sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Alto Riesgo - Nada Nuevo (2006)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Chile (Iquique / Tarapacá)
FORMAÇÃO:
Gou (Vocal / Baixo)
Boero (Guitarra)
Robot (Guitarra)
Gonza (Bateria)
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Este é o terceiro álbum do grupo e foi lançado de maneira independente. O instrumental da banda é muito bom, com músicas bem compostas e arranjadas, porém a qualidade de gravação e, principalmente, o vocal deixam muito a desejar. A qualidade não chega a ser ruim, mas não masterizado e a mixagem não é das melhores, típico dos estúdios da América Latina na época! O vocal é, às vezes, desafinado e sua técnica vocal é praticamente nula, o que diminui a qualidade das músicas consideravelmente. O instrumental é muito bom, em especial as guitarras, embora a bateria também merece ser reconhecida! Um hardcore veloz na maioria do tempo, lembra um pouco No Use For A Name e Nada Que Hacer. Boa banda, para quem gosta do gênero vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Intro. Talvez a melhor faixa do álbum pelo fato de ser instrumental! Veloz, com riffs de guitarra oitavados, porém com variação de cadência a partir da metade da composição, existindo variações rítmicas no arranjo. Boa música!
2) Adónde Vas?. Parece uma continuação da primeira faixa, tanto que elas estão emendadas. Inicia no mesmo pique da primeira faixa, dando uma expectativa muito boa do que está por vir, porém quando o vocal entra a empolgação vai murchando. De qualquer foram esta é uma das melhores faixas do álbum: veloz e bem arranjada, existindo variações de cadência no decorrer da música.
3) El Tiempo En La Ciudad. Na minha opinião, a melhor faixa do álbum, mantendo as mesmas características da faixa anterior, porém com um arranjo mais trabalhado no que diz respeito à dinâmica. Uma pena é o vocal.
4) Trágica Sesión. Boa música, mas nada empolgante, um riff oitavado, na guitarra, bem ordinário, pouco criativo, mas interessante, em especial quando não está sob a voz. Boas variações no arranjo que, aliás, creio ser um dos melhores do álbum.
5) Nada Nuevo. Com certeza a pior música do álbum. Um pop punk bubblegum com vocal desafinado! Muito fraquinha a música, lenta e sem nada de especial, chega a ser ruim. O baterista parece não gostar de tocar, pois não tem a mesma expressão das demais. Entende-se porque quando a ouvimos!
6) Queda Nada. Volta a velocidade o que dá um alívio! Esta música tem a participação de um vocal feminino que eu não sei quem é! Esta é a música em que o vocal mais desafina, principalmente por tentar cantar grave e não alcançar a nota. O instrumental é bem trabalhado.
7) Al Final. Muito boa composição, mantendo as características da banda: velocidade, riffs de guitarra e vocal desafinado, que, por sinal, é o que estraga a música que tinha tudo para ser uma das melhores não fosse a voz!
8) Qué Esperabas?. Mesmas características da faixa anterior, porém com variações de cadência, o que a deixa mais lenta, porém com arranjo mais trabalhado, além de boas frases da guitarra. Mais uma vez o problema está na voz.
9) Congelandomi. Apenas guitarra e voz consistem esta que é a última faixa do álbum! A segunda pior música do álbum, lenta, mas com o vocal mais afinado, é uma boa música para finalizar o álbum.
Escute Nada Nuevo e curta o som da terra que um dia pertenceu ao Peru!

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

All You Can Eat - Too Fat For Love (1998)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: EUA (São Francisco - São Francisco / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Devon Morf (Vocal)
Danny Buzzard (Guitarra)
Craig Billmeier (Baixo)
Myron Isaacs (Bateria)
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Single lançado como um split, com a banda Your Mother, pelo selo Probe. Longe de ser um dos melhores lançamentos do grupo, muito pelo contrário, a capa se torna mais interessante que as músicas! Aliás, estas são todas versões de músicas do filme Grease (ou em português: Nos Tempos Da Brilhantina). Não chega a ser músicas ruins, porém não dão vontade de ouvir de novo! Perdi a oportunidade de assisti-los ao vivo, descobri sobre o show depois que ele já tinha acontecido! Acho que foi 1999 ou 1998. Muito escrachado, principalmente os vocais, a banda que já tem por costume ser uma banda "arriada" (comprovado pela capa!), se superou neste lançamento! De qualquer forma, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Branded At The Drive-In. O single inicia com a música mais veloz, porém ela não se mantém neste pique até o final, diminuindo a velocidade a partir da metade da composição. O vocal está muito "bagunçado" e é o ponto fraco da música, além de o arranjo também não ser dos melhores.
2) Buh-Hutt, Ohhh.... Com certeza a melhor música do single. Lembra um pouco melodias de country ou psychobilly, sendo o ponto forte o vocal feminino que existe e não sei quem canta. Realmente vale a pena conferir!
3) Crickey Dick!. Música executada apenas com um banjo e voz. Lembra música de caipira norte-americano! Mais uma música escrachada, a música ideal para finalizar o single!
Ouça Too Fat For Love e dê boas risadas com uma das bandas mais arriadas que conheço!

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

All - Dot (1992)

GÊNERO: Pop Punk
ORIGEM: EUA (Los Angeles - Los Angeles / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Scott Reynolds (Vocal)
Stephen Egerton (Guitarra)
Karl Alvarez (Baixo)
Bill Stevenson (Bateria)
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Este é o terceiro single do grupo, lançado como divulgação de seu quinto álbum de estúdio, Percolater, pelo selo Cruz, e é o último trabalho lançado com Scott Reynolds, segundo vocalista do grupo. São músicas bem compostas, alegres e sem fúria, mas a qualidade técnica e sincronia do grupo, que tocam junto há quase uma década antes deste lançamento, desde os tempos de Descendents, fazem todo diferencial, existindo, ainda, um cover. Mesmo que as composições sejam fracos, os arranjos se superam e tapam os buracos deixados pela composição, dando um atrativo bastante interessante! Vale a pena ouvir, é a prova de que bons arranjos podem salvar uma composição!
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FAIXA A FAIXA:
1) Dot. Faixa título que possui, inclusive, videoclip de divulgação. É uma composição alegre e suave, mas com arranjos que fazem toda a diferença, frases de guitarra, variações rítmicas, pausas e acentos, somados a um vocal com um belo desenho melódico é o que caracteriza a música de divulgação! Vale a pena ouvir!
2) Boy Named Sue. Este é um cover, originalmente gravado na versão de Shel Silverstein, mas popularmente conhecido na versão de Johnny Cash. É um country-punk! Me lembra bastante o álbum Slippery When Ill do Vandals, não tem como explicar melhor!
3) Can't Say. Última faixa do single que, na minha opinião, é a melhor. É a mais embalada, com melodia típica de Ramones, porém com arranjo instrumental que, mais uma vez, faz toda a diferença. Enfim, mantém as mesmas características da primeira faixa, porém mais embalada!
Ouça o "ponto" de "tudo" e escute belos arranjos com melodias cativantes!

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Alice Donut - Three Sisters (2004)

GÊNERO: Indie
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
FORMAÇÃO:
Tomas Antona (Vocal)
Michael Jung (Guitarra)
David Giffen (Guitarra)
Sissi Schulmeister (Baixo)
Stephen Moses (Bateria)
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Este é o sétimo álbum de estúdio do grupo, primeiro dos anos 2000, lançado pelo selo Howler. Este álbum já havia sido postado, aqui, em 2009, confira. Eu sou um grande admirador do grupo, porém, este não é dos meus álbuns preferidos, embora seja muito bom! Não é um álbum muito experimental como muitos outros do grupo, com raras exceções, as composições são executadas com formação básica de rock (voz, baixo, guitarra e bateria), sem muita "invenção"! Existe uma faixa em 5/8 e alguns acentos deslocados, mas nada de mais se comparado à outras épocas do grupo! De qualquer forma, vale a pena ouvi-lo, tem excelentes composições.
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FAIXA A FAIXA:
1) Kiss Me. O álbum começa com uma grande música, bem ao estilo Alice Donut de outros álbuns, com pausas e groove, além do fuzz a toda! Muito boa composição, vale a pena conferir!
2) Mr. Pinkus. Esta já se assemelha mais a um punk rock ou uma banda grunge. Embalada, sem frescura e trocas rápidas de acordes. Muito boa.
3) Wired. Com exceção da introdução, esta faixa se assemelha muito à anterior, embora seja mais lenta. A introdução (que aparece depois, no meio) é bem característico do grupo, com toques simples na caixa da bateria. Muito boa composição!
4) She Tells Me Things. Talvez a música mais trivial do álbum, sem nenhum detalhe a mais além dos arranjos de cada instrumento, mas embalada, lembra um punk rock. Também muito boa, principalmente no momento das pausas dos instrumentos no meio da música.
5) Running Arms In The Phillipines. Composição bem ao estilo do grupo, para mim, uma das melhores do álbum. Acordes abertos e um refrão que fazem toda a diferença, além dos arranjos da guitarra, no refrão. Vale a pena conferir!
6) Cost. Mais uma música ao estilo Alice Donut, esta com aquele toque "sombrio" para a intenção. Pouco drive (embora o baixo tenha um em um momento) e muita intenção e expressão, é o que fazem a música ser considerada muito boa!
7) Problems. Mais uma música trivial, ao estilo da faixa 4, porém com backing vocals que fazem todo o diferencial. É simples, mas é boa!
8) Up Is Down. Para mim, a melhor faixa do álbum, com certeza. Diferentes nuances durante a composição, bons trabalhos de dinâmica e expressão. Vale a pena conferir! O refrão com a caixa da bateria dobrada é a "cereja do bolo" da composição!
9) Helsinki. Música bem ao estilo Alice Donut, com riffs e acentos deslocados e um refrão sing-a-long muito bom. Também uma das melhores do álbum. Esta faixa possui um videoclip de divulgação que vale a pena conferir.
10) Kcick. Digamos que esta é a balada do álbum! Porém uma balada mórbida! É uma música lenta com intenções sombrias. Não me agrada muito, creio ser uma das piores do álbum.
11) Farmer's Almanac. Esta tem compasso 5/8! Excelente! Dá um aspecto de que tem alguma coisa fora do lugar, com certeza uma das melhores só por causa desta parte, já que o refrão é bem sem sal, mas a composição compensa só pela parte do 5/8!
12) Setting Sun. O álbum fecha com uma música que tem na guitarra o seu destaque, através dos riffs e das dissonâncias. Não é das melhores, mas é bacana, sem nada de especial, mas não é enjoativa, vale a pena conferir.
Escute as três irmãs e perceba as "viagens" deste excelente grupo!

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Albert King - Live '69 (2003)

GÊNERO: Blues
ORIGEM: EUA (Indianola - Sunflower / Mississippi)
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Show gravado em 1969, casualmente no dia do meu aniversário, 29 de Maio, porém lançado somente em 2003 pelo selo Tomato. Não encontrei informações sobre os músicos que fizeram parte do álbum, além do próprio Albert que canta e toca guitarra, infelizmente. Um dos 3 kings do blues, este que é conhecido principalmente pelos bends que faz na guitarra, que por sinal, tem nome: Lucy! Além dos bends, que são feitos puxando as cordas para baixo já que ele é canhoto, mas não inverte as cordas para tocar, deixando a corda aguda em cima; a dinâmica que existe em suas composições e arranjos são algo espetacular. Para acompanhá-lo, é preciso ter um bom feeling e executar de acordo com o que a música pede. Muito bom o álbum, recomendo ouvi-lo, não irão se arrepender!
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FAIXA A FAIXA:
1) Introduction. A primeira faixa é uma introdução ao álbum. Existe uma apresentação enquanto a banda mantém uma harmonia bem característica de blues, com a dinâmica bem leve, até a guitarra começar o solo, quando então os instrumentos sobem a dinâmica.
2) Why Are You So Mean To Me. Um blues típico com seu chorus de 12 compassos em compasso simples, com a guitarra preenchendo os espaços com frases. Uma boa música para iniciar um show!
3) As The Years Go Passing By. Esta é, para mim, a melhor faixa do álbum. Um blues em compasso composto com a intensidade extremamente fraca, o que dá um clima muito interessante para a composição, que tem seu brilho através das inserções da guitarra e da execução do vocal. Som para ouvir relaxado (ou para relaxar?!)!
4) Please Come Back To Me. Mais um blues em compasso composto, mas este com a intensidade um pouco mais forte que a faixa anterior, embora mantenha as mesmas características.
5) Crosscut Saw. Esta já volta ao compasso simples, com a intensidade padrão, além de possuir um bom groove em sua levada, na intenção de Rock Me Baby, do outro King! Muito boa música!
6) Personal Manager. Mais um blues em compasso composto e, para mim, uma das melhores do álbum, principalmente devido às frases de guitarra.
Ouça o álbum e sinta toda emoção de um dos 3 reis do blues!