terça-feira, 9 de março de 2021

Melvins - The Maggot (1999)

GÊNERO: Sludge Metal
ORIGEM: EUA (Montesano - Grays Harbor / Washington)
FORMAÇÃO:
Buzz Osborne (Vocal, guitarra, baixo)
Dale Crover (Vocal, guitarra, bateria)
Kevin Rutmanis (Baixo)
.
Este é o décimo álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Ipecac, e foi gravado no estúdio Louder. Este é um ótimo álbum, muito bem trabalhado, com destaque para os trabalhos de dinâmica, intenções, além das composições, sempre bem trabalhadas, assim como os arranjos, e sempre soando bem pesado. Existem frequentes variações de compasso, além de "climas" e intenções bem definidas, possuindo uma boa mixagem, o que dá uma qualidade a mais para o álbum. Este álbum possui algumas curiosidades e peculiaridades. A primeira que destaco é o fato de este ser o primeiro álbum de uma trilogia que viria a ser lançada depois com três álbuns, este e os próximos dois, sendo, também, o primeiro álbum lançado pelo selo Ipecac, selo de Mike Patton. A segunda curiosidade é que este álbum possui uma faixa cover e uma faixa bônus. A terceira peculiaridade é que cada uma das composições (com exceção da faixa bônus) estão dividas em duas faixas, ou seja, na metade de cada uma delas existe um corte, continuando na faixa seguinte! E a última curiosidade diz respeito à afinação dos instrumentos de corda, cujo bordão está dois tons abaixo da afinação padrão. Então, devido a isso, as 8 músicas estão distribuídas em 16 faixas! Aqui coloco as faixas unidas, em um arquivo só. Existem faixas mais velozes e outras mais lentas, tornando um álbum bem "eclético", que, apesar de eu ter classificado como sludge metal, é possível perceber influências do hardcore e do stoner rock, além de pitadas de doom metal.
.
FAIXA A FAIXA:
1) Amazon. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores, bastante pesada, possuindo certa velocidade, com um ótimo riff de guitarra, além de possuir um bom refrão, sem letra, apenas contracantos. Destaque para o arranjo de bateria, executando as frases, na parte A, junto com os instrumentos de corda.
2) AMAZON. Quase como uma continuação da primeira faixa, esta já é bem mais arrastada, com um clima bem diferente da faixa anterior. Destaque para os arranjos de guitarra, com bons riffs, enquanto a bateria usa pouco os pratos, criando um arranjo mais tribal.
3) We All Love JUDY. Outra boa composição, em especial pelos riffs de guitarra e os arranjos de bateria, que, mais uma vez, executa as frases junto com os instrumentos de corda. Ela possui um bom trabalho de dinâmica, alternando entre trechos mais lentos e outros um poco mais embalados, existindo eventuais variações de compasso.
4) Manky. Uma das faixas mais arrastadas do álbum, com pitadas de doom metal, o grande destaque está nas variações de compasso e acentos, sempre bem deslocados do tempo forte. Não devemos deixar de comentar sobre o arranjo de bateria, outro destaque.
5) The Green Manalishi (With The Two Pronged Crown). Eis que surge a faixa cover do álbum, e é, também, uma das faixas que considero das melhores. Esta é uma composição de Peter Green e foi gravada, originalmente, pelo grupo Fleetwood Mac, em 1970. Não sou muito fã de Fleetwood Mac, porém esta composição, em específico, sempre gostei muito, desde pequeno quando ouvi ela, pela primeira vez, na versão do Judas Priest. Esta versão é mais lenta e arrastada, sendo o excelente desenho melódico e riffs de guitarra os grandes destaques da composição.
6) The Horn Bearer. Considero esta a melhor faixa do álbum, a mais veloz, com um ótimo embalo, boas frases da bateria que é, aliás, o grande destaque da composição, embora os acentos deslocados do tempo forte mereçam atenção.
7) Judy. Esta é uma faixa instrumental, com uma boa intenção, uma linha de baixo bem minimalista, que se mantém por toda faixa e dá toda intenção da composição, deixando mais liberdade para os demais instrumentos, em especial a guitarra. Na verdade ela soa quase que como uma introdução para a faixa seguinte.
8) See How Pretty, See How Smart. Esta é a faixa com mais tempo de duração, e, talvez, a faixa mais arrastada do álbum, mostrando influências do doom metal. A composição tem voz, mas não tem letra, apenas contracantos para ajudar no clima "sombrio" que a composição proporciona. O arranjo de bateria é bem curioso, também, bem pouco embalado, mas ajudando a marcar os acentos com o cymbal aberto, na primeira parte, pois na segunda já existe mais velocidade e informação.
9) Bonus Track. O álbum finaliza com uma faixa que é apenas com guizos e melodias graves. Também sem voz, esta soa quase que como uma música hare-krishna!
Escute o álbum e conheça a larva!

Nenhum comentário :

Postar um comentário