quinta-feira, 8 de julho de 2021

Neurosis - Times Of Grace (1999)

GÊNERO: Sludge Metal
ORIGEM: EUA (Oakland - Alameda / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Scott Kelly (Vocal, guitarra, percussão)
Steve Von Till (Vocal, guitarra, percussão)
Noah Landis (Teclado, sintetizador)
Dave Edwardson (Baixo, sintetizador)
Jason Roeder (Bateria, percussão)
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Este é o sexto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Relapse, e foi gravado nos estúdios Electrical Audio e Mr. Toad's. É um bom álbum, com uma excelente concepção, muito peculiar, inclusive, considerado, por muitos, o primeiro álbum a soar como "Neurosis", com as faixas bem lentas, nem um pouco velozes, mas com muita intenção. As composições são muito bem pensadas, com arranjos bem trabalhados, sempre com um "clima" envolvendo as faixas, existindo eventuais faixas instrumentais. O mais interessante de todo conceito do álbum é que este é um álbum para ser ouvido, simultaneamente, com o álbum Grace, do grupo Tribes Of Neurot, um grupo com os mesmos membros do Neurosis, como se fosse um "alter ego". Uma versão, em CD, foi lançado anos mais tarde contendo os dois álbuns, um álbum duplo, um complementa o outro! Uma excelente concepção, extremamente criativo e poucas vezes visto, com certeza o ponto forte do álbum, só por esta ideia o álbum merece ser respeitado, embora as composições também são um grande destaque. O álbum soa como uma mistura de Melvins com Buzzoven, e conta com as participações de John Goff tocando gaita de fole, Jackie Gratz tocando violoncelo, Jon Birdsong tocando tuba e corneta, Wendy-O Matik como narrador, Johannes Mager tocando trombone, e Kris Force tocando violino e viola.
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FAIXA A FAIXA:
1) Suspended In Light. O álbum inicia com uma faixa com um ar bem de introdução. É uma faixa instrumental, com um excelente trabalho de dinâmica, boas intenções e um excelente clima com um toque de tensão.
2) The Doorway. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Com bastante dissonância e um clima de tensão, o arranjo da bateria se destaca, com uma frase bem interessante. O vocal bem distorcido, um bom trabalho de dinâmica, sendo o destaque o arranjo.
3) Under The Surface. Esta possui uma intenção bem tribal. Mais uma vez bastante dissonância e tensão no ar, porém com uma progressão harmônica que não me agrada muito, existindo boas frases da guitarra.
4) The Last You'll Know. Uma boa composição, bem lenta e arrastada, com bastante dissonância, mais uma vez, um bom arranjo rítmico, embora simples, além de um bom trabalho de dinâmica, mesmo não sendo muito evidente.
5) Belief. Mais uma música lenta, embora esta não seja tão arrastada quanto à faixa anterior. Um bom clima, com um ótimo trabalho de dinâmica, a harmonia apenas com ataques na cabeça dos acordes, um clima de tensão, porém com pouca distorção, mantendo um clima mais "soturno".
6) Exist. Mais uma faixa com um clima bem intimista, e, mais uma vez, uma faixa instrumental, com uma ideia bem minimalista, com uma frase executada pela guitarra que se repete incessantemente.
7) End Of The Harvest. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, iniciando com um clima bem intimista, com muitos efeitos sonoros que ajudam a criar um clima bem interessante. Aos poucos os instrumentos começam a aparecer, existindo uma ótima progressão harmônica, com eventuais dissonâncias e um clima de tensão. Eventuais frases executadas em sincronia, com destaque para as quiálteras acentuadas.
8) Descent. Mais uma faixa instrumental, executada com um ritmo de marcha, como se soasse como o instrumental de um batalhão rumo à batalha, possuindo um bom arranjo, com eventuais dissonâncias e efeitos sonoros.
9) Away. Considero esta a melhor faixa do álbum, bem intimista e minimalista, com uma frase quase que constante e um vocal que lembra, um pouco, com Iggy Pop. Um excelente trabalho de dinâmica e uma excelente intenção são os destaque da composição e do arranjo.
10) Times Of Grace. A faixa que dá nome ao álbum é uma das faixas que considero das melhores. Mais uma composição com clima de tensão, bem como a execução de eventuais dissonâncias. Bem lenta e arrastada, esta possui bastante distorção e peso.
11) The Road To Sovereignty. O álbum finaliza com uma faixa extremamente intimista, bem lenta e arrastada. Também uma faixa instrumental, com um clima de tensão e um bom arranjo. Uma boa composição para finalizar o álbum, sendo o destaque o arranjo das vozes dos instrumentos melódicos.
Ouça o álbum e curta os tempos de graça!

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