quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Macht & Ehre - Hass Schürender Lärm! (2004)

GÊNERO: Oi!
ORIGEM: Alemanha (Berlin / Berlin)
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Este é o segundo split lançado pelo grupo, após 3 álbuns de estúdio, através do selo PC. Este é um split com o grupo, também alemão, Division Germania, porém aqui comento apenas sobre as faixas do Macht & Ehre. As músicas não são muito velozes, porém bastante embaladas, o vocal é sempre com um drive, sendo o destaque as frases da guitarra. Embora seja uma banda de Oi!, as composições possuem influências de metal, principalmente nos fraseados da guitarra. As composições são bem simples, sem nada muito trabalhado, bem ao estilo do gênero, os músicos não possuem muita técnica, porém tudo está no lugar, existindo uma faixa cover. Não encontrei o nome dos integrantes, as formações sofreram diversas modificações, mantendo apenas o cantor: Stephan Jones, o qual é o fundador de um zine chamado Macht Und Ehre, o mesmo nome do grupo, porém sem o "e" comercial.
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FAIXA A FAIXA:
1) Falsche Menschlichkeit. O split inicia com a faixa que considero a melhor. Uma excelente harmonia na parte A, composição bem embalada, apesar de não muito veloz, com um bom refrão, embora o destaque esteja na parte A.
2) Rote Flagge. Esta é a faixa cover do split. É uma faixa composta e gravada pelo grupo Ohl, em 1993. É a faixa mais veloz do split, com boas frases da guitarra e eventuais variações de cadência. Lembra, um pouco, Exploited, sendo o destaque a velocidade, os acordes em staccato e as frases de guitarra.
3) U.S.A.. Esta é a faixa que menos me agrada no split, a menos embalada, também é a que mais tem influência do metal. Não é uma composição ruim, sendo o destaque as frases da guitarra, embora as variações de cadência mereçam atenção.
4) Zahltag. O split finaliza com uma ótima composição, mais uma vez com boas frases da guitarra e uma boa progressão harmônica. Não muito veloz, mas embalada, o destaque está nas frases de guitarra e no refrão.
Ouça o split e escute o ruído incitando ódio!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Luzifers Mob - Close Your Eyes And See Death (1994)

GÊNERO: Power Violence
ORIGEM: Alemanha
FORMAÇÃO:
Schlächter (Vocal)
Henrik Zenker (Guitarra)
Andreas Linde (Baixo)
Andreas Glaser (Bateria)
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Este é o primeiro split, e segundo trabalho, lançado pelo grupo, através do selo Re-Education. Este é um split com mais duas bandas: os estado-unidenses do Capitalist Casualties e os luxemburgos do Wounded Knee, porém aqui comento apenas sobre os alemães do Luzifers Mob. O curioso deste split é que ele foi lançado com duas capas diferentes, uma em 1994 e outra em 1995, ambas pelo mesmo selo. O som é bastante veloz e, em muitos momentos, se confunde com um crust core, o que diferencia são os trechos cadenciados, semelhante ao hardcore de Nova York. Muita energia, vocal gritado, bastante distorção e velocidade são as características do split desta banda que teve uma carreira curta, de apenas 4 anos. Os músicos não são muito técnicos, mas são bons, com bons arranjos e muita energia e expressão, o split, apesar de pouca duração, merece ser ouvido, nem que seja pra tomar aquela porrada no ouvido!
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FAIXA A FAIXA:
1) Licht Zwei. O split inicia já com um petardo! Bastante veloz, vocal gritado e bastante distorção, sendo o destaque os riffs de guitarra, embora a variação de cadência também mereça atenção.
2) Lebensabend. Considero esta a melhor faixa do split, bastante veloz, mas não exagerada, ela é a faixa mais bem trabalhada, existindo variações de cadência e eventuais frases rítmicas que merecem atenção.
3) Maulwurf. Esta é a faixa de menor duração do split, extremamente veloz, com destaque para as eventuais pausas existente no final. No mais, mantém as características das faixas anteriores.
4) Frühjahrsmelodien. O split finaliza com outra boa faixa, também bem trabalhada, com variações de cadência, eventuais pausas e acentos no contratempo. Destaque para as variações de cadência existentes.
Ouça o split, feche seus olhos e veja a morte!

sábado, 16 de janeiro de 2021

Lurkers - The Punk Singles Collection (2002)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Inglaterra (Uxbridge - Greater London / Londres)
FORMAÇÃO:
Howard Wall (Vocal)
Mark Fincham (Vocal, sintetizador)
Arturo Bassick (Vocal, guitarra, baixo)
Pete Stride (Guitarra)
Honest John Plain (Guitarra)
Nigel Moore (Baixo)
Esso - Pete Haynes (Bateria)
Damo Waters (Bateria)
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Esta é a sexta coletânea lançada pelo grupo, através do selo Captain Oi!, e compila 13 singles lançados pelo grupo até então. O Lurkers é uma banda clássica do punk rock britânico, surgida em 1976, e, pode-se dizer, possui 4 "fases", tendo em vista que o grupo já encerrou suas atividades por 3 momentos distintos, embora continue na ativa até os dias de hoje. Esta coletânea contempla singles da primeira, segunda e quarta fases, a terceira fase possui apenas um single e a música está presente em um dos álbuns do grupo. A primeira fase vai de 1976 até 1979, a segunda vai de 1982 a 1984, a terceira de 1987 até 1997, e a quarta e última fase começou em 1999, ficando ativa até os dias atuais. Os singles foram lançados por 3 selos diferentes, um para cada fase: Beggars Banquet, Clay e Empty, em ordem cronológica, assim como a disposição das faixas da coletânea, que também estão em ordem cronológica. As faixas foram gravadas em diferentes estúdios. As composições representam, e muito bem, o punk rock britânico em diferentes épocas, desde sua origem, passando pela influência eletrônica dos anos 80, até chegar no final do século, com uma pegada mais street punk. As faixas não são muito velozes, mas possuem um bom embalo e a harmonia é bem característica do rock 'n' roll, muitas vezes existindo riffs característicos do gênero. Os músicos não possuem muita técnica, mas deixaram seus nomes na história do punk rock, permanecendo fiéis até os dias de hoje, estando tudo no lugar, bem encaixado. Uma das faixas possui a participação de Plug (Pete Edwards) tocando gaita de boca. É uma boa coletânea que contempla e mostra os vários momentos do grupo.
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FAIXA A FAIXA:
1) Shadow. A coletânea inicia com uma das faixas que considero das melhores. A primeira música gravada pelo grupo, no single de mesmo nome, com a curiosidade de que o bumbo da bateria marca o pulso da música do início ao fim, neste caso, com a caixa junto, o que dá um aspecto de mais velocidade à composição.
2) Love Story. Com as mesmas características da faixa anterior, esta é a segunda música gravada pelo grupo, lançada no mesmo single. Embora mantenha as mesmas características da faixa anterior, esta não agrada tanto, apesar de ser uma boa composição.
3) Freak Show. Aqui começa o segundo single, de mesmo nome. Ainda com a curiosidade do arranjo do bumbo marcar todo pulso da música, porém sem a caixa acompanhar, desta vez. Um bom embalo, mas, apesar de ser uma boa composição, não a considero das melhores.
4) Mass Media Believer. A outra faixa do segundo single, e a considero uma das melhores da coletânea. Os arranjos da bateria mantêm as mesmas características da faixa anterior, porém o andamento é um pouco mais acelerado, além de possuir um excelente refrão e um arranjo com eventuais trechos mais trabalhados.
5) Ain't Got A Clue. Considero esta uma das melhores faixas da coletânea, e também foi a primeira música que ouvi do grupo, há uns 25 anos atrás! Ótima composição, sou um grande fã, inclusive foi a primeira música que aprendi a tocar do grupo! Com um arranjo mais trabalhado, apenas a bateria mantém as mesmas características dos dois singles anteriores, já que aqui começa o terceiro, de mesmo nome!
6) Ooh Ooh I Love You. Esta é a outra faixa do terceiro single do grupo. Não é uma má composição, mas não agrada, nem de perto, como a anterior! Aqui os arranjos do bumbo da bateria começam a mudar, variando mais e não mantendo apenas o pulso. Um bom trabalho de dinâmica merece atenção.
7) I Don't Need To Tell Her. Considero esta a melhor faixa da coletânea, e foi a segunda música que ouvi do grupo! Aqui inicia o quarto single lançado pelo grupo, de mesmo nome. Já com um arranjo mais bem pensado, apesar de simples, com destaque para o refrão sing-a-long, bem como o embalo.
8) Pills. Esta é a outra faixa do quarto single. Nem de perto tem as qualidades da faixa anterior, sendo esta um típico punk rock, com a harmonia bem rock 'n' roll. Aliás, esta é o típico punk rock 'n' roll, com frequentes riffs e intenção características do gênero.
9) Just Thirteen. Aqui inicia o quinto single lançado pelo grupo, também de mesmo nome, e considero a faixa título uma das melhores da coletânea. O interessante é o arranjo dos contracantos, com falsete e buscando intervalos harmônicos. Também com riffs bem rock 'n' roll.
10) Countdown. Talvez a faixa mais acelerada até então, esta é a outra faixa do quinto single e lembra, na minha opinião, em especial pelas partes A e C, com Ramones. Destaque para o embalo e o arranjo de baixo que, apesar de simples, possui uma boa frase no refrão.
11) Out In The Dark. Aqui inicia o sexto single lançado pelo grupo, já com uma pegada mais "refinada", com arranjo de guitarra mais trabalhados e uma intenção mais melódica e menos energia, embora esta não tenha sido excluída. Considero esta uma das melhores faixas da coletânea.
12) Cyanide. Outra faixa do sexto single, com uma intenção bem diferente da anterior, já se assemelhando com as primeiras faixas da coletânea, inclusive pelo arranjo do bumbo da bateria! Uma boa faixa, bem embalada, mas sem nada muito atrativo!
13) Suzie Is A Floozie. Mais uma faixa do sexto single, e mais uma faixa com a cara do punk rock 'n' roll, com riffs característicos do gênero, um bom embalo, além de possuir um arranjo mais "refinado", assim como a faixa 11, com destaque para o arranjo de guitarra. Esta é a faixa que conta com a participação de Plug tocando gaita de boca.
14) Cyanide (Pub Version). Uma outra versão da faixa 12, bem diferente, já que esta possui características do reggae dub, embora não tenha perdido a cara do punk rock, como se inspirados no Clash. Interessante versão, mas longe de ser das minhas faixas preferidas.
15) New Guitar In Town. Aqui inicia o oitavo single lançado pelo grupo (sim, na coletânea ele vem antes do sétimo), de mesmo nome, mais uma vez, com a curiosidade de que neste lançamento o grupo possui dois guitarristas, já que é o primeiro com a participação de Honest John. Com destaque para os arranjos de guitarra, esta é uma boa composição, mais "suave" em sua pegada.
16) Little Old Wine Drinker Me. Esta é a outra faixa do oitavo single do grupo, o último da primeira fase, também com uma característica bem punk rock 'n' roll, com frequentes riffs de guitarra que lembram o gênero, assim como a progressão harmônica. Possui um bom embalo e um bom arranjo de guitarra.
17) This Dirty Town. Aqui inicia o sétimo single lançado pelo grupo, de mesmo nome. Uma boa composição, bem embalada, esta é uma faixa que me agrada bastante, sem frescura e com certa velocidade.
18) Wolf At The Door. Esta é a outra faixa do sétimo single do grupo, e a considero uma das melhores da coletânea, principalmente devido à sua concepção, a qual se mantém, na parte A, com um arranjo monocórdico e frequentes riffs de guitarra, uma ideia bem blues, embora soe mais como rock 'n' roll. As partes B e C são bem interessantes, em especial a parte C, no final. Nestas partes existe a inclusão de mais acordes.
19) Drag You Out. Este é o primeiro lançamento da segunda fase do grupo, sendo o nono single lançado pelo grupo, de mesmo nome, e a considero uma das melhores da coletânea. Com um arranjo simples, mas bem pensado, existindo frequentes pausas nos instrumentos de corda, além de possuir um refrão bem sing-a-long, soando, mais uma vez, como um punk rock 'n' roll! Aqui existe a troca de vocalista, Howard havia deixado o grupo e Mark entra em seu lugar.
20) Heroin (It's All Over). Outra faixa bem embalada, também do nono single, com um refrão bem sing-a-long esta possui as características típicas do punk rock britânico do inicio dos anos 80! Um bom arranjo do baixo e das guitarras são o destaque da composição.
21) Frankenstein Again. Aqui inicia o décimo single lançado pelo grupo, de mesmo nome, esta é uma composição bem punk rock, existindo fortes indícios de rock 'n' roll, também. É uma boa faixa, com eventuais trechos bem pensados, apesar de simples.
22) One Man's Meat. Esta é a outra faixa do décimo single do grupo. Se a faixa anterior possuía características punk rock 'n' roll, esta é mais evidente ainda, possuindo riffs característicos do rock 'n' roll, bem como a harmonia bem característica, também. É uma boa composição, com um refrão bem sing-a-long.
23) Let's Dance Now (No Time To Be Strangers). Aqui inicia o décimo primeiro single lançado pelo grupo, de mesmo nome, já com fortes influências dos aparatos eletrônicos, como sintetizador, dos anos 80, soando bem new wave. Considero este o pior trecho da coletânea, embora, ouvindo mais de uma vez, seja possível perceber qualidades nas composições!
24) Midnight Hour. Esta é a outra faixa do décimo primeiro single do grupo, também com características bem new wave, mantendo as mesmas intenções da faixa anterior, esta, talvez, ainda com mais a cara dos anos 80!
25) Shut Out The Light. Esta e a próxima faixa estão no décimo segundo single lançado pelo grupo, que, além destas duas faixas, conta com as duas faixas do single Let's Dance Now, mais a faixa Frankenstein Again. O nome deste single se chama The Final Vinyl. Com as características do punk rock dos anos 80, mas sem o apelo eletrônico do single anterior, esta é uma boa composição, com um refrão que, realmente, gruda na cabeça!
26) By The Heart. Esta é a outra faixa inédita do single, e a considero a pior faixa da coletânea! Uma composição bem anos 80, com instrumentos eletrônicos, arranjo mais suave e uma melodia bem com a cara de uma balada! Este é o último single lançado na segunda fase do grupo.
27) Go Ahead Punk Make My Day. Esta é a faixa de abertura do décimo terceiro single lançado pelo grupo, logo depois da reformulação para a quarta, e atual, fase do grupo. Este single já soa mais street punk e a formação do grupo mudou drasticamente. Neste single, Arturo gravou a voz, guitarra e baixo, deixando a parte da bateria para Damo. Uma boa composição, mas que não lembra muito as faixas anteriores.
28) Lucky John. A coletânea finaliza com a última faixa do décimo terceiro single, e a considero uma das melhores. Também com uma característica mais street punk, o destaque está no refrão, bem sing-a-long e com um bom trabalho de dinâmica.
Ouça a coletânea e conheça a coleção de singles punk!

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Luchagors - The Luchagors (2007)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: EUA (Atlanta - Fulton / Geórgia)
FORMAÇÃO:
Amy Dumas (Vocal)
Shane Morton (Guitarra)
Jay Hedberg (Baixo)
Troy King (Bateria)
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Este é o primeiro, e único, álbum (e trabalho) lançado pelo grupo, através do selo do próprio grupo Luchagors Music, e foi produzido por Rachel Bolan, do Skid Row. É um bom álbum, um punk rock que lembra uma mistura de Misfits, Ramones e o punk rock britânico do final dos anos 70, além de possuir pitadas de pop punk e hardcore. As faixas não são muito velozes, porém bem embaladas, embora existam algumas eventuais faixas mais velozes. Tecnicamente falando, nada de mais, porém com tudo no lugar, além de possuir uma boa mixagem, embora, ao meu ver, soa "digital" demais. Embora o grupo não tenha anunciado seu final, depois de 2014 não houve mais nenhuma novidade a respeito do grupo, podendo, este, ser o final da carreira de 8 anos (2006 - 2014), sendo este álbum o único registro feito pela banda. Em 2012 a vocalista Amy anunciou nas redes sociais que o grupo estaria gravando material para seu segundo álbum, com Lars Frederiksen, do Rancid, porém, assim que uma turnê no Reino Unido, que estava programada para 2014, foi cancelada, o grupo não apresentou mais nada ao público, mantendo-se assim até hoje. O curioso é que a vocalista Amy é uma lutadora de wrestling profissional, muito conhecida para os amantes do esporte, sendo conhecida como Lita neste meio. Na sua última luta de um torneio, em 2006, ela usava uma camiseta do Luchagors! Daí vem o nome da banda, uma mistura de luchador, com o termo gore.
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FAIXA A FAIXA:
1) White Boy. O álbum inicia com a faixa que, na minha opinião, soa mais como Misfits, principalmente, em função do desenho melódico da voz na parte A. Não muito veloz, mas com um bom trabalho de dinâmica, apesar de simples, além de um refrão sing-a-long e pitadas de pop punk na parte C.
2) Miracle. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Já mais veloz, com um excelente embalo, além de um bom trabalho de cadência entre as partes, alternando a intenção rítmica. O destaque está na parte A.
3) All There Is. Uma faixa bem punk rock ao estilo das bandas britânicas do final dos anos 70. Um bom trabalho de dinâmica, pouca velocidade e um refrão sing-a-long com a caixa dobrada. Destaque para o arranjo da parte que prepara para o refrão.
4) Already Gone. Talvez a faixa mais "melancólica" do álbum, com destaque para a expressão vocal de Amy, em especial na introdução. Mais uma faixa lenta, mas com um ótimo refrão, sendo este, junto com a expressão vocal, um dos destaques da composição. O trabalho de dinâmica merece atenção, também.
5) Burn. Considero esta a melhor faixa do álbum, lembra muito alguma banda de skate punk dos anos 80, com destaque para a parte A, perfeita para pegar o skate e sair pelas ruas! O trabalho de dinâmica e o refrão merecem atenção.
6) Daddy's Girl. Esta é a faixa mais pop punk do álbum, e, talvez, a faixa mais fraquinha do álbum, embora tenha seu valor. Mais uma vez a dinâmica merece atenção, sendo o destaque a parte que prepara para o refrão.
7) Goodbye. Esta lembra, e muito, as bandas britânicas, mais uma vez. Não muito veloz, mas com um bom embalo, o destaque está no refrão e seu arranjo pausado, embora a frase da guitarra seja bem interessante, apesar de simples.
8) Janice. Esta faixa já é mais pesada, lembrando, um pouco, alguma banda de stoner rock. Na verdade a composição se assemelha, na minha opinião, com L7. Uma boa faixa, não veloz, mas com um bom embalo e riff.
9) Bastard. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com um clima bem interessante, esta já é mais acelerada, além de possuir um bom riff de guitarra. A variação de cadência entre as partes merece atenção, embora o destaque seja a parte A.
10) Crazy World. Uma ótima composição, principalmente devido à parte A e sua harmonia e melodia. O refrão já é mais "alegre", sendo este bem sing-a-long. O solo da guitarra mantém o desenho melódico da voz, existindo um trecho mais intimista.
11) March Of The Luchagors. O álbum finaliza com a faixa mais veloz e pesada do álbum, sendo uma das faixas que considero das melhores. Aqui eles deixam o punk rock de lado e tocam um hardcore, quase um crossover! Ótimo riff de guitarra, o destaque está na velocidade.
Ouça o álbum e seja um luchagor!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Love / Hate - Wasted In America (1992)

GÊNERO: Glam Metal
ORIGEM: EUA (Los Angeles - Los Angeles / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Jizzy Pearl - James Wilkinson (Vocal)
Jon E. Love (Guitarra, citara)
Skid - Chris Rose (Baixo)
Joey Gold (Bateria, percussão)
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Este é o segundo álbum lançado pelo grupo, através do selo Columbia, e foi gravado nos estúdios Power Station e House Of Music. Este é um bom álbum, muito bom, aliás. Embora eu tenha classificado como glam metal, o apelo ao hard rock é forte, além de possuir pitadas de funk metal. O álbum soa, na minha opinião, como uma mistura de Ugly Kid Joe com Jane's Addiction e Guns' n' Roses, além de pitadas de Living Colour e Skid Row. O vocal soa bem ao estilo das bandas de glam metal, porém o instrumental varia, dando outras características às composições. Esta é uma banda que, ao meu ver, deveria ter tido mais destaque, ficando sempre na tangente das grandes bandas, muito em função do comportamento dos integrantes, às vezes, pouco profissional, fazendo com que perdessem oportunidades. Os músicos possuem boa técnica, aliás, muito bom músicos, criando arranjos complexos em seus instrumentos. As faixas não são muito velozes, mas possuem um bom swing ou embalo. Duas faixas possuem videoclipe de divulgação, enquanto que a arte da capa ficou por conta de David Coleman. Um bom álbum, o último com esta formação, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Wasted In America. O álbum inicia com a faixa título, a qual considero uma das melhores, e é, também, uma das composições que possui videoclipe de divulgação. A composição segue a linha característica do grupo, já citada antes, existindo um bom refrão, com ótimas passagens, além de ótimos arranjos. O destaque está no arranjo da parte C, bem como o trecho com a caixa da bateria dobrada.
2) Spit. Considero esta a melhor faixa do álbum, com um ar bem funk metal, soando, ao meu ver, como uma mistura de Jane's Addiction e Living Colour, existindo um ótimo arranjo, muito groove e swing. O destaque está justamente neste groove.
3) Miss America. Outra boa faixa, mas não das melhores. Nem muito veloz nem muito embalada, com um arranjo bem "truncado", existindo frequentes pausas no arranjo dos instrumentos de corda. O destaque está no riff da guitarra e baixo na parte A.
4) Cream. Esta faixa já soa um pouco mais intimista, com um arranjo, na introdução, que deixa um clima tenso, porém a parte A é um hard rock com baixo pedal, enquanto o refrão soa mais glam. Também não é uma faixa muito embalada e, muito menos, veloz, sendo o destaque o arranjo de guitarra e seus riffs.
5) Yucca Man. Considero esta faixa uma das melhores do álbum. A parte A com destaque para o arranjo do baixo que lembra, um pouco, a música No More Tears, do Ozzy Osbourne, embora o grande destaque esteja no refrão e o arranjo de guitarra, com um riff simplesmente matador!
6) Happy Hour. Esta é a outra faixa que possui videoclipe de divulgação. Provavelmente a faixa mais bem trabalhada do álbum, porém, devido ao arranjo, a faixa se tornou um pouco confusa, devido à variação de intenções, embora possua, em grande parte, um bom embalo. Sendo o destaque o arranjo, muito bem trabalhado.
7) Tranquilizer. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Com uma introdução mais intimista, logo em seguida ela se torna um hard rock glam com destaque para o arranjo das guitarras. A partir da parte A, ela se torna mais embalada, sendo o grande destaque os riffs de guitarra, simplesmente sensacionais!
8) Time's Up. Considero esta uma ótima faixa, provavelmente a faixa que mais dá os ares do glam metal. Lembra, e muito, as inúmeras bandas do gênero na década de 80, com uma execução harmônica cheia de pausas e preenchida com excelentes riffs de guitarra que são o grande destaque. Não muito veloz, mas bem embalada.
9) Don't Fuck With Me. Muito difícil as bandas do gênero não possuir nenhuma balada em seus álbuns, e aqui não poderia ser diferente, sendo esta a balada do álbum! Com um arranjo com violão, melodias assobiáveis, esta lembra muito Guns 'n' Roses, sendo o destaque o desenho melódico da voz.
10) Don't Be Afraid. A faixa inicia com o baixo, de maneira pedal, marcando as tônicas dos acordes. É uma boa faixa, com uma introdução bem intimista, mas que vai aumentando a sua intensidade. Não muito veloz, nem muito embalada, o destaque está no arranjo de guitarra e no refrão.
11) Social Sidewinder. Outra balada do álbum, embora esta com mais peso que a anterior, apesar da inclusão de um violão. O destaque está na melodia vocal e no trabalho de dinâmica, possuindo um ótimo refrão, também bem ao estilo Guns 'n' Roses.
12) Evil Twin. O álbum finaliza com outra ótima composição, por pouco não a considero uma das melhores, ficando na tangente! Bastante groove, em especial no arranjo da guitarra, pouco embalo, devido ao arranjo com frequentes pausas, sendo o destaque o refrão, embora os riffs de guitarra também mereçam atenção.
Ouça o álbum e fique perdido na América!

domingo, 3 de janeiro de 2021

Los Traidores - Montevideo Agoniza (1986)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Uruguai (Montevidéu / Montevidéu)
FORMAÇÃO:
Juan Casanova (Vocal)
Victor Nattero (Guitarra)
Pablo Dana (Baixo)
Alejandro Bourdillon (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Orfeo, e foi gravado no estúdio IFU. É um bom álbum, lançado logo após o término da ditadura militar no Uruguai, existindo um fato curioso: o álbum deveria ser lançado, inicialmente, com 17 faixas, porém 5 delas foram excluídas do track list, sendo lançado apenas 12 no LP original, em 1986. O verdadeiro motivo desta censura nunca foi esclarecido, existindo duas versões: a primeira que diz que o próprio governo censurou as 5 faixas, e a segunda, mais plausível, foi a de que a própria gravadora censurou as faixas com medo de sofrer algum tipo de punição. Como a ditadura recém havia acabado, a incerteza pairava no ar e havia muita cautela nas atitudes. Em 2007 o selo Bizarro relançou o álbum na versão em CD e incluiu as 5 faixas censuradas como faixas bônus. Coincidência ou não, 3 das melhores faixas, na minha opinião, estão entre as 5 censuradas! Falando do som, apesar de eu ter classificado como punk rock, o álbum possui influências de pós punk e new wave, lembrando uma mistura de Clash, Adicts e Smiths. Muitas faixas com pegadas de ska e reggae dub, mas sem perder a essência roqueira, enquanto que a guitarra faz uso de quase nada de distorção, porém abusa do Chorus! É possível encontrar semelhança com grupos brasileiros, também, soando como uma mistura de Os Eles, Plebe Rude e Mercenárias, e, já que estamos encontrando referência em outros grupos, por que não comparar o som com os conterrâneos do Resortes Reflexivos?! As faixas não são muito velozes, sendo o grande destaque o arranjo dos instrumentos de cordas, muito bem pensados, embora a expressão vocal também mereça atenção. Os músicos dos instrumentos de corda possuem certa técnica, os demais não, porém uma boa expressão. Um ótimo álbum, importante na história do rock uruguaio, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Solo Fotografías. A faixa de abertura do álbum é uma das que considero das melhores, e também é a faixa de trabalho, já que possui videoclipe de divulgação. Um clima bem rock, com o timbre da guitarra dando ares do new wave, sendo o destaque o refrão, com uma guitarra distorcida e mais energia, embora o arranjo da guitarra mereça bastante atenção.
2) Salteándome Un Lugar. Considero esta uma das piores faixas do álbum, também com ares de new wave, mas, desta vez, não só pelo timbre da guitarra, mas pela composição em si. Não muito veloz, mas embalada, o destaque está no arranjo de guitarra.
3) Mentiras. Considero esta uma boa faixa, igual, mas muito igual ao grupo Os Eles, em todos os sentidos, desde a harmonia, passando pelos timbres até chegar nas frases de guitarra! A cara dos anos 80, também com ares new wave, sendo o destaque o refrão, mais pesado, embora o arranjo de guitarra mereça atenção.
4) No Estoy Loco. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Com uma pegada mais reggae, na parte A, ela lembra bastante Clash, até pelo fato de que o refrão já soa bem punk rock. O grande destaque está na harmonia e no trabalho de dinâmica.
5) La Lluvia Cae Sobre Montevideo. Esta faixa já dá os ares do pós punk, embora se confunda com o new wave, também. É uma boa composição, sendo o destaque as frases da guitarra, em especial na parte A. Não muito veloz, mas com um certo embalo.
6) Bailando En La Oscuridad. Outra faixa que é a cara do rock dos anos 80, com baixo pedal e, mais uma vez, o destaque nas frases e arranjos da guitarra. Assim como a faixa anterior, possui contracantos no refrão. Possui um certo embalo, mas não é veloz.
7) Flores En Mi Tumba. Esta é a faixa mais intimista e com a cara do pós punk de todo álbum. Possui um certo embalo e um bom arranjo da guitarra, esta se assemelha bastante a Smiths. Não é uma má faixa, mas longe de ser das melhores!
8) La Muerte Elegante. Outra faixa com ares do pós punk. A curiosidade é que esta possui um arranjo de saxofone, porém não dá crédito a ninguém na ficha técnica. Também não considero das melhores, um punk rock / pós punk com um certo embalo.
9) Viviana Es Una Reaccionaria. Outra faixa que tem ares de reggae dub, porém sem perder a essência rock 'n' roll. Mais uma vez o destaque está no arranjo das guitarras, embora ela possua uma boa intenção, que merece atenção.
10) El Futuro De Tus Hijos. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, já bem punk rock, com ótimas frases do baixo e das guitarras, sendo o arranjo destes o grande destaque. Bem embalada e com mais distorção nas guitarras, o refrão possui mais peso no arranjo.
11) Juegos De Poder. Outra boa faixa, que soa bem punk rock, esta lembra bastante Adicts, com um riff do baixo e da guitarra, na parte A, que lembra Whole Lotta Rosie, do AC/DC! Um refrão bem sing-a-long, que é o grande destaque da composição.
12) Estoy Vacío. Outra boa faixa, sendo esta a faixa que finaliza o LP! Bem embalada e com palhetadas constantes, esta também soa bem punk rock, ao estilo Adicts! Talvez a faixa com o arranjo mais simples de todo álbum, mas é uma boa composição, com destaque para o refrão.
13) Viviendo En Uruguay. Aqui começam as 5 faixas censuradas e considero esta uma das melhores do álbum, lembrando bastante Clash, possuindo um ótimo trabalho de dinâmica. A parte A lembra London Calling, do Clash, enquanto a parte B já é bem punk rock, sendo este o destaque, embora o arranjo do baixo na parte A mereça atenção.
14) Montevideo Agoniza. A faixa que dá nome ao álbum é uma das que foram censuradas. Também conhecida como "El Himno" devido ao fato de que a frase da guitarra, na introdução, é semelhante ao hino nacional uruguaio. É um punk rock com cara de Beatles, principalmente devido aos contracantos. É uma boa composição, mas não das melhores.
15) Buenos Días Presidente. Sem sombra de dúvidas esta é a melhor faixa do álbum disparado! Simplesmente sensacional! É daquelas faixas que dá vontade de ouvir várias vezes repetidamente! Um punk rock com ótimas frases de guitarra e uma excelente expressão vocal e desenho melódico na parte A, o destaque da composição. Esta lembra muito a música Não Sei Quem Sou, do grupo Inocentes!
16) Barrio Rico. Uma faixa com ares de uma mistura de new wave com reggae dub, sendo o destaque o arranjo dos instrumentos de corda, baixo e guitarra. Uma boa composição, com uma boa intenção e expressão, com um bom destaque na intenção de cada uma das partes. Também uma faixa mais intimista.
17) Las Noticias Nacionales. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores, esta um punk ska que lembra, mais uma vez, Clash. Um bom trabalho de dinâmica e intenção, o destaque está na parte C, devido a sua harmonia e contracanto. A harmonia é igual à música DMLU, do grupo ORTN, sendo impossível não associar!
Ouça o álbum e descubra porque Montevidéu está morrendo!