terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Red Alert - Wearside (1999)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Inglaterra (Sunderland - Tyne And Wear / North East)
FORMAÇÃO:
Cast Iron - Steve Smith (Vocal)
Tony Van Frater - Anthony Frater (Guitarra)
Lainey - Andrew Laing (Baixo)
Ian Syborn (Bateria)
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Este é o quinto álbum, o penúltimo, de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Rhythm Vicar, e foi gravado no estúdio Trinity Heights. É um bom álbum, mas longe de ser dos meus favoritos, embora quase a totalidade de faixas sejam boas composições, bem arranjadas e executadas, mas parece que falta algo para dar aquela "arrepiada"! Embora esta seja considerada uma banda de Oi! devido ao início da carreira, no começo doas anos 80, a partir da reformulação do grupo, no final da mesma década, não só a formação mudou, mas a sonoridade também, deixando o som menos agressivo, mais cadenciado e suave. Apesar disso, ainda se percebe influências de suas origens no Oi! e street punk, se assemelhando à bandas como Cockney Rejects ou Stiff Little Fingers. Composições embaladas, em sua maioria, não muito velozes, com bons arranjos, apesar de simples, bons desenhos melódicos da voz, além de eventuais contracantos e trechos sing-a-long. O que diminui a qualidade do álbum são duas faixas, em específico, as quais considero muito ruins! As demais são boas músicas, existindo uma faixa cover e uma faixa instrumental. Ao que me parece, existe uma homenagem ao antigo baterista do grupo, Les Cobb, devido ao seu falecimento.
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FAIXA A FAIXA:
1) Money Whore. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores, com uma introdução bem de início de apresentação, a composição inicia com noas frases de bateria, guitarra e baixo, possuindo uma boa progressão harmônica, assim como o desenho melódico da voz, além de possuir bons contracantos no refrão e um bom embalo. Destaque para a parte A.
2) See Right Through You. Outra faixa que considero das melhores do álbum, mais uma vez com uma boa frase de guitarra, esta mostrando mais as suas influências do street punk, sendo o destaque o arranjo de guitarra, embora o desenho melódico da voz também mereça atenção, possuindo um bom embalo.
3) For Valour. Mais lenta que as faixas anteriores, já no modo Maior em todas as partes, ao contrário das faixas anteriores, no refrão existe uma variação tonal, que, aliás, possui um bom contracanto. Considero o refrão o destaque da faixa, com arranjo com a caixa dobrada, dando um embalo a mais, além de ser bem sing-a-long.
4) Doing It Our Way. Considero esta a melhor faixa do álbum, a mais veloz, bem embalada, com um bom trabalho de dinâmica, apesar de simples, sendo o destaque o refrão e seus contracantos, além de ser bem sing-a-long.
5) X. Uma boa composição, com um bom arranjo, em especial na introdução, possuindo uma intenção rítmica mais "pop", existindo um certo swing, apesar de sutil, o que deixa a composição com uma intenção mais alegre. Destaque para o desenho melódico da voz.
6) The Man Of Iron. Outra faixa que considero das melhores, com uma boa progressão harmônica na parte A, além de um bom trabalho de dinâmica, apesar de simples, possuindo uma boa frase de guitarra no refrão, além de um bom embalo.
7) Who Named You God. Simplesmente horrível! Na verdade, não vamos ser injustos, esta é uma bela composição, com uma intenção acústica bem interessante, porém aqui está o exemplo perfeito de como um produtor pode estragar por completo uma composição! A inclusão dos elementos rítmicos e efeitos sonoros são extremamente desnecessários, não condizem com aquilo que sinto que seja a principal intenção do compositor, uma ideia de "modernização" que não combinou em nada, ao contrário, destruiu a composição! Muito difícil ouvir, embora possua um bom refrão e uma boa intenção.
8) From The Fields. Uma boa faixa, com um bom embalo e uma boa frase de guitarra, além de um bom desenho melódico da voz, esta é mais uma composição que lembra as origens do grupo. Destaque para a parte A, o refrão não me agrada muito.
9) Fallen Idol. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, também com um bom embalo, possuindo bons contracantos, bem como um bom arranjo de guitarra, com boas variações rítmicas, além de um bom refrão, sendo o destaque o desenho melódico da voz.
10) Europe 5 AM. Outra faixa muito ruim, não tão ruim quanto à faixa 7, mas, mesmo assim, muito ruim. Lenta, com frases de guitarra soando como um hino, um arranjo de strings no teclado, sem embalo, enfim, muito ruim. Aliás, a partir desta faixa, a qualidade do álbum reduz bastante, na minha opinião.
11) The Spaghetti Incident. Uma boa composição, com um bom embalo, bons riffs de guitarra, bem como um bom trabalho de dinâmica e um bom refrão, sendo o destaque o desenho melódico da voz.
12) The Duke. Uma boa composição, mais uma vez com uma intenção rítmica mais pop, com mais swing, o que, na minha opinião, reduz a qualidade da composição, possuindo boas frases de guitarra, assim como a progressão harmônica, sendo o desenho melódico da voz o grande destaque. O refrão possui bons contracantos, bem sing-a-long, porém não me agrada, a parte A me chama mais atenção.
13) Knockin' On Heaven's Door. Esta é a faixa cover do álbum, composta e gravada, originalmente, por Bob Dylan, em 1973. Mantém-se fiel à versão original, mas percebendo-se, também, influência da versão do Guns 'n' Roses, devido ao arranjo com distorções nas guitarras. Um clássico!
14) Burning Light (Les Cobb Snr. R.I.P.). O álbum finaliza com a faixa instrumental que é, na verdade, uma coda para o álbum, apenas uma "vinheta", porém uma excelente "vinheta", com um bom arranjo de violão, executado de maneira arpejada, com uma boa progressão harmônica, com o baixo caminhando de maneira descendente, com a melodia executada pelo teclado com o timbre de um instrumento de sopro semelhante à uma flauta de pan. Excelente final de álbum, apesar de pouca duração!
Ouça o álbum, mas sem desgaste!

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