quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Vandals - Hitler Bad, Vandals Good (1998)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: EUA (Huntington Beach - Orange / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Dave Quackenbush (Vocal)
Warren Fitzgerald (Guitarra, teclado)
Joe Escalante - Joseph Escalante (Baixo)
Josh Freese - Joshua Freese (Bateria)
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Este é o sétimo álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Nitro, e foi gravado nos estúdios NRG, For The Record, F1, Ocean Way e Planet Of The Tapes. É um ótimo álbum, com composições, em sua maioria, embaladas, eventualmente, velozes, mas sempre com ótimos arranjos e interpretações. É um álbum punk rock, porém, percebe-se influências do hardcore melódico e do pop punk nas composições. O álbum possui um intenção bem clara e explícita, sempre visando o "alegre" e a "descontração", sendo os arranjos muito bem pensados, sejam pelo conjunto, ou individualmente, existindo um excelente trabalho de dinâmica. Percebo bastante influência de Toy Dolls nas intenções das composições, porém, nada escancarado ou explícito, não sendo uma regra, ou seja, não se aplica a todas as composições, mas, sempre, com um toque mais "americano", influenciado pelas bandas do gênero, nos anos 90. Os músicos possuem boa técnica, em especial Warren e Josh, aliás, excelentes músicos, e seus arranjos e interpretações individuais são o grande destaque do álbum, na minha opinião. Joe mantém a sustentação do conjunto, sem estar em evidência, mas interpretando com excelência esta função, e Dave é um bom cantor, o qual possui uma excelente expressão, bastante espontâneo, criando bons desenhos melódicos em suas linhas vocais, utilizando, muito bem, a dinâmica para dar mais ênfase às intenções de cada composição. Sou um grande fã do grupo, este é o trabalho mais referenciado da carreira, o qual começa a apresentar ideias cômicas e sátiras nas suas composições. O álbum possui uma faixa com dois videoclipes de divulgação: um com cenas do grupo tocando e outro em animação, além de possuir duas faixas cover. O álbum conta com as participações de Gabe McNair tocando trombone, Jason Freese tocando saxofone, Stan Freese tocando tuba, e Adrian Young tocando bongô. É um ótimo álbum, com excelentes arranjos, incluindo eventuais variações de compasso, pausas, frases, riffs... e muito mais! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) People That Are Going To Hell. O álbum inicia com uma excelente composição, com uma introdução muito bem pensada e trabalhada, com destaque para as frases. Bastante embalada, embora não muito veloz, a parte A é bem punk rock, existindo um arranjo com a caixa dobrada no início do refrão. Um típico punk rock, com um excelente desenho melódico da voz, o destaque na minha opinião, embora o arranjo de guitarra e o trabalho de dinâmica mereçam atenção.
2) Cafe 405. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com um embalo e velocidade, ela possui boas frases, com destaque para os riffs de guitarra na parte A, embora a bateria possua boas frases em seu arranjo, também, e o trabalho de dinâmica mereça atenção.
3) My Girlfriend's Dead. Esta é a faixa que possui dois videoclipes de divulgação, o primeiro, um videoclipe filmado, o qual apresenta cenas do grupo tocando e fazendo "palhaçadas" junto com uma garota, e o segundo, um videoclipe animação, o qual mantém imagens da história contada na letra. Uma boa composição, bem pop punk, com uma intenção bem alegre, possuindo um bom embalo, embora pouca velocidade, sendo o apelo pop bem evidente, em especial devido à progressão harmônica, mas, também, devido ao refrão bem sing-a-long, sendo o destaque o trabalho de dinâmica, embora o arranjo mereça atenção.
4) I Know, Huh?. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, mais uma vez, bastante embalada e, em sua maior parte, veloz, possuindo uma introdução que remete a um circo, bem como uma intenção bem alegre, além de um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque, na minha opinião, o refrão e seu arranjo.
5) Money's Not An Issue. Mais uma boa composição, embalada e veloz, com uma intenção bem alegre e boas frases de guitarra, além de boas frases do baixo e ótimos contracantos, o destaque, na minha opinião, além de possuir um refrão bem sing-a-long e um bom arranjo.
6) I've Got An Ape Drape. Mais uma ótima composição, bastante embalada e veloz, com um ótimo desenho melódico da voz, o destaque, na minha opinião, além de boas frases e riffs de guitarra, bem como um refrão bem sing-a-long e repleto de contracantos.
7) If They Gov't Could Read My Mind. Esta é outra boa composição, sendo a faixa que conta com a participação de Adrian tocando bongô. Com um bom embalo, embora não muito veloz, esta é bem punk rock, embora apresente intenções do pop punk, possuindo um bom arranjo, o destaque, na minha opinião, além de um bom desenho melódico da voz e um refrão bem sing-a-long.
8) Too Much Drama. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, bastante veloz e embalada, ela possui influências do hardcore melódico, além de um bom trabalho de dinâmica, um excelente arranjo, assim como o arranjo individual da guitarra e o desenho melódico da voz. Esta faixa tem a participação de Dexter Holland na autoria, o que fica evidente no refrão, bem semelhante à música Walla Walla, do Offspring, aliás, um ótimo refrão, com um excelente arranjo, sendo bem sing-a-long.
9) Come Out Fighting. Esta é a primeira faixa cover do álbum, sendo uma composição de Jason Thirsk, gravada, originalmente, pelo grupo Pennywise, em 1992. Embora a versão mantenha toda a mesma intenção harmônica e melódica, em relação à original, o ritmo é outro, possuindo uma intenção diferente. Não muito veloz, mas mantendo um bom embalo, esta é uma boa versão, gravada em homenagem ao compositor, baixista do Pennywise, o qual suicidou-se no ano anterior ao lançamento do álbum.
10) Euro-Barge. Considero esta a melhor faixa do álbum, bastante veloz e embalada, com uma excelente intenção, além de um ótimo trabalho de dinâmica, o destaque está nos frequentes compassos 7/8 existentes nas partes A e C, o destaque, na minha opinião, em especial na parte A, que alterna um compasso 7/8 e outro 4/4, embora a progressão harmônica, expressão e frases, solo e riffs de guitarra mereçam atenção.
11) Fucked Up Girl. Esta é uma boa composição, a qual possui o shuffle como padrão rítmico, ela é, também, a faixa que conta com as participações de Gabe, Jason e Stan no naipe dos instrumentos de sopro. Fazendo soar como uma big band, ela busca a intenção de um blues / jazz / rock dos anos 50, possuindo um excelente arranjo, o destaque, na minha opinião, embora o trabalho de dinâmica e o desenho melódico da voz mereçam atenção.
12) An Idea For A Movie. Outra boa composição, embalada, embora não muito veloz, com uma intenção bem alegre, possuindo influências do pop punk, ela possui um bom desenho melódico da voz, bem como um bom trabalho de dinâmica e um bom arranjo de guitarra.
13) OK. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, bastante veloz e embalada, com excelentes frases de guitarra e bateria, os destaques na minha opinião, possuindo eventuais pausas e acentos deslocados do tempo forte, bem como um refrão bem sing-a-long e eventuais contracantos.
14) So Long, Farewell. O álbum finaliza com a outra faixa cover, uma composição de Richard Rodgers, gravada, originalmente, como uma das faixas do musical The Sound Of Music, em 1959. É uma boa composição, bastante interessante, com uma intenção bem peculiar, mas possuindo um arranjo bem punk rock, com bastante embalo e certa velocidade, embora a introdução e a coda mantenham-se fiéis à intenção original. Mais uma vez o trabalho de dinâmica merece atenção, embora o destaque, na minha opinião, está nas frases, executadas em conjunto por todos instrumentos, possuindo palhetadas rápidas.
Ouça o álbum e perceba que: Hitler mau, Vandals bom!

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