quinta-feira, 24 de março de 2022

Ripcord - Defiance Of Power (1987)

GÊNERO: Crust Core
ORIGEM: Inglaterra (Weston Super Mare - Somerset / South West)
FORMAÇÃO:
Buzby - Brian Birchall (Vocal)
Baz - Stephen Ballam (Guitarra)
Steve Hazzard (Baixo)
John Millier (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Manic Ears, e foi gravado no estúdio S.A.M.. É um bom álbum, bastante veloz e embalado, com muita energia, distorção e trocas rápidas de acorde. Embora eu tenha rotulado como crust, possui influências de hardcore old school e d-beat, além de pitadas de crossover. A principal semelhança que percebo é com os primeiros registros do Extreme Noise Terror, embora possa ser percebido semelhanças com bandas como Cryptic Slaughter ou Crude SS, além de pitadas de D.R.I.. Os músicos não possuem muita técnica, os arranjos são bem simples e a qualidade da gravação não é das melhores, porém está tudo no lugar e o excesso de energia compensa todas as deficiências técnicas. A curiosidade do álbum é que era para ser lançado, inicialmente, como um split, porém o grupo decidiu por lançá-lo como um álbum solo. Vale a pena conferir, uma paulada na orelha, referência para bandas futuras de hardcore / punk / crust/ grind.
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FAIXA A FAIXA:
1) Abuse. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor. Talvez a faixa mais hardcore do álbum, com certeza sua introdução (bastante extensa) confirma isso, porém a parte A e o refrão já soam mais crust. Um bom arranjo e uma boa composição, com uma boa progressão harmônica, sempre bem embalado e com muita expressão e energia.
2) Lucky Ones. Esta já soa mais crust, mais energia, velocidade, trocas mais rápidas de acorde, bem como as palavras cantadas com as sílabas durando pouco tempo, além de possuir eventuais pausas de pequena duração e uma parte mais cadenciada. Uma ótima composição.
3) You Don't Care. A faixa com menor duração. É extremamente veloz, muito embalo, com apenas uma frase cantada, trocas rápidas de acorde e muita energia.
4) Eternal Tomb. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com um excelente embalo, bastante velocidade, trocas rápidas de acorde e muita energia, existindo eventuais frases executadas em sincronia entre os instrumentos.
5) False Prophesies. Outra faixa bastante veloz e embalada, mantém as mesmas características da faixa 2, existindo eventuais pausas de pequena duração, além de um trecho executado apenas por bateria e voz.
6) Ignorant. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Esta é a faixa mais crossover do álbum, lembrando, um pouco de Nuclear Assault com D.R.I.. Bastante embalada e veloz, o destaque está na execução da progressão harmônica pela guitarra, com uma pegada bem metal, com palhetadas rápidas e notas abafadas.
7) Drugshit. Mais uma faixa que mantém o padrão do álbum: velocidade, energia, expressão, embalo e trocas rápidas de acorde. Possuindo, também, eventuais pausas de pequena duração.
8) Live By The Bomb... Die By The Bomb. Outra boa composição, com pitadas de crossover, embora não tão evidentes como na faixa 6, ela mantém as características das composições do álbum, como embalo, velocidade, energia, expressão e trocas rápidas de acorde, possuindo, também, um trecho mais cadenciado.
9) Furder. Outra ótima composição, esta é a faixa que possui o refrão mais sing-a-long do álbum, mantendo, mais uma vez, as características padrão do álbum. Sendo o destaque, justamente, o refrão.
10) Blind Eye. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com uma introdução bem hardcore, mais cadenciada, ela prepara para a parte A e sua paulada na orelha! Mais uma faixa que mantém o padrão do álbum, embora esta não possua trocas rápidas de acorde, o que intenciona mais a um hardcore old school do que a um crust.
11) Wicked. Outra faixa bastante veloz e embalada, com pausas de pequena duração, muita expressão e energia, em especial devido à voz, sendo o destaque, justamente as partes em que as pausas acontecem.
12) Viviseccion - Tortura Innecessaria. Outra boa composição, que mantém o padrão do álbum, com muita velocidade e embalo, além de energia, expressão e trocas rápidas de acorde, existindo eventuais pontes com a inclusão de pausas.
13) Defiance Of Power. A faixa que dá nome ao álbum é uma composição de pequena duração, bastante veloz e embalada, muita energia e expressão, possuindo uma pequena introdução.
14) Prisoners. O álbum finaliza com uma das faixas que considero das melhores. Bastante veloz e embalada, esta é a composição que possui uma maior intenção melódica por parte da voz, mesmo que de maneira tímida. A progressão harmônica da parte A ajuda a criar esta sensação. Outra composição que soa mais hardcore do que crust.
Ouça o álbum e entenda o desafio do poder!

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