sábado, 25 de abril de 2020

Homewrecker - Split [Rex Banner] (2008)

GÊNERO: Hardcore
ORIGEM: Austrália (Sydney / New South Wales)
FORMAÇÃO:
Pat (Vocal)
Penno (Guitarra)
Josh
Greg
Billy
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Este é o primeiro split lançado pelo grupo, através do selo Washed Up. O grupo teve uma carreira curta, de apenas 4 anos de duração, não chegaram a lançar nenhum álbum, apenas uma demo, um Ep e este split, que é o último trabalho do grupo, encerrando as atividades no ano seguinte. É uma pena, pois é um excelente grupo, com influências notórias do hardcore de Nova York, em especial Sick Of It All, o grupo possui muita energia e ótimas composições. Embora seja um split, aqui comento apenas sobre o Homewrecker. A maioria das faixas são velozes, mas não o tempo todo, existindo eventuais trechos cadenciados. A qualidade da gravação está muito boa, também! Bom, como eu mencionei, lembra muito Sick Of It All, talvez com o vocal mais gritado e rasgado, então não preciso mais explicar! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Soul Sickness. O split inicia com uma das melhores faixas, na minha opinião! Bastante veloz, com muita energia, já embala desde o começo! Ótima progressão harmônica, que é o destaque da composição, existindo um trecho mais cadenciado.
2) Cutting Teeth. Esta é a faixa que menos me agrada no split, mas, ainda assim, é uma ótima composição. Não muito veloz e com a harmonia com poucas trocas, ao contrário da faixa anterior, o destaque está na divisão rítmica da guitarra na parte A.
3) Counting The Hours. Considero esta a melhor faixa do split! Excelente progressão harmônica, com uma introdução que nos encaminha ao petardo que virá em seguida! Bastante embalo, bom ritmo e um bom arranjo, apesar de simples, existindo um trecho mais cadenciado no final. O destaque está na parte A, em especial devido às guitarras.
Ouça o split e conheça o dividido banner Rex!

sábado, 18 de abril de 2020

Home Grown - That's Business (1995)

GÊNERO: Pop Punk
ORIGEM: EUA (Rancho Santa Margarita - Orange / Califórnia)
FORMAÇÃO:
John Tran (Vocal, guitarra)
Adam Lohrbach (Vocal, baixo)
Ian Cone (Guitarra)
Bob Herco (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Liberation, e foi gravado no estúdio Westbeach. Considero este o melhor trabalho lançado pelo grupo, embora eu tenha classificado como pop punk, é um álbum difícil de rotular, já que possui bastante influência de punk rock e ska core, além de pitadas de hardcore melódico e skate punk. Algumas músicas são velozes, mas não a maioria, embora a grande maioria delas sejam bem embaladas. É um som que mistura Goldfinger, Pinhead Gunpowder e Operation Ivy, além de pitadas de Screeching Weasel. Os arranjos são bem trabalhados, os músicos não possuem muita técnica, mas não tocam mal, tudo está no seu lugar e existem bons arranjos para as guitarras. O álbum foi lançado apenas um ano após a banda surgir, e possui uma faixa bônus.
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FAIXA A FAIXA:
1) Geta A Job. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Aliás, esta seqüência do início do álbum é a melhor, na minha opinião. Esta é um punk rock, bastante embalado, embora não muito veloz. Lembra bastante Screeching Weasel. O destaque está no desenho melódico da voz, bem como o refrão, bem sing-a-long.
2) The Hearing Song. Considero esta a melhor faixa do álbum. Um ska core, lembra muito Operation Ivy. Representaram bem o auge da terceira onda do ska, nos anos 90! O típico ska core dos anos 90! Excelente composição.
3) She Said.... Outra faixa que considero das melhores do álbum. A faixa mais veloz até então, sendo um hardcore melódico típico dos anos 90. Excelente desenho melódico, com um bom arranjo de guitarra e eventuais contracantos. O destaque está na velocidade. O refrão sing-a-long também merece destaque.
4) My Friends Suck. Aqui começam as composições mais pop. Esta é um típico pop punk dos anos 90, lembra muito o Green Day da época. Mais lenta, mas com destaque para o trabalho de dinâmica. O desenho melódico da voz também merece destaque.
5) Alternative Girl. Outra faixa com conotação mais pop, embora esta em versão ska! Podemos dizer que a composição é um ska pop punk! O destaque está no arranjos das guitarras na parte A, onde, apesar de simples, jogam muito bem com as duas guitarras, uma limpa e outra distorcida.
6) Wanna Be. Outro faixa bem pop punk, apesar de ser mais embalada. Digamos que ela pode ser confundida com um punk rock, mas, ainda assim, mantém as características mais pop. O destaque está no refrão e seu contracanto.
7) Surfer Girl. Esta faixa inicia com um bom arranjo de violão e guitarra, logo em seguida ela se torna um ska com ar mais intimista, não sendo evidente o ska. O grande destaque está na parte B, antes do refrão, e o próprio refrão que lembra Bad Religion da época.
8) Ubotherme. Uma excelente faixa, bastante embalada e, de certo ponto, veloz. É um punk rock na linha do Screeching Weasel, mais uma vez. Um punk rock embalado e simples, com três acordes na parte A, e um refrão sing-a-long. A frase da guitarra na introdução também merece destaque, apesar de simples.
9) Face In The Crowd. Esta possui uma característica de pop bem evidente, apesar de mesclar com ska core. Mesmo a intenção ska não "camufla" o pop. O refrão é mais pesado, mas ainda assim se mantém pop. Um pop punk com pitadas de punk rock, em especial devido ao refrão sing-a-long. Lembra Rancid.
10) I Hate Myself. Outra faixa com as características pop bem evidentes. Nada veloz, mas com um certo embalo, o trabalho de dinâmica merece destaque, bem como a parte B e seus contracantos.
11) One Night Stand. Considero esta faixa uma das melhores do álbum. Ela é um ska core, mas com um ótimo refrão, bem sing-a-long. Mais uma vez a dinâmica merece destaque, assim como o refrão. Não é veloz, mas possui um bom arranjo.
12) Impotency. Outra faixa com características pop. Uma introdução não muito embalada, mas depois ela embala, porém com pouca velocidade. É mais uma faixa que lembra uma mistura de Screeching Weasel e Face To Face, porém mais pop.
13) Worthless. Ótima composição. Com certeza a faixa mais "fora da casinha" do álbum todo! Ela inicia com um compasso ternário, em forma de valsa. Depois ela se torna um ska camuflado de punk rock com harmonia de música espanhola, incluindo, devido à utilização da segunda menor. Ótima composição e um bom arranjo são o destaque.
14) Employer's Market. Outra composição mais experimental. Ótima frase da guitarra, porém o desenho melódico da voz parece não estar em sintonia, o que acaba atrapalhando a ótima frase das cordas. O refrão é bem pop punk, lembrando, mais uma vez, Green Day.
15) S.F.L.B.. Considero esta a segunda melhor faixa do álbum. Com certeza a faixa mais hardcore de todas. Inicia com um arranjo mais cadenciado, lembrando as bandas de hardcore de Nova York. Logo após ela acelera e embala, ficando quase um skate punk. Lembra bastante Murphy's Law. Com certeza a melhor faixa pra pegar o skate e andar sem rumo pelas ruas!
16) Bonus Track. Esta é uma faixa instrumental, com uma frase de conotações pop, embora nada escancarado, com destaque para a condução da bateria, no cymbal e ride, no contratempo. Bastante minimalista, ela possui influência de ska core, em especial pela parte B.
Ouça o álbum e perceba que isso é negócio!

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Holy Soldier - Last Train (1992)

GÊNERO: Glam Metal
ORIGEM: EUA (Los Angeles - Los Angeles / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Steven Patrick (Vocal)
Jamie Cramer (Guitarra)
Scott Soderstrom (Guitarra)
Andy Robbins (Baixo)
Terry Russel (Bateria)
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Este é o segundo álbum lançado pelo grupo, através do selo Myrrh. Imaginem uma banda que mescla Ugly Kid Joe, Black Sabbath do final dos anos 80, além de pitadas de Poison! Pois este é o som que este álbum soa! É uma banda de glam metal cristão, com ótimas composições, bons arranjos, e bons músicos, em especial as guitarras. As faixas não são velozes, algumas, inclusive, são baladas, mas os riffs de guitarra são o grande destaque. O desenho melódico da voz também tem seu valor, bem como a técnica de Steven. Arranjos bem pensados ajudam a manter o nível das composições, que são muito bem executadas. O álbum, que é o último neste estilo, possui uma faixa cover.
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FAIXA A FAIXA:
1) Virtue & Vice. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Um excelente riff de guitarra na introdução, deixando o clima mais intimista na parte A. A dinâmica no arranjo merece destaque, assim como o desenho melódico do vocal, embora o grande destaque sejam as guitarras. O refrão também merece atenção.
2) Crazy. Aqui não aparecem os mesmos riffs da faixa anterior, a composição já soa mais como uma balada, com um refrão, bem sing-a-long, esta composição lembra com o Black Sabbath dos anos 80 na parte A, mas com outras bandas de glam dos anos 80.
3) Hallow's Eve. Esta faixa já possui um bom riff de guitarra, com um bom trabalho de dinâmica, mas nada de especial, sendo o refrão o grande destaque, não muito sing-a-long, mas com uma boa melodia.
4) Gimme Shelter. Eis que surge a faixa cover do álbum! Esta é uma composição de Mick Jagger e Keith Richards, gravada, originalmente, em 1969. É uma boa versão, mantendo a estrutura original da composição. Também com bons riffs de guitarra, esta soa bem hard rock, sendo o destaque o refrão, sem sombra de dúvidas, bastante sing-a-long.
5) Love Is On The Way. Esta é a primeira balada do álbum, e a considero a pior faixa! Não chega a ser nada muito "meloso", mas ainda assim é uma balada. O curioso é a transposição tonal que ocorre após na parte B. Considero esta a pior faixa até então, não chega a ser horrível, mas nada agrada,
6) Dead End Drive. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Bastante embalada, embora não veloz, com ótimos riffs de guitarra e um bom desenho melódico da voz. O refrão merece destaque, mas, principalmente, as questões técnicas de guitarra.
7) Tuesday Mourning. Esta é outra balada do álbum, porém esta é a faixa que considero a melhor! O grande destaque está no vocal, principalmente na parte A, tanto na melodia quanto na expressão, existindo uma transposição na parte B. Acordes dedilhados para segurar a harmonia, enquanto a outra guitarra deixa o power chor soar.
8) Fairweather Friend. Outra faixa que merece destaque pelos arranjos de guitarra e seus detalhes técnicos. Esta possui uma intenção em shuffle, embora não seja evidente. O refrão possui bastante contracanto, o que é um dos destaques, também.
9) Last Train. O álbum finaliza com a faixa que dá nome ao álbum e é, também a música de trabalho, existindo videoclip de divulgação. É outra balada do álbum, cuja única parte que me agrada é o refrão. A intenção rítmica e a dinâmica também merecem destaque.
Ouça o álbum, mas não perca o último trem!

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Historia Del Crimen - Perverso Romeo (2004)

GÊNERO: Rockabilly
ORIGEM: Argentina (Buenos Aires / Distrito Federal)
FORMAÇÃO:
Flavio Casanova (Vocal, guitarra)
Sam (Guitarra, violão)
Nico Valle (Baixo acústico)
Tano Maffia (Bateria)
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Este é o primeiro, e único, álbum lançado pelo grupo, através do selo Quatro K, e foi gravado no estúdio Ion. É um álbum de rockabilly, este é o estilo, sem nenhuma outra influência mais evidente. As faixas não são velozes, mas todas são embaladas, possuem um bom swing e remetem bem aos grupos do gênero das décadas de 50 e 60. O vocal grave, e o slap do baixo acústico, apesar de não muito evidente, são os grandes destaques do álbum, que, ainda, possui duas faixas cover. O curioso é que o kit da bateria é bem pequeno, apenas bumbo, ride e caixa, e o timbre da gravação relembra bem 40 ou 50 anos atrás! Diversos músicos convidados participaram deste álbum, tocando outros instrumentos fora os da formação original da banda. É um bom álbum, o grupo teve uma duração de menos de 10 anos, sendo, este álbum, lançado um ano antes do grupo terminar, registrando, assim, o último trabalho do grupo. 
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FAIXA A FAIXA:
1) Hot Rod. O álbum inicia com um rockabilly sem por nem tirar! Refrão sing-a-long, com riffs de guitarra entre as frases de voz, e possui a participação de German Weidemer tocando piano. O refrão, o piano, os slaps e os riffs são o destaque da composição.
2) Poison Heart. Eis que surge o primeiro cover do álbum! Esta é uma música composta por Dee Dee Ramone e Daniel Rey, gravada, originalmente, pelo grupo Ramones, em 1992. É uma ótima versão, tanto que considero esta faixa uma das melhores do álbum. É uma versão bem rockabilly, mas mantém-se fiel à versão original no que diz respeito à harmonia e melodia, mantendo um timbre de voz bastante semelhante ao original, também.
3) Una Noche Especial. Mais um rockabilly clássico, mantendo as mesmas características do gênero. Menos guitarras, mais intimista, embora não muito, com um bom arranjo no refrão, muito reverber e ótimas frases de guitarra. A faixa conta com a participação de Pablo Fortuna tocando saxofone.
4) Vuelo Nocturno. Considero esta a melhor faixa do álbum. Harmonia simples, bem comum, mas que sempre funciona! O destaque está no desenho melódico da voz e na intenção e expressão, em especial no refrão, o grande destaque, na minha opinião.
5) Psychoparty. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Bastante intimista, esta é uma faixa instrumental, o que me agrada bastante! Muito uso de tremolo, esta, pode-se dizer, possui pitadas de jungle.
6) Enciende Un Cigarrillo. Esta faixa possui influências de country, mas continua sendo um rockabilly. Mais lento e com uma das guitarras executadas com abafado, o destaque está no baixo, existindo, também, um refrão bem sing-a-long.
7) Esta Noche. Talvez a faixa mais pop até então, devido à harmonia, principalmente. Ela conta com a participação de Ariel Aguilar tocando lap steel. O refrão é o grande destaque, deixando a sensação pop de lado, com um ótimo desenho melódico da voz.
8) La Chica De Fuego. Esta já soa bem mais rockabilly, sendo o destaque as frases da guitarra. Não é uma faixa ruim, mas também não tem nada de especial, apenas mais um rockabilly, bem trivial, mas nada ruim!
9) Little Pig. Eis que surge a segunda faixa cover do álbum. Esta é uma composição de Louis Mathis, e foi gravada, originalmente, por Dale Hawkins, em 1958. É um rockabilly bem dançante, com bastante swing e embalo, existindo a participação de Ariel Aguilar tocando lap steel. Um bom rockabilly, com um bom arranjo, principalmente devido às pausas.
10) Perverso Romeo. A faixa que dá nome ao álbum é uma das que considero das melhores, e é, também, a faixa de trabalho do álbum, pois possui videoclip de divulgação. Um pouco mais intimista, no modo menor, ela possui pitadas de psychobilly. Destaque para a melodia da voz e a intenção e expressão.
11) El Rey De La Noche. A faixa inicia com a linha de baixo, porém, logo após, os demais instrumentos aparecem. Um rockabilly clássico, com as guitarras mais contidas, não é uma má composição, mas não tem nada de mais. Destaque para as frases da guitarra.
12) Rock Espacial. A faixa inicia com efeitos que nos dão a sensação futurista, como se estivéssemos decolando em um espaço nave! Logo após os instrumentos surgem e a composição se torna um rockabilly, muito bom, por sinal, principalmente devido ao desenho melódico da voz. Uma ótima faixa.
13) Amor Felino. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Bem intimista, ela possui a participação de Sebastian Calvo tocando bandoneon. Ótima composição, com uma excelente expressão, o destaque está no desenho melódico da voz e frases da guitarra. Bastante uso de tremolo no arranjo, também.
14) El Garaje. O álbum finaliza com uma faixa bem rockabilly, existindo a participação de Ariel Rebel tocando guitarra, e Marcelo Roig (Pollo) tocando trompete. É uma faixa bem embalada e dançante, com um refrão sing-a-long, bem característico do gênero.
Ouça o álbum e conheça o perverso Romeu!