sábado, 28 de janeiro de 2023

Vicious Rumours - The Sickest Men In Town! (1987)

GÊNERO: Oi!
ORIGEM: Inglaterra (Londres / Londres)
FORMAÇÃO:
John Mundy (Vocal, guitarra)
Algy (Guitarra)
John Coupé (Baixo)
Danny Shoobert (Bateria)
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Este é o segundo álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Link. É um ótimo álbum, com composições embaladas, boas melodias vocais, arranjos simples, mas bem pensados, além de frases e riffs de guitarra. As interpretações não possuem muita energia, embora exista, mas, percebe-se a intenção das composições de maneira bem explícita nas interpretações, o qual, apesar de ser um álbum oi!, tem a influência do punk rock bastante presente, embora as melodias, frases e, principalmente, os refrões, geralmente bem sing-a-long, caracterizam como um álbum oi!. Este é o último álbum antes do hiato do grupo de, aproximadamente, 20 anos, sendo o único a contar com Algy na formação, sendo, também, o primeiro a contar como um quarteto. Não é muito fácil encontrar informações sobre o grupo, mas, independente disso, é um álbum com destaque para as melodias e composições como um todo, que, embora bem interpretadas, não têm um arranjo muito criativo, apesar das frases e riffs de guitarra serem uma exceção. O álbum com a cara do punk / oi inglês, o álbum do "hooligan"! Para aqueles que curtem o gênero e a cultura, um prato cheio. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Wipit. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Com excelentes riffs e frases de guitarra, aliado a um bom embalo, uma ótima melodia e um refrão bem sing-a-long, o destaque está no desenho melódico da voz, embora as frases de guitarra mereçam atenção.
2) Too Close For Comfort. Considero esta a melhor faixa do álbum, mais uma vez, com um excelente desenho melódico da voz, o destaque, na minha opinião, aliado a bons riffs de guitarra, um bom embalo, uma boa progressão harmônica, além de um refrão bem sing-a-long, o qual possui bons acentos no contratempo.
3) Some Day. Mais uma boa composição, a qual possui um bom embalo, eventuais acentos no contratempo, antecipados por pausas de pequena duração, além de um bom desenho melódico da voz, esta faixa já soa mais punk rock, embora mantenha características do oi!, em especial, no refrão.
4) Bob On The Job. Outra faixa que possui um bom embalo, além de bons riffs de guitarra, existindo uma variação de cadência, na parte A, além de contracantos na ponte. A progressão harmônica é bem típica do rock 'n' roll, mas com a pegada punk / oi!.
5) Never Been In Love Before. A faixa inicia com uma boas frases de guitarra, em especial quando da interpretação da parte A, existindo um bom arranjo de guitarra, com frases e execuções harmônicas arpejadas, existindo um bom trabalho de dinâmica. A composição possui uma intenção mais intimista, elevada devido à progressão harmônica e desenho melódico.
6) Pull You Through. Mais uma boa composição, a qual incia com um bom riff de guitarra, bastante minimalista, um bom embalo, além de uma boa progressão harmônica, sendo o destaque o desenho melódico da voz, embora os eventuais acentos deslocados do tempo forte, no refrão, mereçam atenção.
7) Time To Run. Esta é uma excelente composição, a qual, mais uma vez, possui um bom embalo, bons riffs de guitarra, um bom trabalho de dinâmica, sendo o destaque, mais uma vez, o desenho melódico da voz, embora o refrão mereça atenção.
8) One Thing On Our Minds. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, possuindo um bom embalo, boas frases e riffs de guitarra, um bom trabalho de dinâmica, mas, sem dúvida, o destaque está no desenho melódico da voz, em especial no refrão, o qual é, um pouco, sing-a-long.
9) Lap It Up. Mais uma boa composição, com bons, eventuais, acentos deslocados do tempo forte, na introdução e pontes, um bom embalo, contracantos, e uma intenção mais "alegre", além de possuir um refrão bem sing-a-long, repleto de acentos no contratempo.
10) Moose On The Loose. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Mais uma vez, com um bom embalo, bons riffs de guitarra, além de um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque a progressão harmônica da parte A.
11) The Things We Used To Do. Uma ótima composição, com duas intenções rítmicas bem distintas, uma mais embalada e outra mais cadenciada, um bom arranjo, apesar de simples, possuindo uma ótima progressão harmônica, sendo o destaque, sem dúvidas, o desenho melódico da parte A.
12) Splad Rap, Splid Rib, Pony Machine. O álbum finaliza com uma ótima composição, a qual possui excelentes riffs de guitarra, um arranjo bem criativo, com eventuais pausas, esta faixa possui uma intenção bem rock 'n' roll. A faixa possui um bom embalo, além de um bom desenho melódico da voz.
Ouça o álbum e conheça os homens mais doentes da cidade!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Vice Squad - Teenage Rampage (1984)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Inglaterra (Bristol - Bristol / South West)
FORMAÇÃO:
Lia - Julia Rumbelow (Vocal)
Dave Bateman - David Bateman (Guitarra)
Mark Byrne (Guitarra)
Mark Hambly (Baixo)
Shane Baldwin (Bateria)
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Este é o oitavo single lançado pelo grupo, após 3 álbuns de estúdio, através do selo Anagram, e foi gravado no estúdio Sam. É um ótimo single, com as faixas bem distintas uma da outra, sendo uma mais veloz e outra menos, uma mais enérgica e outra menos, uma com intenção mais "alegre" e outra menos... enfim, a semelhança está, mesmo, no embalo, comum entre todas. As faixas possuem arranjos simples, mas bem pensados, com ótimas interpretações, bem como bons arranjos individuais de cada instrumento, com destaque para o desenho melódico e interpretação do arranjo vocal por Lia. Este é o último trabalho lançado antes do hiato de 12 anos do grupo, sendo, também, o último trabalho lançado com estes membros, já que nenhum dos 5 integrantes voltariam ao grupo após o hiato. Este é o terceiro single lançado, referente ao terceiro álbum do grupo, o único com Lia na formação, devido à má aceitação e pouca vendagem, aliado à demissão da EMI, a frustração foi grande, vindo a acarretar em uma pausa que durou mais de 10 anos. O single possui uma faixa que está presente no terceiro álbum do grupo, a outra é inédita, sendo uma delas um cover. Um ótimo single, de uma fase que, apesar de mal conceituada pelos fãs e crítica, me agrada bastante, principalmente devido ao vocal de Lia e seu timbre, que me agrada muito, sendo este o grande destaque do álbum, na minha opinião. Vale a pena conferir o último trabalho lançado, por uma banda importante para a cena do punk rock em seu país, antes de uma pausa de mais de 10 anos!
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FAIXA A FAIXA:
1) Teenage Rampage. O single inicia com a faixa que está presente no terceiro álbum de estúdio, a qual é, também, a faixa cover, composta por Mike Chapman e Nicky Chinn, gravada, originalmente, pelo grupo Sweet, em 1974. Esta é a faixa mais lenta, mais "alegre" e com menos energia do single, possuindo uma levada rítmica em shuffle, possuindo um refrão bem sing-a-long, além de possuir um bom arranjo, sendo o destaque a interpretação vocal por Lia, embora o trabalho de dinâmica e o arranjo de guitarra mereçam atenção.
2) High Spirits. Esta é a faixa inédita do single, sendo, também, a faixa que considero a melhor. Bastante embalada e com certa velocidade, além de bastante energia e um bom arranjo, em especial da bateria, o destaque está no desenho melódico e interpretação vocal, embora os dois bumbos e as frases, na parte A, da bateria mereçam atenção.
Ouça o single e solte a fúria adolescente!

sábado, 21 de janeiro de 2023

Vibrators - Energize (2002)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Inglaterra (Londres / Londres)
FORMAÇÃO:
Knox - Ian Carnochan (Vocal, guitarra)
Robbie Tart - Robert Dredge (Baixo)
Eddie - Jon Edwards (Bateria)
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Este é o décimo terceiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Track. É um bom álbum, com boas composições, arranjos simples, pouca expressão, embora esteja presente, pouca energia, mas com boas progressões harmônicas e desenhos melódicos da voz. As interpretações são bem executadas, porém, passam a sensação de pouca "vontade", em especial no que diz respeito à interpretação vocal, o qual demonstra influências de pós punk, lembrando, eventualmente, com Jesus And Mary Chain. As composições possuem um bom embalo, não sendo muito velozes, mas bem pensadas, existindo eventuais momentos com compasso ternário ou composto. Longe de ser dos meus álbuns preferidos da cerreira do grupo, embora seja um bom álbum, este soa como uma banda que compõe e grava por obrigação, e não por prazer, o que, de modo geral, fica evidente nos primeiros lançamentos da carreira. O álbum possui uma boa qualidade de gravação, conta com a participação de John Ellis tocando guitarra em duas faixas, além de ser o último álbum da carreira do grupo a contar com Knox e Robbie na formação, possuindo uma faixa bônus. Um bom álbum de uma banda clássica (e pioneira) do punk rock inglês, a qual mantém-se em atividade há mais de 40 anos. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) X-Files. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores, a qual possui um bom embalo, uma ótima progressão harmônica, apesar de simples, além de possuir um refrão bem sing-a-long. Esta é uma das faixas a contar com a participação de John tocando guitarra, sendo o destaque, a parte A.
2) Your Love Is Fading Away. Uma boa composição, a qual possui, mais uma vez, um bom embalo, embora não muito veloz, com um bom desenho melódico da voz e um refrão bem sing-a-long. Destaque para a parte A, embora as eventuais frases de guitarra mereçam atenção.
3) So Far Down. Uma boa composição, embora seja a que menos me agrada até então. Possuindo um bom embalo e um bom trabalho de dinâmica, embora sutil, a composição possui uma boa intenção e um bom desenho melódico da voz.
4) New Brain. Considero esta a melhor faixa do álbum, a qual possui um bom embalo, embora não seja veloz, com uma ótima progressão harmônica, apesar de simples, existindo um excelente trabalho de dinâmica e um bom arranjo de guitarra, sendo o destaque o refrão, bastante sing-a-long.
5) Rock The Kids. Mais uma faixa bem punk rock, a qual possui um bom embalo, porém, com nada de especial, embora o trabalho de dinâmica mereça a atenção. O destaque está no refrão e sua progressão harmônica, embora o desenho melódico da voz, desta parte, mereça atenção.
6) 3/4 Angelina. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual inicia com uma ótima frase de guitarra. Esta é a faixa que está em compasso composto, mais especificamente, em 12/8, um dos destaques da composição, na minha opinião, embora a intensão, a progressão harmônica e o refrão, bastante sing-a-long, também mereçam atenção. A faixa lembra, um pouco, com a música The Staircase (Mistery), do grupo Siouxsie & Banshees. Esta é a outra faixa que conta com a participação de John tocando guitarra.
7) Animals. Mais uma boa composição, embalada, mas não veloz, com uma excelente progressão harmônica, na parte A, possuindo um bom trabalho de dinâmica entre as partes. O refrão possui um arranjo de bateria com a caixa dobrada. Destaque para a parte A.
8) 2night. Uma boa composição, bem embalada, a qual lembra, um pouco, com a música Lonely Boy, do grupo Sex Pistols. Embalada, não veloz, mas com uma progressão harmônica bem pop, a chamada harmonia do "T", o que não me agrada muito. Destaque para o refrão e seu arranjo de bateria com a caixa dobrada.
9) Brand New. Uma boa composição, embora seja uma das faixas que menos me agrada no álbum, com uma intenção bem pop, em especial no refrão e na parte C, embora a parte A também apresente este apelo, mas com um bom embalo, embora não muito veloz, um arranjo simples e um refrão bem sing-a-long. Percebe-se uma intenção de buscar elementos do clássico Baby Baby, composição do próprio grupo.
10) General Purpose. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, com uma execução da progressão harmônica, na parte A, pouco embalada, devido às frequentes pausas. Apesar dos instrumentos de corda não manterem o embalo, a bateria se mantém embalada do início ao fim. Destaque para o refrão, embora o trabalho de dinâmica mereça atenção.
11) Jukebox Light. Esta é mais uma faixa que considero das melhores do álbum, a qual possui um bom embalo, com o interessante na levada do hi-hat, sempre em shuffle. Talvez uma das faixas mais expressivas do álbum, a qual possui a execução da progressão harmônica pouco embalada, devido à frequentes pausas, sendo o destaque o refrão, bem sing-a-long, e seu desenho melódico da voz. O arranjo na parte do solo merece atenção.
12) Tears Are Falling. Mais uma faixa que considero das melhores do álbum, em especial devido à progressão harmônica da parte A, embora a intenção mereça atenção. Possuindo uma boa interpretação, um bom trabalho de dinâmica, e um bom desenho melódico da voz.
13) Moonlight. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum. Com compasso ternário e intenção de valsa, a composição é quase uma balada. Com destaque para o desenho melódico da voz, embora não tenha nada de especial, o ponto negativo está nos eventuais contracantos em falsete.
14) I Knew It Must Be Love. Outra boa composição, a qual possui um bom embalo, uma intenção bem minimalista, com destaque para a parte A e sua progressão harmônica. O refrão possui eventuais contracantos passivos, os quais merecem atenção.
15) Shine. Outra boa composição, bem embalada, com frequentes acentos no contratempo, possuindo um bom trabalho de dinâmica, o destaque está no refrão, bem sing-a-long, e seus acentos, existindo um riff de guitarra que merece atenção.
16) No More. Esta é uma composição que possui uma intenção bem de hino, a qual o destaque está, sem sombra de dúvidas, no desenho melódico. Possuindo um bom embalo e uma boa intenção, a qual se apropria de uma ideia mais "tribal", devido ao arranjo de bateria, que utiliza mais tambores do que pratos.
17) Bonus Track. O álbum finaliza com uma faixa bônus, a qual nada mais é do que a música Baby Baby executada com um arranjo bem diferente do original, a qual possui um ritmo latino, como uma cumbia ou uma salsa, além da inclusão de uma citara no arranjo, bem como um acompanhamento rítmico programado, ao invés de interpretado.
Ouça o álbum e comece a energizar!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Venom - German Assault (1987)

GÊNERO: Black Metal
ORIGEM: Inglaterra (Newcastle Upon Tyne - Tyne And Wear / North East)
FORMAÇÃO:
Cronos - Conrad Lant (Vocal, baixo)
Mantas - Jeffrey Dunn (Guitarra)
Abaddon - Antony Bray (Bateria)
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Este é o sexto EP lançado pelo grupo, após 4 álbuns de estúdio, através do selo Roadrunner. É um ótimo EP, apesar da qualidade da gravação não ser das melhores, com composições repletas de energia, embalo, velocidade, na maior parte do tempo, além de intenções bem explícitas e bem interpretadas. O timbre de voz, sempre com um drive e com muita expressão, é uma característica importante como referência, embora o desenho melódico se movimente pouco. Os arranjos são bem pontuais, no que diz respeito à qualidade, pois, embora não sejam, em nenhum momento, muito trabalhados, há momentos em que parece não haver muita preocupação em relação à este elemento, o que fica bem evidente sabendo a qual álbum a composição pertence. O EP possui faixas de 3 álbuns e 1 single, mas com versões diferentes, além de uma faixa que é, apenas, uma entrevista para uma rádio, e, embora tenha sido lançado em 1987, as gravações são do período de 1985 a 1987. Todas as faixas foram gravadas ao vivo, as que já haviam sido lançadas anteriormente, estão no split (com os grupos Raven e WarfareThe Friday Rock Show, no show de 1984 no Hammersmith, e na coletânea From Hell To The Unknown. Este registro marca um período bastante turbulento na carreira do grupo, lançados na época em que Mantas estava deixando o grupo, ainda no mesmo ano. Este EP, também, é o último da série Assault. Um ótimo EP o qual faz um apanhado da carreira do grupo até então, com versões diferentes das do álbum, essencial para os adoradores do grupo. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Nightmare. O EP inicia com as 3 faixas presentes no split, sendo esta a música mais recente gravada pelo grupo até a época, lançada em um single. É uma boa composição, com um arranjo bem trabalhado, talvez o mais bem trabalhado do EP, porém pouco veloz, embora possua um bom embalo. A faixa possui um refrão sing-a-long, sendo o destaque o arranjo e interpretação da guitarra.
2) Black Metal. Esta é uma das faixas que considero das melhores do EP, presente em seu segundo álbum, bastante veloz e embalada, com palhetadas rápidas, muita energia e expressão, além de um bom arranjo, apesar de simples, possuindo um refrão bem sing-a-long. Destaque para os momentos com as pausas.
3) Too Loud. Mais uma boa composição, bastante embalada e veloz, embora menos veloz que a faixa anterior, presente no quarto álbum do grupo. É uma composição com um arranjo pouco trabalhado, embora possua uma boa progressão harmônica, o destaque, na minha opinião, embora as eventuais frases de bateria mereçam atenção.
4) Metro Radio - Interview With Alan Robson. Esta é a faixa que é uma entrevista para a rádio Metro, em 1984, a qual não é uma faixa inédita, já que está presente na coletânea. É uma entrevista bem humorada, embora pouco organizada, em um clima bem descontraído.
5) Witching Hour. Esta é outra ótima composição, presente no primeiro álbum do grupo, bastante veloz e embalada, com muita energia e expressão, palhetadas rápidas e bons riffs de guitarra, o destaque, na minha opinião. O arranjo é pouco trabalhado, sendo o ponto negativo, na minha opinião.
6) Power Drive. Mais uma faixa bastante veloz e embalada, a qual está presente no quarto álbum do grupo, com palhetadas rápidas e uma excelente progressão harmônica, o destaque, na minha opinião, porém com um arranjo extremamente simples, em especial se levarmos em consideração a bateria, a qual se mantém igual, praticamente o tempo todo, com eventuais trechos com variações no arranjo.
7) Buried Alive. A faixa que finaliza o EP é, também, mais uma faixa que está presente no segundo álbum da carreira do grupo, e é, também, a faixa que considero a melhor, lançada, anteriormente, no show do Hammersmith. Não muito veloz, mas com um bom embalo, uma excelente intenção, muito bem interpretada e expressada, além de um bom arranjo, o destaque está, na minha opinião, na progressão harmônica, embora o solo mereça atenção.
Ouça o EP e escape de um assalto alemão!

sábado, 14 de janeiro de 2023

Varukers - Another Religion Another War (1984)

GÊNERO: D-Beat
ORIGEM: Inglaterra (Leamington Spa - Warwickshire / West Midlands)
FORMAÇÃO:
Rat - Anthony Martin (Vocal)
Damien Thompson (Guitarra)
Brik - Mark Briscoe (Baixo)
Andy Baker (Bateria)
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Este é o quarto EP lançado pelo grupo, após um álbum de estúdio, através do selo Riot City. É um excelente EP, recheado de energia, aliás, chega a exalar energia dos auto-falantes através da interpretação das composições, as quais são, sempre, bastante velozes e embaladas, com trocas rápidas de acorde e bastante expressivas. Os músicos não possuem muita técnica, porém tudo está no lugar e a expressão compensa a eventual falta de técnica dos integrantes. As composições não possuem arranjos muito trabalhados, sendo, basicamente, partes A e B, com poucas faixas com introdução, pontes ou solos, embora existam. O EP soa como as bandas do gênero na metade dos anos 80 (não é à toa que o grupo se tornou uma referência do gênero), lembrando o álbum Let's Start A War, do grupo Exploited, ou Discharge, do mesmo período. Este EP é o último trabalho lançado com Damien e Brik na formação. A arte da capa ficou por conta de Rat. Um ótimo EP, de uma importante banda, a qual sou fã, com energia de sobra, aliado à velocidade e embalo. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Another Religion Another War. O EP inicia com a faixa que dá nome à ele, e é, também, uma das faixas que considero das melhores. Bastante veloz e embalada, com trocas rápidas de acorde, muita energia e um refrão bem sing-a-long, o destaque, na minha opinião.
2) No Escape. Outra ótima composição, também bastante veloz e embalada, com trocas rápidas de acorde e um refrão bem sing-a-long, interpretada com muita energia, existindo a inclusão de um solo de guitarra.
3) Condemned To Death. Esta é outra faixa que considero das melhores do EP, a qual mantém as mesmas características padrão: velocidade, embalo, trocas rápidas de acorde, muita energia e um refrão bem sing-a-long, mais uma vez, o destaque, na minha opinião. Esta faixa conta com uma introdução, a qual é a parte A com a inclusão de pausas no arranjo, e solo de guitarra.
4) The Last War. Mais uma ótima composição que mantém as características padrão do EP: velocidade, embalo, trocas rápidas de acorde, energia e refrão sing-a-long, com destaque para o riff de guitarra, sutil, no refrão.
5) Who Pays?. Outra faixa que mantém as características padrão do EP: velocidade, embalo, trocas rápidas de acorde, energia e refrão sing-a-long. Esta faixa possui uma introdução, executada de maneira solo pela bateria, com destaque, mais uma vez, para o riff, sutil, de guitarra, no refrão.
6) Neglected. Mais uma faixa que mantém as características padrão do EP: velocidade, embalo, trocas rápidas de acorde, energia e refrão sing-a-long, sendo esta a faixa mais veloz do EP, sendo, justamente, a velocidade, o destaque, na minha opinião.
7) Deadly Games. Mais uma ótima composição, porém, a menos embalada do EP, devido à marcação dos acentos, na parte A, pela bateria, a qual "trava" o embalo, que está presente no refrão, possuindo, também, uma introdução, executada de maneira solo pela guitarra.
8) Seek Shelter In Hell. O EP finaliza com a faixa que considero a melhor, mantendo as características padrão do EP: velocidade, embalo, energia, trocas rápidas de acorde e refrão bem sing-a-long, com destaque para a progressão harmônica e os acentos no final do refrão.
Ouça o EP e fuja de outra religião, outra guerra!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Vandals - Hitler Bad, Vandals Good (1998)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: EUA (Huntington Beach - Orange / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Dave Quackenbush (Vocal)
Warren Fitzgerald (Guitarra, teclado)
Joe Escalante - Joseph Escalante (Baixo)
Josh Freese - Joshua Freese (Bateria)
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Este é o sétimo álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Nitro, e foi gravado nos estúdios NRG, For The Record, F1, Ocean Way e Planet Of The Tapes. É um ótimo álbum, com composições, em sua maioria, embaladas, eventualmente, velozes, mas sempre com ótimos arranjos e interpretações. É um álbum punk rock, porém, percebe-se influências do hardcore melódico e do pop punk nas composições. O álbum possui um intenção bem clara e explícita, sempre visando o "alegre" e a "descontração", sendo os arranjos muito bem pensados, sejam pelo conjunto, ou individualmente, existindo um excelente trabalho de dinâmica. Percebo bastante influência de Toy Dolls nas intenções das composições, porém, nada escancarado ou explícito, não sendo uma regra, ou seja, não se aplica a todas as composições, mas, sempre, com um toque mais "americano", influenciado pelas bandas do gênero, nos anos 90. Os músicos possuem boa técnica, em especial Warren e Josh, aliás, excelentes músicos, e seus arranjos e interpretações individuais são o grande destaque do álbum, na minha opinião. Joe mantém a sustentação do conjunto, sem estar em evidência, mas interpretando com excelência esta função, e Dave é um bom cantor, o qual possui uma excelente expressão, bastante espontâneo, criando bons desenhos melódicos em suas linhas vocais, utilizando, muito bem, a dinâmica para dar mais ênfase às intenções de cada composição. Sou um grande fã do grupo, este é o trabalho mais referenciado da carreira, o qual começa a apresentar ideias cômicas e sátiras nas suas composições. O álbum possui uma faixa com dois videoclipes de divulgação: um com cenas do grupo tocando e outro em animação, além de possuir duas faixas cover. O álbum conta com as participações de Gabe McNair tocando trombone, Jason Freese tocando saxofone, Stan Freese tocando tuba, e Adrian Young tocando bongô. É um ótimo álbum, com excelentes arranjos, incluindo eventuais variações de compasso, pausas, frases, riffs... e muito mais! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) People That Are Going To Hell. O álbum inicia com uma excelente composição, com uma introdução muito bem pensada e trabalhada, com destaque para as frases. Bastante embalada, embora não muito veloz, a parte A é bem punk rock, existindo um arranjo com a caixa dobrada no início do refrão. Um típico punk rock, com um excelente desenho melódico da voz, o destaque na minha opinião, embora o arranjo de guitarra e o trabalho de dinâmica mereçam atenção.
2) Cafe 405. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com um embalo e velocidade, ela possui boas frases, com destaque para os riffs de guitarra na parte A, embora a bateria possua boas frases em seu arranjo, também, e o trabalho de dinâmica mereça atenção.
3) My Girlfriend's Dead. Esta é a faixa que possui dois videoclipes de divulgação, o primeiro, um videoclipe filmado, o qual apresenta cenas do grupo tocando e fazendo "palhaçadas" junto com uma garota, e o segundo, um videoclipe animação, o qual mantém imagens da história contada na letra. Uma boa composição, bem pop punk, com uma intenção bem alegre, possuindo um bom embalo, embora pouca velocidade, sendo o apelo pop bem evidente, em especial devido à progressão harmônica, mas, também, devido ao refrão bem sing-a-long, sendo o destaque o trabalho de dinâmica, embora o arranjo mereça atenção.
4) I Know, Huh?. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, mais uma vez, bastante embalada e, em sua maior parte, veloz, possuindo uma introdução que remete a um circo, bem como uma intenção bem alegre, além de um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque, na minha opinião, o refrão e seu arranjo.
5) Money's Not An Issue. Mais uma boa composição, embalada e veloz, com uma intenção bem alegre e boas frases de guitarra, além de boas frases do baixo e ótimos contracantos, o destaque, na minha opinião, além de possuir um refrão bem sing-a-long e um bom arranjo.
6) I've Got An Ape Drape. Mais uma ótima composição, bastante embalada e veloz, com um ótimo desenho melódico da voz, o destaque, na minha opinião, além de boas frases e riffs de guitarra, bem como um refrão bem sing-a-long e repleto de contracantos.
7) If They Gov't Could Read My Mind. Esta é outra boa composição, sendo a faixa que conta com a participação de Adrian tocando bongô. Com um bom embalo, embora não muito veloz, esta é bem punk rock, embora apresente intenções do pop punk, possuindo um bom arranjo, o destaque, na minha opinião, além de um bom desenho melódico da voz e um refrão bem sing-a-long.
8) Too Much Drama. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, bastante veloz e embalada, ela possui influências do hardcore melódico, além de um bom trabalho de dinâmica, um excelente arranjo, assim como o arranjo individual da guitarra e o desenho melódico da voz. Esta faixa tem a participação de Dexter Holland na autoria, o que fica evidente no refrão, bem semelhante à música Walla Walla, do Offspring, aliás, um ótimo refrão, com um excelente arranjo, sendo bem sing-a-long.
9) Come Out Fighting. Esta é a primeira faixa cover do álbum, sendo uma composição de Jason Thirsk, gravada, originalmente, pelo grupo Pennywise, em 1992. Embora a versão mantenha toda a mesma intenção harmônica e melódica, em relação à original, o ritmo é outro, possuindo uma intenção diferente. Não muito veloz, mas mantendo um bom embalo, esta é uma boa versão, gravada em homenagem ao compositor, baixista do Pennywise, o qual suicidou-se no ano anterior ao lançamento do álbum.
10) Euro-Barge. Considero esta a melhor faixa do álbum, bastante veloz e embalada, com uma excelente intenção, além de um ótimo trabalho de dinâmica, o destaque está nos frequentes compassos 7/8 existentes nas partes A e C, o destaque, na minha opinião, em especial na parte A, que alterna um compasso 7/8 e outro 4/4, embora a progressão harmônica, expressão e frases, solo e riffs de guitarra mereçam atenção.
11) Fucked Up Girl. Esta é uma boa composição, a qual possui o shuffle como padrão rítmico, ela é, também, a faixa que conta com as participações de Gabe, Jason e Stan no naipe dos instrumentos de sopro. Fazendo soar como uma big band, ela busca a intenção de um blues / jazz / rock dos anos 50, possuindo um excelente arranjo, o destaque, na minha opinião, embora o trabalho de dinâmica e o desenho melódico da voz mereçam atenção.
12) An Idea For A Movie. Outra boa composição, embalada, embora não muito veloz, com uma intenção bem alegre, possuindo influências do pop punk, ela possui um bom desenho melódico da voz, bem como um bom trabalho de dinâmica e um bom arranjo de guitarra.
13) OK. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, bastante veloz e embalada, com excelentes frases de guitarra e bateria, os destaques na minha opinião, possuindo eventuais pausas e acentos deslocados do tempo forte, bem como um refrão bem sing-a-long e eventuais contracantos.
14) So Long, Farewell. O álbum finaliza com a outra faixa cover, uma composição de Richard Rodgers, gravada, originalmente, como uma das faixas do musical The Sound Of Music, em 1959. É uma boa composição, bastante interessante, com uma intenção bem peculiar, mas possuindo um arranjo bem punk rock, com bastante embalo e certa velocidade, embora a introdução e a coda mantenham-se fiéis à intenção original. Mais uma vez o trabalho de dinâmica merece atenção, embora o destaque, na minha opinião, está nas frases, executadas em conjunto por todos instrumentos, possuindo palhetadas rápidas.
Ouça o álbum e perceba que: Hitler mau, Vandals bom!

sábado, 7 de janeiro de 2023

Urban Waste - Urban Waste (1982)

GÊNERO: Hardcore Old School
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
FORMAÇÃO:
Kenny Ahrens (Vocal)
Johnny Waste - John Kelly (Guitarra)
Andy Apathy - Andrew Bryan (Baixo)
John Dancy (Bateria)
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Este é o primeiro EP, e primeiro trabalho, lançado pelo grupo, através do selo Mob Style, e foi gravado no estúdio Power Play. É um ótimo EP, com pouca duração, mas mostrando o que estava a surgir no cenário punk / hc nova iorquino, no início dos anos 80. As composições são velozes e embaladas, com trocas rápidas de acorde, vocal com muita energia, o que compensa o desenho melódico que quase não se movimenta. Os arranjos, apesar de simples, são bem pensados, mas não sempre, em algumas faixas, em outras, a característica do gênero, na época, se mostra evidente: sem introduções, pontes ou solos, apenas partes A e B executadas com muita energia e expressão, de maneira veloz e embalada. O grupo, em seu primeiro momento, durou apenas 3 anos (1981 - 1984), sendo este EP o único registro da época. O grupo veio a retomar as atividades, novamente, apenas 24 anos depois, em 2008. Esta formação conta com Andy, a qual também foi membro do grupo Reagan Youth, sendo o Urban Waste, citado por Roger Miret, vocalista do Agnostic Front, como a banda que fez ele se envolver com o hardcore. A arte da capa ficou por conta de Johnny Waste. Um ótimo EP, embora a qualidade de gravação não seja das melhores, mas que, acima de tudo, registra um momento importante da cena da cidade em seu princípio. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Police Brutality. O EP inicia com uma ótima faixa, bastante veloz e embalada, com uma progressão harmônica repleta de acordes de passagem, a qual possuem pouca duração, em sua maior parte, possuindo muita energia na interpretação, além de muita expressão, o destaque, na minha opinião.
2) Public Opinion. Outra ótima composição, já mais trabalhada que a faixa anterior, possuindo a inclusão de introdução e solo, no mais, mantém as mesmas características da faixa anterior: velocidade, embalo, trocas rápidas de acorde, energia e expressão, existindo trechos com variações de cadência.
3) No Hope. Considero esta uma das melhores faixas do EP, não muito veloz como as faixas anteriores, mas, ainda assim, bastante embalada, ela possui uma boa progressão harmônica, com destaque para o arranjo de guitarra e suas eventuais frases. O efeito do phaser, na guitarra, também merece atenção.
4) Wasted Life. Outra ótima composição, bastante veloz e embalada, sem pontes, introdução, ou solo, compensada com muita energia e expressão, com destaque para os overdubs de guitarra.
5) Skank. Mais uma ótima composição, a qual possui variações de cadência, sendo uma faixa bastante veloz e embalada, e outra mais lenta, mas, sempre, executadas com muita energia e expressão em sua interpretação.
6) Ignorant. Considero esta a melhor faixa do EP, a qual possui uma excelente introdução, com um bom arranjo, apesar de simples, ao qual prepara para a "pancada" que vem logo a seguir. Destaque para o arranjo e interpretação da guitarra. As partes A e B são bastante velozes e embaladas, executadas, mais uma vez, com muita energia e expressão.
7) B.N.C.. Esta é outra faixa que considero das melhores do EP, mais uma vez uma composição sem introdução ou ponte, bastante veloz e embalada, interpretada com muita energia e expressão, sendo o destaque, na minha opinião, os acentos em sincronia entre os instrumentos, na parte A. O refrão é bem sing-a-long.
8) Reject. O EP finaliza com outra ótima composição, não muito veloz, mas com um bom embalo, alél de possuir um refrão bem sing-a-long. Uma boa composição, a qual a expressão é o destaque, na minha opinião.
Ouça o EP vasculhando o lixo urbano!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Upset Noise - Vi Odio (1984)

GÊNERO: Hardcore Old School
ORIGEM: Itália (Trieste / Friuli Venezia Giulia)
FORMAÇÃO:
Sandro Zarotti (Vocal)
Fausto Franza (Guitarra)
Giorgio Macoratti (Baixo)
Fabrizio Fiegl (Bateria)
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Este é o primeiro split, e primeiro trabalho, lançado pelo grupo, de maneira independente, e foi gravado no estúdio Oasis. Este é um split com o grupo, também italiano, Wafare?, porém, aqui, comento apenas sobre as faixas do Upset Noise. É um ótimo split, bastante veloz e repleto de energia, aliás, o destaque, na minha opinião, com composições embaladas e trocas rápidas de acorde, além de palhetadas rápidas, também. As composições possuem arranjos simples, mas bem interpretados, existindo eventuais trechos os quais os arranjos são mais trabalhados. Este é o único trabalho do grupo, lançado com esta formação, já que Sandro veio a deixar o grupo, e Giorgio veio a falecer no ano seguinte do lançamento do split. Este split está presente na coletânea Furious Italian Hardcore - HC 1, a qual fiz uma resenha sobre, em 2019, confira aqui. É um ótimo split, o início da carreira de um importante grupo do cenário HC italiano. Mesmo que estes vieram a seguir outros estilos anos mais tarde, o início demonstra toda influência e espontaneidade do hardcore nas interpretações das faixas. Para os adoradores do hardcore veloz, sem "frescuras", dos anos 80, vale a pena conferir, aliás, é um prato cheio!
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FAIXA A FAIXA:
1) Vuoti. O split incia com uma ótima composição, bastante veloz e embalada, com pouco movimento do desenho melódico da voz, porém, interpretado com muita energia. Composição sem introdução e com uma pequena ponte, ela possui forma binária (A-B) e palhetadas rápidas.
2) Mass Media. Outra faixa bastante veloz e embalada, sem introdução, trocas rápidas de acorde, existindo eventuais momentos em que os instrumentos, não em sincronia, executam pausas, o que deixa o arranjo mais interessante. O refrão é bem sing-a-long.
3) Morte Dal Cielo. Mais uma ótima composição, com um excelente riff na introdução, palhetadas rápidas, o destaque, na minha opinião, além de muita energia, baseada em uma composição veloz e embalada. Mantendo, mais uma vez, a ideia da forma binária.
4) Vita Militare. Esta é uma das faixas que considero das melhores do split, a qual possui uma excelente introdução, o destaque, na minha opinião, a qual não é muito veloz, mas possui um bom embalo e boas frases dos instrumentos de corda. Após a introdução, a composição mantém as características padrão do split: velocidade, embalo, forma binária, palhetadas rápidas e trocas rápidas de acorde.
5) Non Siamo Noi I Padroni. Considero esta a melhor faixa do split, em especial devido à sua introdução, o destaque, na minha opinião, não muito veloz, mas com um bom arranjo e boas frases dos instrumentos de corda. Após a introdução, a composição mantém as características padrão do split: velocidade, embalo, trocas rápidas de acorde, palhetadas rápidas e forma binária, com o adicional de possuir um refrão bem sing-a-long.
Ouça o split, já que te odeio!

domingo, 1 de janeiro de 2023

Unwritten Law - Swan (2011)

GÊNERO: Pop Punk
ORIGEM: EUA (Poway - San Diego / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Scott Russo (Vocal, guitarra, teclado)
Steve Morris (Guitarra, teclado)
Pat Kim - Patrick Kim (Baixo)
Dylan Howard (Bateria)
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Este é o sexto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Suburban Noize, e foi gravdo nos estúdios Signature, Big Fish, Lambesis e Dway. É um bom álbum, ao qual mantém a base no pop punk, porém soa como se o grupo estivesse à procura de uma "fórmula" composicional, como se quisessem entrar na "onda" do momento, e estão a descobrir para qual sentido seguir. Isso porque, embora o álbum seja bem explícito como pop punk, ele possui influências do emocore, gênero que estava em declínio na época, e indie, gênero que estava em ascensão na época, principalmente, devido à influência das bandas britânicas, mas, também, percebe-se momentos em que o grupo parece "olhar para trás" e resgatar a fórmula composicional de algumas faixas gravadas há uma década, ou um pouco mais, atrás, percebendo-se, também, elementos do rap core. É um álbum que soa como "a busca de uma banda pela volta de seu ápice", mas que se demonstra confusa. Independente dos rótulos e sensações, as composições são embaladas, em sua maioria, muito bem interpretadas e arranjadas, além de serem composições bem intencionadas e criativas. Não muito velozes, mas com faixas que possuem bons desenhos melódicos, boa criatividade, bom trabalho de produção, sendo o destaque, na minha opinião, os arranjos e interpretações da bateria. O vocal de Scott parece "cansado", sendo este o ponto negativo, na minha opinião, pois sinto a falta de energia, em especial nas composições mais pesadas, como se não conseguisse acompanhar a expressão dos instrumentos. O álbum possui 3 faixas com videoclipes de divulgação. Este é o primeiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, em 6 anos, enquanto que o álbum seguinte foi lançado apenas 11 anos depois, o que exemplifica esta incerteza do grupo, corroborada, inclusive, devido ao fato de que este é o último álbum com Steve e Pat na formação, os quais deixaram o grupo após a turnê de lançamento devido à desentendimentos com Scott, além de ser o primeiro, e único, álbum lançado com Dylan na formação. Depois deste álbum, a formação do grupo mudou inúmeras vezes. Apesar de tudo, o álbum atingiu a posição de número 195, nos EUA, na lista da Billboard 200, e a posição 41, na Austrália. O álbum conta com as participações de Kyle Tormey, tocando piano, e Del Tha Funky Homosapien, no vocal. É um bom álbum, longe de ser dos meus preferidos da carreira do grupo, mas, ainda assim, um bom álbum. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Starships And Apocalypse. O álbum inicia com uma das faixas que possui videoclipe de divulgação, um bom clipe, bem produzido, com alternância entre cenas do grupo tocando e cenas com uma atriz, sendo o primeiro single apresentado. Aqui, o grupo mantém as características dos últimos álbuns, como se estivessem mostrando que se mantém fiel ao que já conquistou. Com um bom embalo, embora pouco veloz, o destaque está no arranjo, embora o trabalho de dinâmica mereça atenção.
2) Nevermind. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, com um apelo pop muito forte e evidente, percebe-se influências de Coldplay, possuindo um bom arranjo, mas uma intenção que não me agrada nem um pouco. Elementos do teclado ajudam a dar essa intenção mais pop. Apesar disso, a música possui um bom embalo, sendo o destaque os, sutis, momentos com trabalho de dinâmica.
3) Dark Dayz. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, a qual possui um bom embalo, embora não veloz, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo, embora o trabalho de dinâmica mereça atenção, assim como o desenho melódico da voz.
4) Last Chance. Outra boa composição, com um bom embalo, um ótimo trabalho de dinâmica, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo, embora o desenho melódico da voz mereça atenção. O refrão já soa bem emo, perdendo o embalo da parte A e mudando a intenção.
5) Sing. Esta é outra faixa que possui videoclipe de divulgação. Esta é, na verdade, uma faixa acústica, a qual o seu clipe apresenta uma alternância de imagens com cenas do grupo tocando e pessoas aleatórias em frente à câmera, sempre com efeito de velocidade. O destaque, na minha opinião, está no desenho melódico da voz, embora o arranjo mereça atenção. Apesar de ser uma faixa acústica, ela possui um bom embalo e uma boa intenção.
6) Superbad. Aqui inicia, na minha opinião, a melhor sequência do álbum, sendo esta, a faixa que considero a melhor. Iniciando com um excelente riff de guitarra, possuindo um bom embalo, apesar de o arranjo harmônico, na parte A, possua frequentes pausas. A progressão harmônica, o arranjo e o trabalho de dinâmica, assim como o refrão sing-a-long, são elementos que merecem atenção, sendo o destaque o desenho melódico da voz.
7) Let You Go. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, e é, também, a faixa que conta com a participação de Kyle tocando piano. O destaque, na minha opinião, está na parte A e sua progressão harmônica, embora o refrão mereça atenção, também, assim como o trabalho de dinâmica. Não veloz, mas com boas frases de guitarra e um bom embalo, o ponto negativo, na minha opinião, está na ponte entre a parte A e o refrão, o qual indie demais.
8) Chicken (Ready To Go). Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, sendo a faixa que conta com a participação de Del Tha Funky Homosapien no vocal. Esta é uma excelente composição, bem rap core, repleta de groove e peso, sendo, justamente, este o destaque, embora possua um bom refrão. Os contracantos, bem ao estilo Jane's Addiction, na parte A, também merecem atenção, assim como o arranjo.
9) On My Own. Outra boa composição, mas que volta a apresentar o apelo pop, possuindo um bom trabalho de dinâmica, além de um bom arranjo e embalo, sendo o destaque, na minha opinião, o desenho melódico da voz, na parte A.
10) Love Love Love. Esta, assim como a faixa 2, é outra faixa das que menos me agradam no álbum. Soando como uma balada, pouco embalo e peso, a qual possui um arranjo de cordas executado pelo violão, além de um arranjo de strings que ajuda no apelo pop, assim como o trabalho de produção. A intenção e progressão harmônica pouco me agradam, possuindo, também, um refrão bem sing-a-long.
11) Swan Song. O álbum finaliza com a outra faixa que possui videoclipe de divulgação. Um bom clipe, menos produzido que os anteriores, mostrando diferentes cenas do grupo tocando. É uma boa composição, a qual possui um bom arranjo, o destaque, na minha opinião, e embalo, sendo a parte A bem indie, enquanto o refrão soa bem emo. O desenho melódico da voz merece atenção.
Ouça o álbum junto com um cisne!