domingo, 12 de junho de 2022

Sinner - Dangerous Charm (1987)

GÊNERO: Heavy Metal
ORIGEM: Alemanha (Stuttgart / Baden Württemberg)
FORMAÇÃO:
Mat Sinner - Matthias Lasch (Vocal, baixo)
Andy Susemihl (Guitarra)
Armin Mucke (Guitarra)
Jacquie Virgil (Teclado)
Matthias Ulmer (Teclado)
Bernie Van Der Graaf (Bateria)
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Este é o sexto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Noise International, e foi gravado nos estúdios Union e EGE Sound. É um bom álbum, porém extremamente diferente dos álbuns anteriores, com certeza um "soco no estômago" para os fãs do grupo quando o ouviram pela primeira vez, na época! Um álbum bastante criticado, nele o grupo se apropriou de elementos típicos do rock / hard dos anos 80, deixando as composições mais "suaves" e os arranjos mais pop, com a frequente inclusão e utilização de teclados e sintetizadores, típico das bandas de rock da metade dos anos 80, soa como inúmeros álbuns lançados, pelo mundo todo, do gênero entre os anos de 1985 e 1987, com muitas composições que cairiam como uma luva para algum filme Sessão da Tarde dos anos 80! As faixas, em sua maioria, não são velozes, com extremo apelo comercial, existindo embalo em muitas delas, assim como refrões sing-a-long, contracantos e melodias vocais bem tonais e "alegres", em especial nos, já mencionados, refrões. O destaque, na minha opinião, está nos solos de guitarra, bem como eventuais riffs do mesmo instrumento. O curioso é que o álbum possui 4 versões: uma em LP, com 10 faixas, e 3 em CD: uma com 11 faixas, outra com 10 faixas, porém com diferença em relação à versão em LP, e outra, lançada anos mais tarde, que possui 10 faixas, em uma versão de "2 álbuns em 1 CD", ao qual tem este e o álbum anterior juntos, no mesmo disco. Aqui, disponibilizo a versão com 11 faixas. A arte da capa ficou por conta da empresa de design, Malbuch. Podemos dizer que este álbum é um "escorregão" na carreira do grupo, que serve de referência para o metal alemão, sendo mais uma das inúmeras bandas que surgiram naquela forte "onda" do metal alemão dos anos 80, respeitada e considerada como uma banda de heavy metal, NWOBHM e power metal, mas, que neste lançamento, soa um hevay metal com fortes influências de A.O.R. e glam metal , além de existir elementos do new wave, com intenções futuristas, comum naquela época. Ainda assim, é um bom álbum, apenas devemos "digeri-lo" com calma, entender e se acostumar com as intenções de cada composição, embora, ainda assim, existam algumas composições "difíceis de engolir"! O álbum conta com uma faixa instrumental. Vale a pena conferir, mas vá com calma e aceitação, pois, caso contrário, este é um álbum que não terá intenção de ouvir novamente!
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FAIXA A FAIXA:
1) Concrete Jungle. O álbum inicia com uma das faixas mais bem aceitas pela crítica, porém, embora seja uma boa composição, com destaque para os riffs de guitarra, o arranjo possui um baixo pedal, um arranjo de teclado bem evidente, um bom embalo, embora pouco veloz, além de um refrão bem pop e sing-a-long.
2) Knife In My Heart. Esta faixa já é mais lenta que a anterior, porém, ainda assim, possui um bom embalo, existindo momentos mais intimistas. Destaque para o arranjo de guitarras, com seus riffs e frases. Quase uma balada, com teclados em evidência e um refrão mais pop.
3) Dangerous Charm. A faixa que dá nome ao álbum é uma das que considero das melhores, bem embalada e com um ótimo riff de guitarra, além de um bom desenho melódico da voz. O destaque, na minha opinião, está na parte A, em especial devido ao arranjo de guitarras, enquanto que o refrão tem uma intenção bem pop, o ponto fraco, na minha opinião, embora possua bons riffs de guitarra.
4) Everybody Needs Somebody To Love. Simplesmente horrível! Esta é daquelas faixas que você sempre vai passar pra frente quando começar a tocar! Uma balada, bem intimista, com vocal chorado, um refrão bem sing-a-long e pop, com frequentes contracantos. A legítima metal ballad dos anos80!
5) Nobody Rocks Like You. Esta faixa não está presente em duas versões lançadas em CD: a que possui 10 faixas e a que foi lançada junto com o álbum anterior. É uma boa composição, nada veloz, mas com um bom embalo, com o pulso bem marcado pela bateria e baixo, que, mais uma vez, mantém uma ideia bem pedal, possuindo um refrão bem pop, com os teclados em evidência, sendo o arranjo de dois bumbos da bateria o ponto positivo do refrão.
6) Tomorrow Doesn't Matter Tonight. Esta é a típica faixa que lembra os anos 80, poderia servir, perfeitamente, para trilha sonora de filmes de aventura dos anos 80! Com muito teclado em evidência, um bom trabalho de dinâmica e um  refrão que possui uma variação modal bem contrastante, o que deixa a intenção bem alegre e pop, sendo nada veloz, mas mantendo um bom embalo.
7) Fight The Fight. Sem sombra de dúvidas esta é a melhor faixa do álbum, um oásis dentro do conjunto de composições! Esta sim lembra o Sinner que a maioria conhece! Com um excelente embalo e certa velocidade, além de excelentes riffs de guitarra e bons arranjos de dois bumbos da bateria, bem como um refrão bem sing-a-long, esta soa como um power metal alemão típico!
8) Back In My Arms. Outra faixa que considero das melhores do álbum, possuindo um bom embalo, embora não veloz, além de excelentes riffs de guitarra, em especial na parte A, o destaque, na minha opinião. Eventuais contracantos na parte A ajudam a elevar a qualidade do arranjo, enquanto o refrão é bem sing-a-long, com um bom desenho melódico da voz.
9) Gipsy. Esta é outra faixa que considero das melhores, bem embalada, não muito veloz, mas com uma boa progressão harmônica, embora simples, além de excelentes riffs de guitarra, o destaque, na minha opinião, enquanto o refrão já tem uma intenção mais pop.
10) Desperate Heart. Esta é a faixa que finaliza a versão em LP, e é, também, a faixa instrumental do álbum. Em termos de composição, esta é uma ótima composição, muito bem trabalhada em sua intenção harmônica e melodia, que é executada pela guitarra. Muita expressão e com um bom trabalho de dinâmica, possui muitos traços da música erudita, sendo mais uma balada, bem lenta e intimista, com destaque para a melodia da guitarra.
11) Last Dance. Esta faixa não está presente na versão em LP. A faixa que finaliza o álbum é uma das que considero das piores. A parte A é mais interessante, com bons riffs de guitarra, uma ponte que não incomoda, porém o refrão é muito ruim, com uma intenção pop / comercial extremamente apelativa, sendo bem sing-a-long e "feliz". Possui um bom embalo, embora não seja muito veloz.
Ouça o álbum, mas cuidado com o charme perigoso!

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