segunda-feira, 29 de março de 2021

Minoria Activa - Minoria Activa (1997)

GÊNERO: Hardcore
ORIGEM: Argentina (Buenos Aires / Distrito Federal)
FORMAÇÃO:
Esteban Seijo (Vocal)
Nahuel Huarte (Vocal)
Juan Giribet (Guitarra)
Gastón Giribet (Baixo)
Alejo Troise (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Resiste, e foi gravado no estúdio El Abasto. Este é um grupo que fez parte da forte cena hardcore que aconteceu em Buenos Aires na década de 90. Com um som bem pesado e 99% influenciado pelo hardcore de Nova York (o outro 1% fica por conta da influência de Suicidal Tendencies), as composições mesclam entre um andamento mais veloz e embalado e trechos mais cadenciados, muitas vezes existindo essa variação na mesma faixa. O som é como se fosse uma mistura de Biohazard, Sick Of It All, Agnostic Front e Suicidal Tendencies, muito peso, com os músicos possuindo uma boa técnica, além de arranjos bem pensados e trabalhados, sempre com muito groove, além de possuir pitadas de metalcore e stoner rock. O que não me agrada muito é o vocal, que apesar de se apropriar de muita energia, acaba não trabalhando a melodia, além de deixar a letra "embolada", com pouca clareza na pronúncia. O instrumental é sensacional, é uma pena os vocais não manterem o mesmo nível. De qualquer forma, este é um influente nome do hardcore latino, mais especificamente argentino, que esteve presente em uma cena que merece destaque internacional, devido á grandeza do movimento de Buenos Aires dentro do hardcore na década de 90.
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FAIXA A FAIXA:
1) Horizontes De Muerte. O álbum inicia com uma ótima composição, que alterna entre trechos cadenciados e velozes, sempre com ótima progressão harmônica, sendo o destaque o arranjo rítmico e o trabalho de dinâmica.
2) Fanatismo. Esta é uma composição sem trechos velozes, apenas cadenciados, não possui muito embalo, mas muita energia, com um refrão sing-a-long e sempre muito peso. O destaque está no arranjo rítmico, além do solo de guitarra.
3) Sistema De Mentiras. Considero esta a melhor faixa do álbum, possuindo bastante velocidade, embora possua trechos cadenciados, além de muita energia e embalo. As progressões harmônicas merecem atenção, também.
4) Volver A Empezar. Outra faixa mais cadenciada e menos veloz, embora também possua eventuais trechos mais velozes. Como sempre, a energia exala pelos instrumentos e microfones, com um ótimo arranjo rítmico e boas progressões harmônicas.
5) Perder. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Bastante velocidade, muita energia, o destaque está na marcação dos acentos no refrão, possuindo trechos cadenciados, também. Com muito groove, o destaque está, mais uma vez, no arranjo rítmico.
6) Caídas Continuas. Outra faixa em que os momentos mais cadenciados se destacam. Mais uma vez muita energia, com ótimas progressões harmônicas, o destaque está no arranjo rítmico e nas progressões harmônicas, possuindo pitadas de stoner rock, devido aos riffs de guitarra.
7) Superficial. Esta é a faixa mais punk rock e a menos trabalhada do álbum, e é, também, uma das faixas que considero das melhores. Bastante embalada, mas não muito veloz, o início desta composição destoa, um pouco, das demais, por ser menos hardcore e mais punk rock, porém, logo após, terchos mais cadenciados nos remetem às demais composições.
8) Impunidad (Nunca Mas). Esta faixa possui uma boa introdução, de maneira acústica, apenas com violões. Considero os argentinos um dos povos com mais qualidade técnica no que diz respeito ao violão, portanto, o arranjo é bem pensado, embora simples. Quando os demais instrumentos aparecem, o mesmo hardcore cadenciado das demais faixas é o que predomina, sempre com destaque para os arranjos rítmicos, embora possua momentos de maior velocidade.
9) Sin Humanidad. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com muito groove, além de um ótimo arranjo rítmico e muito peso, existindo trechos velozes que são, na minha opinião, o grande destaque, com ótimas progressões harmônicas. O solo de guitarra também merece destaque.
10) No Mires Atrás. Outra faixa bem veloz, iniciando sem introdução, muita energia e velocidade, possuindo trechos mais cadenciados e ótima progressão harmônica, em especial nos trechos velozes.
11) Frivolidad. Outra faixa bem cadenciada, com muito groove, uma excelente linha de baixo, que é acompanhada pelas guitarras. Mais uma vez o destaque está no arranjo rítmico, além de possuir eventuais trechos mais velozes e embalados.
12) V.A.N.S. (Viejas Actitudes, Nuevos Sentimientos). A faixa inicia bem embalada, com uma ideia rítmica que poderia, muito bem, ser um ska! Este trecho varia com outro mais veloz. Mais uma vez a energia é muito grande, com destaque para o arranjo.
13) Rencor. Outra faixa bem cadenciada, com muito groove, e com destaque para o arranjo rítmico, possuindo boas progressões harmônicas. Muito peso e energia são as características marcantes desta composição.
14) Tiempo De Cambiar. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, iniciando com uma cadência harmônica que possui eventuais dissonâncias. Ela varia entre trechos cadenciados e velozes, possuindo um arranjo de bateria, no início, com dois bumbos que merece destaque.
15) Financiando La Ignorancia. Outra faixa com destaque para o arranjo de bateria e seus dois bumbos. Esta é uma composição que varia entre trechos mais cadenciados e outros velozes, com boa progressão harmônica e arranjo.
16) Conciencia. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, com um bom groove e progressão harmônica, o destaque está nos riffs dos instrumentos de corda. Não muito veloz, mais embalada que veloz, embora possua um trecho bem veloz, ela possui variações de cadência entre as partes.
17) En El Nombre Del Sufrimiento. O álbum finaliza com outra composição bem cadenciada, com um ótimo arranjo de bateria, que é o destaque da composição na minha opinião. Bastante groove, mas com eventuais trechos mais embalados, uns mais velozes e outros menos.
Ouça o álbum e conheça a minoria ativa!

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