAÇÃO:
Michael Dallinger (Vocal, guitarra)
Kye O'Sullivan (Guitarra)
Luke Griffis (Baixo)
Kye Smith (Bateria)
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Este é o segundo Ep lançado pelo grupo, de maneira independente, e foi gravado, ao vivo, no estúdio 301, e disponibilizado para download de maneira gratuita. Já havia feito uma resenha deste álbum em 2014, confira aqui! É um excelente Ep, apesar de ter sido gravado em 2009, ele soa como as bandas do estilo na década de 90, realmente bem fiel a esta época, podendo, muito bem, ser confundido com alguma banda dos anos 90. A maior semelhança é com NOFX, mas também é possível perceber influências de Rancid, Hi Standard, Propagandhi e Green Day. As músicas são, em sua maioria, velozes, sempre embaladas, não possuindo muita duração e com arranjos bem trabalhados. Boas melodias também se fazem presente neste Ep, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Please Don't Sue Us. O Ep inicia com a faixa que considero a melhor. Lembra, e muito, NOFX, principalmente devido à melodia vocal, mas também pela velocidade e embalo, possuindo um bom arranjo.
2) Local Resident F-Witt. Outra faixa que considero das melhores do Ep, e, mais uma vez, outra faixa que se assemelha bastante a NOFX, desta vez devido ao arranjo e, também, pelo desenho melódico da voz. Não tão veloz como a faixa anterior, mas com um ótimo embalo.
3) He's Gonna Be A Soccer Player. Esta faixa é bem veloz e lembra, mais uma vez, NOFX, mas desta vez com pitadas de Propagandhi. A faixa possui um ótimo embalo, que é o destaque da composição.
4) Green For A Day. Como o nome já sugere, esta lembra bastante Green Day, mas misturado, mais uma vez, com NOFX, além de pitadas de Hi-Standard. É a faixa mais lenta do Ep, mas não chega a ser ruim, sendo o destaque o arranjo, muito bem trabalhado.
5) Rubix Cuba. Esta faixa já soa como um ska core, lembrando uma mistura de NOFX com Rancid. A parte A é um ska core, enquanto o refrão já soa como um hardcore melódico, finalizando com um street punk.
6) Dude Where's My Phone?. Outra faixa bem veloz em sua parte A, com um ótimo arranjo e frases em conjunto, soando, mais uma vez, como NOFX, referência que se confirma nos contracantos existentes.
7) Lukely Based On A True Story. Outra faixa bem veloz e embalada, uma excelente composição de muito pouca duração, possuindo um bom arranjo, sendo o destaque o embalo e velocidade.
8) Stranger Than Christian. Outra faixa muito boa, com um excelente arranjo, embalo e velocidade. Destaque para as pequenas pausas e acentos no contratempo na parte A. Mais uma vez a semelhança com NOFX é evidente.
9) Attention: Josh Gumley. O Ep finaliza com outra faixa que considero das melhores, principalmente devido à progressão harmônica, mas também devido ao arranjo, velocidade e embalo, existindo variações de cadência. O destaque está na progressão harmônica da parte A e no arranjo bem trabalhado.
Ouça o Ep e saiba porque não pode polir um cocô!

sábado, 28 de novembro de 2020

LL Cool J - Phenomenom (1997)

GÊNERO: Rap
ORIGEM: EUA (Long Island / Nova York)
FORMAÇÃO:
LL Cool J - James Smith (Vocal)
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Este é o sétimo álbum de estúdio lançado pelo artista, através do selo Def Jam, e foi gravado em 8 estúdios diferentes. Longe de ser um dos melhores álbuns da carreira do artista, ele não chega a ser ruim, manteve a mesma intenção do disco anterior, que obteve boa receptividade, e a fórmula deu certo, pois o álbum ficou entre os 100 melhores do ano em diversas listas: posição 88 na Austrália, 57 na Suécia, 48 na Holanda e na Suiça, 39 na Nova Zelândia, 37 no Reino Unido, 24 na Alemanha, 7 no Canadá e na Billboard 200, além de ficar na quarta posição na lista da Billboard específica para R&B e Hip Hop, não bastasse, o álbum recebeu disco de platina no Canadá e nos EUA, por ter vendido mais de 100.000 e 1.000.000 de cópias, respectivamente. Não é creditado nenhum DJ, pois existe a parceria com diversos produtores diferentes, que pensaram, programaram e samplearam as bases. O álbum conta com a participação de diversos artistas, além de possuir videoclipe para 4 faixas do álbum. Bons samples e grooves, mas com pouca energia se comparado aos discos anteriores, além de poucos scratches, o álbum já tem a cara do rap dos anos 90, inclusive ficando mais evidente devido às participações. É um bom álbum, não dos melhores, mas vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Phenomenom. O álbum inicia com a faixa que dá nome ao álbum, e é, também, uma das faixas que considero das melhores. Um bom groove, e uma linha de baixo bem minimalista e marcante, além de um refrão bem sing-a-long, ela possui videoclipe de divulgação. Produzida por Puffy (Sean Combs), Hitmen, e Amen-Ra (Ron Lawrence), possuindo samples das músicas Who Is He And What Is He To You?, do grupo Creative Source, e White Lines (Don't Don't Do It), do grupo Grandmaster Melle Mel.
2) Candy. Esta faixa já possui um arranjo mais leve, com intenções quase que de love songs, com brilhos quase que como um charme, além de frequentes vocalizes que ajudam a dar uma cara mais pop para a composição. O baixo com bastante staccato é o grande destaque. Ela possui as participações de Ricky Bell e Ralph Tresvant, foi produzida por Trackmasters e possui o sample das músicas Sunshine, de Alexander O'Neal, e Candy Girl, do grupo New Edition.
3) Starsky & Hutch. Considero esta a melhor faixa do álbum, bem pesada e com um bom groove, além de uma boa linha de baixo, com frequentes pausas, ela conta com a participação de Busta Rhymes, foi produzida por L.E.S., e possui o sample da música Dance With Me, de Peter Brown. O refrão é o grande destaque.
4) Another Dollar. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Já mais "truncada" que as faixas anteriores, ela possui um ótimo arranjo e uma boa execução vocal. A faixa conta com a participação do grupo Lost Boyz, foi produzida por Curt Gowdy e Trackmasters, e possui o sample da música Stealing, de Dr. John.
5) Nobody Can Freak You. Esta faixa possui um excelente groove, bem como uma boa linha de baixo, possuindo a participação de LeShaun e Keith Sweat, foi produzida por Trackmastaers, e o sample ficou por conta da música Nobody Can Be You, de Steve Arrington.
6) Hot Hot Hot. Esta faixa tem uma intenção bem alegre, com aspectos da música caribenha. O groove está presente, sendo uma das 4 faixas a possuir videoclipe de divulgação. Possui a participação de LeShaun, foi produzida por Puffy (Sean Combs), D-Dot (Deric Angelettie) e Ron Lawrence, possuindo o sample da música Pleasure Of Love, do grupo Tom Tom Club.
7) 4, 3, 2, 1. Outra faixa que possui videoclipe de divulgação. A faixa com a cara do rap dos anos 90, poucos scratches, arranjos bem minimalistas e uma fala mais intimista. A cara dos anos 90 fica evidente devido às participações de Canibus, DMX, Master P, Method Man e Redman. A faixa foi produzida por Erick Sermon e possui o sample da música Superrappin', do grupo Grandmaster Flesh & Furious Five.
8) Wanna Get Paid. Uma boa faixa, bem minimalista, com o baixo bem pausado e sempre tocando uma nota, com uma intenção mais rítmica do que harmônica, ela possui a participação do grupo Lost Boyz, além de ter sido produzida por Prestige (Daven Vanderpool), e possui o sample da música Action, de Orange Krush.
9) Father. A última faixa do álbum a conter videoclipe de divulgação, e é, também, a faixa que considero a pior, muito em função dos backing vocals com a característica dos cantos de igrejas norte-americanas. Ela foi produzida por Trackmasters e possui o sample da música Father Figure, de George Michael.
10) Don't Be Late, Don't Come Too Soon. O álbum finaliza com outra faixa bem intimista, quase uma balada do hip hop. Outra faixa que considero das piores, embora possua uma boa linha de baixo e um bom groove, porém a falta de energia deixa a composição "sem graça". Ela possui a participação de Tamia, foi produzida por Stevie J (Steven Jordan), e possui o sample da música You Are My Starship, de Norman Connors.
Ouça o álbum e conheça o fenômeno!

domingo, 22 de novembro de 2020

Living With Lions - Make Your Mark (2008)

GÊNERO: Pop Punk
ORIGEM: Canadá (Vancouver / British Columbia)
FORMAÇÃO:
Matt Postal (Vocal)
Chase Brenneman (Guitarra)
Landon Matz (Guitarra)
Shayne Lundberg (Baixo)
Loren Legare (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Black Box, sendo relançado, um ano depois, pelo selo Adeline, e foi gravado no estúdio Metalworks. Não é um álbum que me agrada muito, porém, existem trechos em que soa como hardcore melódico, e, nestes momentos, as composições ficam muito boas, lembrando, bastante, Strung Out. O problema é que são poucos momentos em que isto acontece, na maior parte do álbum, as composições são bem pop punk, existindo, inclusive, pitadas de emo core, podemos dizer, então, que é um pop punk com pitadas de hardcore melódico e emo core! Com exceção dos trechos mais velozes, as músicas não são muito velozes e são bem alegres, existindo frequentes variações de cadência. Os músicos não são muito técnicos, mas não servem pra maus músicos, tudo está no lugar, os arranjos são bem pensados, o que valoriza o álbum.
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FAIXA A FAIXA:
1) She's A Hack. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor do álbum. A mais embalada de todas, esta lembra, e muito, Strung Out, com pitadas de Down By Law. Bom arranjo, em especial das guitarras, mas possui um bom desenho melódico da voz, também.
2) Wrong Place, Right Time. Outra faixa que considero das melhores do álbum, principalmente devido à parte A, bastante veloz e com um bom arranjo, trabalhando bem com a dinâmica, embora o refrão possua uma variação de cadência, vindo a se tornar um emo com cara de pop punk!
3) A Bottle Of Charades. Esta é a faixa de trabalho do álbum, já que possui videoclipe de divulgação. Já bem pop punk, com destaque no arranjo das guitarras, que apesar de nada de mais, dão um brilho a mais. O videoclipe é bem interessante, mostrando as intenções e o que de fato acontece com um personagem dentro de um escritório.
4) Granny Steps. Outra faixa bem pop punk, com um refrão bem emo core, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo das guitarras, em especial na parte A, que é o grande destaque da composição. O refrão é muito alegre e lento.
5) My Dilemma. Esta faixa possui uma excelente parte A, com bastante velocidade e um ótimo arranjo das guitarras, porém isto ocorre até a metade da faixa, após ela destoa completamente, conseguindo tornar uma composição muito boa em algo muito ruim.
6) Cold Coffee. Outro pop punk com a introdução bem embalada. As partes A e o refrão já são mais lentos, com um toque de emo core. O destaque está no trabalho de dinâmica e no arranjo das guitarras.
7) Hotel: Part Seven. A faixa inicia bem emo core, mas, claro, com aquele toque pop punk. A parte A possui um arranjo bem interessante do baixo, devido a pequenas pausas frequentes existentes. A ponte entre a parte A e o refrão é o grande destaque da faixa, com a caixa dobrada, ela dá uma embalada.
8) Coolin' With Costa. Outra faixa bem pop punk, sem muita velocidade, apesar de possuir um bom embalo. Mais uma vez o trabalho de dinâmica merece destaque, assim como o arranjo das guitarras. O refrão possui um peso a mais, mas ainda assim, mantém-se fraquinho.
9) Park It Out Back. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, possuindo um bom embalo na parte A, em que, mais uma vez, possui um bom trabalho de dinâmica. O arranjo das guitarras também merece atenção. O refrão que não agrada muito, tornando-se bem emo core.
10) Dude Manor (R.I.P.). Outra faixa que considero das melhores do álbum, com a parte A bem veloz e o refrão mais lento, mas, ainda assim, bem embalado. Bons arranjos das guitarras, mais uma vez, são o destaque, existindo variações de cadência.
11) Outro. O álbum finaliza com uma faixa instrumental, que, na verdade, soa como o final da faixa anterior. É uma boa faixa, mas, como o nome já diz, é bem a finalização de tudo. Existindo um bom trabalho de dinâmica e dobrando a caixa da bateria no final.
Ouça o álbum e faça sua marca!

domingo, 15 de novembro de 2020

Living Colour - Vivid (1988)

GÊNERO: Funk Metal
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
FORMAÇÃO:
Corey Glover (Vocal)
Vernon Reid (Guitarra)
Muzz Skillings (Baixo)
William Calhoun (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Epic, e foi gravado em três estúdios diferentes: Skyline, Sound On Sound e Right Track. O grupo já ganhou notoriedade com este seu trabalho de estréia, e não é para menos, é um excelente álbum, com excelentes composições, ótimos arranjos, extremamente bem executadas, com músicos de alto nível técnico, além de uma ótima produção, ou seja, só elogios! O álbum atingiu diversas marcas importantes, ficando, em 1989, na segunda posição na Noruega, através da VG-Lista; na sexta posição nos EUA, através da Billboard 200; na 15ª posição na Nova Zelândia, através da RMNZ; e na 92ª posição na Holanda, através da Album Top 100. Além disso, ganharam disco de platina da RIAA, o álbum está presente no livro 1001 Álbuns Que Você Deve Ouvir Antes De Morrer, além de estar ranqueado na 71ª posição da Rolling Stone na categoria Os Melhores Álbuns De Metal De Todos Os Tempos. Se não bastasse, a faixa de abertura, Cult Of Personality, recebeu um Grammy, em 1990, na categoria Melhor Performance de Hard Rock. O álbum possui as participações de Chuck D e Flavor Flav, ambos do Public Enemy, Mick Jagger, o trio The Fowler Family e Dennis Diamond. Mick Jagger chegou a produzir duas faixas do álbum. O som é movido a groove e swing, além de excelentes frases, rítmicas ou melódicas, bem como muita expressão e arranjos espetaculares, tudo executado no mais alto nível técnico, realmente um álbum indispensável na vida de qualquer um, uma das melhores bandas que já existiram e existe, não só abriram uma trilha junto com outras bandas, mas, também, trouxe milhares de adoradores e seguidores, até os dias atuais. Cinco faixas do álbum foram escolhidas como faixas de divulgação, existindo videoclipes das mesmas, além de possuir uma faixa cover. Não deixe de ouvir, indispensável!
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FAIXA A FAIXA:
1) Cult Of Personality. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor! Ótimo groove, excelente frase na parte A, além de um excelente refrão com um lindo desenho melódico, sustentado por um arranjo da bateria cheio de brilhos, além de possuir um excelente solo. Esta é uma das cinco faixas de divulgação que possuem videoclipe de divulgação. É um ótimo videoclipe, com muita energia exposta, contrastando com cenas aleatórias encabeçadas por uma menina assistindo televisão.
2) I Want To Know. Uma das três faixas que menos me agradam no álbum, embora não seja uma má composição. Uma boa composição com um ótimo arranjo, a harmonia executada com constantes pausas, sendo o destaque o refrão, bem sing-a-long e com um bom arranjo rítmico, com acentos deslocados. Esta faixa possui a participação da família Fowler nos backing vocals.
3) Middle Man. Esta é uma boa composição, não das melhores, mas muito boa, sendo uma das cinco faixas que possuem videoclipe de divulgação. Um bom videoclipe mostrando o grupo como se estivesse tocando ao vivo. Um excelente riff de guitarra é o grande destaque, além do groove e swing e arranjos específicos de cada instrumento. A frase do baixo merece destaque por dar toda intenção para a composição.
4) Desperate People. Considero esta uma das melhores faixas, com certeza a faixa mais hard rock do álbum, sendo o destaque a constante frase na parte A, bem como seu arranjo cheio de pausas. Mais uma vez o groove merece atenção, embora o destaque esteja no arranjo das cordas, em especial da guitarra.
5) Open Letter (To A Landlord). Considero esta uma das melhores faixas do álbum, e é outra das cinco faixas com videoclipe de divulgação. É um bom videoclipe, com imagens do grupo tocando e imagens urbanas, indo de encontro à letra da música. O grande destaque está na melodia do refrão, simplesmente linda, aqui o compositor ganhou o atestado de "ótimo" compositor, daquelas melodias que irão se eternizar, de tão belas! Esta faixa também possui a participação do trio da família Fowler nos backing vocals.
6) Funny Vibe. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com certeza a música mais fraseada e embalada do álbum, possuindo diversas intenções diferentes, que vão de um skate punk ao funk, passando pelo hard rock e progressivo. Esta é outra das cinco faixas com videoclipe de divulgação, um bom videoclipe que aborda a questão do racismo e do preconceito. Esta faixa possui a participação da dupla Chuck D e Flavor Flav, do Public Enemy, falando alguns textos, sendo o destaque as diferentes intenções e as frases dos instrumentos de corda.
7) Memories Can't Wait. Esta é a faixa cover do álbum, ela foi composta por David Byrne e Jerry Harrison, e foi gravada, originalmente, em 1979, pelo grupo Talking Heads. É uma das faixas que menos me agrada no álbum, embora não seja ruim, tem uma pegada bem hard rock, com bastante energia e peso, porém com nada de especial.
8) Broken Hearts. Considero esta a pior faixa do álbum, sem sombra de dúvidas, quase uma balada, com uma intenção bem intimista, possuindo a harmonia do rock dos anos 80, talvez a faixa que menos tem a cara do Living Colour. Esta faixa possui a participação de Mick Jagger tocando gaita de boca, e Dennis Diamond, como o chamado Carnival Barker, aquele que atrai o público para as atrações.
9) Glamour Boys. Esta é uma boa faixa, com um clima bem caribenho, só faltou um tambor de aço pra completar o clima, ela possui um excelente swing, que, aliás, é o grande destaque da composição. Esta é a última das 5 faixas com videoclipe de divulgação que, aliás, é o mais divertido e engraçado dos cinco! O videoclipe divide as imagens com o grupo tocando e cenas com dois bonecos Ken agindo em situações do dia-a-dia, sempre querendo vantagens! Esta é uma das duas faixas produzidas por Mick Jagger.
10) What's Your Favorite Color? (Theme Song). Esta é uma ótima faixa, com  muito swing (principalmente) e groove. Aliás, o swing é o grande destaque da composição, que é um típico funk, com certeza a faixa mais funk do álbum. O curioso desta faixa é que apenas na versão em CD da época é que ela foi lançada com a duração de quase 4 minutos, no LP e nos relançamentos, a faixa possui apenas 1 minuto e 38 segundos. Aqui deixo a versão de 3 minutos e 56 segundos.
11) Which Way To America?. O álbum finaliza com outra excelente faixa, mais uma vez com um ótimo groove e swing, que são o grande destaque. O baixo, quase todo em staccato, junto com a execução harmônica da guitarra, merecem atenção. Esta é a outra faixa produzida por Mick Jagger.
Ouça o álbum e sinta-se vívido!

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Limp Wrist - Split [Knifed] (2003)

GÊNERO: Hardcore Old School
ORIGEM: EUA (Albany - Albany / Nova York)
FORMAÇÃO:
Martin Sorrondeguy (Vocal)
Mark Telfian (Guitarra)
Andrew Martini (Baixo)
Paul Henry (Bateria)
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Este é o primeiro split lançado pelo grupo, após 3 álbuns de estúdio, através do selo Control. É um split com o grupo irlandês Knifed, porém, aqui, comento apenas sobre as faixas do Limp Wrist. É um bom split, com faixas mais velozes e curtas, mas, também, com outras mais longas e não tão velozes. O fato é que a energia está sempre presente, e embora eu tenha classificado como hardcore old school, existe um flerte com o power violence. O split possui uma faixa inédita, enquanto as demais já haviam sido lançadas em outras duas coletâneas. Os músicos não possuem muita técnica, mas a proposta a que se dedicaram a fazer somado à energia do grupo, faz com que a falta de técnica seja superada facilmente. Arranjos simples e sem frescuras, geralmente com parte A e B alternando-se, com a ausência de introdução, solo ou ponte. É um grupo que chama mais atenção pela sua performance no palco do que pelas músicas em si.
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FAIXA A FAIXA:
1) Message To The President. O split inicia com a faixa inédita! É uma faixa de pouca duração, bastante veloz, com muita energia, sem introdução, ponte ou solo, sem frescura, direto ao ponto!
2) The Ode. Considero esta uma das melhores faixas do split. Esta faixa e as próximas duas já haviam sido lançadas na coletânea Histeria. Esta não é uma faixa muito veloz, já mais cadenciada, mas com uma boa progressão harmônica, além de um bom embalo e um refrão bem sing-a-long.
3) Complex. Considero esta a melhor faixa do split. A faixa com o arranjo mais trabalhado, ela inicia sem guitarra, o que valoriza o trabalho de dinâmica. A ponte, ora esquecida, também é um ponto positivo, devido às pausas.
4) Angry Queen. Outra faixa semelhante à primeira, de pouca duração, bastante veloz, mas com um arranjo um pouco mais trabalhado. O vocal bastante gritado, deixando energia de sobra!
5) Does Your Daddy Know? O split finaliza com uma faixa que foi lançada na coletânea Suburban Voice No Sleep For Hardcore. Também uma faixa bastante veloz e com muita energia, porém com o arranjo já mais trabalhado, existindo, inclusive, variação de cadência, além de um refrão bem sing-a-long. O interessante está no diálogo entre pai e filho no início e final da faixa.
Ouça o split e fique dividido esfaqueado!

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Level 42 - Staring At The Sun (1988)

GÊNERO: Jazz
ORIGEM: Inglaterra (Cowes - Isle Of Wight / South East)
FORMAÇÃO:
Mark King (Vocal, baixo)
Mike Lindup (Vocal, teclado)
Alan Murphy (Guitarra)
Gary Husband (Bateria)
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Este é o oitavo álbum lançado pelo grupo, através do selo Polydor, e foi gravado no estúdio Miraval. É o primeiro e único álbum com a participação de Alan, já que ele veio a falecer um ano depois do lançamento do álbum devido à complicações oriundas do HIV. Também é o primeiro álbum sem a participação dos irmãos Phil e Boon Gould. A arte da capa ficou por conta de Mark Hughes. Este é um álbum que escuto porque sou um grande fã do Mark King, me inspira bastante, um excelente músico, inovador e extremamente técnico, aliás, técnico como todos os integrantes do grupo. Embora eu tenha classificado como jazz, ele tem influências de pop, fusion e funk, além de pitadas de rock progressivo dos anos 80. É o som dos anos 80! Se alguém perguntar como era o som dos anos 80, basta mostrar este álbum! Sintetizadores, efeitos, groove... este álbum poderia ser a trilha de filmes clássicos da época, como Ghostbusters ou K-9! Uma mistura de Stanley Clarke, Rush, Marcus Miller e outra banda pop qualquer dos anos 80, o grande destaque está, justamente, na técnica dos integrantes, o álbum para elevar as idéias práticas do instrumento a um outro patamar, com muitas inspirações. É um álbum que se aprende a gostar, já que a primeira impressão não agrada muito. Ele possui 4 participações: Wally Badarou tocando teclado, Dominic Miller tocando guitarra, Krys Mach tocando saxofone e Steve Sidwell tocando trompete, além de possuir uma faixa instrumental. O álbum chegou ao segundo lugar na lista britânica da Chart, além de encontrar a 128ª posição da Billboard britânica. O álbum possui 3 faixas de trabalho, existindo videoclipes para cada uma delas.
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FAIXA A FAIXA:
1) Heaven In My Hands. O álbum inicia com uma das faixas de trabalho. É uma boa composição, iniciando com a cara dos anos 80 (e finalizando assim também)! Bastante groove, muito teclado e sintetizador em evidência, esta possui videoclipe de divulgação. O destaque está no arranjo de contrabaixo, embora algumas frases de guitarra mereçam atenção. Esta faixa chegou à 12ª posição na lista de singles da Chart.
2) I Don't Know Why. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, principalmente devido à frase e o timbre da guitarra, bem rock 'n' roll, embora o arranjo seja cheio de elementos oitentistas. O groove merece destaque, bem como a frase da guitarra.
3) Take A Look. Outra faixa de trabalho, possuindo videoclipe de divulgação. Uma boa faixa, com um bom groove, mas com um refrão bem "meloso", embora possua alguns trechos com um bom desenho melódico da voz.
4) Over There. Considero esta a melhor faixa do álbum, sem sombra de dúvidas! Um ótimo groove em compasso composto, o destaque está no arranjo do contrabaixo. Muitos efeitos, em especial na guitarra, mas também no baixo, o refrão, bem marcante, é outro destaque.
5) Silence. Outra boa faixa, embora já com um clima mais "suave" e intimista, o grande destaque está no refrão e seu desenho melódico da voz e progressão harmônica. O teclado em evidência e um arranjo rítmico não muito embalado dão um toque bem oitentista à composição.
6) Tracie. Esta é a terceira faixa de trabalho do álbum, também possuindo videoclipe de divulgação. Sei que falei que este é o álbum com a cara do final dos anos 80, mas esta música, com certeza, é o melhor exemplo! Esta poderia ser, facilmente, trilha do filme Ghostbusters! Uma composição em que Mark fez para sua filha, o destaque está no refrão, bem sing-a-long, além do groove. O arranjo do contrabaixo merece atenção, mais uma vez.
7) Staring At The Sun. A faixa que dá nome ao álbum é a faixa mais intimista de todo ele. Com um clima bem "astral", principalmente devido ao arranjo do teclado, o arranjo de bateria, sem a utilização da caixa, também ajuda a criar esta sensação. Uma boa composição, com destaque para o arranjo.
8) Two Hearts Collide. Esta já possui uma levada mais rock, porém, ainda, com o inseparável toque oitentista no arranjo. Talvez a faixa mais simples do álbum, com arranjos bem comuns, destoando das demais faixas. Não é uma má composição, mas a considero a pior faixa do álbum, sendo o refrão o destaque.
9) Man. Considero esta faixa uma das melhores do álbum. A composição que lembra bastante Rush dos anos 80, com bastante teclado. Um excelente arranjo, boa progressão harmônica, o destaque está na parte C e seu arranjo, lembra muito, mas muito, Rush, em especial devido à linha de baixo.
10) Gresham Blues. O álbum finaliza com outra faixa em compasso composto, esta já mais lenta e suave, fazendo lembrar um blues, porém um blues oitentista e sem sua harmonia padrão, pendendo para o jazz, muitas vezes. A única faixa instrumental do álbum, é a faixa ideal para finalizar o disco.
Ouça o álbum encarando o Sol!

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Less Than Jake - Losers, Kings, And Things We Don't Understand (1996)

GÊNERO: Ska Core
ORIGEM: EUA (Gainesville - Alachua / Flórida)
FORMAÇÃO:
Chris DeMakes (Vocal, guitarra)
Roger Lima (Vocal, baixo)
Jessica Mills (Saxofone)
Derron Nuhfer (Saxofone)
Buddy Schaub (Trombone)
Vinnie Fiorello (Bateria)
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Esta é a primeira coletânea lançada pelo grupo, através do selo No Idea, e foi gravado no estúdio Georgia Street. A coletânea reúne material de todos os lançamentos do grupo até então, o que conta com 1 Ep, 4 singles e 1 faixa lançada em uma coletânea com vários artistas, além disso, uma música inédita até então foi inclusa no track list. Dentro deste repertório de músicas estão duas faixas cover. Nem todas as faixas destes lançamentos foram inclusas na coletânea, algumas ficaram de fora. A coletânea possui uma versão em CD e outra em LP, a qual não conta com a faixa inédita, e nem com as faixas do Ep. É uma excelente coletânea, a qual eu, particularmente, prefiro as faixas dos primeiros lançamentos do grupo. Bons arranjos, boas composições, com uma intenção bem explícita e fiel, o grupo ainda conta com um naipe de metais que faz bastante diferença, de maneira positiva. Embora seja uma coletânea de ska core, possui influência de pop punk e punk rock, além de pitadas de hardcore melódico e skate punk, soando como uma mistura de Operation Ivy, Pinhead Gunpowder e Down By Law. Outra curiosidade é que este foi o álbum de estreia do selo do grupo, anos mais tarde. Vale a pena conferir, uma excelente época, os primeiros 3 anos do grupo.
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FAIXA A FAIXA:
1) Soundman / Soundcheck. As primeiras 3 faixas da coletânea pertencem ao Ep Making Fun Of Things You Don't Understand. A primeira faixa é uma boa faixa, um típico ska core, com um excelente arranjo de sopros, sendo o destaque a introdução e seu arranjo.
2) 24 Hours In Paramus. Esta faixa inicia com a abertura da faixa tema do desenho animado do Scooby-Doo, surgindo, logo em seguida, mais um típico ska core, com um bom arranjo de sopros. Destaque para a linha do baixo.
3) Whipping Boy. Esta faixa já não é um ska, soando mais como um punk rock. Sem a inclusão de instrumentos de sopro, o destaque está no refrão e seu desenho melódico, embora as trocas rápidas de acorde e os eventuais acentos no contra também mereçam atenção.
4) Time And A Half. Esta e a próxima faixa pertencem ao single chamado Unglued. Outro ska core bem característico, com um bom arranjo dos sopros, o que, mais uma vez, é o destaque junto com a linha de baixo.
5) Econolodged. Mais um ska core com destaque para o arranjo do contrabaixo, embora a levada da guitarra, que possui mais swing, e o arranjo de sopros também mereçam destaque. O refrão é mais cadenciado, mas, ainda assim, mantém a pegada ska.
6) Pez King. Esta e as próximas três faixas pertencem ao single chamado Pez Kings. Considero esta uma das melhores faixas da coletânea, sem arranjo de sopros, esta é um punk rock, com destaque para a progressão harmônica e suas trocas rápidas, embora o desenho melódico da voz mereça atenção.
7) Where The Hell Is Mike Sinkovich?. Outra faixa que considero das melhores da coletânea, destaque para a progressão harmônica, arranjos de sopro e desenho melódico da voz. A faixa possui uma variação entre um ska core acelerado e um punk rock, a qual considero a melhor parte da composição.
8) This Is Going Nowhere. Outra faixa que me agrada bastante. Considero uma excelente faixa não fosse o refrão, com uma pegada bem pop punk. A parte A, que alterna entre um ska core e pequenos trechos com guitarras distorcidas, é o grande destaque, devido ao arranjo, desenho melódico da voz e progressão harmônica.
9) Laverne And Shirley. Esta faixa já soa mais pop punk, sem trechos em ska, porém com constantes arranjos de sopro. Não me agrada muito esta faixa, embora não seja ruim. Além disso, ela possui uma pequena duração.
10) Fucked. Esta e a próxima faixa foram lançadas na coletânea chamada Six Pack To Go. Esta é uma boa faixa, a mais veloz até então, esta soa como um hardcore melódico, com um arranjo bem trabalhado, o qual, mesmo com a faixa possuindo pouca duração, varia bastante suas intenções.
11) 867-5309 (Jenny). Eis que surge a primeira faixa cover da coletânea! Esta é uma música composta por Alex Call e Jim Keller, e foi gravada, originalmente, pelo grupo Tommy Tutone, em 1981. É uma versão bem punk rock, sem muita velocidade, mas com um bom embalo. Também sem arranjo dos instrumentos de sopro. Destaque para a parte antes do refrão. Um clássico de uma banda de uma música só!
12) Dukes Of Hazzard. Esta é a outra faixa cover da coletânea, gravada e composta por Waylon Jennings, em 1980. Conhecida por ser o tema da série de TV de mesmo nome. A versão original é um country, aqui o grupo a transforma em um punk rock bem embalado, embora não muito veloz. A faixa pertence ao single chamado G-Man Training Target.
13) Shotgun. Esta e as próximas duas faixas também pertencem ao Ep Making Fun Of Things You Don't Understand. Esta é um ska core bem característico, com o arranjo dos sopros em evidência, o que, aliás, é o grande destaque.
14) Down In The Mission. Considero esta uma das melhores faixas da coletânea. Mais um típico ska core com excelente arranjo do naipe de sopros, embora a progressão harmônica e o desenho melódico da voz mereçam atenção.
15) St. James Hotel. Outro ska core típico, o qual, mais uma vez, o destaque está no arranjo dos sopros. Bastante embalo e um bom arranjo são pontos positivos da composição, a qual não possui distorção no seu arranjo.
16) Glumble. Esta e as próximas 4 faixas pertencem ao primeiro lançamento do grupo, chamado Smoke Spot. Considero esta uma das melhores faixas da coletânea, um punk rock, sem arranjo de sopros, com  destaque para o desenho melódico da voz, embora a progressão harmônic, o riff de guitarra e a progressão harmônica também mereçam atenção.
17) Lucky Day. Outra faixa bem punk rock, mas já com pitadas de skate punk, sem arranjo de sopro, a qual o destaque está no desenho melódico da voz e seus contracantos. A composição possui um bom embalo.
18) Who Wholds The Power Ring?. Mais um ska core com a inclusão do naipe de metais, embora tímido. Uma boa faixa, com destaque para o refrão e o desenho melódico da voz, além de possuir um bom arranjo.
19) Wish Pig. Aqui começa a melhor seqüência da coletânea, na minha opinião. Considero esta a melhor faixa da coletânea, principalmente devido ao refrão e seu desenho melódico da voz, bem como os acentos no contratempo, embora a parte A também seja bem interessante. Mais uma vez um punk rock bem embalado e sem o naipe de sopros.
20) Awkward Age. Outra faixa que considero das melhores da coletânea, uma excelente progressão harmônica e desenho melódico da voz são os grandes destaques. Mais uma vez um punk rock embalado e sem a inclusão do naipe de sopros.
21) Good Time For Change. A coletânea finaliza com a faixa inédita, a qual considero uma das melhores do álbum, bem skate punk, lembra bastante 7 Seconds, com um ótimo arranjo, sendo o destaque o refrão com seu arranjo vocal e o arranjo de guitarra na parte A. Mais uma vez há a ausência dos instrumentos de sopro.
Ouça a coletânea e conheça os perdedores, reis, e coisas que não entendemos!

sábado, 24 de outubro de 2020

Les Cadavres - L'art De Mourir (1993)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: França (Paris / Île De France)
FORMAÇÃO:
Vérole - Philippe Legris (Vocal)
Eric Manevy (Guitarra)
Jérôme Saulnier (Baixo)
Tougoudoum - Eric Dechamps (Bateria)
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Este é o terceiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Bondage, e foi gravado no estúdio Pôle Nord. É um ótimo álbum, o penúltimo álbum de inéditas lançado pelo grupo. Ele soa como um típico punk rock, com influências de bandas britânicas, mas não só, na minha opinião, lembra uma mistura de Clash, Vampires e Replicantes! Praticamente todo álbum bem embalado, possuindo algumas faixas mais velozes. Eventuais frases da guitarra merecem destaque, embora a atenção maior deva se voltar para o desenho melódico da voz. Foi lançado um vídeo com videoclipes de faixas do álbum, cenas do grupo em apresentações ao vivo, sempre possuindo falas do vocalista Vérole entre elas, e também possui uma faixa cover. Bons arranjos e uma boa qualidade de gravação fazem com que o álbum mereça ser ouvido!
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FAIXA A FAIXA:
1) Memento Mori. O álbum inicia com uma ótima faixa, bem embalada, com certa velocidade, sendo o destaque o refrão e sua progressão harmônica e desenho melódico da voz.
2) Chambre 105. Considero esta a melhor faixa do álbum! Possui uma boa velocidade, um excelente embalo, sendo a parte A o grande destaque, com sua cadência harmônica e desenho melódico da voz.
3) Plaisir A La Carte. Outra ótima composição, porém esta mais lenta que as anteriores, porém possui uma ótima intenção, sendo o destaque o arranjo de guitarra.
4) Au Bout Du Rail. Mais uma boa faixa, já mais embalada que a anterior, possuindo uma boa progressão harmônica, sendo o destaque o arranjo de guitarra, embora a caixa dobrada mereça atenção. A frase da guitarra na parte A lembra Jungle Studs!
5) U.SS.A.. Outra faixa que me agrada bastante, também! Não muito veloz na introdução, mas com um ótimo arranjo, um excelente riff de guitarra na parte A, e um bom embalo. Mais uma vez o destaque está no arranjo de guitarra.
6) Les Voix Du Silence. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum! Bastante embalada, com certa velocidade, uma ótima progressão harmônica, bem como uma excelente expressão. O arranjo e as frases de guitarra merecem destaque.
7) En Rade. Outra faixa que considero das melhores do álbum, principalmente devido à sua intenção. Não muito veloz, com um clima que lembra bastante seus conterrâneos do Vampires, o destaque está no desenho melódico da voz e no refrão. 
8) Né Pour Crever. É uma boa faixa, não muito veloz, mas com um bom desenho melódico, sendo o destaque o trabalho de dinâmica, embora o refrão mereça destaque, também.
9) Fragile. Considero esta a pior faixa do álbum, embora não seja ruim, possuindo um bom embalo. É uma composição bem alegre, com a frase da guitarra soando quase que como um country! Nada de mais, bem trivial.
10) Shot By Both Sides. Eis que surge a faixa cover do álbum! Esta é uma música composta por Howard Devoto e Pete Shelley (integrantes do Buzzcocks), gravada, originalmente, pelo grupo Magazine, em 1978. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, por um detalhe não a considero a melhor! Simplesmente sensacional, com uma ótima progressão harmônica, embora o grande destaque esteja mesmo no desenho melódico da voz, mas, principalmente, no refrão. As frases de guitarra também merecem atenção.
11) Pas De Commentaires. Outra faixa que não me agrada muito, sem muito embalo em algumas partes, ela possui um swing na levada da guitarra. Nada de mais, incluindo uma microfonia (proposital) em grande parte da composição, o que  incomoda.
12) Idole Factice. Gosto bastante desta faixa, também, principalmente devido ao arranjo de bateria e sua caixa dobrada em quase todo tempo. A execução da harmonia na parte A, com frequentes pausas e uma repetitiva frase da guitarra são o grande destaque, o refrão faz a composição baixar a qualidade, na minha opinião.
13) A Bout De Souffle. O álbum finaliza com uma boa faixa, não muito veloz, um típico punk rock ao estilo britânico! Um bom trabalho de dinâmica, mas com nada que chame muito a atenção.
Ouça o álbum e conheça a arte de morrer!

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Leftovers - Party Tonight (2006)

GÊNERO: Pop Punk
ORIGEM: EUA (Portland - Cumberland / Maine)
FORMAÇÃO:
Kurt Baker (Vocal, baixo)
Andrew Rice (Guitarra)
Matt Anderson (Guitarra)
Adam Woronoff (Bateria)
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Este é o segundo álbum lançado pelo grupo, através do selo Cheapskate. É um bom álbum, com ótimas composições, bem arranjadas e com um ótimo embalo. É um pop punk com influências de punk rock e pitadas de hardcore melódico, lembra uma mistura de Screeching Weasel, Green Day e Ramones! Existem duas faixas mais com trechos mais velozes, no mais, as faixas são mais lentas, porém sempre possuindo um bom embalo. O álbum possui uma boa qualidade de gravação, existindo boas frases e arranjos.
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FAIXA A FAIXA:
1) Crazy. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Um ótimo embalo, existindo uma certa velocidade, além de um bom arranjo e uma progressão harmônica, na parte A, bem fora de uma ideia tonal. O refrão já é mais sing-a-long e mais alegre.
2) She Doesn't Like Me Anymore. Esta faixa já é mais lenta e mais pop, incluindo a óbvia progressão harmônica do "T", típico do gênero! Lembra um pouco de Ramones, as mais alegres deles! Não é uma faixa ruim, mas muito pop. Considero esta a pior faixa do álbum.
3) Mouth To Mouth. Outra faixa que considero das melhores do álbum! A parte A é bem trivial, não ruim, mas nada de mais, porém o refrão faz toda diferença, simplesmente sensacional, bem sing-a-long, mas com um ótimo desenho melódico da voz e um bom acompanhamento harmônico.
4) Hypnotized. Outra boa faixa, mais alegre e não muito veloz, mas com um ótimo embalo. Um típico punk rock, à la Ramones, apesar de perceber influência de Green Day, também. Me agrada bastante esta faixa, também!
5) Guessage. Outra boa faixa, porém esta já soando mais pop, embora não muito, ainda soa punk rock, um punk rock alegre, mas não muito, embora o refrão seja bem pop punk. Um bom arranjo, apesar de bem simples.
6) Adding Up. Considero esta a melhor faixa do álbum! Excelente! Com um ótimo desenho melódico da voz e uma boa progressão harmônica, tanto na parte A quanto no refrão, embora o destaque seja a parte A. O refrão é bem sing-a-long!
7) Dance. Outra faixa muito boa, já mais lenta, porém com uma ótima progressão harmônica na parte A, que é o grande destaque. O refrão já mais pop, mas ainda assim não é ruim, possuindo contracantos bem ao estilo Ramones!
8) I Don't Really Love You. Outra boa faixa, principalmente devido ao refrão. A faixa já inicia com o refrão, bem sing-a-long, com um bom desenho melódico da voz, soa bem pop, mas ainda assim é uma boa composição.
9) Life And Death (Of The Party). O álbum finaliza com outra ótima faixa, a segunda com trechos mais velozes, soando como um hardcore melódico. Ótimo arranjo, com bastante variação de cadência, além de um bom trabalho de dinâmica.
Ouça o álbum e venha à festa hoje à noite!

sábado, 17 de outubro de 2020

Le Scrawl - Snowblind (2010)

GÊNERO: Jazz Core
ORIGEM: Alemanha (Schwielowsee / Brandenburg)
FORMAÇÃO:
Mario Anders (Vocal, baixo)
Arne Assmann (Flauta transversal, saxofone, acordeon)
Simon Weiss (Guitarra)
Uta Schwede (Teclado)
Peter Weiss (Bateria)
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Este é o primeiro, e único, álbum lançado pelo grupo, e é, também, o último lançamento, através do selo Obscene, e foi gravado no estúdio Music Lab. É um som único, difícil de comparar, embora existam algumas influências bem evidentes em alguns trechos. O vocal é gutural o tempo todo, existe bastante peso, com muita distorção, blast beat e velocidade, lembrando bastante um crossover, mas também gêneros mais pesados como o crust core. O curioso é que sempre há um trecho mais experimental, geralmente soando jazz, mas nem sempre, onde percebe-se, além do jazz, influências de rock psicodélico, pós punk e rock. Nada difere de seus trabalhos anteriores mais recentes, mantendo a mesma intenção. Talvez a semelhança com o grupo Lawnmower Deth seja a mais evidente, embora não esteja escancarado. Bastante variação de cadência, um excelente trabalho de dinâmica, com excelentes frases melódicas dos instrumentos, bem como o teclado usando diferentes timbres, sendo o vibrafone um timbre bastante usado. O álbum conta com a participação de dois convidados: Stefan Gocht, que toca flugelhorn, trompete e trombone, e Harris Johns, que toca o solo de guitarra em uma das faixas.
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FAIXA A FAIXA:
1) Winter Sun. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Um excelente riff na parte mais pesada, enquanto que na parte mais lenta, o destaque está na frase do baixo e no arranjo do piano. A frase da flauta transversal também merece destaque, assim como a variação de cadência e velocidade. Esta é a faixa de trabalho, pois possui videoclip de divulgação.
2) K2. Esta faixa já é mais leve, pois não possui trecho pesado, lembrando bastante um pós punk, principalmente devido ao timbre de órgão. O destaque está no arranjo da guitarra, embora o trompete mereça atenção.
3) Twist Of Fate. A faixa já inicia com uma paulada, bastante peso e distorção, porém, logo em seguida surge o trecho lento, onde o destaque está no arranjo do teclado com timbre de vibrafone. As partes vão se alternando.
4) Numb. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Também inicia com bastante velocidade, com uma progressão harmônica que soa bem hardcore, após, surge o trecho mais lento, que possui o timbre de cravo no teclado!
5) Chapter 9. A faixa inicia com uma ótima frase da guitarra, com bastante distorção, porém, logo em seguida, surge o trecho mais lento. Os trechos mais lentos se diferem, o que é bem interessante, assim como o arranjo de flugelhorn, bem sutil, mas preenchendo bem.
6) Bombshell. A faixa mais rock do álbum, lembra, quase, um Strokes! Não muito veloz e sem parte com peso, o grande destaque está no arranjo de teclado, que fraseia bastante, quase como um improviso.
7) Cold. Outra faixa sem a parte com peso, sendo o destaque o arranjo do contrabaixo, com uma frase bem minimalista, mas bastante interessante. Mais uma vez o teclado está com timbre de vibrafone, o que soa bem interessante. É uma ótima composição, soando mais intimista.
8) Waterfront. Outra faixa que inicia com um petardo na orelha! Ótimos riffs de guitarra, enquanto que no trecho mais lento, o destaque está no arranjo de acordeon, existindo, inclusive, um trecho mais heavy metal!
9) Lost. Outra faixa sem peso, com uma boa frase do trompete, enquanto que a harmonia soa bem pós punk. O destaque está no trompete e no piano, em especial no refrão, que é o trecho que merece mais atenção.
10) North By Northwest. Talvez a faixa que mais se assemelhe ao Lawnmower Deth, principalmente devido à sua introdução pausada, com variações de intenção quase que constantes, embora a pegada crossover também lembre bastante. O trecho lento tem destaque no teclado, mas também no contrabaixo. Esta é a faixa que conta com a participação de Harris Johns no solo de guitarra. O arranjo de saxofone também merece atenção.
11) Homesick. Considero esta a melhor faixa do álbum, uma paulada, com um excelente arranjo, tanto na parte pesada, onde o destaque está na progressão harmônica e frases da guitarra, quanto na parte lenta, onde, mais uma vez, o teclado está com timbre de vibrafone.
12) Driftwood. Outra faixa com o teclado com timbre de vibrafone! Também soando como um pós punk, sem a parte pesada (com exceção de um pequeno trecho), um baixo mantendo as tônicas dos acordes, o destaque está no arranjo de guitarra e bateria.
13) Endurance. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores, com uma excelente progressão harmônica, bem como frases da guitarra, enquanto a parte lenta possui timbre de vibrafone, mais uma vez. Destaque para o arranjo dos metais.
Ouça o álbum e fique cego de neve!