sábado, 17 de outubro de 2020

Le Scrawl - Snowblind (2010)

GÊNERO: Jazz Core
ORIGEM: Alemanha (Schwielowsee / Brandenburg)
FORMAÇÃO:
Mario Anders (Vocal, baixo)
Arne Assmann (Flauta transversal, saxofone, acordeon)
Simon Weiss (Guitarra)
Uta Schwede (Teclado)
Peter Weiss (Bateria)
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Este é o primeiro, e único, álbum lançado pelo grupo, e é, também, o último lançamento, através do selo Obscene, e foi gravado no estúdio Music Lab. É um som único, difícil de comparar, embora existam algumas influências bem evidentes em alguns trechos. O vocal é gutural o tempo todo, existe bastante peso, com muita distorção, blast beat e velocidade, lembrando bastante um crossover, mas também gêneros mais pesados como o crust core. O curioso é que sempre há um trecho mais experimental, geralmente soando jazz, mas nem sempre, onde percebe-se, além do jazz, influências de rock psicodélico, pós punk e rock. Nada difere de seus trabalhos anteriores mais recentes, mantendo a mesma intenção. Talvez a semelhança com o grupo Lawnmower Deth seja a mais evidente, embora não esteja escancarado. Bastante variação de cadência, um excelente trabalho de dinâmica, com excelentes frases melódicas dos instrumentos, bem como o teclado usando diferentes timbres, sendo o vibrafone um timbre bastante usado. O álbum conta com a participação de dois convidados: Stefan Gocht, que toca flugelhorn, trompete e trombone, e Harris Johns, que toca o solo de guitarra em uma das faixas.
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FAIXA A FAIXA:
1) Winter Sun. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Um excelente riff na parte mais pesada, enquanto que na parte mais lenta, o destaque está na frase do baixo e no arranjo do piano. A frase da flauta transversal também merece destaque, assim como a variação de cadência e velocidade. Esta é a faixa de trabalho, pois possui videoclip de divulgação.
2) K2. Esta faixa já é mais leve, pois não possui trecho pesado, lembrando bastante um pós punk, principalmente devido ao timbre de órgão. O destaque está no arranjo da guitarra, embora o trompete mereça atenção.
3) Twist Of Fate. A faixa já inicia com uma paulada, bastante peso e distorção, porém, logo em seguida surge o trecho lento, onde o destaque está no arranjo do teclado com timbre de vibrafone. As partes vão se alternando.
4) Numb. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Também inicia com bastante velocidade, com uma progressão harmônica que soa bem hardcore, após, surge o trecho mais lento, que possui o timbre de cravo no teclado!
5) Chapter 9. A faixa inicia com uma ótima frase da guitarra, com bastante distorção, porém, logo em seguida, surge o trecho mais lento. Os trechos mais lentos se diferem, o que é bem interessante, assim como o arranjo de flugelhorn, bem sutil, mas preenchendo bem.
6) Bombshell. A faixa mais rock do álbum, lembra, quase, um Strokes! Não muito veloz e sem parte com peso, o grande destaque está no arranjo de teclado, que fraseia bastante, quase como um improviso.
7) Cold. Outra faixa sem a parte com peso, sendo o destaque o arranjo do contrabaixo, com uma frase bem minimalista, mas bastante interessante. Mais uma vez o teclado está com timbre de vibrafone, o que soa bem interessante. É uma ótima composição, soando mais intimista.
8) Waterfront. Outra faixa que inicia com um petardo na orelha! Ótimos riffs de guitarra, enquanto que no trecho mais lento, o destaque está no arranjo de acordeon, existindo, inclusive, um trecho mais heavy metal!
9) Lost. Outra faixa sem peso, com uma boa frase do trompete, enquanto que a harmonia soa bem pós punk. O destaque está no trompete e no piano, em especial no refrão, que é o trecho que merece mais atenção.
10) North By Northwest. Talvez a faixa que mais se assemelhe ao Lawnmower Deth, principalmente devido à sua introdução pausada, com variações de intenção quase que constantes, embora a pegada crossover também lembre bastante. O trecho lento tem destaque no teclado, mas também no contrabaixo. Esta é a faixa que conta com a participação de Harris Johns no solo de guitarra. O arranjo de saxofone também merece atenção.
11) Homesick. Considero esta a melhor faixa do álbum, uma paulada, com um excelente arranjo, tanto na parte pesada, onde o destaque está na progressão harmônica e frases da guitarra, quanto na parte lenta, onde, mais uma vez, o teclado está com timbre de vibrafone.
12) Driftwood. Outra faixa com o teclado com timbre de vibrafone! Também soando como um pós punk, sem a parte pesada (com exceção de um pequeno trecho), um baixo mantendo as tônicas dos acordes, o destaque está no arranjo de guitarra e bateria.
13) Endurance. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores, com uma excelente progressão harmônica, bem como frases da guitarra, enquanto a parte lenta possui timbre de vibrafone, mais uma vez. Destaque para o arranjo dos metais.
Ouça o álbum e fique cego de neve!

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