sábado, 13 de maio de 2023

16 Horsepower - Secret South (2000)

GÊNERO: Rock Psicodélico
ORIGEM: EUA (Denver - Denver / Colorado)
FORMAÇÃO:
David Edwards (Vocal, guitarra, violão, banjo, chemnitzer concertina)
Steve Taylor (Guitarra, violão, órgão)
Pascal Humbert (Baixo, baixo acústico, violão)
Jean-Yves Tola (Bateria, percussão, piano)
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Este é o terceiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Glitterhouse, e foi gravado no estúdio Hamilton Glory Lodge. É um ótimo álbum, bem conceitual, intimista e intencional, o qual possui ótimos arranjos, bem pensados e interpretados, os quais possuem diferentes intenções entre as faixas. Embora eu tenha classificado o álbum como rock psicodélico, o mesmo possui fortes elementos do folk, podendo, muito bem, ser considerado um álbum folk. Porém elementos do blues e de outros gêneros do rock também são percebidos no álbum, porém, sempre com uma ideia de paisagem sonora em suas intenções e arranjos, tornando a ideia bem espectral, em sua maior parte. Algumas faixas são embaladas, outras não, sendo a maioria delas com pouco peso, embora existam raros momentos em que este aparece de maneira discreta. É um álbum que marca uma diferença nas intenções das composições em relação aos dois álbuns anteriores, enquanto os dois primeiros mantêm elementos do rock em evidência, este já varia bastante com o folk, mas, principalmente, em suas intenções intimistas. Este é o primeiro álbum do grupo a contar com Steve em sua formação. O álbum possui uma faixa cover, bem como uma faixa com videoclipe de divulgação, além de ter atingido as posições de número 45 na Holanda, e 31 na Noruega. O álbum conta com as participações de Asher Edwards, Rebecca Vera e Elin Palmer tocando instrumentos de corda, criando o arranjo do chamado strings, enquanto que a arte da capa ficou por conta de David Zimmer. Um ótimo álbum, bem intimista, perfeito para ouvir na penumbra de sua intimidade, apreciando, de maneira quase hipnótica, os diversos elementos influenciados pela paisagem sonora! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Clogger. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores, sendo, também, a faixa que possui videoclipe de divulgação. Um bom clipe, que mostra o grupo tocando no palco de um teatro, o qual conta com a participação de Asher Edwards, filha de David. Com certeza esta é a faixa mais rock do álbum, bem embalada, com um bom arranjo, bem interpretada, além de bem intencional. O destaque, na minha opinião, está na expressão quanto das interpretações, bem "solto" e "leve".
2) Wayfaring Stranger. Esta é a faixa que considero a melhor do álbum, a qual possui uma intenção bem blues, que lembra o blues rural dos anos 30, inclusive devido à mixagem e equalização. Porém esta intenção do blues rural não perdura o tempo todo, apenas no início, após, a composição se repete, porém, com novos arranjos, os quais acrescentam, aos poucos, elementos mais modernos, no que diz respeito ao timbre e instrumentação.
3) Cinder Alley. Outra boa composição, bem intimista e intencional, a qual possui arranjo de strings. Embora lenta, a faixa possui um bom embalo, com um excelente arranjo, sendo o destaque, na minha opinião, a expressão e intenção, embora o desenho melódico da voz mereça atenção.
4) Burning Bush. Mais uma composição bem intimista e intencional, esta com o piano em evidência. A composição não apresenta muito embalo, embora mantenha esta ideia, sendo mais uma faixa lenta, a qual o destaque, na minha opinião, está no arranjo e intenção, embora o desenho melódico da voz e expressão mereçam atenção.
5) Poor Mouth. Esta é outra boa composição, mais uma vez, bem intimista e intencional, a qual possui um excelente arranjo. A expressão na interpretação, mais uma vez merece atenção, embora o destaque, na minha opinião, esteja na progressão harmônica e arranjo, o qual possui boas frases de guitarra.
6) Silver Saddle. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual é, mais uma vez, bem intencional e intimista, mas que possui uma excelente frase, também minimalista, executada pelos instrumentos de teclas. O acompanhamento rítmico se dá por tambores graves, o que aliado ao trabalho de dinâmica, ajudam a caracterizar, ainda mais, a intenção intimista da composição.
7) Praying Arm Lane. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual possui fortes influências do folk, aliás, considero esta mais uma faixa folk do que rock! Com um excelente arranjo, aliado à um bom trabalho de dinâmica, sempre bem interpretado, com bastante expressão, a composição possui um bom embalo.
8) Splinters. Mais uma boa composição, mais uma vez, bem intimista e intencional, a qual apresenta um bom trabalho de dinâmica, sempre bem interpretados com boa expressão, sendo o destaque, na minha opinião, o desenho melódico e expressão da voz.
9) Just Like Birds. Mais uma boa composição com intenção bem intimista, a qual possui um ótimo arranjo, bem como um bom trabalho de dinâmica, possuindo um bom embalo, apesar de sutil, bem como um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque, na minha opinião, a expressão na interpretação.
10) Nobody 'Cept You. Esta é a faixa cover do álbum, sendo, também, a faixa que, de longe, menos me agrada. Esta é uma composição, composta e gravada, originalmente, por Bob Dylan, em 1974, a qual não havia sido lançada até 1991. Esta é outra faixa bem folk, a qual possui um bom arranjo, bem como um bom trabalho de dinâmica, a qual inicia bem intimista, mas que altera a sua intenção no decorrer da música, além de possuir um bom embalo.
11) Straw Foot. O álbum finaliza com uma ótima composição, a qual resume bem todas as intenções do álbum, apresentando todos os elementos presentes nas outras faixas. A intenção intimista está em evidência, como não poderia deixar de estar. O minimalismo também está presente, assim como o bom trabalho de dinâmica. O elemento que não reaparece aqui, seria a intenção mais pesada e mais rock da primeira faixa.
Ouça o álbum e descubra o sul secreto!

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