quinta-feira, 30 de junho de 2022

Slime - Alle Gegen Alle (1983)

GÊNERO: Street Punk
ORIGEM: Alemanha (Hamburgo / Hamburg)
FORMAÇÃO:
Dirk Jora (Vocal)
Christian Mevs (Guitarra)
Elf - Michael Mayer (Guitarra)
Eddie - Eddi Räther (Baixo)
Stephan Mahler (Bateria)
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Este é o terceiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Aggressive Rockproduktionen, e foi gravado no estúdio Music Lab. Este é o último álbum de estúdio lançado antes do primeiro hiato, já que houvera lançado apenas um álbum ao vivo neste meio tempo. É um ótimo álbum, que possui muita influência do punk rock britânico do final dos anos 70, percebendo-se bastante influência de bandas como Sham 69 ou Cockney Rejects. As composições são embaladas, em eventuais momentos, velozes, possuindo eventuais frases e riffs de guitarra, bem como bons arranjos, apesar de simples, boas intenções e energia, além de bons desenhos melódicos da voz. O álbum possui duas faixas cover. O grupo é um dos pioneiros do punk rock em seu país, já que surgiu ainda na década de 70, com uma história repleta de polêmicas, incluindo o motivo de seu primeiro hiato, menos de dois anos após o lançamento deste álbum, envolve questões polêmicas no que diz respeito às letras, bem como críticas baseadas em posicionamentos políticos. Aqui o grupo ainda não tinha seu reconhecimento fora do meio em que se colocaram, o que veio a acontecer após a re-união do grupo anos mais tarde. A arte da capa ficou por conta de Malte. Independente das polêmicas e ideologias, este é um ótimo álbum, com uma boa mixagem, a qual mantém todos os elementos perceptíveis, com bons timbres, de um grupo referência em seu país. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Linke Spiesser. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Embalada e com certa velocidade, um bom desenho melódico da voz, bem como uma boa progressão harmônica e bons desenhos melódicos da voz, possuindo frequentes contracantos no refrão, sendo o destaque, na minha opinião, a parte A.
2) Störtebecker. Esta faixa já é menos veloz que a anterior, porém, ainda assim, embalada, possuindo um refrão bem sing-a-long e com frequentes contracantos. A progressão harmônica é bem rock and roll, algo que não foge muito do I-IV-V, bem "quadradinho". Destaque para o desenho melódico da voz.
3) Untergang. Considero esta a melhor faixa do álbum, embalada e com certa velocidade, possuindo um excelente riff de guitarra, presente já na introdução, envolvido por boas frases de bateria, além de possuir um refrão sensacional, o destaque, na minha opinião, o qual possui eventuais pausas e frases que merecem atenção.
4) Zu Kalt. Outra ótima composição, já mais intimista, embora embalada, possuindo uma excelente intenção, o grande destaque, na minha opinião. Em modo menor, ela mantém uma ideia padrão em sua progressão harmônica, I-VII-VI-V, embora possua eventuais variações, além de um bom desenho melódico da voz, o destaque, na minha opinião, embora os riffs de guitarra mereçam atenção.
5) Ihr Seid Schön. Outra faixa embalada e com certa velocidade, possuindo eventuais acordes, na parte A, que fogem de uma ideia tonal, sendo este o destaque, na minha opinião, possuindo um refrão bem sing-a-long, além de possuir eventuais contracantos.
6) Religion. Outra ótima composição, com um bom arranjo de guitarra em sua introdução, possuindo um bom embalo, embora não muito veloz, uma progressão harmônica com nada de especial, sendo o destaque, na minha opinião, o desenho melódico da voz e o refrão com sua progressão harmônica e contracantos.
7) Nazis Raus. Esta é a primeira faixa cover do álbum, composta, e originalmente gravada, pelo grupo Betoncombo, em 1981, ela possui um bom embalo, embora não muito veloz, com uma progressão harmônica bem simples, sendo o destaque, na minha opinião, o arranjo de bateria, mesmo que possua alguns sons de baquetas, embora o (sutil) trabalho de dinâmica mereça atenção.
8) Sand Im Getriebe. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Bem embalada e com certa velocidade, possuindo um excelente desenho melódico da voz, bem como eventuais contracantos, sendo o destaque, na minha opinião, a progressão harmônica da parte A.
9) Alle Gegen Alle. A faixa que dá nome ao álbum é uma boa composição, a qual possui um bom embalo, embora não muito veloz, soando bem punk rock e possuindo um bom riff de guitarra na introdução, o destaque, na minha opinião, existindo uma variação tonal, bem interessante, na ponte.
10) Die Letzten. Outra ótima composição, que inicia com uma excelente frase de guitarra acompanhada de um arranjo de bateria bem de banda marcial, possuindo um bom embalo, bem como certa velocidade, existindo um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque, justamente, a frase de guitarra.
11) Etikette Tötet. Esta é uma boa composição, mais intimista, nada veloz, mas com um bom embalo, a qual o destaque, na minha opinião, está no trabalho de dinâmica, embora a progressão harmônica da parte A (à la Holiday In Cambodia) mereça atenção.
12) Ich Will Nicht Werden. Esta é a outra faixa cover do álbum, composta e, originalmente, gravada, pelo grupo Ton Steine Scherben, em 1971. É uma boa composição, com um refrão bem alegre, mas que possui bons acentos, embora o destaque, na minha opinião, esteja na progressão harmônica da parte A, possuindo um bom embalo.
13) Tod. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Embalada e com certa velocidade, além de trocas rápidas de acorde e um refrão bem sing-a-long. O destaque, na minha opinião, está na parte A e sua progressão harmônica, embora o desenho melódico da voz mereça atenção.
14) Junge Junge. Mais uma boa composição, bem embalada, com uma intenção bem rock 'n' roll, o que fica evidente devido ao arranjo e progressão harmônica, possuindo eventuais pausas, enquanto o destaque, na minha opinião, esteja nos riffs de guitarra e no desenho melódico da voz, embora os contracantos também mereçam atenção.
15) Guter Rat Ist Teuer. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores. Com um bom embalo, boa progressão harmônica, em especial na parte A, a qual considero o destaque da composição, ela possui uma variação de cadência no refrão, o qual é bem sing-a-long.
Ouça o álbum e saiba porque estão todos contra todos!

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