segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Astro Zombies - Are Coming... (1997)

GÊNERO: Psychobilly
ORIGEM: França (Dijon / Bourgogne Franche Comté)
FORMAÇÃO:
Christophe Bobby Bourgeade (Vocal, guitarra)
Bassou - Laurent Abry (Baixo acústico)
Gaybeul - Fabrice Gualdi (Bateria)
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Álbum de estréia do grupo lançado pelo selo Banana Juice. É um psychobilly que flerta com o rockabilly e com o western. O vocal é grave e usa eventuais drives, geralmente quando quer atingir notas mais agudas, além de ter bastante reverber, assim como a guitarra que tem um drive leve e algum delay, existindo eventuais trêmulos executados com a alavanca. Não tem nada de mais em relação à parte técnica, sendo o destaque os fraseados da guitarra. Lembra um pouco de Coffinshakers com Reverend Horton Heat. Muito boa a banda, vale a pena ouvir! O álbum ainda conta com um cover!
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FAIXA A FAIXA:
1) The Astro Zombies Are Coming. A faixa de abertura é instrumental e possui uma introdução que provavelmente é do filme de 1969 homônimo. É uma excelente música para abrir o álbum, com a harmonia típica de rockabilly, mas com um ar tenso, de suspense. Destaque para a levada na caixa da bateria. Vale a pena conferir!
2) The Devil On Arrival. A música começa no mesmo clima da anterior, apesar de mais embalada, porém aqui temos a presença da voz. Muito boa composição, com frequentes pausas e trabalhos de dinâmica que fazem toda a diferença. Uma das melhores do álbum.
3) Magnetic Man. Excelente introdução, porém depois ela se torna um rockabilly. Lembra bastante Reverend Horton Heat. É bem rockabilly, mas com um ar tenso! Vale a pena conferir.
4) Love You So. Uma introdução bem jungle, com frases da bateria bem tribais, que se completa perfeitamente com o arranjo da guitarra. Quando da entrada da voz, a música se torna um rockabilly em modo menor! Mas o grande destaque é o arranjo da introdução, que aparece mais vezes no decorrer da faixa.
5) I'm All Right. A balada do álbum! Mas aquela balada de pistoleiro! Composição bem western, com frases bem ao estilo do gênero. A faixa é executada bem fraca, não abusando da intensidade, mas não é lenta, apenas cria-se um ar "sombrio". Muito boa faixa, lembra um pouco de Coffinshakers!
6) I'll Never Be Your Friend. Uma das melhores do álbum. Começa com um riff de guitarra bem ao clima de terror, mantendo esta ideia por toda parte A, mudando apenas no refrão, o qual tem um arranjo muito bom. Lembra um pouco de Dead Kennedys, vale a pena conferir.
7) Barcelona. A melhor faixa do álbum, na minha opinião. Começa com um fraseado típico de músicas espanholas, ou flamenco, com a típica escala menor harmônica! Aliás, esta ideia se mantém por toda faixa, inclusive no solo, que é bem simples, lembra até Replicantes! Vale a pena ouvir, de verdade!
8) Bertha-Lou. Aqui temos nosso cover! Esta é uma música composta por Johnny Burnette e John Marascalco, gravada originalmente em 1957 por Johnny Faire. Com exceção do refrão, ela até parece um ska com baixo "batatão", aquele das bandas de baile, embalando no refrão. Muito boa versão!
9) No Other Girl. Mais uma faixa com um ar western, porém com uma levada que lembra um tango. Podemos considerá-la mais uma balada, talvez até mais que a faixa 5 pelo fato de ser mais "dançante". O reverber fica evidente nesta faixa devido à pouca dinâmica. Dá uma quebrada no embalo do álbum, mas vem em boa hora!
10) Manson Family. A faixa começa com um riff de guitarra que lembra o clássico Secret Agent Man. Aqui volta o embalo, com destaque para o trabalho de dinâmica da guitarra, que cria todo o clima da composição. Harmonia típica de rockabilly, mas com ar de horror!
11) Suicide. Uma das melhores do álbum, creio ser esta a música mais punk rock do álbum, é o legítimo punkabilly! É um punk rock, mas com aquele ar do psychobilly, em especial devido ao baixo acústico. Vale a pena conferir!
12) The Usual Suspects. O álbum fecha com mais uma faixa instrumental. O curioso é que os acordes da introdução são os mesmos do final da música Cygnus X-1, do Rush! Esta faixa não é tão boa quanto à primeira, mas não é ruim, apenas trivial. No final da faixa temos mais uma edição de falas do, creio eu, filme de 1969.
Confira os zumbis do espaço franceses em seu primeiro trabalho e saia assobiando as frases de guitarra que ficam na mente!

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