domingo, 25 de abril de 2021

Motörhead - Eat The Rich! (1987)

GÊNERO: Hard Rock
ORIGEM: Inglaterra (Londres / Londres)
FORMAÇÃO:
Lemmy - Ian Kilmister (Vocal, baixo)
Würzel - Micahel Burston (Guitarra)
Wizzo - Philip Campbell (Guitarra)
Philthy Animal - Philip Taylor (Bateria)
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Este é o décimo sexto single lançado pelo grupo, após oito álbuns de estúdio, através do selo GWR, e foi gravado no estúdio Master Rock. Este é um bom single, bem hard rock, com as características típicas do grupo. A faixa título foi composta para ser a trilha sonora do filme de mesmo nome, dirigido por Peter Richardson. Uma comédia pastelão, que conta com a participação do grupo, bem como Lemmy e Paul McCartney como um dos personagens do elenco. O single possui a faixa título presente em seu álbum lançado no mesmo ano, e mais duas faixas inéditas. O curioso é que o single possui duas versões: uma em 7 polegadas e outra em 12 polegadas, porém as três faixas estão presentes apenas na versão de 12 polegadas, enquanto que na versão de 7 polegadas constam apenas duas faixas, a faixa título e apenas uma inédita. A faixa título também possui videoclipe de divulgação. As faixas são bem embaladas, não sendo das mais velozes composições do grupo, embora possua as características típicas das composições do grupo, sempre com um toque rock 'n' roll. A arte da capa ficou por conta de Joe Petagno. Um bom single, vale a pena conferir, ainda mais pelas faixas inéditas, sendo o único single lançado para o nono álbum do grupo, Rock 'n' Roll.
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FAIXA A FAIXA:
1) Eat The Rich. O single inicia com a faixa título, sendo, também, a faixa de divulgação, possuindo videoclipe. O vídeo alterna entre cenas do filme e cenas do grupo tocando em um palco. Esta é a faixa mais rock 'n' roll do álbum, com a harmonia típica do gênero. Não muito veloz, mas com um bom embalo, o destaque está no arranjo das guitarras, possuindo um refrão bem sing-a-long. O solo com bottleneck também merece atenção.
2) Just 'Cos You've Got The Power. Esta faixa está presente apenas na versão de 12 polegadas. É uma boa composição, também bem hard rock, com ótimos arranjos de guitarra, sendo o destaque o riff da guitarra na parte A. Na minha opinião ela seria sensacional se o andamento fosse mais elevado, acho ela um pouco lenta, no mais, é uma excelente composição.
3) Cradle To The Grave. Considero esta a melhor faixa do single, com um bom embalo, também bem hard rock, com destaque para o arranjo da guitarra e seu riff na parte A, o grande destaque, na minha opinião. O refrão bem característico das composições do grupo.
Ouça o single e coma o rico!

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Mötley Crüe - Carnival Of Sins (2006)

GÊNERO: Glam Metal
ORIGEM: EUA (Los Angeles - Los Angeles / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Vince Neil - Vincent Wharton (Vocal)
Mick Mars - Robert Deal (Guitarra)
Nikki Sixx - Frank Feranna (Baixo)
Tommy Lee - Thomas Bass (Bateria)
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Este é o segundo álbum ao vivo lançado pelo grupo, após 8 álbuns de estúdio, através do selo Mötley. É um bom álbum ao vivo, que resgata músicas de todos os álbuns do grupo que foram gravados com esta formação, a formação clássica do grupo, ao todo são músicas de 7 álbuns diferentes, existindo duas faixas cover. O álbum teve poucos overdubs, quase nenhum, apenas alguns na voz e na guitarra, oriundos de alguns erros ou desafinações. A mixagem do álbum é bem característica da década de 2000, onde os vídeos e DVD's estavam em alta, e o áudio se dava em função da imagem. As músicas são versões fiéis às originais, com eventuais detalhes diferentes, devido ao fato de ser ao vivo. O grupo é uma das referências do gênero, sendo inspiração para inúmeros grupos, em especial na década de 80, sempre com um bom embalo, sendo o destaque os arranjos de guitarra. Como toda banda de glam metal que se preze, sempre há as baladas, e aqui não podia ser diferente, e é este, justamente, o ponto fraco do álbum. O curioso é que primeiro foi lançado o DVD, em 2005, e no ano seguinte saiu a versão em áudio, em CD. O CD conta com duas capas diferentes, uma para os EUA e outra para o resto do mundo, sendo que a versão para o resto do mundo foi lançada primeiro. O repertório resgata bem a história do grupo, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Shout At The Devil. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Na verdade considero esta uma das melhores músicas do grupo, com um excelente riff de guitarra, bem como o refrão, bem sing-a-long.
2) Too Fast For Love. Esta faixa possui um bom riff de guitarra, um refrão bem sing-a-long, mas tem um ar bem "alegre", com aspectos bem evidentes do rock 'n' roll. Com um bom embalo, o destaque está no arranjo da guitarra.
3) Ten Seconds To Love. Considero esta faixa uma das melhores do álbum. Mais uma vez bem embalada e com um excelente riff de guitarra, a harmonia pausada, ao estilo AC/DC e um refrão bem sing-a-long, e, também com uma excelente progressão harmônica.
4) Red Hot. Outra faixa que considero das melhores do álbum, a faixa mais veloz até então, e, talvez, a mais veloz do álbum. Com um arranjo de bateria com dois bumbos e um ótimo riff de guitarra, esta se assemelha a Motörhead.
5) On With The Show. Aqui surge a primeira balada do álbum. Realmente não me agrada esta faixa, acho muito ruim. O velho clichê de baladas da década de 80, bem característico, lento e com caídas das notas do baixo na parte A. O destaque está no refrão, a qual dá uma acelerada e foge da ideia da balada, embora a melodia não se desprenda da intenção.
6) Too Young To Fall In Love. Considero esta uma boa faixa, mais uma vez com um excelente riff de guitarra, que é, aliás, o grande destaque, embora o refrão mereça atenção, bem sing-a-long. Bem embalada, o baixo dá toda intenção harmônica, deixando a guitarra livre para os riffs.
7) Looks That Kill. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Com um baixo pedal e um bom embalo, apesar de não muito veloz, mais uma vez o destaque está no riff da guitarra e no refrão, também bem sing-a-long, lembrando bastante Judas Priest.
8) Louder Than Hell. Esta é uma boa faixa, com um bom riff de guitarra, um bom embalo, embora não muito veloz, mas sem nada de especial. O destaque está no refrão e seu riff de guitarra e progressão harmônica.
9) Live Wire. Considero esta uma a melhor faixa do álbum. Com um ótimo embalo e um riff de guitarra matador, além do refrão sensacional, a faixa ainda possui certa velocidade. O destaque está no arranjo de guitarra e no refrão, embora os dois bumbos da bateria mereçam atenção.
10) Girls, Girls, Girls. Esta é uma boa faixa, mas não das minhas preferidas. Com um riff de guitarra bem pesado, com um bom embalo, ela possui uma ideia um pouco "alegre", em especial no refrão. O destaque está no riff da guitarra.
11) Wild Side. Outra faixa que considero das melhores do álbum, realmente muito boa. Mais uma vez o destaque está no riff de guitarra e no refrão, bem sing-a-long. Com um bom embalo, uma boa cadência harmônica na parte A e um bom desenho melódico da voz.
12) Don't Go Away Mad (Just Go Away). Esta é outra balada do álbum, embora esta seja a minha balada preferida do álbum, também não me agrada muito. Bem "mela cueca", com um arranjo bem "meloso", existindo a inclusão de um violão, o destaque está no refrão e na preparação para ele, com uma boa intenção.
13) Primal Scream. Uma boa composição, embora não considere das melhores. Com um bom embalo, um bom arranjo de guitarra (mais uma vez), ela não possui nada de mais que chame a atenção, sendo o destaque o pré refrão e sua progressão harmônica.
14) Glitter. Aqui começa a pior seqüência do álbum, na minha opinião, uma seqüência recheada de baladas, sendo esta a pior delas todas, a pior faixa do álbum! Violão, teclado e um arranjo de bateria quase que soando eletrônico, esta é uma balada bem ruim.
15) Without You. Mais uma balada ao estilo Guns 'n' Roses do início dos anos 90. Lenta, bem "mela cueca", existindo um violão no arranjo. O refrão bem balada, com as caídas do baixo bem características das baladas do gênero. Não me agrada nem um pouco esta composição, realmente muito ruim.
16) Home Sweet Home. Mais uma balada, um clássico do grupo, com inclusão de piano. Não gosto muito desta faixa, porém é uma balada que já me agrada um pouco mais, em função do refrão e sua progressão harmônica. Lenta, com a harmonia da parte A e melodia bem ao estilo baladas anos 80!
17) Dr. Feelgood. Após a sessão baladas do álbum, o repertório embalado inicia com uma ótima composição, bem pesada e, mais uma vez, com um ótimo riff de guitarra, que é o grande destaque da composição, junto com o refrão, bem sing-a-long, e seu desenho melódico da voz. Destaque para as frequentes pausas na harmonia na parte A.
18) Same Ol' Situation (S.O.S.). Outra faixa com um certo embalo, mas que não me agrada muito, embora não seja ruim. Com um arranjo rítmico da guitarra bem hard rock, enquanto o baixo se mantém pedal. O refrão é bem "alegre", existindo eventuais riffs de guitarra que são o destaque.
19) Sick Love Song. Outra boa composição, mas com nada de especial, embora possua um riff de guitarra bastante pesado. O destaque está no trabalho de dinâmica e no arranjo da guitarra. Não muito embalada, ela possui certo groove, além da inclusão de um teclado no refrão. Lembra, um pouco, Ozzy Osbourne.
20) If I Die Tomorrow. Esta é a composição que soa mais "moderna", possuindo riffs oitavados da guitarra, ela chega a ter aspectos do emo core, além de ter um arranjo no refrão bem pesado, em especial devido ao arranjo da guitarra.
21) Kickstart My Heart. Considero esta uma das melhores faixas do álbum e, também, uma das melhores faixas do grupo, simplesmente excelente, com todos os ingredientes que podem fazer uma música soar realmente boa! Bem embalada, com uma excelente progressão harmônica e riffs de guitarra, o grande destaque está no refrão, bem sing-a-long e com um excelente desenho melódico da voz.
22) Helter Skelter. Esta é uma das faixas cover do álbum. Uma composição de John Lennon e Paul McCartney, que foi gravada, originalmente, pelo grupo Beatles, em 1968. É uma composição bem pesada para os padrões do grupo britânico, sendo o destaque a frase da guitarra existente no refrão. Com um bom embalo e um certo peso no arranjo, considero uma boa composição, mas com nada de especial.
23) Anarchy In The U.K.. O álbum finaliza com mais uma faixa cover, e é, também, uma das faixas que considero das melhores. Esta foi composta e gravada, originalmente, pelo grupo Sex Pistols, em 1976. Bem fiel à versão original, em todos os aspectos, com exceção da harmonia no final do primeiro solo. Um clássico do punk rock, com um bom embalo e um refrão sing-s-long.
Ouça o álbum e vá para o carnaval dos pecados!

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Monster Trux - Grind (2002)

GÊNERO: Skate Punk
ORIGEM: EUA (Chicago - Cook / Illinois)
FORMAÇÃO:
Monster Matt (Vocal)
Jonny Aggro (Guitarra)
Matt Bones (Guitarra)
Scrape (Baixo)
GMC (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Deezal. É um ótimo álbum, apesar de ter sido lançado no século XXI, o grupo tenta regatar o som das bandas californianas, do gênero, da década de 80, soando como uma mistura de T.S.O.L., Adolescents e Suicidal Tendencies. Já havia feito uma resenha sobre este álbum em 2012, confira aqui! O som é bem sakte punk, mas possui pitadas de crossover, as faixas não são muito velozes, embora existam trechos acelerados, porém possuem um bom embalo. O vocal é ponto fraco, na minha opinião, não que seja ruim, mas faltou transmitir mais energia. O álbum conta com uma faixa bônus. A temática do skate é bem evidente, não só pelas letras, mas também devido à capa do álbum; aos acessórios de skate usados pelos membros do grupo, como joelheiras, cotoveleiras e capacete; mas também à guitarra de um dos membros, ao qual o corpo do instrumento é um skate, com rodas e tudo! Outra curiosidade é que alguns membros usam máscaras de monstros, fazendo jus ao nome do grupo! O grupo não durou muito tempo, encerrando as atividades devido à morte do baterista.
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FAIXA A FAIXA:
1) Svengoolie. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Com uma boa harmonia e bons riffs da guitarra, a parte A tem pitadas de crossover, incluindo eventuais harmônicos artificiais e dissonâncias no arranjo da guitarra. Bem embalada, mas não muito veloz, o destaque está no refrão e seu desenho melódico da voz.
2) Frankie Goes To Olliewood. Considero esta a melhor faixa do álbum, lembra muito Gang Green, mais especificamente a música Alcohol, porém apenas na parte A. O refrão possui uma boa frase da bateria, mas o destaque, na minha opinião, está na parte A e nos acentos. Também não muito veloz, mas com um ótimo embalo.
3) Speed Wheels. Esta é uma excelente faixa, com um bom arranjo, variando bem as intenções em cada parte. A introdução lembra Dead Kennedys, e as demais partes lembram Suicidal Tendencies. Esta possui um refrão bastante veloz e a parte A com um bom groove, mas não muito veloz.
4) Future Primitive. Outra boa composição, bem embalada, com um bom trabalho de dinâmica, variando entre momentos em que a guitarra abafa as cordas, na parte A, e outros mais soltos, no refrão. Os acentos marcados em conjunto pelos instrumentos são um ponto forte, na minha opinião. Possuindo um trecho com um bom groove no final.
5) Pool Shark. Esta faixa é quase instrumental, a voz apenas fala o título da música. A parte A possui um bom arranjo, com destaque para os acentos. Esta faixa possui certa velocidade, possuindo um bom trabalho de dinâmica entre a parte A e o refrão. Destaque para o refrão, bem embalado.
6) Shut Up And Skate. Esta faixa lembra bastante T.S.O.L., talvez a faixa mais punk rock de todo álbum. Com um arranjo bem simples, esta, provavelmente, deve ter sido a faixa escolhida como a de trabalho, devido à suas características. Bem embalada, mas nada veloz, o desenho melódico da voz na parte A é o grande destaque, na minha opinião, possuindo um refrão bem sing-a-long.
7) Independent. Esta é a faixa com mais aspectos de metal, mais especificamente o heavy metal. A frase da guitarra na introdução e no refrão se assemelha ao Iron Maiden. A parte A já possui frequentes pausas dos instrumentos de corda. Uma boa composição e com um bom arranjo.
8) Bones Brigade. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, bem embalada e com certa velocidade, ela possui um refrão bem sing-a-long, com destaque para as trocas rápidas de acorde e os acentos no refrão, bem como a parte C, bem embalada.
9) Monster Show. Esta é a última faixa do álbum antes da faixa bônus. É uma boa composição que lembra Suicidal Tendencies, tanto pelo desenho melódico da voz, como pelo arranjo dos instrumentos de corda. Possui um bom groove, não muito embalada e não veloz. Uma boa composição, com destaque para o arranjo.
10) Bonus Track. A faixa bônus tem o som de pessoas andando de skate em uma mini rampa, porém, logo após a metade, uma música, bem suave, com toques de jazz, é sobreposta aos sons das manobras. Esta faixa possui, inclusive teclado. Após a música finalizar, os sons das manobras de skate continuam por mais alguns minutos.
Ouça o álbum e comece a moer!

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Moloko Plus - Der Weltbeste (1981)

GÊNERO: Pós Punk
ORIGEM: Alemanha (Pforzheim / Baden-Württemberg)
FORMAÇÃO:
Thomas Schmerda (Vocal, guitarra)
Wolfgang Goll (Guitarra)
Michael Wurster (Baixo)
Franco Glasing (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, de maneira independente. Na verdade este é o único álbum lançado pelo grupo enquanto o grupo estava na ativa, apenas mais um álbum com gravações inéditas foi lançado duas décadas depois. É um bom álbum, mas que não consegue manter uma característica evidente no que diz respeito ao gênero. Embora eu tenha classificado como pós punk, ele soa como estivesse em um limbo entre o punk rock e o new wave. Percebe-se fortes traços do punk rock, porém soando como se quisessem fugir desta ideia, tentando algo inovador, algo como o que viria a ser o new wave, mas cravando seus arranjos em algo mais concreto e que estava mais em evidência na época, como o pós punk. O álbum possui uma faixa instrumental, muitas das composições contam apenas com uma cadência harmônica, bem como ideias minimalistas. As faixas não são muito velozes, nem sempre são muito embaladas, mas as intenções e arranjos merecem atenção, sendo o grande destaque do álbum. A arte da capa ficou por conta do próprio Thomas. Um bom álbum do pós punk, vale a pena conferir.
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FAIXA A FAIXA:
1) Nabbadakappdapp. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Bem minimalista, ela se mantém em uma cadência harmônica do início ao fim, bem como a frase da guitarra. Destaque para o solo e para a composição em si.
2) Hypnotisiert. Esta faixa já possui mais características do punk rock, não possuindo drive na guitarra (com exceção do solo), o que acaba descaracterizando o gênero e dando um aspecto mais "leve" à composição.
3) Feuer. Esta já soa bem pós punk, com uma condução da bateria nos tambores, usando pouco os pratos e uma guitarra que repete uma mesma nota em toda parte A, ela é bem "hipnótica", com destaque para o refrão.
4) Abramakabra. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com duas partes bem distintas, a qual a primeira é instrumental, bem minimalista, com um bom embalo, e a segunda um pouco mais lenta e com a inclusão do vocal, ela fica bem na tangente entre o pós punk e o punk rock.
5) Manchmal Da Glaub Ich. Esta é uma das faixas que menos me agrada no álbum, embora não seja ruim. Com a forma de uma balada, mas não soando como uma, ela possui um bom embalo, apesar de não muito veloz, sendo o destaque o arranjo da guitarra.
6) Strassendekadenz. Considero esta a melhor faixa do álbum, sem sombra de dúvidas. Com certeza a faixa mais punk rock, ela possui um ótimo embalo. Destaque para o arranjo da guitarra, sempre com bastante liberdade para o improviso.
7) Femme Fatale. Aqui já voltam os aspectos do pós punk, como a condução em tambores e pouca utilização de pratos, possuindo um refrão bem sing-a-long.
8) Mädchen Meiner Träume. Outra faixa que pouco me agrada, mais "suave", com melodias mais alegres. Com um bom embalo, mas pouco veloz, esta composição é uma boa trilha sonora para uma pessoa caminhando alegre e despreocupada em uma rua próxima a um parque!
9) Moloko Plus. Outra boa composição, bem punk rock, com um bom embalo, mas com nada de especial, além de possuir um refrão bem sing-a-long, que, aliás, é o grande destaque.
10) Brutal. O álbum finaliza com a faixa instrumental. Esta sim um exemplo claro de música minimalista em compasso ternário, mas com o compasso da bateria quaternário, bastante interessante a ideia. Ela se mantém igual do início ao fim, sempre com a liberdade para os improvisos da guitarra. O destaque é a composição em si, mas também os improvisos da guitarra.
Ouça o álbum e conheça o melhor do mundo!

quinta-feira, 8 de abril de 2021

M.O.D. - Gross Misconduct (1989)

GÊNERO: Crossover
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
FORMAÇÃO:
Billy Milano (Vocal)
Louis Svitek (Guitarra)
John Monte (Baixo)
Tim Mallare (Bateria)
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Este é o terceiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Megaforce, e foi gravado no estúdio Pyramid Sound. Considero este um excelente álbum, foi o primeiro que eu ouvi, em meados de 1991. O álbum possui uma pegada bem crossover, às vezes pendendo mais para o thrash metal, às vezes pendendo mais para o hardcore, além de pitadas de punk rock. O álbum intercala entre momentos mais velozes e outros mais cadenciados, possuindo bastante groove. Soa bastante como uma mistura de S.O.D., Nuclear Assault e Slayer, sendo a semelhança maior com o S.O.D.. Guitarras com um timbre bem pesado, com bastante distorção são a marca do álbum, possuindo ótimos arranjos, os quais considero o destaque do álbum. Arranjos bem pensados e trabalhados, Louis, na guitarra, eleva o nível técnico do grupo, que não é baixo, embora o guitarrista se destaque. A arte da capa ficou por conta de Craig Hamilton, e o álbum possui uma faixa com videoclipe e uma faixa cover. Um excelente álbum que me dá uma sensação de nostalgia, então sou suspeito para falar, mas acredito que todos que curtem um bom crossover devem ouvi-lo!
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FAIXA A FAIXA:
1) No Hope. O álbum inicia com uma excelente faixa, com ótimos riffs, porém não muito veloz. O grande destaque está na progressão harmônica, com trocas rápidas de acorde, embora o arranjo também mereça destaque, assim como a introdução. O refrão possui um bom arranjo com dois bumbos. Embora não muito veloz, ela possui um bom embalo.
2) No Glove No Love. Considero esta a melhor faixa do álbum, com uma excelente progressão harmônica, ela possui um bom embalo e a parte A bem veloz, cadenciando no refrão. Destaque para o arranjo, em especial o da guitarra.
3) True Colors. Esta é a faixa que possui videoclipe de divulgação, e é, também, uma das faixas que considero das melhores do álbum. É um clipe com um toque cômico, com cenas do grupo tocando com diferentes estilos baseados no glam metal, além do próprio estilo do grupo. A composição mescla trechos com mais velocidade e outros mais cadenciados, possuindo um bom groove no refrão. Destaque para os arranjos de guitarra.
4) Accident Scene. Outra faixa bem interessante, iniciando bem veloz, mas perdendo a velocidade à medida que a composição vai se desenvolvendo. Destaque para o refrão, bem embalado, possuindo um trecho mais jazz no final.
5) Godzula. Outra boa composição, bem trabalhada e com ótimos arranjos de guitarra, além de bons riffs, muito groove e um arranjo bem trabalhado, talvez a faixa com o arranjo mais elaborado. Ela mescla trechos mais velozes com outros mais cadenciados, além de grooves e eventuais frases executadas em sincronia entre os instrumentos.
6) E Factor. Outra faixa com arranjo bem trabalhado, ótimos riffs, com arranjo da bateria com dois bumbos, variando entre trechos velozes e outros mais cadenciados. Destaque para as trocas rápidas de acorde, arranjo e riffs.
7) Gross Misconduct. A faixa que dá nome ao álbum possui um excelente refrão e, mais uma vez, um excelente arranjo. Não muito veloz, embora existam trechos mais velozes, com uma introdução  com um bom clima, além de bons arranjos e um bom solo de guitarra, sendo o refrão o grande destaque.
8) Satan's Cronies. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, bastante veloz e com uma progressão harmônica que lembra bastante Nuclear Assault, o refrão dá uma cadenciada no andamento, além de ser um pouco sing-a-long.
9) In The City. Esta é a faixa cover do álbum, sendo uma composição de Lee Ving, e foi gravada, originalmente, pelo grupo Fear, em 1978. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, e é uma das faixas que mais me causam a sensação de nostalgia, pois tocava esta versão com uma banda que tive, em 1994. O curioso é que eu nunca tinha ouvido a versão original, conhecia apenas esta versão! É uma faixa bem punk rock, com um refrão bem sing-a-long e um bom embalo, com destaque para a caixa dobrada da bateria no refrão.
10) Come As You Are. Outra boa composição, iniciando bem veloz, mas possuindo trechos mais cadenciados e com groove. Mais uma vez, o destaque está no arranjo da guitarra, suas palhetadas rápidas e trocas rápidas de acorde.
11) Vents. Esta faixa possui pouca duração e funciona como uma pequena introdução. Por muitos anos pensei em se tratar da introdução da faixa seguinte!
12) Theme. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Com certeza a faixa mais alegre do álbum, porém é a faixa que mais me dá a sensação de nostalgia, pois, por muito tempo, a considerei a melhor do álbum, então eu ouvia ela constantemente, repetidas vezes! A faixa menos pesada do álbum, mas com uma ótima intenção.
13) P.B.M.. Outra faixa com pouca duração, porém esta não possui a característica de introdução, é, mesmo, uma composição com a forma bem estruturada, mas de pequena duração, também não possuindo muita velocidade.
14) The Ride. Uma composição com bastante groove, mas alternando com trechos mais velozes. Ótimos riffs, possuindo um ótimo embalo no refrão, o destaque está no arranjo, com diferentes variações de intenção.
15) Dark Knight. O álbum finaliza com outra boa composição, inciando com uma introdução com uma boa frase do baixo, surgindo a guitarra, aos poucos, até a pausa. Após esta pausa, um arranjo bem intencional, com efeitos de guitarra e um clima produzido pelo arranjo do baixo. Quando a música "começa" de verdade, a velocidade não é muita, embora ela apareça logo em seguida, intercalando, a progressão harmônica é o destaque.
Ouça o álbum e conheça uma má conduta grosseira!

domingo, 4 de abril de 2021

Misfits - Walk Among Us (1982)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: EUA (Lodi - Bergen / Nova Jersey)
FORMAÇÃO:
Glenn Danzig - Glen Anzalone (Vocal, guitarra, bateria)
Doyle - Paul Caiafa (Guitarra)
Jerry Only - Gerald Caiafa (Baixo)
Arthur Googy (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Ruby, e foi gravado em inúmeros estúdios diferentes, como Newfound Sound e Mix-O-Lydian, sendo a maioria das faixas gravadas neste último, além de possuir uma faixa gravada ao vivo. O curioso é que apesar deste álbum ser o primeiro a ser lançado, o grupo já havia gravado dois álbuns antes deste, porém não haviam sido lançados, o primeiro foi lançado em 1996 e o segundo nunca teve um lançamento oficial, embora seja possível encontrá-lo nos dias de hoje. Embora eu tenha colocado que Glenn tocou guitarra e bateria, além de cantar, isto não ocorreu em todas as faixas, bateria ele gravou apenas uma das faixas, enquanto guitarra ele gravou a guitarra base em 3 faixas, porém participou dos overdubs de todas as faixas, com exceção da faixa ao vivo. É um excelente álbum, um clássico que todos devem conhecer e manter como um álbum de "cabeceira", pra ouvir corriqueiramente. Este foi o primeiro álbum de estúdio do grupo que eu conheci, em meados de 1991, um álbum marcante, pois é realmente sensacional. As músicas sempre bem embaladas, não muito velozes, mas também não lentas, com a harmonia e ritmo bem característicos do punk rock, porém o destaque está no vocal e sua empostação e desenho melódico, além dos frequentes "ooh-ooh-ooh" que aparecem, sendo uma das marcas do grupo. Talvez um dos dez melhores álbuns de punk rock já lançados, na minha opinião, sendo considerado, pela revista Rolling Stone, o 32º melhor álbum na lista dos 40 melhores álbuns de punk rock de todos os tempos, além de alcançar a posição 53, na Suécia, 36 anos depois de seu lançamento, em 2018! O nome do álbum foi retirado do título do filme, de horror, The Creature Walks Among Us, dirigido por John Sherwood, o terceiro de uma trilogia, em 1956, enquanto que a arte da capa conta com imagens retiradas das capas dos filmes Earth Vs.The Flying Saucers, dirigido por Fred Sears, em 1956, e The Angry Red Planet, dirigido por Ib Melchior, em 1959. O curioso é que as cores da capa possuem diversas variações, com diferentes cores, mudando, principalmente, as cores do logotipo, embora não apenas. Os músicos não possuem muita técnica, porém a energia e tudo estar "redondinho" no lugar, suprem, e muito, as deficiências técnicas. Um clássico que todos devem ouvir!
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FAIXA A FAIXA:
1) 20 Eyes. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor, em especial devido ao refrão, embora a parte A também seja muito boa. Muito embalo, certa velocidade, o destaque, além do refrão e o desenho melódico da voz, está nos ataques existentes na preparação para o refrão.
2) I Turned Into A Martian. Outra faixa que considero das melhores do álbum, um dos maiores clássicos do grupo, esta é uma faixa bem embalada, possuindo um bom desenho melódico, principalmente no refrão, que, além de tudo, é bem sing-a-long.
3) All Hell Breaks Loose. Outra faixa que considero das melhores do álbum, uma excelente composição, mais uma vez com um ótimo desenho melódico, e um ótimo refrão, o trabalho de dinâmica também merece destaque.
4) Vampira. Outra excelente composição, bem embalada, com um baixo pedal enquanto a guitarra cria eventuais dissonâncias, além de possuir um refrão bem sing-a-long. Esta é uma das faixas em que Glenn toca guitarra.
5) Nike A-Go-Go. Outra faixa bem embalada, com bastante contracantos com "ooh", possuindo um bom trabalho de dinâmica, apesar de simples, entre as partes A e o refrão. A parte C também merece atenção, bem como o final bem sing-a-long.
6) Hatebreeders. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum e, para mim, esta tem um toque de nostalgia, pois foi a primeira música que me encantou quando ouvi! Ouvia repetidamente ela, todos os dias, posso dizer que foi a música que me fez adorar Misfits! Bem embalada, o que sempre me chamou a atenção foram os de talhes no arranjo e, principalmente, o refrão, bem sing-a-long, e os ataques, com caixa e prato, da bateria, também no refrão.
7) Mommy, Can I Go Out And Kill Tonight? (Live). Esta é a faixa ao vivo do álbum e a mais veloz do álbum. Com uma introdução que difere do restante da composição, mais lenta e com acompanhamento rítmico sem pratos, condução nos tambores, o destaque está na velocidade e nas trocas rápidas de acordes. O curioso é que a faixa inicia com a introdução da música London Dungeon.
8) Night Of The Living Dead. Esta é a faixa em que mais aparecem os contracantos com "ooh", aliás, o refrão é todo ele com "ooh"! Uma ótima composição, bem punk rock, com o bumbo marcando o pulso do início ao fim, sendo o destaque o desenho melódico da voz, em especial dos contracantos.
9) Skulls. Outro grande clássico do grupo, esta é outra composição bem embalada, existindo uma variação tonal no refrão quando em relação à parte A. Um refrão bem sing-a-long, sendo, mais uma vez, o destaque o desenho melódico da voz. A parte C também merece destaque.
10) Violent World. Outra faixa bem embalada, com trocas rápidas de acorde, além de um refrão bem sing-a-long. O destaque está na parte A. Bem punk rock, o final também merece atenção.
11) Devil's Whorehouse. Esta é outra faixa em que Glenn toca guitarra, a qual o trabalho de dinâmica entre as partes merece atenção. A parte A mais intimista, com as guitarras mais abafadas, enquanto que no refrão, a dinâmica sobe, tanto devido à execução das guitarras, mas, também, pela utilização dos pratos.
12) Astro Zombies. Esta é a terceira faixa em que Glenn toca guitarra. Outra composição bem embalada, com um refrão bem sing-a-long, o destaque está no desenho melódico da voz, em todas as partes, com o refrão no seu ápice, embora a parte A também seja muito boa.
13) Braineaters. O álbum finaliza com a faixa em que Glenn toca bateria. Esta é, também, a faixa que possui videoclipe de divulgação. O curioso é que este vídeo foi divulgado, na época, apenas para amigos, não sendo apresentado oficialmente em nenhum lugar ou momento. O vídeo é um clipe trash / pastelão, ao qual mostra os integrantes da banda, junto com outras pessoas, em volta de uma mesa comendo cérebros, sujando e bagunçando o cenário, sempre vestidos à caráter!
Ouça o álbum e caminhe entre nós!

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Minutemen - Paranoid Time (1980)

GÊNERO: Jazz Core
ORIGEM: EUA (San Pedro - Los Angeles / Califórnia)
FORMAÇÃO:
D. Boon - Dennes Boon (Vocal, guitarra)
Mike Watt - Michael Watt (Baixo)
George Hurley (Bateria)
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Este é o primeiro Ep, e primeiro trabalho, lançado pelo grupo, através do selo SST, e foi gravado no estúdio Media Art. Álbum de estreia destes que são um dos precursores do jazz core, com boas composições, intenções diferentes do padrão da época, possuindo certo embalo, embora não muito, com ótimas linhas de baixo e eventuais acordes com dissonância. A "cozinha" sustenta muito bem, dando liberdade para a guitarra e voz. A guitarra não se apropria de muita distorção, apenas um drive com pouco ganho, existindo momentos em que a guitarra não toca. As curiosidades do álbum ficam por conta de que o grupo conseguiu gravar o Ep pouco tempo depois de abrirem um show, na sua cidade natal, para o Black Flag, quando Greg Ginn (guitarrista do Black Flag, fundador do selo SST e produtor do Ep) fez a oferta, sendo este Ep o segundo lançamento do selo SST. Outra curiosidade é que o álbum foi gravado exatamente na mesma ordem que aparece no Ep, sem nenhum tipo de overdub, a não ser pelos backing vocals, que além do grupo, também participou o irmão de George, Greg Hurley. O Ep possui uma faixa instrumental, e a duração das faixas, dificilmente, chega perto de 2 minutos! A arte da capa ficou por conta do artista Raymond Pettibon.
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FAIXA A FAIXA:
1) Validation. O Ep inicia com a faixa que considero a melhor. Bem embalada, com frequentes dissonâncias no arranjo da guitarra, além de frequentes pausas e eventuais frases rítmicas em sincronia, na parte B. O final conta com um bacana arranjo de guitarra.
2) The Maze. Esta é uma composição 99% monocórdica, não fosse algumas pequenas "beliscadas" em outro acorde na parte B, sem voz. A frase do baixo é o que mantém a pegada da composição do início ao fim. Mais uma boa composição.
3) Definitions. Outra boa composição, com um ótimo trabalho de dinâmica, acordes dissonantes, que aparecem apenas na segunda parte, já que a primeira metade da composição é executada sem guitarra e bateria, apenas baixo e voz.
4) Sickles And Hammers. Esta é a faixa instrumental do Ep, uma excelente composição, com excelentes frases do baixo, eventuais dissonâncias nos acordes da guitarra, além de eventuais pausas e frases rítmicas executadas em sincronia entre baixo e bateria.
5) Fascist. Considero esta uma das melhores faixas do Ep, com ótimas frases do baixo, além de eventuais dissonâncias nos acordes da guitarra. O desenho melódico da voz merece destaque, apesar de bem simples.
6) Joe McCarthy's Ghost. O curioso desta faixa é que no início dela, é possível ouvir Mike falando com D., e os irmãos Hurley sobre os backing vocals! É uma composição que inicia sem guitarra, com uma ótima frase do baixo, que é o destaque. Logo em seguida a guitarra aparece, junto com os backing vocals, executando apenas um acorde com dissonância, ou seja, mais uma composição monocórdica!
7) Paranoid Chant. Outra boa composição, com frequentes pausas no arranjo da guitarra, além de eventuais dissonâncias nos acordes. Além da faixa anterior, esta também conta com a participação de Greg nos backing vocals.
Ouça o Ep e vá até o tempo paranoico!