sábado, 9 de outubro de 2021

Pallas - The Edge Of Time (2019)

GÊNERO: Rock Progressivo
ORIGEM: Escócia (Aberdeen / Aberdeen)
FORMAÇÃO:
Paul Mackie (Vocal)
Ronnie Brown (Teclado)
Niall Mathewson (Guitarra)
Graeme Murray (Baixo)
Colin Fraser (Bateria)
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Este é o oitavo álbum de estúdio do grupo, e foi lançado de maneira independente. É um bom álbum, bem diferente dos álbuns anteriores, apesar de ser uma espécie de coletânea, já que todas as faixas são regravações, com novos arranjos, de músicas já gravadas pelo grupo, até então, nestes mais de 40 anos de carreira. É um álbum extremamente conceitual, possuindo uma intenção bem explícita, com um clima bem espectral e orquestral, apesar de não possuir uma formação sinfônica. São composições extremamente bem compostas e pensadas, com excelentes arranjos e climas bem intensos, podemos dizer que são arranjos que serviriam perfeitamente para uma orquestra, porém são executados por um formato de banda de rock. Com certeza o foco não está na questão técnica, embora seja necessário um grande conhecimento para interpretar as composições, mas na intenção, dinâmica e arranjo. Todas estas questões estão muito bem definidas nas interpretações. A grande maioria das faixas são instrumentais, muitas delas encaixariam perfeitamente em uma trilha sonora de um filme de ficção! O curioso do álbum é que ele foi lançado apenas na página oficial do grupo, podendo o comprador escolher o formato, em CD ou para download em MP3. A versão para download possui 6 faixas a mais, como se fossem faixas bônus, aqui disponibilizo a versão com todas as faixas possíveis. Nada veloz e embalado, muito pelo contrário, este é um álbum para se ouvir com calma, possuindo pitadas de new age como influência, sendo quase um álbum de meditação! O grande destaque está na criatividade e ousadia do grupo para criar os arranjos das composições.
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FAIXA A FAIXA:
1) Ghostdancers. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Com um excelente clima e intenção, o arranjo de violino é o grande destaque. Bem lenta e introspectiva, transmitindo diferentes sensações, o desenho melódico lembra bastante algum tema qualquer do Ennio Morricone!
2) Violet Sky. Outra faixa que considero das melhores do álbum, possuindo um clima bem semelhante à faixa anterior, o destaque desta versão está no arranjo de violão, embora o arranjo e o movimento das vozes também mereçam atenção. Instrumental, assim como a faixa anterior, também não tem nada de velocidade e embalo.
3) New Life. A primeira faixa do álbum com a presença de voz. É uma boa composição, com um clima bem intimista, às vezes, até, minimalista. Com uma presença rítmica mais evidente em relação às faixas anteriores, os graves são executados, frequentemente, com staccato.
4) Just A Memory. A faixa mais "rock" até então, com a presença da bateria mais evidente, esta também é uma faixa instrumental, sendo o destaque o desenho melódico executado pelo violoncelo, possuindo, eventualmente, uma distorção como efeito na guitarra.
5) In Cold Blood. Esta é outra faixa com a presença de voz. Considero esta uma das piores faixas do álbum, realmente não me agrada, embora possua um bom clima e intenção. Também bem intimista, executada com um baixo fretless, o destaque está no arranjo.
6) Ark Of Infinity. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. O clima desta composição lembra bastante a trilha sonora de algum filme espacial, com uma frase constante executada pela caixa da bateria, e marcações dos acentos com o bumbo, sendo o destaque o arranjo melódico, existindo eventuais variações de compasso. Outra faixa instrumental.
7) The Blinding Darkness Of Science. Esta é a faixa mais pesada do álbum até então, embora também não possua velocidade e embalo, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo, embora o arranjo melódico com 3 vozes também mereça destaque. Mais uma faixa instrumental.
8) Something In The Deep. Esta faixa é outra que possui voz, sendo uma das faixas que menos me agrada no álbum. Sem nada de muito especial, a intenção e clima são os grandes destaques, embora o arranjo mereça atenção, também.
9) This Haunted Land. Outra boa faixa, instrumental, a qual o destaque está no arranjo, mais uma vez. Uma excelente intenção, com um ótimo trabalho de dinâmica, sem velocidade e sem embalo, com poucas variações no decorrer da faixa.
10) Stranger On The Edge Of Time. Esta é a última faixa da versão em CD, e é a faixa que considero a melhor do álbum, em especial devido à melodia principal, também existindo a presença vocal. Mesmo que o destaque esteja na melodia, o arranjo e dinâmica também merecem atenção, possuindo um arranjo rítmico mais evidente.
11) First Promo (Megamix). Esta é a primeira das faixas "bônus", existente apenas na versão para download, e nada mais é do que uma espécie de propaganda do álbum, com pequenos trechos de cada uma das faixas, emendadas uma na outra.
12) Violet Sky (Vocal Mix). Esta faixa é a mesma da faixa 2, porém com a inclusão de voz, portanto as características são as mesmas descritas na faixa 2, embora considere a versão sem voz mais interessante.
13) New Life (Instrumental Mix). Mesma descrição da faixa 3, porém esta sem a inclusão da voz, uma versão instrumental.
14) Something In The Deep (Instrumental Mix). Mesma descrição da faixa 8, porém esta é uma versão instrumental.
15) Stranger On The Edge Of Time (Instrumental Mix). A mesma descrição da faixa 10, porém esta é uma versão instrumental. Considero a versão com vocal mais interessante.
16) Bonus Free Track (Ascension Instrumental Mix). O álbum finaliza com a única das faixas "bônus" que não é uma versão diferente, ou editada, de uma das faixas anteriores, e considero esta uma das melhores faixas do álbum, a que apresenta mais distorção na guitarra, embora não seja o tempo todo, sendo esta mais uma faixa instrumental.
Ouça o álbum e conheça o fim do tempo!

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