quinta-feira, 5 de maio de 2022

Screaming Trees - Buzz Factory (1989)

GÊNERO: Grunge
ORIGEM: EUA (Ellensburg - Kittitas / Washington)
FORMAÇÃO:
Mark Lanegan (Vocal)
Gary Conner (Guitarra)
Van Conner (Baixo)
Mark Pickerel (Bateria)
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Este é o quarto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo SST, e foi gravado no estúdio Reciprocal. É um excelente álbum, embora eu tenha rotulado como grunge, possui influências de garage punk e rock psicodélico, além de pitadas de stoner. As composições possuem bons arranjos, boas harmonias, ótimas melodias, bons grooves e bastante expressão. Algumas composições são embaladas, outras (poucas) velozes, com eventuais momentos em que se percebe elementos minimalistas, sempre com muita liberdade para a guitarra criar e preencher os espaços. Os destaques, na minha opinião, estão nos arranjos de guitarra e nos desenhos melódicos da voz, associados à expressão de Mark. A curiosidade do álbum está no fato de que a gravadora, após inúmeras promessas de que o álbum estaria pronto, lançou o álbum no último show da turnê, o que fez com que este fosse o último álbum do grupo lançado pela SST. A arte da capa ficou por conta de Jena Scott. Um excelente álbum de uma das bandas pioneiras do grunge, uma das melhores do estilo, na minha opinião. Vale a pena conferir, com faixas que deixam o ouvinte com vontade de escutar "de novo", repetidas vezes!
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FAIXA A FAIXA:
1) Where The Twain Shall Meet. O álbum inicia com uma ótima composição, bem minimalista, com uma frase do baixo quase que constante, do início ao fim, possuindo um bom embalo, embora não muito veloz, sendo o destaque o arranjo de guitarra.
2) Windows. Esta é uma composição mais veloz e embalada que a faixa anterior, possuindo influências de garage punk, sendo o destaque o arranjo de guitarra, em especial no refrão, embora existam bons momentos da bateria e um bom desenho melódico da voz.
3) Black Sun Morning. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, possuindo uma introdução que lembra Hells Bells, do AC/DC, embora menos trabalhada. Possuindo um bom embalo e groove, não sendo muito veloz, com destaque para o desenho melódico da voz e sua expressão, embora o arranjo de guitarra, entupido de wah-wah, também mereça atenção.
4) Too Far Away. Uma boa composição, não muito veloz, com um bom arranjo de guitarra e uma boa expressão vocal. Longe de ser das minhas faixas preferidas do álbum (talvez a que menos me agrada), mas, ainda assim, uma boa composição. É possível perceber influências de Iggy Pop, em alguns momentos da execução vocal, na parte A.
5) Subtle Poison. Outra ótima composição, bastante expressiva e com um bom arranjo, possuindo um bom embalo, embora não muito veloz, sendo o destaque o refrão, em especial devido à expressão vocal, embora o arranjo, mesmo simples, também mereça atenção.
6) Yard Trip #7. Quase uma faixa acústica! Só não dá para considerar acústica, pois possui um arranjo de guitarra com distorção junto com o arranjo  de violão e voz, não possuindo bateria e baixo. Destaque para o desenho melódico da voz, embora a expressão também ajuda a elevar a qualidade da composição. Uma boa composição.
7) Flower Web. Outra ótima composição, que não possui muito "peso" em sua intenção, com um arranjo harmônico bastante "suave", sendo o destaque o desenho melódico da voz, em especial no refrão, embora o arranjo de bateria tenha seu mérito em eventuais momentos.
8) Wish Bringer. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, bastante expressiva, mais uma vez com o wah-wah em evidência no arranjo da guitarra, sendo o destaque o refrão e o desenho melódico da voz. Com um bom embalo, embora não muito veloz, além de um bom arranjo, o qual a sincronia entre baixo e bateria merece atenção, bem como a parte C e sua intenção bem "solta", em especial devido ao arranjo da guitarra.
9) Revelation Revolution. Esta é a faixa mais veloz do álbum, uma boa composição, mas com um "toque" de Beatles em sua intenção, embora com mais expressão e agressividade, embora não muita. Destaque para o desenho melódico da voz e eventuais momentos do arranjo de guitarra.
10) The Looking Glass Cracked. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, possui um bom embalo, um excelente desenho melódico da voz, além de um bom arranjo de guitarra, sendo o destaque o refrão e sua progressão harmônica e desenho melódico da voz, mas, principalmente, devido a um acento bem marcado entre os instrumentos e a voz, executado com muita expressão pela voz. Um pequeno trecho, mas que eleva, e muito, a qualidade da composição. Mais uma vez o wah-wah está presente.
11) End Of The Universe. O álbum finaliza com a faixa que considero a melhor. Uma excelente progressão harmônica, além de ótimo arranjo e um excelente desenho melódico da voz, o destaque, na minha opinião. Com um excelente embalo, bom arranjo, e um certo groove, esta é a faixa mais longa do álbum, possuindo, na parte C, uma intenção bem stoner, com um excelente riff. Os momentos de "liberdade" da guitarra, também merecem atenção. Mais uma vez o wah-wah está em evidência.
Ouça o álbum e conheça a fábrica de zumbido!

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