GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Inglaterra (Londres / Londres)
FORMAÇÃO:
Nick Cash (Vocal, guitarra)
Guy Days (Guitarra)
Jon Watson (Baixo)
Pablo Labritain (Bateria)
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Concrete é o sexto álbum do grupo que foi um dos expoentes do punk rock britânico do final dos anos 70, porém é o quinto de estúdio e o quarto de músicas inéditas. Foi lançado pelo selo Albion e chegou a ficar na 192ª posição da Billboard norte americana. Este é um bom álbum, não um dos melhores do grupo, mas realmente bom. Ele se assemelha muito a bandas como Stiff Little Fingers ou Adverts, existindo várias intenções diferentes em suas composições. Guy Days tem fortes influências do blues em seus riffs, evidente já no início da primeira faixa até o final da última faixa! Assim como existem elementos de western ou disco, além de outros. É um bom álbum, com composições simples, mas bem arranjadas, o que faz toda a diferença, ainda mais se somado à expressão real, da intenção de cada composição, por parte dos integrantes. O órgão é executado por Guy Days, assim como a percussão, que também é executada por Pablo Labritain e Nick Cash. Vale a pena conferir este clássico!
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FAIXA A FAIXA:
A primeira faixa, So Greedy, é um punk rock clássico, típicos 3 acordes em uma progressão que vai e volta, mantendo quase que um ostinato a música toda, com exceção do refrão e de eventuais pontes, a diferença está nos riffs blues da guitarra. Boa música, mas não das melhores do álbum.
Little Red Riding Hood é um cover, composta por Ronald Blackwell e, lançada em 1966 pelo grupo Sam The Sham & Pharaohs. Na minha opinião, esta é a pior música do álbum, tem um refrão que lembra Beatles, além de ser bem fraquinha, não aconselho a tê-la como referência!
A terceira faixa, Break It Up, é, na minha opinião, a melhor música do álbum. Seu título poderia muito bem ser Homicide 2 porque é quase um cover! Se Homicide tivesse sido composta por outra banda, eles teriam, provavelmente, respondido processo! Muito boa, principalmente devido ao riff de guitarra e o arranjo de bateria do refrão.
Taboo é uma música que tendencia ao new wave, mas mesmo assim ainda é uma música de punk rock, para mim, uma das melhores do álbum, com destaque para o timbre do órgão existente e os arranjos de percussão. Também uma composição simples de três acordes, mas muito bem arranjada e expressa.
A quinta faixa, Mercy Mercy, também não me agrada muito, é bem fraquinha, com embalo dançante, mas não chega a ser uma balada. Destaque para os riffs de guitarra "praianos"!
Fortune Teller também é um cover. Composta por Naomi Neville e lançada em 1962 pelo grupo de Benny Spellman. É uma boa música, mas pelo fato de ser sempre igual, quase o tempo todo, ela poderia ter uma duração menor, pois da maneira como foi gravada, acaba se tornando muito repetitiva, apesar doas arranjos dos backing vocais.
Obsessed tem videoclip de divulgação, o qual tenta expor de maneira visual toda intenção da composição que é um punk rock - western - disco, esta é a melhor maneira de defini-la! As frases da guitarra são claramente influenciadas por The Good, The Bad, The Ugly, enquanto os arranjos de bateria são do estilo da disco music, mas a música é um punk rock! Vale a pena assistir ao clip, é típico dos anos 80, tem momentos realmente divertidos!
A oitava faixa, Silent Anger, também é uma das piores na minha opinião, apesar do modo menor que dá ares pós-punk para a composição. A frase da guitarra também é um ponto positivo na música.
That's The Way It Goes é uma boa música, mantendo o velho ostinato de três acordes quase que a música toda, o órgão dá um toque a mais para o arranjo, até pelo fato de ele não estar presente no tempo forte do compasso. Um típico punk rock britânico!
A faixa 10 é uma das melhores do álbum. Bongos On The Nile é instrumental, o que obriga os músicos a serem bem criativos nos arranjos. Aliás, eu sou um grande fã de músicas instrumentais, pois sem palavras, a expressão musical deve se tornar mais presente, bem como a criatividade. Os arranjos de percussão existentes são o diferencial da composição que nos dá a sensação de estar passeando no litoral em um dia de Sol! Os riffs de guitarra são típicos do blues.
A penúltima faixa do álbum, Don't You Know I Need You, também é aquele típico punk rock de três acordes, devido à progressão harmônica que vai e volta executada com pausas pela guitarra, ela lembra Louie, Louie, e, devido ao refrão, ela nos dá a sensação de fazer parte de um pelotão de hipnotizados!
Public Enemy No. 1 é a última música do álbum. Se um dia duvidarem que o punk rock tem influências do blues, esta é a música que deve ser mostrada como prova! É um dos melhores exemplos de um punk rock - blues, percebe-se elementos dos dois gêneros bem evidentes e, ao mesmo tempo. Muito boa faixa, ainda mais para finalizar o álbum.
Ouça Concrete e volte no tempo direto a 1981 com um punk rock britânico de qualidade!
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