quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Raw Power - Reptile House (1998)

GÊNERO: Hardcore Old School
ORIGEM: Itália (Reggio Emilia / Emilia Romanha)
FORMAÇÃO:
Mauro Codeluppi (Vocal)
Giuseppe Codeluppi (Guitarra)
Niccolo Bossini (Guitarra)
Alessandro Paolucci (Baixo)
Emenuele Castagneti (Bateria)
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Este é o sétimo álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Westworld, e foi gravado no estúdio Westlink, no período de 5 dias. É um excelente álbum, com a pegada bem característica do gênero, mas que, embora nos remeta aos anos 80, possui timbre e mixagem mais modernos. Em sua maioria, as composições são velozes e embaladas, existindo eventuais trechos mais cadenciados, sempre com muita distorção e o vocal com muita energia e drive (natural). É um hardcore old school bem ao estilo dos grupos de NovaYork, havendo semelhanças com Agnostic Front, Murphy's Law, Sick Of It All e Sheer Terror. O curioso em relação ao álbum é que na turnê norte-americana de divulgação, logo na primeira noite, a guitarra de Giuseppe (uma Gibson Les Paul, a qual ele a usava há 20 anos) foi perdida! Alguns instrumentos sumiram de dentro da van responsável por guardá-los! A arte da capa é uma criação de Lucco Bianchi. Um clássico do gênero em seu país e (por quê não?!) no mundo, sendo este álbum muito bem recebido pela crítica, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Anger. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Bem embalada e veloz, com uma progressão harmônica, na parte A, que me agrada bastante, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
2) Tax. Considero esta a melhor faixa do álbum, mais uma vez veloz e embalada, com uma boa progressão harmônica na parte A e um bom refrão, também sing-a-long, existindo eventuais acentos marcados em sincronia entre os instrumentos.
3) Reptile House. Outra faixa que considero das melhores, com um bom riff de guitarra na introdução e, mais uma vez, veloz e embalada, esta possui trocas rápidas de acorde e o vocal com bastante energia e expressão.
4) R.P.H.. Esta composição já é mais cadenciada, embora possua uma parte veloz, existindo um bom groove, com destaque para os dois bumbos da bateria, embora o refrão, bem sing-a-long, mereça atenção.
5) Disease. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Mais uma vez, veloz e embalada, com trocas rápidas de acorde, vocal expressivo e enérgico, sendo o destaque o refrão, embora o arranjo de bateria, e seus eventuais dois bumbos, mereça atenção.
6) Who Cares. Outra boa composição, com a introdução mais cadenciada, possuindo um groove, além de ser bem sing-a-long. Logo após surge o embalo e velocidade característicos. Esta composição lembra, bastante, Murphy's Law.
7) Pain. Esta é a faixa que mais destoa das demais. Com uma influência nítida de Motörhead, ela se assemelha muito ao grupo inglês, em especial pelo refrão, embora o timbre seja outro. Veloz e embalada, mais uma vez.
8) Why. Esta faixa já é mais cadenciada, possuindo um bom trabalho de dinâmica, apesar de sutil, sendo o destaque o refrão,mais uma vez, bem sing-a-long, possuindo um bom arranjo de bateria.
9) What Are We Gonna Do. Aqui a velocidade e embalo voltam a aparecer! Com trocas rápidas de acorde e um refrão mais cadenciado, que, aliás, é o grande destaque da composição, possuindo, mais uma vez, um bom arranjo de bateria, embora os acordes abertos das guitarras mereçam atenção.
10) I Don't Wanna See. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com uma introdução bem intencional, chamando a velocidade e embalo característicos, assim como as trocas rápidas de acordes, bem como as palhetadas.
11) Pay Up. Mais uma faixa que considero das melhores do álbum. Com uma introdução bem cadenciada, lembrando mais um hard rock do que hardcore, mas com um bom embalo, ela apenas prepara para a velocidade habitual, mais uma vez, com trocas rápidas de acorde, sendo o destaque o refrão, realmente sensacional, apesar de simples.
12) Shame. Mantendo a característica das composições do álbum, esta é mais uma faixa veloz e embalada, com trocas rápidas de acorde. Sem nenhum detalhe que chame a atenção, a não ser os dois bumbos no final.
13) The Avenger. Outra boa composição, bem veloz, iniciando com uma frase de baixo entupido de distorção, esta é mais uma faixa veloz e embalada, com trocas rápidas de acorde e, também, possuindo eventuais trechos em que o arranjo da bateria faz uso dos dois bumbos.
14) Words. Mais uma composição veloz e embalada, e com trocas rápidas de acorde, ela mantém o padrão do álbum, porém não chamando a atenção para nada em específico, o que, ainda assim, não deixa de ser uma boa composição.
15) Wake Up. Mais cadenciada que o padrão do álbum, esta faixa inicia com uma ótima introdução, que é, também, o refrão, porém sem voz, enquanto que a parte A já é mais embalada, embora não muito veloz. O refrão é bem sing-a-long.
16) Living In Fear. Outra faixa veloz e embalada, mantendo o padrão! Trocas rápidas de acorde e um refrão com uma intenção bem pesada, esta lembra, um pouco, com Sheer Terror. Uma boa composição, mas não das melhores.
17) Burning The Factory. O álbum finaliza com uma ótima composição, possuindo, na introdução, o único momento do álbum em que o idioma italiano aparece! Logo após a velocidade, embalo e trocas rápidas de acorde surgem, mantendo, mais uma vez, o padrão. Possuindo um bom arranjo, bem como eventuais acordes com eventuais dissonâncias.
Ouça o álbum e conheça a casa dos répteis!

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