sábado, 3 de junho de 2023

69 Enfermos - A Place To Call Home (2017)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Colômbia (Bucaramanga / Santander)
FORMAÇÃO:
Dalin Focazzio (Vocal, guitarra)
Jairo Meza (Baixo)
Cesar Bernal (Bateria)
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Este é o quarto álbum de estúdio  lançado pelo grupo, através do selo Morning Wood, e foi gravado no estúdio Kaman. É um ótimo álbum, bastante veloz e embalado, com raros momentos em que a velocidade está ausente, boas melodias e uma marcação do andamento bem precisa são as características principais do álbum, o qual apresenta, também, bons riffs de guitarra. Os arranjos são simples, embora bem pensados e executados, estando tudo "redondinho" e no lugar, sendo os arranjos de guitarra mais trabalhados. O trabalho da "cozinha" do grupo é bem simples, o baixo mantendo as tônicas dos acordes, sem frases, enquanto que a bateria também executa poucas frases, preocupando-se em manter o andamento e o mesmo padrão rítmico. Esta intenção da bateria, embora simples, merece atenção e mérito, pois é extremamente precisa, o que supre a falta de criatividade no arranjo. É um ótimo álbum, o qual soa, na minha opinião, como uma mescla de MXPX, No Use For A Name e Millencolin, o típico hardcore da metade pro final dos anos 90, o que lembra bastante diversos grupos daquela época. A arte da capa ficou por conta de Maurizio Reyes. O curioso é que o grupo, apesar de colombiano, atualmente está em Porto Alegre, no Brasil, sendo, creio eu, o lançamento deste álbum, bem no período em que o grupo mudou de cidade / país, esta impressão eu tenho devido ao nome do álbum, bem como a foto da capa, a qual é uma foto da Av. Borges de Medeiros, no centro de Porto Alegre, além do fato de que os responsáveis pela arte, mixagem, gravação... enfim, todo trabalho do álbum foi feito por colombianos, sendo que o álbum levou mais de um ano para ser lançado após sua gravação. Sinto que foi o último registro do grupo no seu país de origem. Um ótimo álbum, sem muita novidade, com ótimas melodias e riffs de guitarra, que resgata bem o hardcore dos anos 90, o que para aqueles que viveram a época (como eu), transmite uma sensação de nostalgia, mesmo que tenha sido gravado 20 anos depois! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) The Lie. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores, bastante veloz e embalada, com um ótimo desenho melódico da voz, bem como um bom trabalho de dinâmica, existindo, também, bons riffs de guitarra, bem como eventuais contracantos.
2) Attitude. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, também bastante veloz e embalada, com um bom desenho melódico da voz, assim como bons riffs de guitarra, existindo, também, eventuais contracantos.
3) Rejected. Mais uma faixa que mantém as características padrão do álbum: velocidade, embalo, bons riffs de guitarra e um bom desenho melódico da voz. O destaque, na minha opinião, está na introdução e seu arranjo, um dos momentos mais trabalhados do álbum. O refrão é bem sing-a-long.
4) A Place To Call Home. A faixa que dá nome o álbum é outra ótima composição que mantém as características padrão do álbum: velocidade, embalo, bons riffs de guitarra e um bom desenho melódico da voz, possuindo, também, eventuais contracantos.
5) Be Smart, Don't Play The Fool. Mais uma faixa que mantém as características padrão do álbum, como velocidade, embalo, bons riffs de guitarra, assim como um bom desenho melódico da voz. Esta é uma composição que lembra bastante com MXPX, sendo o destaque, na minha opinião, o refrão e seu desenho melódico.
6) Not The Answer. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual, mais uma vez, mantém as características padrão do álbum: velocidade, embalo, riffs de guitarra e um bom desenho melódico da voz, sendo justamente este último o grande destaque, na minha opinião, embora os eventuais contracantos mereçam atenção.
7) One More Day. Esta é a faixa que menos me agrada em todo álbum, sendo a faixa mais lenta, embora embalada, e com intenção mais comercial. Não é uma composição ruim, mas longe de ser das minhas preferidas, embora possua um bom desenho melódico da voz, assim como bons riffs de guitarra, possuindo, também, um bom trabalho de dinâmica.
8) On My Own. Considero esta a melhor faixa do álbum, a qual volta a manter as características padrão do álbum: velocidade, embalo, bom desenho melódico da voz, assim como bons riffs de guitarra, sendo uma das faixas mais expressivas em sua interpretação.
9) For You To Know. Esta é uma faixa de pequena duração, mas que apresenta o que precisa, sem se estender: direto e reto, além de manter as características padrão do álbum: velocidade, embalo, riffs de guitarra e um bom desenho melódico da voz.
10) We. Esta é a segunda, e última, faixa que não é veloz, embora possua um bom embalo, sendo, também, a segunda faixa que menos me agrada no álbum. Com exceção da velocidade, a composição mantém as mesmas características padrão do álbum: bom desenho melódico da voz, riffs de guitarra e embalo, possuindo também, um refrão bem sing-a-long, além de um bom trabalho de dinâmica, apesar de sutil. A faixa lembra bastante com Millencolin.
11) In The Nineties. O álbum finaliza com outra ótima composição, a qual mantém as características padrão do álbum: velocidade, embalo, riffs de guitarra e um bom desenho melódico da voz. Um arranjo bem simples, mas bem interpretado e bem intencionado, o qual possui um bom, e sutil, trabalho de dinâmica.
Ouça o álbum em um lugar para chamar de lar!

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