sábado, 18 de setembro de 2021

Omega - The Prophet (1985)

GÊNERO: NWOBHM
ORIGEM: Inglaterra (Londres / Londres)
FORMAÇÃO:
Nick Brent (Vocal, guitarra)
Steve Grainger (Guitarra, teclado)
Dave Robertson (Baixo)
Graham Roberts (Bateria)
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Este é o primeiro, e único, álbum lançado pelo grupo, através do selo Rock Machine, e foi gravado no estúdio Flame. É um ótimo álbum, possui uma intenção e atmosfera bem peculiar e hipnotizante, as composições são extremamente bem arranjadas, além de serem bem pensadas. A grande maioria das composições possuem uma intenção bem intimista, com uma ambientação hipnotizante, muitas vezes gerada pelos efeitos de teclado e sintetizador, algo que nos transporta, automaticamente, para os anos 80! Embora eu tenha classificado como NWOBHM, existem influências de heavy metal, rock progressivo, AOR e hard / glam, com doses bem homogêneas, dificultando a rotulação de um gênero. Lembra uma mistura de Motörhead, Iron Maiden, Black Sabbath, Judas Priest e alguma banda qualquer de hard / glam dos anos 80! O grande destaque, na minha opinião, estão nos arranjos de guitarra e nas ambientações e intenções dos arranjos, sempre muito bem expressivos. As composições são bem trabalhadas, sem muita velocidade e possuindo eventuais momentos embalados, com boas melodias, bem como variações de cadência. O ponto fraco, na minha opinião, está na expressão vocal, um pouco "suave" demais, sem muita energia. Digamos que temos guitarras de heavy metal, teclados de rock progressivo, vocal AOR e baixo e bateria perdidos em um limbo no meio desta mistura, percorrendo um pouco em todas estas intenções! O álbum ainda conta com uma faixa cover. Um excelente álbum, talvez um pouco "obscuro", até por ser o único trabalho do grupo, mas, com certeza, bastante qualidade. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) The Dark. O álbum inicia com uma composição bem intimista, mantendo uma levada em shuffle, possuindo um ótimo trabalho de dinâmica, além de possuir o melhor arranjo vocal entre todas as faixas, na minha opinião, em um cero momento, ela poderia ser facilmente confundida com uma composição do Motörhead! Nada veloz, mas com um embalo constante, o destaque está no trabalho de dinâmica, existindo um trecho com frases de guitarra bem ao estilo Iron Maiden.
2) Shadows Of The Past. Outra faixa nada veloz, esta com uma intenção bem blues, lembra bastante Black Sabbath. Um bom trabalho de dinâmica, embora não tão evidente quanto à faixa anterior. Destaque para os riffs de guitarra e para a parte B, onde existe uma variação de andamento, deixando a composição mais embalada.
3) The Prophet. A faixa que dá nome ao álbum é uma composição bem conceitual, com diversas partes diferentes, bem ao estilo do rock progressivo. Não veloz, mas com um bom embalo, o grande destaque está no trabalho de arranjo e intenção.
4) Yesterday's Children. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, já mais embalada que as faixas anteriores, e um pouco mais veloz, esta possui um excelente arranjo de guitarra, com ótimos riffs, além de possuir uma frequente divisão rítmica em "cavalgada", bem como um refrão bem sing-a-long.
5) Drive Me Crazy. Esta é a composição mais simples de todo álbum, com certeza a faixa de trabalho do álbum, pois possui menor duração, refrão bem sing-a-long, embalo e um arranjo bem hard / glam, se assemelhando com muitas bandas da época, embora os timbres e riffs de guitarra se assemelhem a Judas Priest.
6) Day Tripper. Eis que surge a faixa cover do álbum! Esta é uma composição de John Lennon e Paul McCartney, e foi gravada, originalmente, em 1965, pelo grupo Beatles. Um novo arranjo para a composição, mais metal, com riffs de guitarra com a cara dos anos 80, bem como um baixo pedal, além de um maior andamento. Uma boa versão, bem diferente da original, mas sem deixar de lado a essência da composição.
7) The Child. O álbum finaliza com a faixa que considero a melhor. Extremamente bem ambientada, com uma intenção bem evidente e muito bem expressada, esta é uma composição extremamente simples, mas com um arranjo que faz toda a diferença. Possuindo certo embalo, apesar de pouca velocidade, ela possui um refrão bem sing-a-long, sendo o grande destaque, na minha opinião, o desenho melódico da voz e as variações de intenção entre as partes. Uma excelente faixa, para finalizar o álbum de maneira grandiosa, elevado pelo ótimo trabalho de dinâmica.
Ouça o álbum e conheça o profeta!

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