sábado, 31 de julho de 2021

No Harm Done - Our Day Of Days (2006)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: EUA (Deltona - Volusia / Flórida)
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Este é o segundo álbum lançado pelo grupo, o primeiro que não fosse de maneira independente, através do selo Anchorless. É um bom álbum, em sua maior parte, bastante veloz e bem embalado, com arranjos muito bem trabalhados. Os músicos possuem boa técnica, então, além de estar tudo no lugar, os arranjos são muito bem trabalhados, existindo frequentes frases em sincronia entre os instrumentos. Na minha opinião, soa como uma mistura de Good Riddance, Strung Out (dos anos 2000) e Strike Anywhere. O típico hardcore dos anos 2000, sempre com alguma pitada de emo ou screamo nos arranjos vocais, e, claro, aqui não poderia ser diferente! Mesmo que em poucos momentos, mas existe linhas vocais inspiradas no screamo, com um vocal extremamente rasgado e gritado, embora a maior parte o vocal lembra, e muito, com Good Riddance. O grande destaque do álbum está nos arranjos, que, como disse, são extremamente bem trabalhados. Infelizmente não encontrei o nome dos integrantes, apenas do vocalista: Matt Cantwell, porém não tive a certeza se neste álbum ele também toca contrabaixo ou não, já que por um período do grupo, Matt foi vocalista e baixista do grupo. A arte da capa ficou por conta de Mike Cortada. É um bom álbum, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) The Last Patrol. O álbum inicia com uma faixa que á apenas uma introdução. Com pouca duração, instrumental, com pouca velocidade, arranjos de guitarra oitavados e uma boa frase de bateria.
2) The Search. Esta é uma boa composição, oscilando entre trechos velozes e cadenciados, com um excelente arranjo, em especial o da guitarra. O vocal mescla entre momentos mais rasgados e outros menos.
3) Cruella De Ville. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, bastante veloz e embalada, com um bom arranjo de guitarra, além de eventuais frases em sincronia entre os instrumentos, bem como um bom desenho melódico da voz, embora o destaque esteja no arranjo.
4) The Breaking Point. Uma boa composição, com, mais uma vez, um ótimo arranjo de guitarra, velocidade e embalo. O destaque está na parte A, mais veloz, já que na parte B ela fica mais cadenciada, mesmo que sem perder o embalo. O arranjo, mais uma vez, merece atenção.
5) The Enemy. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Bastante embalada e com um excelente arranjo, possuindo frases em sincronia entre os instrumentos, além de um ótimo arranjo de guitarras e frases em sincronia, com frequentes variações rítmicas e frases.
6) One Nation United. Outra boa composição, com bastante velocidade e um excelente arranjo de guitarra, sendo estes os destaques, junto com o embalo, existindo eventuais frases em sincronia entre os instrumentos.
7) The Fight For Peace. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com uma introdução mais cadenciada, o que não dura muito tempo, pois logo na parte A a velocidade já aparece, munida de um excelente arranjo de guitarra, que é o grande destaque junto com o embalo.
8) Just Have Hope. Outra excelente composição, muito bem trabalhada, com excelente arranjo de guitarra, embora a bateria mereça destaque. A composição alterna entre momentos mais velozes e outros mais cadenciados.
9) A Picture From The Past. Mais uma composição bem veloz. Ela me lembra, bastante, com Strung Out, principalmente devido ao desenho melódico da voz, sendo o destaque o arranjo como um todo, em especial, mais uma vez, para a guitarra e eventuais frases em sincronia entre os instrumentos.
10) My Battle Cries. Mais uma ótima composição, com um arranjo muito bem trabalhado, frequentes variações de cadência, com acentos no contratempo quando da troca de acordes e um bom arranjo de guitarra. Talvez a faixa menos veloz do álbum, embora possua trechos velozes.
11) Without Us. Uma composição com uma excelente intenção, sendo este o destaque, além do arranjo, mais uma vez, muito bem trabalhado. Me agrada bastante a progressão harmônica da parte A, sendo a parte B o ponto fraco, na minha opinião. Os arranjos de guitarra merecem atenção, mais uma vez.
12) Our Glory Is Gone. O álbum finaliza com a faixa que considero a melhor do álbum. Extremamente bem trabalhada, com frequentes variações de cadência, alternando entre trechos mais embalados e outros menos, trechos mais velozes e outros menos, sendo o desenho melódico da parte B o grande destaque junto com os arranjos de guitarra e as frases em sincronia. Uma faixa para fechar o álbum com chave de ouro!
Ouça o álbum e conheça o nosso dia dos dias!

segunda-feira, 26 de julho de 2021

No Debt - Split [Vortex] (1986)

GÊNERO: Street Punk
ORIGEM: Bélgica (Bruges / Flandres Ocidental)
FORMAÇÃO:
Bieze (Vocal)
Vaan (Guitarra)
Donat (Baixo)
Marbles - Mario De Vooght (Bateria)
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Este é o primeiro split, e único trabalho, lançado pelo grupo, através do selo Punk Etc, e foi gravado no estúdio Aaltrack. É um bom split que, embora eu tenha classificado como street punk, flerta muito forte com o D-Beat, além de possuir pitadas de Oi!, porém o vocal acaba me fazendo crer que o street punk é mais evidente. As músicas são velozes, o que caracteriza bastante o D-Beat, porém as progressões harmônicas são executadas com tudo nas cabeças, o que foge da ideia do D-Beat e se assemelha mais ao street punk, embora as progressões sejam mais características do D-Beat. Enfim, difícil rotular, lembra um pouco de Exploited na fase do Troops Of Tomorrow, mas não muito, lembrando, também, as bandas suecas de D-Beat dos anos 80, mas também, um pouco, o punk britânico do final dos anos 70. Os músicos não possuem muita técnica, mas muita energia e está tudo no lugar, porém com nada de especial para chamar a atenção, apenas mais uma ótima banda que ajudou a deixar o legado do punk na metade dos anos 80 em sua região.
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FAIXA A FAIXA:
1) Blood Front. O split inicia com uma das faixas que considero das melhores. Com uma progressão harmônica em semitons na sua introdução (que é, também, a harmonia do refrão), bem trabalhada, por sinal, e as partes A e B bastante velozes, com destaque para o refrão e as marcações dos acentos. Uma faixa que se assemelha bastante ao D-Beat.
2) Attends. Outra faixa muito boa, bastante veloz, com uma introdução bem hilária, com pitadas de Oi!, esta é uma faixa bem veloz, com um desenho melódico da voz muito interessante, apesar de simples, sendo este o destaque da composição.
3) Save The World. Considero esta a melhor faixa do split, também bastante veloz e embalada, me agrada bastante o desenho melódico da voz na parte A, mas o destaque, para mim, ainda é um pequeno detalhe: a primeira virada da bateria ainda antes de entrar a voz, bastante incomum. O trabalho de dinâmica e o solo também merecem destaque.
4) Army Boots. Mais uma faixa bem veloz e embalada, mas bem trivial, com uma progressão harmônica e um desenho melódico com nada de mais. Não é uma má composição, mas longe de ser das melhores. Esta faixa lembra, um pouco, Chaos UK.
5) Street Riot. A faixa menos veloz de todo split, embora  o refrão seja veloz, esta, sim, é um típico street punk, mas com pitadas de Oi!. O destaque, na minha opinião, está no refrão, seu embalo e vocal bem sing-a-long.
6) Arrestatie. O split finaliza com outra boa composição, que inicia com uma introdução com somente contrabaixo, até que os demais instrumentos aparecem, apropriando-se de acordes fora da ideia tonal, lembrando a música Desequilíbrio. Logo após a velocidade e o embalo aparecem, com um arranjo que possui uma pausa. Também bem D-Beat.
Ouça o split e entre no vórtice!

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Nirvana - It's Better To Burn Out Than To Fade Away... (1994)

GÊNERO: Grunge
ORIGEM: EUA (Aberdeen - Grays Harbor / Washington)
FORMAÇÃO:
Kurt Cobain (Vocal, guitarra)
Jason Everman (Guitarra)
Krist Novoselic (Baixo)
Chad Channing (Bateria)
Dave Grohl (Bateria)
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Esta é uma coletânea não oficial, lançada após 3 álbuns de estúdio, através do selo Sounds Of Seattle. É uma coletânea apenas com músicas que são lados B de singles, ou foram lançadas em split, demos e versões ao vivo. São gravações do período entre 1989 e 1993. A coletânea foi lançada meses após a morte de Kurt, existindo duas faixas bônus que são quase como uma homenagem ao músico. O encarte também faz um breve relato da história da vida de Kurt, além de possuir diversas fotografias de diferentes épocas, incluindo a infância. É um bom álbum, que alterna entre composições mais intimistas e outras mais "sujas", sendo o grande destaque o trabalho de dinâmica nas composições e as progressões harmônicas que não respeitam o campo harmônico tonal. Uma das faixas do álbum é uma faixa cover. Os músicos não são muito técnicos, porém a energia e expressão superam, de longe, este fator. Poucos solos e arranjos bem simples, mas bem trabalhados, com um excelente uso da dinâmica. O curioso é que a frase que dá nome à coletânea foi retirada da letra de My, My, Hey, Hey, de autoria de Neil Young, e esta é uma frase que foi escrita na carta de despedida de Kurt, quando este se suicidou com um tiro na cabeça, o que deixou, segundo o próprio Neil, o músico arrasado. O grupo dispensa comentários, sendo, talvez, a maior referência do gênero, um grupo inovador com uma intenção bem explícita e muito bem expressada em suas composições.
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FAIXA A FAIXA:
1) Curmudgeon. A coletânea inicia com uma faixa não muito embalada, em especial na parte A, existindo constantes pausas. A parte B já é mais embalada, com muito efeito, um phaser constante do início ao fim. Não muito veloz, mas ainsa assim uma boa composição.
2) Even In His Youth. Considero esta faixa uma das melhores da coletânea, bem embalada, com uma ideia bem minimalista na parte A, poucos acordes e frases repetitivas. O refrão já possui mais acordes e um desenho melódico da voz mais bem definido. Não muito veloz, mas com um bom embalo.
3) D-7. Esta é a faixa cover presente na coletânea, uma composição de Greg Sage e gravada, originalmente, pelo grupo Wipers, em 1979. Uma composição lenta e intimista, sem o uso de distorção, fuzz ou drive em seu início, mas que aparece depois, junto com a parte embalada. Uma boa composição, com destaque para o trabalho de dinâmica entre as partes.
4) Endless, Nameless. Uma faixa lenta, pesada e arrastada, com arranjos de guitarra bem sujos, sem um acorde definido, muito efeito, e alternando com outra parte mais cadenciada e sem distorção e peso. Destaque para o trabalho de dinâmica entre as partes.
5) Pay To Play. Considero esta uma das melhores faixas da coletânea. Esta é a composição que deu origem à música Stay Away. Bem embalada, com um bom trabalho de dinâmica e um refrão bem sing-a-long.
6) Oh, The Guilt. Outra faixa não muito veloz, com um bom arranjo, apesar de simples. Iniciando nada embalada, existindo constantes pausas na execução harmônica em algumas partes, mas embalando depois, sendo o ápice o refrão. Um bom trabalho de dinâmica que é o destaque junto com o solo "sujo" de guitarra.
7) I Hate Myself And I Want To Die. Uma faixa que possui certo embalo, embora possua um clima pouco alegre, com um toque depressivo na execução vocal. É uma boa composição, embora com nada de mais que chame a atenção.
8) Verse, Chorus, Verse. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Também conhecida pelo nome Sappy, esta é uma das primeiras composições do grupo, porém, mesmo tendo sido gravada inúmeras vezes, nunca foi lançada de maneira oficial, quase tendo entrado no álbum In Utero, mas ficando de fora aos 45 do segundo tempo! Bem embalada, com uma boa intenção, ela possui um ótimo desenho melódico da voz e uma boa progressão harmônica.
9) Moist Vagina. Outra composição bem intimista, com um bom trabalho de dinâmica, alternando entre trechos mais cadenciados e outros mais pesados e sujos. O trabalho de dinâmica também é bem evidente na voz, sendo este o destaque da composição.
10) Marigold. Mais uma faixa bem intimista, com uma boa frase do baixo e o arranjo de guitarra bem limpo, sem uso de distorção. O vocal também é bem intimista, com pouca potência e altura. Uma boa composição, com destaque para a parte A.
11) Gallons Of Rubbing Alcohol Flow Through The Strip. Mais uma composição intimista, esta com uma grande duração, notas que fogem da ideia tonal, uma cadência harmônica bem minimalista, com um bom trabalho de dinâmica, em especial devido à voz e guitarra. Uma boa composição, com uma boa intenção e destaque para as dissonâncias existentes, além de possuir uma ideia bem minimalista, mais uma vez.
12) School (Live). Considero esta a melhor faixa da coletânea, é onde começam as faixas ao vivo, todas elas gravadas no Paramount Theatre em 31 de Outubro de 1991. Um ótimo arranjo, com um bom embalo, embora não veloz, um bom solo de guitarra, sendo o destaque o excelente refrão, além de um bom trabalho de dinâmica.
13) Drain You (Live). A faixa mais pop da coletânea, possuindo um bom embalo, um bom desenho melódico da voz, e existindo uma variação brusca de intenção nas ideias harmônicas das duas partes, sendo este o grande destaque da composição.
14) Been A Son (Live). Outra faixa que considero das melhores da coletânea, com um bom embalo, e uma ótima progressão harmônica, em especial na parte A, o destaque da composição, na minha opinião, embora o refrão não seja ruim.
15) COURTNEY LOVE. Esta é a primeira faixa bônus da coletânea, que nada mais é do que a esposa de Kurt Cobain, Courtney Love, lendo a carta deixada pelo músico antes de seu suicídio. Percebe-se a tristeza na voz da narradora. Nada de música, apenas falas.
16) TORI AMOS - Smells Like Teen Spirit. A coletânea finaliza com a segunda e última faixa bônus, uma versão de um dos maiores clássicos (se não o maior) do grupo, gravada pela cantora Tori Amos, executada apenas com voz e piano. Uma boa versão, com um bom arranjo. Uma boa homenagem ao músico.
Ouça a coletânea e saiba porque é melhor queimar do que desaparecer!

segunda-feira, 19 de julho de 2021

New Pokerface - Act The Animal (2006)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Holanda (Breda / Brabante do Norte)
FORMAÇÃO:
Tim Klaassen (Vocal, guitarra)
Erik Hermeler (Baixo)
Thomas Frankhuijzen (Bateria)
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Este é o primeiro Ep, e primeiro trabalho, lançado pelo grupo, através do selo White Russian. É um ótimo Ep, com músicas velozes e bem trabalhadas, apesar de simples, tanto as composições e os arranjos, com destaque para o arranjo individual de cada  instrumento, em especial a bateria. Com exceção do baterista, os músicos não possuem muita técnica, nenhuma das faixas possui solo, apenas frases oitavadas na guitarra. Ainda lembra o hardcore melódico dos anos 90, porém com um desenho melódico da voz mais com a cara dos anos 2000. Curto e sem frescuras, os arranjos foram bem pensados, conseguindo atingir uma concepção bem interessante, o timbre de voz é agradável, sendo difícil encontrar composições que destoam das demais, sendo todas as faixas bem semelhantes, com as mesmas características e intenções. O Ep conta com um vídeo de divulgação, e a arte da capa ficou por conta de Milo Strain. Um ótimo Ep, que conta com uma faixa instrumental, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Act The Animal. O Ep inicia com a faixa instrumental. Esta é, na verdade, uma faixa de introdução, com pouca duração e monocórdica, sendo o destaque o arranjo rítmico, com os acentos executados em sincronia entre os instrumentos.
2) Pass Your Goals. Considero esta uma das melhores faixas do Ep, com um arranjo bem trabalhado, existindo boas frases oitavadas da guitarra e um ótimo arranjo de bateria, além de possuir variações de cadência entre as partes e frases rítmicas executadas em conjunto, além de um bom trabalho de dinâmica.
3) The Architects. Outra boa faixa, com um bom trabalho de dinâmica e bastante veloz, porém esta é a faixa que menos me agrada, muito em função da progressão harmônica e desenho melódico da voz. A composição possui um bom arranjo, com frases oitavadas da guitarra, variações de cadência e eventuais frases executadas em sincronia entre os instrumentos.
4) Man Vs. Man. Outra faixa que me agrada bastante, em especial sua introdução, com uma excelente frase oitavada da guitarra, possuindo variações de cadência entre as partes, sendo a execução harmônica da parte A com frequentes pausas. Considero o desenho melódico da voz, no refrão, o destaque da composição.
5) Different Straight Thinking. Considero esta a melhor faixa do Ep. Bastante veloz, com um ótimo arranjo e um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque o arranjo, existindo uma variação de cadência no refrão. Embalada e veloz, a parte A é a parte que mais me agrada.
6) Again And Again. O Ep finaliza com outra faixa que me agrada bastante, veloz e com um ótimo embalo, existindo frases oitavadas da guitarra, além de possuir um bom arranjo, com eventuais variações de cadência, sendo o destaque o arranjo de guitarra.
Ouça o Ep e aja como o animal!

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Neurotics - Repercussions (1985)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Inglaterra (Harlow - Essex / East Of England)
FORMAÇÃO:
Steve Drewett (Vocal, guitarra)
Colin Dredd (Baixo)
Simon Lomond (Bateria, percussão)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Jungle e foi gravado no estúdio Elephant. Na verdade este não é o primeiro registro do grupo, apenas o primeiro sob o nome de Neurotics, já que anteriormente o grupo se chamava Newtown Neurotics, voltando a adotar este nome quando se reuniram novamente, já na década de 2000. É um excelente álbum, bem característico do punk rock britânico com pitadas de pós punk, soando como um punk rock mod com ska. Considero o som do grupo como uma mistura de Jam com Clash, aquele clima mod, com eventuais faixas com influências de ska. Arranjos bem trabalhados, com a inclusão de outros instrumentos, as faixas não são muito velozes, mas, geralmente, com um bom embalo. O álbum conta com as participações de Andy Smith tocando trompete, Vivienne Bazille-Corbin tocando saxofone alto, Alexia Constantine tocando trombone, e Chris Payne tocando teclado, sendo a arte da capa uma ilustração de Enrico Equi. Considero um ótimo álbum, com uma intenção bem expressa, bons arranjos, sendo o destaque os arranjos de guitarra.
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FAIXA A FAIXA:
1) This Fragile Life. O álbum começa com sua faixa mais conhecida, presente em diversas coletâneas. Não muito pesada, esta soa como Jam, pouca distorção e eventuais arranjos de guitarra limpos e arpejados, possuindo um arranjo de metais em eventuais trechos.
2) Screaming. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com duas partes bem distintas, a parte A bem intimista, com um aspecto bem pós punk, existindo a inclusão de um teclado. Já a parte B é instrumental e possui uma frase de guitarra simplesmente sensacional, apesar de simples, talvez o melhor de todo o álbum!
3) Sects. Uma boa faixa, mais uma vez com um arranjo de metais (e também com a inclusão do teclado), sendo o destaque o refrão e o desenho melódico da voz, possuindo um bom embalo, apesar de não muito veloz. O trecho em que possui o arranjo de sopros também merece destaque.
4) Fighting Times. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, na verdade é uma faixa muito ruim, não me agrada nem um pouco. Bem leve e suave, lenta, com pouco embalo e a inclusão de um arranjo de piano que deixa a composição mais "suave".
5) The Mind Of Valerie. Outra boa faixa, com um bom arranjo, em especial da guitarra, além de um bom embalo, apesar de não muito veloz. Destaque para o arranjo e desenho melódico da voz, possuindo, mais uma vez, eventuais trechos com arranjo de um naipe de metais.
6) Bored Policemen. Esta faixa é um ska, com a inclusão de um timbre de órgão, possuindo o refrão bem punk rock. Lembra bastante Clash. Não é uma faixa ruim, mas longe de ser das que mais me agradam no álbum, sendo o destaque o refrão.
7) Creatures From Another World. O álbum finaliza com a faixa que considero a melhor do álbum, bem embalada, com uma ótima, e simples, progressão harmônica, além de um excelente arranjo melódico da voz, incluindo seus contracantos. O arranjo da guitarra lembra bastante Replicantes!
Ouça o álbum e suas repercussões!

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Neurosis - Times Of Grace (1999)

GÊNERO: Sludge Metal
ORIGEM: EUA (Oakland - Alameda / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Scott Kelly (Vocal, guitarra, percussão)
Steve Von Till (Vocal, guitarra, percussão)
Noah Landis (Teclado, sintetizador)
Dave Edwardson (Baixo, sintetizador)
Jason Roeder (Bateria, percussão)
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Este é o sexto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Relapse, e foi gravado nos estúdios Electrical Audio e Mr. Toad's. É um bom álbum, com uma excelente concepção, muito peculiar, inclusive, considerado, por muitos, o primeiro álbum a soar como "Neurosis", com as faixas bem lentas, nem um pouco velozes, mas com muita intenção. As composições são muito bem pensadas, com arranjos bem trabalhados, sempre com um "clima" envolvendo as faixas, existindo eventuais faixas instrumentais. O mais interessante de todo conceito do álbum é que este é um álbum para ser ouvido, simultaneamente, com o álbum Grace, do grupo Tribes Of Neurot, um grupo com os mesmos membros do Neurosis, como se fosse um "alter ego". Uma versão, em CD, foi lançado anos mais tarde contendo os dois álbuns, um álbum duplo, um complementa o outro! Uma excelente concepção, extremamente criativo e poucas vezes visto, com certeza o ponto forte do álbum, só por esta ideia o álbum merece ser respeitado, embora as composições também são um grande destaque. O álbum soa como uma mistura de Melvins com Buzzoven, e conta com as participações de John Goff tocando gaita de fole, Jackie Gratz tocando violoncelo, Jon Birdsong tocando tuba e corneta, Wendy-O Matik como narrador, Johannes Mager tocando trombone, e Kris Force tocando violino e viola.
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FAIXA A FAIXA:
1) Suspended In Light. O álbum inicia com uma faixa com um ar bem de introdução. É uma faixa instrumental, com um excelente trabalho de dinâmica, boas intenções e um excelente clima com um toque de tensão.
2) The Doorway. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Com bastante dissonância e um clima de tensão, o arranjo da bateria se destaca, com uma frase bem interessante. O vocal bem distorcido, um bom trabalho de dinâmica, sendo o destaque o arranjo.
3) Under The Surface. Esta possui uma intenção bem tribal. Mais uma vez bastante dissonância e tensão no ar, porém com uma progressão harmônica que não me agrada muito, existindo boas frases da guitarra.
4) The Last You'll Know. Uma boa composição, bem lenta e arrastada, com bastante dissonância, mais uma vez, um bom arranjo rítmico, embora simples, além de um bom trabalho de dinâmica, mesmo não sendo muito evidente.
5) Belief. Mais uma música lenta, embora esta não seja tão arrastada quanto à faixa anterior. Um bom clima, com um ótimo trabalho de dinâmica, a harmonia apenas com ataques na cabeça dos acordes, um clima de tensão, porém com pouca distorção, mantendo um clima mais "soturno".
6) Exist. Mais uma faixa com um clima bem intimista, e, mais uma vez, uma faixa instrumental, com uma ideia bem minimalista, com uma frase executada pela guitarra que se repete incessantemente.
7) End Of The Harvest. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, iniciando com um clima bem intimista, com muitos efeitos sonoros que ajudam a criar um clima bem interessante. Aos poucos os instrumentos começam a aparecer, existindo uma ótima progressão harmônica, com eventuais dissonâncias e um clima de tensão. Eventuais frases executadas em sincronia, com destaque para as quiálteras acentuadas.
8) Descent. Mais uma faixa instrumental, executada com um ritmo de marcha, como se soasse como o instrumental de um batalhão rumo à batalha, possuindo um bom arranjo, com eventuais dissonâncias e efeitos sonoros.
9) Away. Considero esta a melhor faixa do álbum, bem intimista e minimalista, com uma frase quase que constante e um vocal que lembra, um pouco, com Iggy Pop. Um excelente trabalho de dinâmica e uma excelente intenção são os destaque da composição e do arranjo.
10) Times Of Grace. A faixa que dá nome ao álbum é uma das faixas que considero das melhores. Mais uma composição com clima de tensão, bem como a execução de eventuais dissonâncias. Bem lenta e arrastada, esta possui bastante distorção e peso.
11) The Road To Sovereignty. O álbum finaliza com uma faixa extremamente intimista, bem lenta e arrastada. Também uma faixa instrumental, com um clima de tensão e um bom arranjo. Uma boa composição para finalizar o álbum, sendo o destaque o arranjo das vozes dos instrumentos melódicos.
Ouça o álbum e curta os tempos de graça!

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Neo Travel Kit - Neo Travel Kit (2000)

GÊNEROS: Hardcore Melódico / Pop Punk / Punk Rock
ORIGEM: Colômbia (Bogotá / Cundinamarca)
BANDAS: LAPM / Buck Wild / Octubre Negro / Nuclear Saturday / Tom Sawyer / Whippersnapper / K-93 / Annalise / Los Jackson / Rank Miasm / Pepe Bocadillo / Staring Back / 69 Enfermos / Blamed / Independiente 81 / Mock Orange / Area 12 / Downway / No Prohibido
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Esta é a primeira coletânea da série, lançada através do selo Tropical Punk. É uma ótima coletânea, com metade das bandas colombianas e a outra metade de bandas de diferentes países. A grande maioria das faixas são de bandas de hardcore melódico, sendo a maioria veloz, com bons arranjos. É uma pena a qualidade de gravação da maioria das bandas colombianas, muitas composições excelentes, porém a qualidade não colabora, mas é uma característica do país neste período, dificilmente encontramos gravações de bandas de hardcore ou punk rock com boa qualidade, mas, apesar disso, é possível perceber a composição e suas intenções. Algumas bandas mais conhecidas, mas a maioria não, porém retrata bem o momento, a época da virada do século, os últimos anos do hardcore melódico com a cara dos anos 90, já que poucos anos depois houve uma mudança na maneira de compor. É uma ótima coletânea, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) LAPM - Un Idiota Más. A coletânea começa com uma faixa bem veloz, porém com a qualidade de gravação não muito boa. É uma banda colombiana, bem hardcore melódico, com boas frases de guitarra, um bom desenho melódico da voz, porém o timbre de guitarra não colabora, embora a composição seja muito boa.
2) BUCK WILD - One Day. Sou um grande fã desta banda, e considero esta faixa uma das melhores da coletânea, apesar de ser, talvez, a faixa mais lenta. Porém o refrão me agrada muito, em especial pelo desenho melódico da voz, mas também pelas antecipações do tempo forte. Um pop punk de qualidade!
3) OCTUBRE NEGRO - Intentando Escapar. Uma boa composição, com um bom arranjo, porém esta é, talvez, a faixa que menos me agrada na coletânea. Uma introdução mais lenta, mas que, ao entrar a voz, surge a velocidade. Mais uma vez o timbre de guitarra deixa a desejar.
4) NUCLEAR SATURDAY - Last Time. Gosto bastante desta composição, bem veloz e embalada, lembra bastante Face To Face. Um bom desenho melódico da voz, com bons arranjos de guitarra. Porém o destaque, na minha opinião está no refrão e embalo.
5) TOM SAWYER - Estás. Mais uma vez o timbre de guitarra deixa a desejar. Esta é a faixa mais veloz da coletânea até então, é uma ótima composição, com bons arranjos de guitarra, que, junto com a velocidade e embalo, são, na minha opinião, o destaque.
6) WHIPPERSNAPPER - The System. Outra boa composição, com um bom arranjo, velocidade e embalo. Lembra, um pouco, com Strung Out. Destaque para o arranjo do refrão, bem trabalhado, existindo frases em sincronia entre os instrumentos. Os arranjos e frases de guitarra também merecem atenção.
7) K-93 - Poder Vivir. Considero esta uma das melhores faixas da coletânea, infelizmente, mais uma vez, com os timbres de guitarra deixando a desejar. O grande destaque está no desenho melódico da voz na parte A, embora a progressão harmônica, embora simples, me agrade bastante, também. Não muito veloz, mas com bastante embalo.
8) ANNALISE - Singpost And Alleyways. Outra boa composição, com bom arranjo, não muito veloz, mas de qualidade. Destaque para o arranjo e refrão, embora o arranjo de guitarra também mereça atenção.
9) LOS JACKSON - Sr. Jerez. Ótima composição, bastante veloz, mas prejudicada, de novo, pelo timbre de guitarra. Bom arranjo, bons contracantos e um bom desenho melódico da voz, além de boas frases de guitarra. Arranjo simples, mas com seus méritos.
10) RANK MIASM - Staring At The Ceiling. Outra boa faixa, bem arranjada, com um excelente vocal, feminino, bastante velocidade, esta faixa lembra, um pouco, Tilt. Destaque para o arranjo, muito bem trabalhado e pensado.
11) PEPE BOCADILLO - Prom. Outra boa composição com os timbres de guitarra deixando a desejar. Não muito veloz, mas com um bom embalo, o destaque está nas frases da guitarra, enquanto o ponto fraco está no vocal, que acaba desafinando.
12) STARING BACK - Mom. Ótima composição, me agrada a progressão harmônica da parte A, porém até entrar o acorde do sétimo grau. Não muito veloz, mas com um bom embalo, o destaque está na parte A, embora o arranjo de guitarra mereça atenção, com boas frases. O ponto fraco, na minha opinião, está no refrão.
13) 69 ENFERMOS - Democracia?. Considero esta uma das melhores faixas da coletânea, bem embalada, embora não muito veloz, com um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque o refrão, bem sing-a-long, com um bom arranjo de guitarra e excelente desenho melódico da voz.
14) BLAMED - Last Time. Considero esta uma das melhores faixas da coletânea, provavelmente a faixa mais punk rock, embora tenha pitadas de hardcore. Não muito veloz, provavelmente a faixa mais lenta da coletânea, sendo o grande destaque a parte A e seu arranjo de guitarra e progressão harmônica.
15) INDEPENDIENTE 81 - Los Mariquitas Del Neo. Mais uma faixa com o timbre de guitarra deixando a desejar, porém, desta vez, não só da guitarra, o timbre da bateria também não é muito bom. Não muito veloz e com o vocal que desafina, esta é uma das faixas que menos me agradam na coletânea.
16) MOCK ORANGE - All You Have. Excelente arranjo, extremamente bem trabalhado, o que me faz decidir ser uma das melhores faixas da coletânea. Em especial o arranjo da introdução me agrada muito, sendo o grande destaque. Esta composição soa como uma mistura de Choke e Pulley. Não muito veloz, mas bastante embalada, sendo o destaque o arranjo e técnica da bateria.
17) AREA 12 - El Día De Hoy. Composição bastante veloz, com um bom arranjo de guitarra, embora prejudicado pelo timbre, mais uma vez. Me agrada bastante, embora o arranjo bem simples. Lembra os primeiros do Blink-182, porém com um vocal mais grave, o qual, na minha opinião, é o ponto fraco, com um mau jogo de acentuação, enquanto o destaque está no arranjo de guitarra.
18) DOWNWAY - Rearrange. Outra faixa que me agrada bastante, não muito veloz, mas com um ótimo embalo, esta se assemelha, e muito, com Face To Face, ótimo desenho melódico e contracantos, além de um bom arranjo.
19) NO PROHIBIDO - Jeronimo. Considero esta a melhor faixa da coletânea, embora a qualidade não seja muito boa. Extremamente veloz, com um ótimo arranjo, com ótimas frases, ótimo arranjo e um bom desenho melódico da voz, sendo o grande destaque, disparadamente, a guitarra e a qualidade técnica do guitarrista, com certeza o melhor guitarrista de todas as bandas desta coletânea, embora o baterista mereça ser valorizado, assim como o arranjo, extremamente bem trabalhado.
Ouça a coletânea e conheça o novo kit de viagem!