sexta-feira, 10 de maio de 2019

Dropkick Murphys - The Warrior's Code (2005)

GÊNERO: Street Punk
ORIGEM: EUA (Quincy - Norfolk / Massachusetts)
FORMAÇÃO:
Al Barr (Vocal)
Ken Casey (Vocal, baixo)
Scruffy Wallace (Gaita de fole)
James Lynch (Guitarra)
Marc Orrell (Guitarra, acordeon)
Tim Brennan (Mandolin, tin whistle, violão)
Matt Kelly (Bateria, bodhrán)
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Este é o quinto álbum lançado pelo grupo, através do selo Hellcat, aliás, este é o último álbum lançado por ele. É um excelente álbum, conta com quatro faixas cover, possuindo músicas velozes, outras nem tanto, outras lentas, mas a grande maioria é bem embalada e todas as faixas, sem exceção, são perfeitas para se tomar cerveja em um pub! As composições têm influência celta, mais especificamente, irlandesa e escocesa. A utilização de instrumentos não convencionais para o rock e / ou de origem irlandesa ou escocesa são o grande diferencial, se tornando algo original, dentro do contexto do grupo, além de dar um brilho pra lá de interessante! A capa é uma homenagem ao boxeador Micky Ward, além de que é o primeiro álbum em que Scruffy e Tim participam como membros do grupo. Além dos componentes do grupo, o álbum conta com a participação de Laura Casey tocando viola e violoncelo. O grande destaque está nas composições, a técnica não é muito apurada, mas as composições são espetaculares, ótimas melodias e com arranjos bem criativos, apesar de simples. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Your Spirit's Alive And The Trumpet Shall Sound. O álbum inicia com a faixa que, na minha opinião, é a melhor! Esta faixa é uma homenagem a um amigo do grupo que morreu, Greg Riley, falecido em um acidente de moto, e também aos esportistas Garnet Bailey e Mark Bavis, falecidos no atentado de 11 de Setembro. É uma faixa veloz e embalada com uma excelente melodia, sendo o destaque a frase da gaita de fole.
2) The Warrior's Code. Muito boa faixa, um típico street punk. É a faixa que dá som à capa, já que ele fala sobre o boxeador Micky Ward. O curioso é que esta composição foi usada no filme feito 5 anos mais tarde sobre a vida do boxeador. Mais uma vez, a frase da gaita de fole é o grande destaque. Esta faixa foi uma das que tem videoclip de divulgação, no qual divide as imagens do lutador com a banda.
3) Captain Kelly's Kitchen (Courtin' In The Kitchen). Esta é uma faixa não autoral, uma versão para uma composição folclórica de autor desconhecido. Não me agrada muito esta faixa, apesar do embalo, lembrando muito música country. O destaque está no arranjo de viola executado por Laura Casey.
4) The Walking Dead. Outra faixa bem street punk. Não é ruim, mas não tem nada de especial, apesar do violoncelo de Laura Casey, sendo, então, uma música bem comum. É embalada e o destaque está na execução da harmonia e no arranjo.
5) Sunshine Highway. Esta foi a primeira faixa de trabalho do álbum, existindo, inclusive, videoclip de divulgação, o qual é, em sua maior parte, imagens do grupo tocando em uma sala espaçosa, mas também com uma novela, já que esta é uma música de amor! Considero esta uma das piores faixas do álbum, muito pop e pouco veloz, sendo o destaque os arranjos de acordeon e gaita de fole.
6) Wicked Sensitive Crew. Esta faixa também não é muito veloz e tem como destaque, mais uma vez, a gaita de fole. Esta faixa é uma "resposta" aos argumentos que diziam que o grupo incitava a violência. O curioso é que na letra diz que eles choraram quando Mickey morreu em Rocky II, porém, na verdade, isto aconteceu no Rocky III! No encarte existe uma nota dizendo que Rocky II soava melhor, por isso a mudança!
7) The Burden. Considero esta uma das melhores faixas do álbum! Não é muito veloz, inicia com o violão, porém a melodia e o ritmo bem solto me agradam bastante, sendo o destaque a melodia da voz.
8) Citizen C.I.A.. Uma paulada! Com certeza a segunda melhor faixa do álbum! Um hardcore veloz e embalado, sem frescura, sem excessos, apenas o necessário, além, claro, de muita energia!
9) The Green Fields Of France (No Man's Land). Este é o segundo cover do álbum, sendo uma versão de uma balada anti guerra do compositor folk, escocês, Eric Bogle. Considero esta a pior faixa do álbum, apesar da boa melodia da voz. O destaque está no arranjo e na variedade de instrumentos como o mandolin, o violoncelo, a gaita de fole e o piano, além da bateria.
10) Take It And Run. Após uma balada, a seqüência aparece com um punk rock quase street punk! Uma boa composição, mas sem nenhum destaque, tornando-a apenas mais uma boa composição!
11) I'm Shipping Up To Boston. Talvez o maior sucesso do grupo! A faixa apareceu como trilha de um episódio dos Simpsons, aquele em que o autor faz uma analogia com o filme The Departed, o qual também tem a composição em sua trilha. A letra da música é um poema não publicado de Woody Guthrie. Um dos destaques da faixa está na variedade de instrumentos como mandolin, acordeon e tin whistle, mas o grande destaque está na frase que o acordeon e o mandolin executam com freqüência. Esta faixa é uma regravação, já que ela foi gravada, originalmente, no single Fields Of Athenry, sendo o curioso que a composição possui dois videoclips de divulgação, sendo que o segundo foi usado para divulgar o filme citado anteriormente.
12) The Auld Triangle. Outra boa composição com boa melodia, porém sem nada muito empolgante, sendo o grande destaque, mais uma vez, a gaita de fole.
13) Last Letter Home. Considero esta faixa uma das melhores do álbum! Mais uma vez, ótima melodia, sendo este o grande destaque da faixa, embora a velocidade, o embalo e as eventuais variações de intenção também têm seu valor! O interessante é que a letra é uma carta enviada pelo sargento Adrew Farrar, a última antes de sua morte, para sua família quando estava lutando na guerra do Iraque. Com o consentimento da família do sargento, o grupo a utilizou como letra para esta composição, sendo que todo dinheiro arrecadado com direitos autorais por ela, seria repassado à família do militar. O grupo chegou a tocar, de maneira acústica, no funeral do sargento.
14) Tessie. O álbum fecha com uma faixa considerada bônus, já que ela foi originalmente lançada no single homônimo, em 2004, ano em que o clube de beisebol, Red Sox, ganhou o título após 86 anos, existindo, inclusive, um videoclip de divulgação. Ela é, na verdade, um cover. Composta por Will R. Anderson, a música foi composta para ser usada durante os jogos do clube, que era onde era tocada. Não me agrada muito esta faixa, apesar de não ser ruim. Bem sing-a-long, com gaita de fole e piano, mas nada muito especial.
Escute o álbum e conheça o código dos guerreiros!

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