GÊNERO: Blues
ORIGEM: EUA (Jackson - Madison / Tennessee)
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Esta é uma coletânea lançada pelo selo Documents, a qual abrange gravações do período entre 1952 e 1956. Infelizmente não encontrei nenhuma informação sobre os músicos que colaboraram nestas gravações, mas, de qualquer forma, o grande destaque continua sendo o vocal de Big Maybelle. É uma voz potente, com características evidentes de black music, não só blues, mas gospel, soul, R&B e jazz, este último muito devido ao instrumental, principalmente o piano e o saxofone. Algumas músicas são mais lentas e outras um pouco mais embaladas, existindo, inclusive, algumas com certo swing. Esta é uma compilação do período dos anos de ouro da cantora, tendo em vista que no final da década de 50 seu sucesso não se mantinha como havia sendo até então. Vale a pena conferir esta coletânea, principalmente aos amantes de blues e black music!
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FAIXA A FAIXA:
1) Gabbin' Blues (Don't Run My Business). Esta foi a primeira faixa gravada pela cantora pelo selo Okeh, e é uma música mais lenta, com o piano improvisando no fundo, por detrás da voz, a qual tem um comentário falado a cada frase cantada.
2) Rain Down Rain. Excelente faixa! Também mais lenta como a faixa anterior, mas com uma intenção mais intimista, existindo muitos vibratos na voz. O saxofone com drive é o grande destaque do arranjo.
3) Way Back Home. Esta também conta com o saxofone, além de um pandeiro meia-lua. Talvez a faixa com mais característica de blues entre as primeiras. Esta já não é tão lenta como as anteriores, mas também não é muito embalada. O destaque está nas pausas no arranjo e, claro, na voz!
4) Please Stay Away From My Sam. Considero esta uma das melhores faixas da coletânea. Novamente bem intimista e lenta, também bem blues e, mais uma vez, o grande destaque é a voz!
5) Jinny Mule. A música começa com o saxofone fazendo um som semelhante ao de um cavalo. Outra música bem blues, e não tão lenta. Além da voz, o grande destaque está no piano que, através dos improvisos, preenche bem os espaços melódicos.
6) I've Got A Feelin'. Com certeza a melhor faixa da coletânea. Esta já tem um embalo diferente do blues, assim como a harmonia. Lembra um pouco de jungle, com muito swing e uma voz potente como não poderia deixar de ser! O solo de saxofone é um dos destaques da faixa. Realmente vale a pena conferir!
7) One Monkey Don't Stop No Show. Frase marcante do saxofone nesta faixa, a qual tem muitos improvisos de piano e o vocal, que costuma ser potente, dá uma trégua na parte A, sendo bem suave, deixando o drive e a potência para a parte B. Esta não possui as características padrão do blues, com muita influência do jazz.
8) Hair Dressin' Women. Aqui a sutileza e o andamento mais lento voltam à tona. A intensidade é bem baixa nesta faixa, com exceção de eventuais ataques dos sopros nos espaços deixados pela voz, existindo, também, algumas pausas no arranjo.
9) Don't Leave Poor Me. Outra que considero das melhores da coletânea. Ótimo arranjo e com um bom swing, esta também não é um blues característico, muito devido ao ritmo. O preenchimento dos espaços melódicos, neste caso, se dá, principalmente, pela guitarra.
10) No More Trouble Out Of Me. Esta é a última faixa da coletânea, e é a balada dele! Bem sutil, com a intensidade bem fraca, esta é a legítima balada blues, a qual tem no saxofone o principal responsável por transparecer algo diferente do blues.
Ouça a coletânea e curta uma parte do "B" do ABC do blues!
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