quarta-feira, 27 de junho de 2018

Cadena Perpetua - Un Plan Simple (2005)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Argentina (Buenos Aires / Distrito Federal)
FORMAÇÃO:
Vala - Hernán Valente (Vocal, guitarra)
Eduardo Graziadei (Baixo)
Chino - Damián Biscotti (Bateria)
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Este é o primeiro Ep lançado pelo grupo, através do selo Lee-chi. É um Ep muito bom e bem dividido, com 2 músicas inéditas (que foram regravadas no ano seguinte para seu próximo álbum), 2 covers, e 2 composições antigas do grupo mas que nunca haviam sido gravadas em estúdio. O grupo é um dos grandes nomes do punk rock portenho, sendo responsável por abrir shows de grandes bandas do gênero oriundas de outros países. Como toda banda de punk rock argentina que se prese, se parece bastante com Ramones. Mas não só, é possível perceber influências de outros grupos. São composições bem arranjadas, com tudo no lugar, porém bem simples, o que não significa que o som seja ruim, muito pelo contrário, não considero nenhuma das faixas ruins, realmente é um Ep em que vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Pánico. O álbum inicia com uma das músicas inéditas, a qual não considero das melhores, apesar de não ser ruim, porém bastante alegre e com uma fórmula pop! Muito semelhante a Ramones, sendo o grande destaque a melodia vocal, em especial no refrão.
2) Qué Estoy Buscando?. Outra composição inédita, e considero esta a melhor faixa do Ep, com intenções e dinâmicas bem acentuadas, enfatizando diferentes sensações. A melodia vocal é o grande destaque, mas o arranjo de guitarra, na parte A, também preenche bem os espaços. Vale a pena conferir!
3) Todo Por Nada. Aqui está o primeiro cover do Ep. Esta música foi composta e gravada pelo grupo espanhol MCD em 1991. É uma boa faixa, mas com nada de mais, mantendo aquela fórmula padrão do punk rock. Destaque para os intervalos de guitarra.
4) In The City. Eis o segundo cover do Ep! Esta música foi composta por Paul Weller e gravada, originalmente, em 1977 pelo grupo Jam. O interessante é que o grupo compôs uma letra em espanhol, enquanto que o instrumental se mantém fiel à versão original. Vale a pena conferir, considero esta uma das melhores faixas do álbum.
5) Noches De Misa. Esta é uma música antiga, sendo apresentada na versão em estúdio pela primeira vez. Já bem mais simples, lembra muito Ramones, talvez a faixa mais semelhante ao grupo nova iorquino!
6) Por Qué A Mi?. Um punk rock bem rockabilly! Na verdade lembra bastante a música Something Else na versão do Sex Pistols! O interessante é que no arranjo existe um piano, o qual não sei, infelizmente, quem toca.
Curta o Ep e confira um plano simples!

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Buzzcocks - Modern (1999)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Inglaterra (Bolton - Greater Manchester / North West)
FORMAÇÃO:
Pete Shelley (Vocal, guitarra)
Steve Diggle (Vocal, guitarra)
Tony Barber (Baixo)
Philip Barker (Bateria)
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Este é o sexto álbum do grupo, lançado pelo selo Go-Kart. Classifiquei o álbum como punk rock, mas tem fortes influências de new wave e pop punk, além de elementos do rock dos anos 60. Tinha gravado, em um CD-R este álbum, na época, ouvi muito ele até que já estava gasto! Não é um álbum ruim, mas longe de ser dos melhores! O título diz tudo, ele tem um ar mais "moderno", com diversos elementos eletrônicos no arranjo das músicas. Para quem está acostumado com os primeiros álbuns levará um susto, pois a primeira impressão ao ouvir não é das melhores, porém acostuma-se com as composições e, então, após a primeira impressão, percebe-se a qualidade das faixas. O álbum não possui nenhuma música excelente, mas algumas muito boas e outras boas, apesar de algumas outras ruins! O curioso é que foram gravadas 21 faixas, porém um terço ficou de fora! É um álbum diferente, mas mesmo assim vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Soul On A Rock. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores, muito em função do seu refrão, apesar dos inúmeros elementos do new wave. A divisão rítmica do baixo na parte A evidencia isto, além, é claro, dos elementos eletrônicos.
2) Rendezvous. Outra faixa que considero das melhores do álbum, já bem mais punk rock, porém não muito veloz, com um bom refrão e boa frase de guitarra, apesar de simples. Os contracantos dão um toque a mais para a composição.
3) Speed Of Life. Esta é uma boa faixa, mas muito alegre, o refrão é bem "feliz", sendo um pop punk old school! Bem arranjada, apesar de nada de mais e uma boa melodia.
4) Thunder Of Hearts. Esta é a faixa de trabalho do álbum, existindo, inclusive, um videoclip de divulgação. É uma boa faixa, mas também bastante alegre como a faixa anterior, embora me agrade mais esta faixa! A melodia é bem interessante, sendo o destaque, na minha opinião.
5) Why Compromise?. Esta é a primeira faixa mais "diferente" do álbum. Com elementos eletrônicos bem escancarados, a faixa mantém um clima bem intimista. Gosto bastante desta faixa, apesar de ser uma faixa lenta. A harmonia executada com pausas, na parte A, é um dos destaques, também.
6) Don't Let The Car Crash. Esta faixa tem uma parte A bem interessante, com uma excelente melodia vocal, a qual considero o grande destaque da faixa. O que não me agrada muito é o refrão que, mais uma vez, é muito alegre. Mais uma vez os elementos eletrônicos aparecem.
7) Runaraound. Esta é outra faixa que me agrada bastante, já mantendo as características das faixas dos primeiros álbuns, porém com uma pegada mais "moderna", não tão embalado. Ah, e sem elementos eletrônicos!
8) Doesn't Mean Anything. Esta é uma das faixas que considero das piores do álbum. Muitos elementos eletrônicos, em especial a parte A, o que a torna uma composição chata. O refrão é o ponto forte da faixa, mas não o suficiente para transformá-la em uma boa faixa!
9) Phone. Provavelmente a pior faixa do álbum. Realmente muito ruim! Melodia desagradável, bateria eletrônica desagradável, ... o destaque está nas guitarras, mas não o suficiente.
10) Under The Sun. Aqui começa a melhor seqüência do álbum, com certeza. Esta é uma das melhores faixas do álbum, se não a melhor, principalmente devido ao embalo que que constante. O grande destaque está, na minha opinião, na parte C.
11) Turn Of The Screw. Com certeza a música mais punk rock do álbum. Sem frescura, esta é uma composição típica de Buzzcocks, com a mesma pegada dos álbuns do início da carreira. Embalada e sem frescura, porém a melodia a faz perder um crédito maior! Mas ainda assim, uma das melhores faixas do álbum.
12) Sneaky. Outra que considero das melhores do álbum, principalmente devido ao refrão, já que a parte A, embora não seja ruim, não é o destaque. Já mais lenta, mas ainda assim muito boa!
13) Stranger In Your Town. Se a faixa 9 não é a pior do álbum, com certeza esta é! Mais uma vez os elementos eletrônicos estão em evidência, o que a torna uma faixa ruim, e, além de tudo, não tem embalo e velocidade. Não aconselho a ouvir esta faixa!
14) Choices. O álbum finaliza com uma boa faixa, bem punk rock, sem elementos do new wave, mas com nada de mais, com poucos elementos eletrônicos, quase imperceptíveis. O destaque está no clima da composição.
Ouça o álbum e confira se o grupo está moderno!

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Business - Saturday's Heroes (1985)

GÊNERO: Oi!
ORIGEM: Inglaterra (Lewisham - Greater London / Londres)
FORMAÇÃO:
Micky Fitz - Michael Fitzsimons (Vocal)
Steve Whale (Guitarra)
Mark Brennan (Baixo)
Mick Fairbarn (Bateria)
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Este é o segundo álbum do grupo, lançado pelo selo Harry May, um dos inúmeros nomes do selo independente de seu produtor, na época. É um bom álbum, não encontro nenhuma música ruim, embora não tenha nenhuma excelente, apesar de algumas muito boas. Não é muito veloz e os músicos não apresentam grande técnica, e o som é o típico punk rock britânico do final dos anos 70, com refrões em sing-a-long! Na verdade lembra bastante Ramones, porém mais lento e o vocal mais grave e menos melódico, mais Oi! O álbum conta com uma faixa bônus, que é, justamente, um cover, o único do álbum. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Spanish Jails. O álbum inicia com uma boa faixa de apresentação! Com uma boa frase da guitarra que se mantém até a entrada da voz. No mais é um punk rock bem característico, com uma dinâmica mais acentuada no refrão.
2) All Out Tonight (Remix). Esta faixa é um pouco mais acelerada que a anterior, mas não muito, mantendo as características do punk rock inglês. Destaque para a caixa dobrada na parte B, antes do refrão, além do solo de guitarra.
3) Never Be Taken. Outra que se mantém um pouco mais acelerada, como a faixa anterior. O destaque está no arranjo da bateria, onde, na parte A, existe os ataques nos pratos no momento da troca de acordes, bem como a caixa executando a frase junto com a voz no refrão.
4) Shout It Out. Aqui começa a melhor seqüência do álbum! Esta faixa já é mais acelerada que as anteriores e tem um riff bem interessante, da guitarra, típico do rock 'n' roll, o que, aliás, é o grande destaque da faixa, já que o refrão não tem nada de mais.
5) Harder Life. Outra faixa que gosto muito, porém já mais lenta, mas com bons riffs de guitarra, bem rock 'n' roll, e uma boa seqüência harmônica na parte A. No mais, mantém as mesmas características das faixas anteriores.
6) Frontline. Outra faixa que considero das melhores. Principalmente devido ao riff e solo de guitarra no início da faixa. A parte A também é bem bacana, enquanto o refrão já é mais alegre, apesar de bacana também.
7) . Esta faixa sem nome é apenas uma introdução à faixa seguinte, e conta apenas com risos e gemidos femininos.
8) Foreign Girl. Sem sombra de dúvidas a melhor faixa do álbum! A parte A é sensacional! Lembra muito o refrão de Kickstart My Heart do Mötley Crüe! O refrão mantém uma energia à parte, mantendo a composição a um nível elevado. Vale a pena conferir!
9) Nothing Can Stop Us. Outra faixa um pouco mais acelerada. Bem interessante, mas com nada muito empolgante. O grande destaque são as pausas no refrão.
10) Freedom. Esta é uma boa faixa, principalmente devido ao solo de guitarra e ao refrão que se parece muito como um grito de união. No mais é um típico punk rock britânico.
11) Saturday's Heroes. A faixa que dá nome ao álbum também tem um refrão bem sing-a-long, com uma boa parte B que prepara para o refrão. Boa faixa, mas nada muito empolgante.
12) Drinking And Driving (New Version). Talvez a faixa mais diferente de todas, existe, inclusive, um piano no arranjo, o qual, infelizmente, não sei quem o toca. É um rock 'n' roll com uma letra irônica, e que rendeu algumas incomodações ao grupo! Boa faixa, bem alegre, clima de bar!
13) Hurry Up Harry. Esta é uma faixa bônus que inicia emendada com a faixa anterior e é, na verdade, um cover do grupo inglês Sham 69, originalmente lançada em 1978. Poderia muito bem ser confundida com uma música do grupo, pois mantém as mesmas características das demais faixas do álbum. O destaque é o solo de piano.
Ouça o álbum e conheça os heróis de sábado!

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Burning Heads - Incredible Rock Machine (2005)

GÊNERO: Skate Punk
ORIGEM: França (Orléans / Centre Val De Loire)
FORMAÇÃO:
Pierre Mestrinaro (Vocal, guitarra)
Eric Fontaine (Guitarra)
Jyb - Jean Thauvin (Baixo)
Thomas Viallefond (Bateria)
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Este é, na verdade, um split. Um split com o grupo Uncommonmenfrommars, o sexto da carreira do grupo, lançado pelo selo Opposite. Aqui analiso apenas as faixas do Burning Heads. É um bom split que, apesar de eu ter rotulado como skate punk, tem flertes com o hardcore melódico e o pop punk, podendo, facilmente, ser confundido com uma banda de punk rock. O split ainda conta com uma faixa cover. A maioria das músicas têm embalo, algumas mais velozes e outras menos, com bons arranjos e boa técnica por parte dos integrantes, apesar de nada extraordinário. O interessante é que o split conta com um vídeo mostrando o making off da gravação. De qualquer forma, vale a pena ouvir o split, considero-o muito bom, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Freedom Tower. A faixa de abertura é um hardcore melódico, ou seja, não tem nada de skate punk. Veloz, com riffs na guitarra, linha vocal bem desenhada, com contracantos bem interessantes. Uma boa faixa, porém diferente de todas as outras do split.
2) S.T.F.U.. Se o grupo pensou em uma faixa como música de trabalho, com certeza foi esta! Shut The Fuck Up! Não é uma faixa pop, com apelo comercial, mas é mais lenta e com uma "fórmula" que serve bem para divulgação de trabalho. Boa dinâmica e forma bem óbvia, uma boa composição.
3) Beware. Considero esta uma das melhores faixas do split. Com um bom desenho da linha vocal na parte A, que é mais lenta, mas com uma harmonia não tonal, o que dá uma sensação bacana. A parte B já é mais acelerada, bem skate punk a faixa, vale a pena conferir!
4) Paranoia. Considero esta a pior faixa do split, sem dúvidas. Tem um flerte forte com o pop punk, com certeza a faixa mais fraquinha. Um apelo comercial bem escancarado, quase um emo. A faixa conta com a participação do grupo Uncommonmenfrommars. Não aconselho a ouvi-la!
5) Did You Wanna Die. O split fecha com um cover. A música foi originalmente lançada e composta em 1983 pelo grupo Youth Brigade. Com certeza a melhor faixa do split, uma versão bem fiel à original e um legítimo skate punk! Um som para subir a adrenalina!
Ouça o split e curta a incrível máquina do rock!

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Bulldozer - The Day Of Wrath (1985)

GÊNERO: Black Metal
ORIGEM: Itália (Milão / Lombardia)
FORMAÇÃO:
AC Wild - Alberto Contini (Vocal, baixo)
Andy Panigada (Guitarra)
Don Andras (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Roadrunner. É um excelente álbum, veloz, com riffs de guitarra e muita energia! Ele se assemelha, ao meu ver, muito com Venom, e, às vezes, percebe-se influência de Motörhead e Black Sabbath. É um black metal old school, aqueles em que muitos adoradores do gênero consideram como falsos, mas com toques de speed metal. Ideologias de lado (até porque este não é o objetivo do blog), este é um álbum indispensável de se ouvir, com muitos elementos interessantes. Os músicos não têm grande técnica, sendo a guitarra o grande destaque, principalmente devido aos riffs, mas também devido aos solos. O vocal não "desenha" muito a linha melódica, e mantém sempre o drive natural. Para os fãs de Venom este é um disco que não deve-se deixar de ouvir, para os não fãs, tenho certeza que vão curtir, pelo menos em algum momento, pois é, realmente, muito bom, e vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) The Exorcism. Esta faixa é apenas uma introdução do álbum. Existe um texto recitado em latim no início, cuja voz pertence a Adriano Bosone. Após este texto, inicia um arranjo o qual, em um primeiro momento, parece uma bagunça, mas é para ser o momento do exorcismo!
2) Cut-Throat. Esta é uma das melhores faixas do álbum. Veloz e com um excelente riff de guitarra, a faixa mostra, já de cara, que o grupo não está para brincadeira. Após o solo a música dá uma cadenciada, mas não perde a energia e a pegada!
3) Insurrection Of The Living Damned. Outra faixa muito boa, com mais um riff muito bom, porém esta não é tão veloz. Aliás, o riff é o grande destaque da composição que, devido à velocidade, acaba não sendo das melhores, apesar de muito boa.
4) Fallen Angel. A melhor faixa do álbum, sem sombra de dúvidas! Veloz e com um riff matador, que lembra muito Motörhead, ou melhor, o Fast Eddie Clarke! O curioso é que a linha de baixo desta faixa foi gravado pelo primeiro baixista do grupo, Dario Carria. Não deixe de ouvir, é indispensável!
5) The Great Deceiver. Esta faixa começa mais lenta, lembra bastante algum riff do Tysondog, porém não dura muito, logo a velocidade aparece e se mantém. Mais uma faixa muito boa, com ótimos solos e, mais uma vez, a guitarra é o destaque.
6) Mad Man. Mais um petardo! Outra faixa muito boa, veloz e com energia e riffs e solos, porém existindo alguns trechos cadenciados que se alternam entre os velozes. Não considero das melhores faixas, mas é muito boa!
7) Whisky Time. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Mais uma vez um riff poderoso de guitarra, velocidade, energia e embalo. O interessante é que a faixa inicia com um solo de bateria, bem simples, mas ainda assim é um solo. Não deixe de ouvir, vale a pena!
8) Welcome Death. Talvez a faixa que mais evidencia a influência de Black Sabbath. Esta é uma faixa mais lenta, não considero como das melhores do álbum, mas ainda assim é muito boa, com ótimas frases.
9) Endless Funeral. Esta é uma faixa de finalização do álbum, com um clima bem semelhante à primeira faixa, porém com um arranjo mais definido... e lento! Não considero uma boa faixa, mas levando em consideração que é a finalização do álbum, então se torna válida!
Ouça o álbum e conheça o dia da ira!