quinta-feira, 9 de junho de 2022

Silla Eléctrica - Ritmo Suicida (2011)

GÊNERO: Street Punk
ORIGEM: Espanha (Madri / Madri)
FORMAÇÃO:
Clara Jeffers (Vocal, guitarra)
Mario Rivière (Vocal, guitarra)
Raquel Sanz (Bateria)
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Este é o primeiro, único, é último, trabalho lançado pelo grupo, através do selo Solo Para Punks. É um bom álbum, com composições velozes e outras nem tanto, que, embora e tenha classificado como street punk, possui influências de punk rock, hardcore old school e garage punk. As faixas não são muito trabalhadas e os integrantes não possuem muita técnica, porém tudo está no lugar, "redondinho", exalando bastante energia na interpretação das composições. O vocal é ponto fraco, na minha opinião, com pouco trabalho melódico, muitas vezes priorizando por um vocal "gritado", o que compensa devido à energia. O álbum possui uma faixa cover. O curioso é que é um trio que não possui contrabaixo em sua formação, tendo duas guitarras, comum nas bandas de garage punk. É um grupo com uma carreira curta, de, aproximadamente, 5 anos, sendo este o único álbum lançado, a semelhança e influência do punk madrilenho é evidente, intenções que, na minha opinião, soam diferentes de bandas espanholas de outras regiões, sendo assim, uma característica das bandas do gênero (ou porquê não, movimento cultural / musical) da capital espanhola. Um bom álbum, mais uma banda que ajudou a consolidar uma maneira de compor específica de sua região, que serve como referência. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) No Controlo. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Com um bom embalo, não muito veloz, e com uma ótima progressão harmônica, embora simples, assim como o arranjo de bateria, em especial na parte A.
2) Viva La Traición. Outra boa composição, bem embalada e já mais veloz que a faixa anterior, mas com uma progressão harmônica mais simples, assim como a intenção melódica, sendo o destaque, na minha opinião, a progressão harmônica da ponte.
3) Niños. Outra boa composição, bem embalada, com um bom riff de guitarra na introdução, possuindo uma progressão harmônica e intenção rítmica bem simples, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
4) Héroes Corruptos. Uma ótima composição, com destaque para a introdução e seu arranjo de bateria com a caixa dobrada. Mantém um bom embalo, não muito veloz, com progressões harmônicas bem simples, além de um refrão bem sing-a-long.
5) Esta Canción. Esta faixa já possui mais velocidade, assim como um bom embalo. É uma boa composição, com trocas rápidas e acorde e um vocal bem gritado, possuindo contracantos no refrão.
6) Temer A La Verdad. Outra boa composição, com um bom embalo, embora não muito veloz, além de um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque, na minha opinião, a frase da guitarra.
7) Policía. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, bem embalada, com uma progressão harmônica bem simples, mas cativante, possuindo uma boa introdução, em especial pelo arranjo de guitarra, além de um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque, na minha opinião, o desenho e execução melódica da voz.
8) Odio Verte. Outra faixa que considero das melhores do álbum, em especial devido ao refrão, o destaque, na minha opinião, bem sing-a-long e com um ótimo arranjo, em especial devido à bateria, além de trocas rápidas de acorde, sempre bem acentuadas.
9) Trabajo. Esta é a faixa cover do álbum, composta e gravada por Maureen Tucker, em sua carreira solo, em 1989, e é, também, a faixa mais intimista do álbum até então, embora possua um bom embalo. A parte A é toda conduzida pelo surdo da bateria, o que ajuda a dar uma intenção mais intimista, também.
10) Voy A Ser. Outra boa composição, bem embalada, também não muito veloz, com uma progressão harmônica bem simples, vocal que, na parte A, alterna entre Mario e Clara, além de possuir um refrão bem sing-a-long e um bom riff de guitarra.
11) Ritmo Suicida. A faixa que dá nome ao álbum, é uma boa composição, com duas intenções distintas entre as partes, sendo o destaque, na minha opinião, o refrão, bem sing-a-long e com uma boa progressão harmônica, embora as trocas rápidas de acorde na parte A mereçam atenção.
12) Que Más Te Da?. Outra ótima composição, em especial devido à parte A e seu arranjo de bateria,  o destaque, na minha opinião. Possuindo um bom embalo e um bom riff de guitarra que também merecem atenção.
13) Inseguridad. Outra boa composição, bem veloz e embalada, possuindo trocas rápidas de acorde, frequentes contracantos, além de um refrão bem sing-a-long. Destaque para a execução da progressão harmônica.
14) No Hay Nada Más. Considero esta a melhor faixa do álbum, não muito veloz, mas bem embalada, com um bom arranjo, em especial devido à frase da guitarra, embora o desenho melódico da voz também mereça atenção, existindo frequentes contracantos.
15) El Fin Del Mundo. Outra boa composição, com uma boa intenção melódica, embora pouco embalada devido à execução da progressão harmônica bem pausada, na parte A. O refrão e a parte A' já possuem um bom embalo, sendo o refrão bem sing-a-long. Destaque para a intenção melódica da voz.
16) No Puedes Cambiar. Outra boa composição, mais intimista, não muito veloz, mas com um bom embalo, além de uma boa progressão harmônica. O destaque está, justamente, na intenção, embora as frases da guitarra mereçam atenção.
17) Piratear. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, a mais veloz, além de possuir um bom embalo, uma boa progressão harmônica, um bom solo de guitarra e um refrão bem sing-a-long.
18) Delirio. O álbum finaliza com uma das faixas que considero das melhores, sem dúvida, a mais melodiosa, sendo, justamente, o desenho melódico da voz o grande destaque, na minha opinião, embora o arranjo de guitarra mereça atenção. Possuindo um refrão bem sing-a-long.
Ouça o álbum e embarque em um ritmo suicida!

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