quinta-feira, 2 de junho de 2022

Shiver - Never Too Late (2003)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: EUA (Pittsburgh - Allegheny / Pennsylvania)
FORMAÇÃO:
Bruce Boul (Vocal)
Mark DelFratte (Guitarra)
Jon Sula (Baixo)
Benj Auman (Bateria)
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Este é o segundo álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo SDIT. É um excelente álbum, bastante veloz e embalado, com palhetadas rápidas e acordes com pouca duração, possuindo um excelente desenho melódico da voz, existindo frequentes riffs de guitarra, além de eventuais frases de guitarra. É um álbum com a cara do hardcore melódico da metade dos anos 90, lembra bastante com o início da carreira de bandas como No Use For A Name ou Strung Out, embora a maior semelhança, que fica bem evidente, é com o Pennywise. Um álbum que, pode-se dizer, está "fora de seu tempo", já que o grupo resgata, de maneira extremamente fiel, o hardcore feito em torno de 7 ou 9 anos antes, para quem viveu esta época (como eu), acaba se tornando um momento nostálgico, em especial ao ouvir o álbum pela primeira vez, pois nos remete, automaticamente, àquele período, fazendo o ouvinte mergulhar, e lembrar, da metade dos anos 90 de forma instantânea, tamanha a semelhança com inúmeros álbuns lançados entre 1993 e 1996. Embora seja um hardcore melódico bem explícito, existem algumas eventuais faixas que soam bem skate punk, já não tão velozes, mas mantendo a mesma intenção, sendo os momentos com notas longas na execução da melodia o grande destaque, na minha opinião. Com certeza este seria um grupo que teria mais reconhecimento e, hoje, quem sabe, pudesse ser um grupo referência do gênero, caso tivesse surgido e lançado seu material anos antes, pois como disse, é um álbum com a cara dos anos 90, sendo, desta forma, um álbum "fora de seu tempo"! É um álbum sensacional, um dos estilos de composição que mais me agradam, sou, realmente, um grande fã de álbuns que soam como este, qualquer elogio que eu possa fazer a ele, será pouco! É um álbum que deve ser conferido, em especial pelos amantes do gênero, assim como eu!
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FAIXA A FAIXA:
1) Another Day. O álbum já inicia com a faixa que considero a melhor! Mostrando o que espera, ela já demonstra o que é o álbum: muita velocidade, embalo, excelentes melodias, com bons arranjos, palhetadas rápidas, assim como a troca de acordes.
2) Voice Of Treason. Uma excelente composição, a mais trabalhada do álbum, com frequentes frases da bateria, acentos bem marcados, além de trocas rápidas de acorde e palhetadas rápidas e um excelente desenho melódico da voz, existindo eventuais pausas e variações de cadência.
3) All We Have. Esta é uma faixa excelente, mas que soa mais como um skate punk, possuindo um bom embalo, embora mais lenta que as faixas anteriores, possuindo um ótimo refrão, bem sing-a-long, além de um bom arranjo.
4) Envy. Esta é uma das faixas que considero das melhores do álbum, a qual escancara a influência de Pennywise, já que a parte A é praticamente igual à alguma composição do grupo californiano! Um bom trabalho de dinâmica, além de muito embalo e velocidade, somados a um ótimo desenho melódico da voz e um bom arranjo elevam a qualidade da composição.
5) Home. Outra excelente composição, que inicia com um bom riff de guitarra, mantendo a mesma característica padrão da maioria das faixas: velocidade, embalo, bom desenho melódico da voz, palhetadas rápidas, bem como as trocas de acorde.
6) You Decide. Outra excelente composição que mantém o padrão do álbum com muita velocidade e embalo, com destaque para o arranjo do refrão, em especial pelos ataques nos pratos de ataque pela bateria. O desenho melódico da voz também merece atenção.
7) Reasons Why. Mais uma ótima composição, porém bem dividido suas intenções de cadência, ora veloz, ora mais cadenciado, no mais, mantém as mesmas características padrão da maioria das composições.
8) Never Too Late. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, bastante veloz e embalada, com um ótimo desenho melódico da voz, em especial no refrão, sendo este o grande destaque da composição, na minha opinião. Os acentos nos pratos de ataque, na parte A, também merecem atenção.
9) Close My Eyes. Esta é outra composição mais cadenciada e menos veloz, soando mais como um skate punk. A faixa inicia com uma frase da guitarra com as notas oitavadas, possuindo um bom desenho melódico da voz, sendo o refrão o grande destaque, na minha opinião.
10) A Fire Inside. Mais uma excelente composição, que volta a manter as características padrão da maioria das composições, além de um refrão bem sing-a-long, mais uma vez, o grande destaque da composição. O arranjo, com eventuais pausas e frases em sincronia entre os instrumentos, também merece atenção.
11) Try. Mais uma faixa mais cadenciada, soando bem skate punk, mas, ainda assim, com um ótimo embalo, bem como a progressão a harmônica e um excelente desenho melódico da voz, possuindo um refrão sing-a-long.
12) Just For Today. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Mantém as características padrão da maioria das composições: velocidade, embalo, palhetadas rápidas e acordes de pouca duração, sendo os destaques, mais uma vez, o refrão e o desenho melódico da voz.
13) One Life. O álbum finaliza com a faixa que menos me agrada, embora, ainda assim, seja uma excelente composição. Também mais cadenciada, soando como um skate punk, possuindo um refrão bem sing-a-long, a faixa apresenta um bom embalo.
Ouça o álbum, nunca é tarde!

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