domingo, 29 de maio de 2022

Sharks - Recreational Killer (1993)

GÊNERO: Psychobilly
ORIGEM: Inglaterra (Bristol - Bristol / South West)
FORMAÇÃO:
Alan Wilson (Vocal, guitarra)
Gary Day (Baixo acústico)
Paul Hodges (Bateria)
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Este é o segundo álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Anagram. É um excelente álbum, que, embora eu tenha rotulado como psychobilly, possui fortes influências de rockabilly, além de pitadas de surf music. As composições são, em sua maioria, embaladas, existindo eventuais faixas mais velozes, mas sempre com a ideia do shuffle em evidência, possuindo frequentes riffs de guitarra que, na minha opinião, são o grande destaque, embora possua bons arranjos, com momentos que merecem atenção, além de composições mais intimistas. A complementação rítmica que o baixo dá, amplia a qualidade e faz com que a responsabilidade desta função não seja exclusiva da bateria, mesmo que não sejam todas as composições que possuem esta intenção. Este é o primeiro álbum de estúdio lançado após o hiato de 10 anos do grupo, com apenas uma mudança na formação em relação ao álbum de estreia. Não existe muito peso nos timbres dos instrumentos, priorizando, muitas vezes, timbres mais limpos, onde o destaque deve estar nas frases e arranjos. O álbum possui uma faixa instrumental. Um excelente álbum, para os adoradores do gênero, indispensável! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Screw. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor. Bem embalada, com certa velocidade, existindo um excelente riff de guitarra, além de uma ótima progressão harmônica, apesar de simples, além de um refrão bem sing-a-long, o destaque, na minha opinião, e um bom arranjo.
2) Bye Bye Girl. Considero esta faixa uma das melhores do álbum. Já menos veloz que a faixa anterior, mas, ainda assim, bem embalada, com destaque para a frase da guitarra na parte A, além de possuir um bom arranjo individual de cada instrumento.
3) Charlie ('93 Version). Outra ótima composição, bem embalada e com certa velocidade, além de um bom arranjo, que trabalha bem a ideia de dinâmica, sendo os eventuais riffs de guitarra, mais uma vez, o destaque, na minha opinião.
4) Recreational Killer. A faixa que dá nome ao álbum é uma excelente composição, bem intimista e  arranjada, com uma ótima intenção, a qual o embalo não é a prioridade, lembrando, um pouco, com alguma banda de pós punk, sendo o destaque o refrão e a intenção.
5) Dealer. Outra ótima composição, bem embalada e com ótimos riffs de guitarra, esta possui duas partes bem distintas no meu gosto, a qual a parte A considero sensacional, porém o refrão me desagada um pouco, embora o riff da guitarra mantenha a qualidade da composição.
6) Hooker. Outra boa composição, com um bom embalo e uma ótima frase de guitarra. Não muito veloz, com uma progressão harmônica bem rock 'n' roll, além de eventuais contracantos, embora sutis, que ajudam a elevar a qualidade da composição.
7) Surfcaster. Outra ótima composição que soa mais surf do que psychobilly, sendo esta a faixa instrumental do álbum, a qual possui um bom embalo e excelentes frases de guitarra, além de um bom arranjo.
8) Morphine Daze. Outra boa composição, bem embalada, apesar de possuir um arranjo, na parte A, com frequentes pausas, enquanto que, no refrão, existem bons riffs de guitarra. Destaque para o arranjo da parte A.
9) Publican Gullican. Outra faixa bem intimista e com uma boa intenção, onde o shuffle está em evidência do início ao fim, possuindo, também, um bom trabalho de dinâmica, com um ótimo arranjo, sendo o destaque o arranjo, frases e riffs, de guitarra.
10) Gettin' Even With You Baby. Outra ótima composição, bem embalada, embora o arranjo da parte A possua frequentes pausas de pequena duração, sendo o arranjo de guitarra, com seus riffs, o grande destaque, embora o refrão também mereça atenção.
11) Somethin' In The Basement. Mais uma faixa bem intimista, com excelentes frases e riffs de guitarra, possuindo o efeito do tremulo bem evidente. O trabalho de dinâmica merece atenção, assim como o arranjo que faz com que a composição, mesmo com uma intenção bem intimista, se mantenha embalada.
12) The Blockhouse. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, bem embalada, com o shuffle presente do início ao fim, sendo o destaque a progressão harmônica, embora o trabalho de dinâmica, mesmo que sutil, assim como as frases e riffs de guitarra, mereçam atenção.
13) I'm Hooked On You. Uma boa composição, embora seja a faixa que menos me agrade no álbum. Soando mais rockabilly, com menos velocidade, embora, ainda assim, com um bom embalo e uma progressão harmônica típica do rock 'n' roll, sendo o destaque as frases e arranjo de guitarra.
14) Schizoid Man. Outra ótima composição, com duas partes bem distintas, sendo a primeira bem intimista e pouco veloz, soando bem jazz, com um ótimo trabalho de dinâmica, acentuado pela execução da progressão harmônica pela guitarra, a qual aparece eventualmente com alguns ataques. O refrão já é veloz e embalado, possuindo um ótimo riff de guitarra, sendo o  destaque da composição, na minha opinião.
15) Charlie (The Sequel). Considero esta uma das melhores faixas do álbum. É a mesma composição da faixa 3, porém com outro arranjo, contendo (um pouco) mais de energia, sendo o destaque o trabalho de dinâmica imposto pela guitarra, assim como seus riffs e frases.
16) Scratchin' My Way Out (N.L. Mix). O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores, com uma excelente intenção, um bom trabalho de dinâmica, possuindo uma introdução bem intimista, dando um ar de suspense, enquanto que as demais partes são bem embaladas e com certa velocidade, possuindo um bom arranjo, com bons efeitos acrescentados.
Ouça o álbum e seja um assassino recreativo!

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