GÊNERO: Spoken Word
ORIGEM: EUA (Denver - Denver / Colorado)
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Este é o décimo quinto álbum do artista, porém o primeiro sob o nome de Boyd Rice Experience, e foi lançado pelo selo Hierarchy. Embora eu tenha classificado o álbum como spoken word, ele não é apenas falado, possui samples de outras músicas como base de fundo para os textos recitados, sim, textos recitados, porque apesar de ter uma base harmônica de fundo, a voz é toda falada, existindo apenas variações de timbre de uma música para outra, porém não um desenho melódico. É um trabalho que deve ser valorizado mais como expressão de arte do que como música propriamente dita, existe toda uma intenção por trás das composições, que são muito influenciadas por artistas contemporâneos e artistas da música concreta, como John Cage ou John Paynter. Porém nem todas faixas possuem base harmônica, algumas são apenas recitadas, apenas voz. É um bom álbum, ainda mais para quem tem a sensibilidade de entender o processo de composição e o porque da proposta, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Hatesville. O álbum inicia com a faixa título do álbum, e considero uma das melhores. Ela conta com a participação de Joel Haertling, responsável pelos arranjos dos metais. Tem um clima de suspense, como uma trilha para uma cena de detetives!
2) Race Riot. Esta é a legítima balada dos anos 60, e foi produzida por Adam Parfrey. Possui todos elementos das músicas dos anos 60, incluindo sintetizador! Isso sem falar no timbre "opaco" do contrabaixo!
3) Dog. Esta é um texto recitado sobre os latidos de um cachorro, e foi produzida por Shaun Partridge.
4) Daydream. Outra que considero das melhores! Com um clima interessante, também de suspense, criado, principalmente, pelo piano, esta também possui a participação de Joel Haertling nos arranjos de metais.
5) What If They Gave A Love In.... Esta é balada romântica característica dos anos 70, principalmente devido à voz de barítono, dando um charme todo especial para a faixa. Parece um locutor de rádio que tenta se parecer por um sedutor! Foi produzida por Adam Parfrey.
6) How God Makes Little Girls. Apenas o texto recitado.
7) Let's Hear It For Violence Towards Women. Um texto recitado com efeito de distorção na voz e uma marcação constante e precisa, como se fossem pegadas de um robô gigante que vai destruindo por onde passa, causando pânico em quem está por perto! Produzida por Jim Goad.
8) Piss Ant. Apenas o texto recitado.
9) Nation Down For The Count. Faixa produzida por Adam Parfrey e Michael Lastra, além de ter a participação de Sam Henry nos teclados. Outra que tem efeitos na voz. Parece um desabafo sobre um programa de televisão que está passando no fundo! Como se fosse um momento de paranóia!
10) Mr. Intolerance. Apenas o texto recitado.
11) I Am Man (Sometimes I Hate). Com certeza a melhor faixa do álbum, foi produzida por Shaun Partridge, e possui a participação de Tyler no sintetizador. Como se fosse aquele momento de esperança após a tormenta, quando as coisas começam a clarear novamente! Vale a pena conferir!
12) The Wandering Parasite. Outra que considero das melhores do álbum, com um clima bem tribal e minimalista, esta foi produzida por Adam Parfrey juntamente com Thee Slayer Hippy, o qual também participa tocando teclado. Um clima bem intimista, quase como um ritual.
13) Love Will Change The World. Outra que tem a participação de Joel Hartling responsável pelos metais. Talvez a música mais "estranha" do álbum, devido ao ostinato de seu sample, que dá uma sensação de piração, como se estivéssemos em um hospício!
14) Hatesville Suicide Hotline. Produzida por Adam Parfrey, esta possui efeito na voz, algo como se estivesse sendo emitida de um telefone, além de possuir uma base de fundo bem suave e sutil, quase imperceptível, que se parece com uma música de jogo de video-game da Nintendo!
15) Alone With The Calm. A sensação de estar em um oásis, com água corrente, pássaros e o barulho das plantas.
Ouça o álbum e conheça o vilarejo do ódio!
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